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o lado invisível do designebook por diana coe in tro du ção Hey, pessoas! Tudo bem com vocês? :) Então, meu nome é Diana Coe, sou Designer de Marcas Humanas e tento sempre fazer do design uma área mais colaborativa. Tento mostrar pras pessoas o enorme potencial e a enorme responsabilidade que os designers têm hoje nas mãos e o quanto de impacto eles podem trazer pro mundo! Por favor, não levem nada daqui que eu falar como verdade absoluta! Eu estou apenas contando um pouco da minha forma de trabalhar, das minhas experiências e do que aprendi no meio do caminho com muitas pessoas incríveis! Quero que vocês tenham uma visão mais ampla do design conheçam um pouquinho mais da profundidade e da intensidade que essa área tem na sua essência! Eu espero que vocês curtam o conteúdo desse ebook e que ele possa te ajudar de alguma forma, seja nos seus projetos, na sua relação com o design, na sua trajetória, com seus clientes ou com vocês mesmos! o que de fato é design? O que é design pra você? Mesmo? O Design é tão simples e tão complexo ao mesmo tempo que uma única descrição dele limitaria toda sua essência, profundidade e toda sua capacidade de transformação. Então eu vou falar pra vocês como foi a minha linha do tempo enxergando o design, tá bem? e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign estética & beleza. forma & função. solução de problemas. Primeiro eu pensava no design como um adjetivo, apenas. Era estética, beleza, tinha que encher os olhos. Mais tarde aprendi que o design era mais que isso, era um verbo! Era uma ação, ele era um solucionador de problemas. Depois eu aprendi que o design era projeto, se resumia a forma e função. Ele deveria ser simples, direto, funcionar e devia ser belo. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign o design como início. E então, um grande designer que tem toda, mas toda minha admiração, chamado Pieter Desmet falou que temos que parar de ver o design como fim da linha, como o final da solução de um problema. Temos que começar a enxergá-lo como um início de tudo, que abre vários caminhos, pra inúmeras soluções e possibilidades e que desbloqueia o potencial individual e coletivo de cada um. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign o que é design pra mim? O Design é poder, como diz Gustavo Grecco. O Design é futuro. Ele é uma enorme ferramenta de transformação socioambiental, ele carrega a responsabilidade de termos a capacidade de projetar futuros melhores, mais humanos, mais inclusivos, mais sustentáveis, futuros diferentes. O design é troca, é humano e é empático. Sem empatia não há design. O design coloca o ser humano no centro do processo e melhora a vida das pessoas. Tudo que há de serviços e produtos visa melhorar a vida de alguém, solucionar algum problema. É feito por pessoas e para pessoas. O design certo deve vir do coração, tem a ver com personalidade, conexão, inspiração e emoção. Um bom design é capaz de modificar e criar culturas, mover pessoas e abrir horizontes da forma mais próxima, emocional e humana possível. O mundo está mudando, as pessoas e as mentalidades também e com isso o design se transforma, sempre mutável, com esses novos caminhos. Ele evolui conforme vamos evoluindo, ele acompanha todas as mudanças de mundo e tecnologias, pensamentos, nos mostrando que podemos viver em harmonia com o meio ambiente e com as diferenças. Num conceito Cradle to Cradle, podemos dizer que não queremos acabar com os prazeres desse mundo, mas podemos sim reprojetar esses prazeres para um mundo melhor. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Não importa se você é designer de marcas, designer de eventos, UI designer, UX designer, designer de tudo, designer editorial, etc. Não importa... Você é uma pessoa com sonhos, medos, dores e experiências e você projeta algo pra uma pessoa com sonhos, medos, dores e experiências e isso não vai mudar, apenas a forma com que tudo é projetado. Por isso o design é humano e pode ter grande impacto no mundo. Por isso projete sempre tendo a certeza que o seu design vai ter alguma influência na vida de alguém e no mundo, não importa se você é um estudante, um freelancer, um empreendedor ou um grande estúdio. Você vai estar de alguma forma impactando as pessoas, então queira impactar as pessoas de forma positiva e transformadora, dando seu melhor e faça tudo de coração. E não esqueça, você tem um poder nas mãos, mesmo e com grandes poderes vem grandes responsabilidades (RISOS). Mas é sério gente, é uma responsabilidade grande a nossa! Hahahaha Vou dar um exemplo aqui do simples ao mais complexo: 1. exemplo: Você é um designer que faz tudo! Você faz marca, mídias, sites, cardápios, folders, cartão de visitas, etc. Você pode achar que seu design não significa nada no mundo. Mas você sabia todo processo químico que um papel passa para ser branco? Quanta água se gasta? Quanta química há na tinta que será estampada no papel que você escolheu? O cartão de visita que você faz para seu cliente pode tanto ser descartado por alguém e poluir quanto ser visto por uma pessoas que precisava tanto daquele serviço que a vida dela foi completamente transformada por aquele cartão, que ela viu em cima de uma bancada qualquer que alguém esqueceu. Aqui já temos tanto um impacto ambiental causado por sua escolha de materiais quanto um impacto social da vida de uma pessoa que mudou pois seu cartão chamou a atenção dela pra aquilo que ela tanto precisava. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign 2. exemplo: Você é um designer de marcas? Então sua responsabilidade também é enorme. Somos bombardeados por marcas há todo o momento, não importa aonde vamos. Praticamente tudo que olhamos, pegamos e até ouvimos, está relacionando a alguma marca. Olha que responsabilidade! Você não precisa apenas chamar atenção das pessoas e grudar na memória delas. Que marca é essa? Quem precisa dela? Qual as dores que esse público tem? Quais as dores desse meu cliente? Se essa marca não vingar o que pode acontecer com esse meu cliente? E com os clientes dele que ele poderia ajudar? E se ela crescesse e gerasse mais empregos? E se tivesse um forte viés social e ajudasse pessoas? Eu posso durante o processo mostrar pro meu cliente as diferentes possibilidades pra ele impactar as pessoas positivamente? Ele faz ideia do poder que uma marca tem de mudar a vida de alguém, inclusive a dele? Ele pode ficar ciente do impacto ambiental que a divulgação dele pode causar? São muitas coisas gente, muitas mesmo. Estou falando por cima, mas a coisa é muito mais profunda que isso. Tudo que você faz impacta, seja de forma direta ou indireta, tangível ou intangível, então projete sempre tendo a consciência disso! e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign empatia e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Temos a tendência de achar que a empatia se resume a se colocar no lugar de outra pessoa, mas ela é muito mais complexa que isso e pode ser entendida sob diversos ângulos e áreas. Imagine você arranhando um quadro negro com as unhas, ou você cortando a pele entre seus dedos num papel, ou alguém enfiando o dedo dentro do olho de alguém... hehehe. Estranho imaginar isso né? Te deu nervoso? Se não deu pense em algo que dá! Nosso cérebro pode espelhar sensações, interpretando dentro dele a situação e reproduzindo nele mesmo o que pensamos ou vimos no outro. Não precisa ser algo ruim, pode ser algo bom também, qualquer emoção mais intensa. Isso se chama a Neurociência da empatia! A Tati Fukamati, criadora da Revolução da Empatia diz: “porque podemos imitar, podemos empatizar”. Isso diz que nós, como espécimes, somos empatas naturais, já nascemos com a capacidade de empatia. Pesquisas de um neurofisiologista italiano, Fiacomo Rizzolatt, nos mostram que nosso cérebro possui o que chamamos de “sistema de neurônios espelho”, que serve para auxiliar a reprodução de movimentos,ações e sentimentos, é nossa capacidade de aprender, imitar até conseguir reproduzir. Por isso, se sentimos que não temos empatia o suficiente, podemos fingir até que de fato tenhamos, é um mecanismo natural do nosso cérebro. Sempre que ouvimos uma história triste, vemos um filme, lemos um livro, quando nos emocionamos assim estamos tendo um espelhamento empático. Há muitos estudiosos e médicos pesquisadores que estudam a empatia através da neurociência e descobriram que as áreas que são ativadas quando sentimos empatia são as mesmas de quando passamos por experiências físicas. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Para uma “boa empatia”, digamos assim, é preciso ter sempre um equilíbrio e por isso podemos segmentar a empatia em 3 pilares: empatia cognitiva empatia afetiva interesse empático e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign empatia cognitiva A empatia cognitiva é a capacidade de compreender o que o outro está sentindo e de fazer os outros compreenderem o que você está sentindo. É uma questão mais de lógica, mental, racional. É o pensar sentimentos ao invés de senti-los. Uma natureza questionadora contribui para uma empatia cognitiva, entender por que as pessoas se comportam de tal forma, ou se sentem de tal forma, ou falam de tal forma, etc. Um exemplo de um caso de desequilíbrio da empatia são os psicopatas. Eles possuem uma enorme habilidade empática cognitiva, pra eles é muito fácil entender o sentimento do outro racionalmente, mas ele não é capaz de sentir aquilo. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign empatia afetiva. A empatia afetiva é a habilidade de sentir o que o outro sente em nível emocional. Eu sinto sua dor, eu sinto sua tristeza, eu sinto sua felicidade, eu sinto sua raiva. É o que acontece quando choramos em algum filme, ou quando acontece uma injustiça numa série e sentimos raiva. Nós estamos nos conectando com uma história, com um personagem em nível emocional e somos capazes de sentir isso como se fosse nosso, despertam reações psicológicas e físicas em nós. De um ponto de visto científico essa habilidade vem das partes mais antigas do nosso cérebro, a amigdala, o hipotálamo, o hipocampo e o córtex orbitofrontal, que nos faz sentir rapidamente sem raciocinar. É como se nossos padrões cerebrais se igualassem. Estamos sempre em um grande malabarismo entre essas empatias, quando a empatia precisa ser aprendida e quando ela precisa ser controlada. O excesso da empatia é tão prejudicial quanto a falta dela, só que causando impactos diferentes. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign interesse empático. O interesse empático é a habilidade de perceber o que as outras pessoas querem e esperam de você. É o que desejamos encontrar nas pessoas a nossa volta, em nossos clientes, nossos amigos, etc. Ele é como uma faca de dois gumes, nós experimentamos de forma intuitiva o sentimento dos outros, mas ao mesmo tempo, escolhemos se vamos atender aquelas necessidades e desejos. Por isso devemos ter muito cuidado com o excesso do sentir. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Nós nascemos empáticos, faz parte da nossa natureza humana, do nosso cérebro e do nosso comportamento. Mas a empatia em si pode ser aprendida e aprimorada! Essa é a grande beleza de tudo. Podemos ser mais empáticos e ajudar com que as pessoas também sejam. Com isso estamos projetando um futuro melhor! e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesigne-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Queria falar um pouco dela de alguns diferentes ângulos como: designer x cliente, designer x designer, empresa x funcionários. Quantos de vocês já trabalharam em empresas onde tiveram medo de errar e serem demitidos ou julgados ou repreendidos? Como era esse sentimento? Fazia vocês trabalharem felizes? Imagino que muita gente tenha respondido não, né? (Sempre há exceções, tá, gente? Hehe). E quantos de vocês já se sentiram frustrados pelo cliente responder o briefing de uma forma ou falar uma coisa e depois no final falar que quer outra? E quantos de vocês já julgaram um designer por cobrar um valor abaixo do mercado? Tudo isso acontece pela falta de uma abordagem e uma gestão empáticas. A vulnerabilidade é uma incrível ferramenta de empatia. Se deixar vulnerável requer uma enorme força, e isso causa um espelhamento empático. Você se abrir faz com que a outra pessoa também se abra e entenda sua realidade, gerando uma colaboração. Isso é essencial pras relações interpessoais, seja com clientes, empresas ou parceiros de profissão. Quando algum erro ocorre, devemos parar, refletir e abordar da forma mais humana e empática possível, sem explodir, julgar, ameaçar ou brigar. Parece óbvio né? Mas não é o que acontece. A reação empática nos traz resultados melhores, aumentam a lealdade, confiança e a admiração da outra pessoa, seja em qualquer situação. Isso faz com que não haja medo, portanto deixa as pessoas mais à vontade para experimentar, aprender, inovar; e isso causa uma profunda transformação em diversas áreas. A empatia gera um desempenho muito melhor, uma produtividade muito mais efetiva. Eu super aconselho um entendimento mais profundo sobre essa área extensa e bonita! Ela é essencial pra alavancarmos na nossa carreira e na nossa vida! a empatia como gestão. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign cria tivi dade e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign A criatividade é algo que nos acompanha desde o início dos tempos e mesmo assim continua sendo uma habilidade do futuro. E sempre vai ser! Ela é uma ferramenta de sobrevivência nossa e até dos animais. E ainda mais quando trabalhamos na área criativa, né? É pressão atrás de pressão e por isso é um assunto delicado e que precisa muito ser falado da forma correta. Porque pra nós é uma ferramenta tanto de criação quanto de destruição. A criatividade é como o design, ela não só visa solucionar problemas, sejam eles dos mais comuns aos mais complexos, ela abre caminhos, amplia nossas possibilidades e desbloqueia nosso potencial. Temos a criatividade sendo eficaz tanto nas nossas famosas gambiarras pra consertar algo quanto pra desenvolver um projeto de marca, quanto pra fazermos um caminho diferente que costumamos fazer pra chegar em casa. A criatividade é um sentimento, uma força, um segredo, uma fonte, uma energia que flui através de nós e também é capaz de nos carregar. Jonathan Tilley. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign QUESTIONE! O MEDO. Uma essência questionadora e uma visão mais profunda trabalham nossa criatividade diariamente. Entender o porquê das coisas e abusar da nossa natureza investigativa e experimentadora. Aprendi com o Henrique Szklo, criador da escola nômade para mentes criativas, que nós temos medo da criatividade. E isso é muito verdade! Temos medo de inovar pois temos medo do desconhecido, temos medo do erro, do julgamento, das outras pessoas e do nosso próprio. O medo é normal, ele é nossa ferramenta de sobrevivência, nos vulnerabiliza. Mas essa vulnerabilidade contribui para a inovação, para os desafios, para questionarmos. Nós esquecemos que o erro faz parte do processo e que sem erro não há a experimentação e sem experimentação não há erro e não podemos reduzir falhas e seguir por um caminho corajoso sem isso. Temos medo de desbloquear nosso potencial criativo e andar por um caminho desconhecido, podemos achar que não somos o suficiente praquilo. Isso é um padrão engessado em nossas cabeças que devemos quebrar. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign como podemos quebrar esses padrões? O Henrique Szklo tem uma teoria chamada Neurocriatividade Subversiva, que é a Investigação divertida sobre o funcionamento do nosso cérebro em relação à criatividade. É entender por que existe essa criatividade, porque temos bloqueios criativos, aonde temos que mexer para sermos maiscriativos, como transformamos e trabalhamos melhor nosso pensamento, nossa mente. Por que algumas pessoas tem mais facilidade em serem criativas e outras não? Como mudar esse cenário de bloqueio? É a causa da criatividade, é entender o porquê de as coisas acontecerem como acontecem, é fazer um entendimento do problema (como no design Thinking), uma desconstrução. É entender que não dá pra separar as emoções, de comportamento e criatividade, pois elas fazem parte desse processo complexo e maravilhoso. A partir desse estudo o Henrique encontrou formas de mexer nesse comportamento, nesse caminho. A criatividade amplia os horizontes das pessoas, deixa elas mais felizes, mais visionárias, cheias de possibilidades. A criatividade pode ser desconstruída em nós, podemos burlar esse nosso mecanismo automático e linear do cérebro de forma que ele comece a despertar seu lado holístico e sistemático (onde tudo está conectado). Nós já temos essa criatividade dentro de nós, só precisamos aprender a acessá-la. Precisamos improvisar. Devemos lembrar que a criatividade não é caos. É estrutura, metodologia e experimentação. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign exemplo / exercício: Vamos começar com algo bem simples! Vocês vão dar 3 novas utilidades pra cada um desses objetos abaixo: 1. Garfo. 2. Celular. 3. Site. 4. Notebook. 5. Pendrive. Pode ser algo louco, impensável, vocês só tem que dar um jeito de responder a isso! hahahaha depois me contem? :) Agora vamos pro design.. Procure sobre um artigo de física, um de química, um de história e um de biologia. Agora quero que você faça uma ponte com o design! Como esse artigo poderia ser aplicado num conceito pra uma marca? Que marca poderia ser? Qual segmento? Qual público? Qual poderia ser a identidade dessa marca? Treine seu cérebro para fazer associações ser disruptivo, treine seu cérebro para sair do comum. Estamos num momento de mundo que as pessoas estão buscando se conectar com o diferente, com algo a mais, com algo que nos fisgue emocionalmente e reflita nossos valores e personalidades, nossa cultura. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Temos mania de ver o bloqueio criativo como um inimigo a ser destruído. Mas o bloqueio pode ser um grande aliado nosso, um amigo. Que mostra que nós somos pessoas e também precisamos parar e descansar, que precisamos desapegar e fazer coisas novas, que não somos máquinas de produção. A criatividade, como muitas outras coisas, tem seus ciclos também e nosso cérebro e nossa mente precisam sempre estar renovadas e recicladas. No livro Mulheres que Correm com os Lobos, de Clarissa Pinkola Estés (que eu sou apaixonada), existe um capítulo chamado "Águas Claras: O Sustento da Vida Criativa", e nele existe um conto (na versão Romena) chamado "os três cabelos de ouro". Ele fala sobre a recuperação do rumo perdido da nossa criatividade, sobre os repositórios que devemos sempre manter. Ela faz uma analogia do conto com nossa criatividade. Queria compartilhar com vocês pra vocês entenderem a associação com nossa vida criativa. o sustento da vida criativa. Temos mania de ver o bloqueio criativo como um inimigo a ser também e nosso cérebro e nossa mente precisam sempre estar No livro Mulheres que Correm com os Lobos, de Clarissa Pinkola conto (na versão Romena) chamado "os três cabelos de ouro". manter. Ela faz uma analogia do conto com nossa criatividade. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign “Em uma noite escuríssima e negra, um velho de cabelos longos e dourados, muito, mas muito castigado pelo tempo, vinha cambaleando pela floresta densa, carregando um pequeno lampião. Ele respirava com dificuldade, cada osso seu ardia como fogo, já estava em suas últimas. Ao longe, ele avistou uma luz, um chalé; e ele se esforçava naquela direção. No momento em que chegou a porta seu lampião se apagou e ele caiu no chão desmaiado. De dentro da casa saiu uma velha, que o segurou nos braços e o levou pra perto da lareira. Ali, ela o embalou e o balançou em seu colo a noite inteira. Quando a manhã começou a se aproximar o velho se tornou um rapaz forte de cabelos dourados, mas ela continuou a embala-lo. Mais perto ainda da manhã, o rapaz se tornou uma criança de cabelos de fogo. No exato momento de raiar o dia, a velha arrancou três fios de cabelo da criança e os jogou no chão. Eles fizeram um barulho, como um som de despertar. A criancinha desceu do colo da velha e saiu correndo para a porta, virou-se, sorriu para a velha e saiu voando para virar o sol da manhã.” os três cabelos de ouro e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign mas que diabos isso significa? Esse conto, junto com outros (inclusive eu acho a leitura desse livro quase obrigatória) nos fala sobre a perda da nossa energia criativa. Quando a perdemos tentamos equivocadamente correr para alcança-la. Mas não é o que devemos fazer. Devemos sentar e balançar. A paciência, a paz e voltar para si renovam as ideias. Devemos entreter essa ideia, com paciência, sem peso, sem desgasta-la. Podemos fazer uma analogia ao bloqueio criativo ser um aviso do nosso desgaste, precisamos nos reconstruir. Perder a criatividade momentaneamente faz parte do nosso ciclo natural. Bloqueios vêm e voltam como estações do ano. (com exceção de forte bloqueios psicológicos, podemos falar disso depois). Essa história nos mostra todo o ciclo da criatividade. Ela nos mostra que também precisamos nos preocupar com nós mesmos, porque nós cansamos e isso é natural. Devemos nos renovar dentro desses ciclos, precisamos ser embalados. Não devemos entrar em pânico, devemos as vezes só soltar. Os três fios de cabelos jogados no chão são como um alívio de peso. Precisamos jogar pensamentos no chão para nos fortalecermos. Como um escritório removendo o mármore para revelar formas ocultas. Se você segurar essa ideia, embalá-la, manter uma parte dela e a outra jogar fora, ela se renovará. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Esse conto, junto com outros (inclusive eu acho a leitura desse livro quase obrigatória) nos fala sobre a design emocional e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign projetando para emoções: O Design emocional só surgiu a partir de meados da década de 1990, quando surgiu uma necessidade do mercado pela criação deste campo. Esta área não tem como objetivo despertar ou evitar determinadas emoções nos consumidores através de um produto ou serviço, ela possui uma complexidade muito além. De certa forma, os designers já tinham esse objetivo “emocional” antes desse campo receber um nome apropriado, se baseando no desejo das pessoas e em seu comportamento. Fazer com que seus designs tragam prazer e bem-estar aos usuários sempre foi a intenção de todas peças criadas, mas de forma superficial. No passado, não houve tantos profissionais com propriedade no assunto pois as emoções desejadas possuem um caráter extremamente subjetivo de cada pessoa. Cada pessoa possui uma expectativa diferente, uma trajetória de vida diferente e isso faz com que suas emoções sejam muito individuais e quase únicas, e como os designers normalmente não são os usuários finais de seus próprios produtos ficava difícil se colocar no lugar do consumidor que realmente iria usufruir de suas criações. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Um dos melhores exemplos da individualidade da trajetória de vida de cada pessoa é o exemplo do barulho de chuva. Enquanto esse barulho pode ser relaxante para alguns, para outros pode ser de extremo inconveniente e motivo de muita frustração. Pegamos do princípio que a pessoa que o considera relaxante mora em um lugar privilegiado onde não há desabamentos, enchentes ou outras catástrofes causadas pela chuva, enquanto a pessoa que se sente mal com o barulho pode morar em um local de risco onde qualquer chuva pode ser de um grande transtorno para sua vida, podendo até mesmo correr o riscode perder sua moradia já que mora em um local de constantes deslizamentos e não possui oportunidades financeiras para se mudar. O entendimento da área emocional se tornou um pouco mais aprofundado após se juntar a psicologia com o design, apesar de não ser a única forma de decodificar esse entendimento das emoções. Porém, possibilitou o desenvolvimento de teorias e metodologias que facilitassem as ações na área do design emocional através de estudos e projetos por meio de profunda pesquisa e imersões que puderam ser mais assertivas devido a aproximação do designer com o usuário para a geração de uma experiencia emocional positiva. Vale lembrar que a experiência emocional é apenas uma das ramificações quando se trata do ramo de experiências do usuário. Porém não podemos falar de design emocional de forma desvinculada da estética e do significado que encontramos nas experiências que passamos. O Design emocional é complexo e composto por diversas áreas e conceitos como a Psicologia, antropologia, o design em si, a empatia, com base na experimentação, nas teorias, em metodologias, testes, pesquisas, etc. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign as três principais teorias! A seguir veremos os trabalhos dos três principais autores que mais tiveram resultados e marcos em suas pesquisas quando o assunto é Design Emocional. Donald Norman Patrick Jordan Pieter Desmet Donald Norman (2004) foca seus estudos e trabalhos na forma com que as pessoas absorvem e lidam com as informações que recebem e em como esse processo de absorção influencia nas emoções que sentem. Ele articulou em seu trabalho os três níveis de processamento dessas informações: o visceral, o comportamental e o reflexivo. Por fim propôs que o design poderia seguir três diferentes estratégias: o design para o conforto, design para aparência e o design para significado. Patrick Jordan (1999) focou em investigar as diferentes fontes de prazer proveniente dos objetos e propôs que essas fontes de prazer podem ser fisiológicas, psicológicas, sociológicas e ideológicas. Ele defende que as pessoas estão eternamente em busca pelo prazer, seja ele em qualquer forma, por isso propões que projetemos através desses 4 tipos de prazeres, para que as pessoas se conectem emocionalmente a produtos e serviços. Pieter Desmet (2002) focou sua pesquisa na forma com que a aparência de um produto pode despertar emoções. Ele utilizou uma técnica de avaliação chamada Appraisal Theory, que propõe que as emoções sentidas são uma resposta automática do usuário provenientes do efeito que o produto ou serviço tem sobre seu bem-estar. Sendo assim, ele também é precursor do conceito de Design Positivo, que falaremos adiante. Entre os três ele é o que mais me identifico. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesigne-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign As pessoas estão cada vez mais buscando se conectar emocionalmente com as marcas, com o mundo, com as pessoas, com o todo. Elas buscam estímulos que signifiquem algo pra elas, que as encantem, que as motivem e inspirem, e o design é a base para se conectar emocionalmente com as pessoas. O mundo corporativo precisa muito dessa parte racional e lógica, mas o mundo dos consumidores é feito de emoções, o design faz essa ponte entre esses mundos e melhora a vida das pessoas de ambos os lados. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesigne-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Não vemos no pós-modernismo um único estilo como víamos ao longo da história do mundo e do design. Por quê? Porque ele não reflete a experiência e a busca de cada indivíduo, de forma individual em si e coletiva, reflete a busca por experiências, intensifica nossos sentidos e nossas inspirações e personalidades. Ele rompe com antigos padrões engessados e reforça a descoberta, a busca, os desafios, a intuição, a totalidade e a inclusão, não importa o quão diferente você seja e o quão deslocado você já foi. É o abraço caloroso de uma instabilidade positiva, refletindo nossas percepções e aceitando nossas interpretações diversas sob nossa visão de mundo e nossas experiências já vividas, mas ao mesmo tempo nos mostra que o poder da empatia nos faz entender e enxergar outras realidades já vividas, nos mantendo em constante movimento. E isso faz com que as pessoas, as marcas e o mundo precisem do design em constante movimento também. modernismo x pós-modernismo. Estamos ainda em um momento de transição, de ruptura e quebra de antigos padrões. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign De certa forma há um rebelde em cada um de nós. Como que isso poderia não ter a ver com emoção? E é isso que o design e o branding fazem! Eles impactam as pessoas de forma emocional, cheias de experiências positivas e duradoras! E se não prestarmos atenção a esses estímulos iremos ficando pra trás numa profissão que é uma das profissões do futuro e que tem grande potencial de transformação! O movimento modernista tem a ver com a razão, intelecto, dogmas, certezas, inflexibilidade, industrialização, etc. O movimento pós-modernista tem a ver com as emoções, intuição, propósito, sentimento, humanização, coletivo e individual, busca, destino, bem estar, liberdade, abundância. Com o inconsciente, é pessoal, próximo, te abraça. O atual design vem com a força do impressionismo. Antigamente os pintores pintavam apenas o que viam e no impressionismo eles começaram a pintar o que sentiam, a conexão que eles tinham com as coisas, pintavam com a intuição e com o coração, com a audição, com o olfato e não apenas com a visão. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign design positivo e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Assim como falar do Design Emocional, falar do Design Positivo resumidamente também é muito difícil, pois me empolga tanto quanto e é um conceito maravilhoso! O Design Positivo pensa na felicidade e bem-estar subjetivo das pessoas de forma individual e coletiva. Trazendo sua carga do Design Emocional, ele também tem a ver com inspiração, personalidade, conexão, identificação, significados, a imagem do pós modernismo que falamos, de forma estratégica, processual e organizada, baseada numa teoria que une a psicologia, o design e as pessoas. O design pode permitir, estimular e inspirar o engajamento em atividades significativas. É uma forma de fazer com que o design de algum produto ou serviço aumente o bem-estar subjetivo das pessoas que os estão utilizando. Sua intenção é aumentar a apreciação das pessoas pelos produtos/serviços a longo prazo e se possível fazer com que os mesmos modifiquem sua forma de viver trazendo perspectivas positivas em suas vidas e em seu cotidiano. O Design positivo possui três elementos essenciais que compõem seu núcleo e ele é representado pela figura de um triângulo, onde em cada uma de suas pontas estão: o design para o prazer, o design para significado pessoal e o design para a virtude, o Design Positivo começa onde esses três elementos fazem sua intercessão, e é nesse momento que ocorre a prosperidade das pessoas. o design para o bem-estar subjetivo. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign os pilares? design para o prazer design para a virtude design para significado pessoal Esse design está diretamente ligado à felicidade e ao bem-estar que temos quando aproveitamos um ou vários momentos prazerosos. Produtos que promovem sensações positivas nos usuários ou reduzem sensações negativas estão diretamente ligados a esse elemento e são essenciais para desenvolver experiências holísticas. Podemos pegar, por exemplo, a teoria dos 4 prazeres de Patrick Jordan para projetar dentro do conceito de design positivo. Esse elemento do Design Positivo é referente ao prazer que vem de um senso de significado pessoal. Seu foco principal é em relação às aspirações de cadapessoa, seja ela de curto ou a longo prazo. Portanto, produtos e serviços que auxiliem as pessoas a alcançarem suas realizações ou que façam os consumidores lembrarem de suas realizações passadas são simbologias e estão diretamente ligados a este design. Cursos, livros, materiais, instrumentos musicais estão te levando a algum lugar. É o prazer através de ações virtuosas, é o design a nível moral e ético. Baseado na ideia de que existe um jeito honrado de se viver, um ideal virtuoso. Produtos e serviços que estimulem um comportamento virtuoso estão ligados a este design. Um exemplo seria uma pessoa que compra cosméticos sustentáveis pois quer estar em harmonia com o meio ambiente e fazer com que suas ações diminuam seu impacto na natureza. Através disso está tentando viver de forma mais virtuosa com o planeta. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Quando misturamos esses três pilares citados acima estamos projetando para uma abordagem do design para a prosperidade humana. Prosperidade no sentido de um ótimo funcionamento humano em todas as áreas, desencadeando uma rede interdependente onde uma pessoa contribui para o bem-estar de outra, todas vivendo em seu potencial completo, sendo sua melhor versão. Ela compreende um desenvolvimento pessoal focado no ser e também no próximo, através de um estilo de vida virtuoso que compreende o melhor interesse da sociedade. O que precisamos ter em mente é o equilíbrio perfeito entre cada pilar para que não haja um excesso em um dos lados e nos afaste desse potencial. De forma abrangente, o domínio do Design Positivo inclui toda a vida das pessoas e comunidades, e todas as facetas do bem estar subjetivo. misture os três: DESIGN POSITIVO DESIGN VIRTUDE PA R A A DESIGN PRAZER PA R A O DESIGN SIGNIFICADO PESSOAL PA R A O e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign design thinking ? ! e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign O Design Thinking é o equilíbrio entre negócio e arte, estrutura e caos, intuição e lógica, conceito e execução, ludicidade e formalidade, controle e empoderamento. Design Thinking for Strategic Innovation, Idris Mootee. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign O Design Thinking é o equilíbrio e caos, intuição e lógica, conceito VALORES DO DESIGN THINKING EMPATIA. COLABORAÇÃO. EXPERIMENTAÇÃO. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign PILARES DO DESIGN THINKING AMBIENTES ADAPTÁVEIS. ABORDAGEM. MULTIDISCIPLINARIDADE. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Ele é de natureza iterativa e flexível, onde o erro é visto como parte do processo. Mapeado pelo Design Council UK em 2005, nos mostra a importância do divergir, convergir e do processo não linear, trazendo um pensamento sistêmico e holístico. O momento de encontrar soluções só começa após um mergulho profundo no contexto, entendimento, observação, pesquisas, pessoas, em tudo... só ai começa a parte de abertura das possibilidades e soluções. duplo diamante. ENTENDIMENTO OBSERVAÇÃO PONTO DE VISTA IDEAÇÃO TESTE ITERAÇÃOPROTOTIPAGEM Inspirado no modelo da Escola de Design Thinking. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign human centered design. e pra isso devemos ter empatia! o design centrado no ser humano No centro dos processos, metodologias e conceitos mais humanos, o HCD é uma metodologia projetada para ampliar o escopo de soluções criativas que os problemas complexos nos trazem, ele coloca as pessoas no centro do processo, fazendo com que tenhamos que entender em todos os níveis os problemas, as dores, obstáculos, sonhos, desejos, etc delas. Dentro disso, temos em vista que devemos projetar a partir das três principais lentes do HCD: HCD técnicamente viável desejável financeiramente possível e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign mapa de empatia! modelo tradicional Meus projetos todos se iniciam com o mapa de empatia. Ele é uma ferramenta linda e maravilhosa que auxilia a gente a entender de forma mais profunda nossos clientes, gerar conexão com eles, descontrair a reunião de forma que o cliente se sinta confortável em se abrir e falar mais verdadeiramente e livre e nos ajuda a interpretar o que ele realmente quer e precisa. Ele é meu brienfing, meu início. Eu insiro perguntas do briefing ao longo da conversa. Pra mim, o ideal de duração do mapa por 1 dia é de 2h, no máximo. É tempo de descontrair, conversar, entender, coletar informações e de não ficar muito pesado para os envolvidos, se não acaba cansando. Mas não é uma regra, as vezes pode cansar antes, as vezes pode cansar depois. Não é uma receita de bolo, como tudo, é experimentação. Uma novidade é que estou projetando e desenvolvendo um novo modelo de mapa de empatia que se aplica melhor ao deisgn de marcas! PENSA E SENTE FALA E FAZ SONHOS / OBJETIVOS / GANHOS MEDOS / DORES / OBSTÁCULOS ESCUTAVÊ e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign como iniciar o mapa? Muita gente me pergunta como iniciar o mapa, a conversa. Eu gosto de duas formas: Ou eu começo contando uma história minha, ou eu peço pro cliente contar uma história completamente aleatória pra mim. Pode ser qualquer uma que faça ele viajar, pois viajando é como ele vai se soltar, se conectar emocionalmente e falar o que pensa e sente de forma mais verdadeira, não o que ele acha que pensa e sente, nada superficial. Pessoas precisam ser estimuladas da forma certa pra que externizem o que está dentro delas. Na parte das dores e dos medos temos que tomar um pouco de cuidado pra não sermos invasivos demais. Nesta parte eu gosto de de me vulnerabilizar para causar um espelhamento empático e fazer a pessoa se sentir confortável e me contar algo. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign o desafio de design! Após o mapa, temos que encontrar o desafio de design. Ele nos orienta muito durante o projeto, mas não nos engessa, é um bom guia! Os desafios de design começam sempre com “Como podemos”. Ele não pode ser nem muito amplo, nem muito limitado, ele nos faz criar cada vez mais perguntas, é uma fase de divergência. A Escola de Design Thinking nos ajuda a elaborar um bom desafio de acordo com 3 perguntas: Por exemplo (um exemplo também da escola), entender o papel do cobrador de ônibus no contexto das novas tecnologias. Um desafio limitado seria: Como podemos acabar com a função do cobrador de ônibus. Ele já dá uma solução, e normalmente as primeiras soluções nunca são as melhores pois são superficiais. Um desafio amplo seria: Como podemos reprojetar o sistema de transporte público? Meldels! Um bom desafio seria: Como podemos ressignificar o papel do cobrador de ônibus? Um desafio que gostei muito de elaborar foi o da Waya, marca de bolsas artesanais que projetei. O desafio era “Como podemos ressignificar o conceito das bolsas na vida das pessoas”? E foi muito divertido esse processo! 1. O DESAFIO É CENTRADO NO SER HUMANO? 2. O DESAFIO PERMITE UM ESCOPO DIVERSO DE SOLUÇÕES? 3. POSSUI UM RAZOÁVEL GRAU DE INCERTEZA PARA ONDE SEGUIR? e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign vamos falar um pouquinho sobre cada etapa? Vou falar um pouquinho de cada etapa pra vocês se familiarizem e entenderem mais sobre! Eu não utilizo o DT de forma linear, nem um pouco mesmo, tanto que eu começo com o mapa de empatia. Mas essa é a beleza! Ele é livre, holístico, um guia! Use-o de acordo com sua personalidade e necessidade! e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Na minha opinião a parte mais divertida! É o mergulho inicial nesse novo universo que esbarramos! É a hora de fazer um entendimento 360 (o que a escola de design Thinking chama carinhosamente de (des)entendimento) e abrir nossa mente e visão para o novo, para as pesquisas que virão. É colher o máximo de dados que conseguirmos suportar! Hehehe. É onde construímose descontruímos o desafio. É quando fazemos perguntas que geram mais perguntas e por isso é uma fase de divergência. E como descontruímos? Se o desafio for como o da Waya: Como podemos ressignificar o conceito de uma bolsa? O que é uma bolsa? Pra que serve uma bolsa? Quem usa bolsa? Qual o intuito de ter uma bolsa? Qual a necessidade da bolsa? Quais os formatos de bolsa? Quais os materiais que compõe uma bolsa? Qual a história da bolsa? Qual foi a primeira bolsa? O que significa a bolsa nos diversos contextos históricos? O que é a bolsa em diferentes áreas? Quais as diferenças culturais de uma bolsa? O que faz as pessoas desejarem bolsas? E por aí vai e muuuuito longe viu? Essa natureza questionadora nos faz ter a profundidade necessária de poder projetar algo único, especial, que atenda o nosso cliente, que se destaque, que emocione e que encante as pessoas. Na minha metodologia de criação de marcas, o entendimento abre os caminhos pra projeção do conceito, que me abre diversas possibilidades para marcas mais inovadoras. (des)entendimento e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign É hora da empatia! De sair, conhecer, entender, observar, conversar, sair da zona de conforto. É hora de se relacionar com pessoas, já que todo serviço é feito pras pessoas. Devemos pensar em todos os aspectos humanos: comportamental, físico, cultural, sociológico, psicológico, emocional, etc. observação Depois de todas as pesquisas e grandes quantidades de dados e insights é hora de rever o desafio a partir do entendimento e pesquisas. O desafio mudou? Continua o mesmo? É hora de organizar o caos e a pesquisa. É hora de convergir e gerar mais empatia. O mapa de empatia e a criação de personas se encaixam aqui como ótimas ferramentas. ponto de vista e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Agora é hora de por a mão na massa de forma livre, sem julgamentos, pensando em tudo que coletamos até agora, baseado nas pesquisas, mas também com intuição e emoção. É tentar tangibilizar o caos, as ideias, muitas delas, todas elas! Brainstorms se encaixam lindamente aqui! ideação Ainda é momento de geração de ideias, de entender as tangibilizações, de expandir o entendimento. É uma forma de entendermos de forma rápida, suja e barata como esse projeto vai funcionar na vida real. Tiramos a ideia do papel e damos vida a elas. Pensem em testes de impressão, bonecas de livros e de folders, esqueletos de sites, protótipo digital de navegação, montar embalagens com papeis que temos, maquetes, etc! Ele já nos mostra muita coisa antes mesmo de a solução existir! prototipação e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Prototipe achando que vai dar certo, teste achando que sempre está errado! - Gever’s teste Se você gastou bastante tempo em cima de suas criações, elas se revelarão para você. Mas se você testar sua ideia e deixá-la crescer descontroladamente, ela ganhará vida própria, virará realidade e se revelará para os outros. Isso só acontece quando você começa a construir algo tangível, quando prototipa e começa a aprender como pensar sobre o desafio a partir de sua ideia. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign iteração É a hora e a oportunidade de refinar e melhorar as soluções que encontramos nessa trajetória. Para isso, devemos estar completamente fora da zona defensiva e devemos ouvir os feedbacks das pessoas sem julgamento e com a mente muito aberta. Devemos fazer perguntas, pedir exemplos, devemos ser empáticos e acessíveis. Não precisamos mudar todo nosso projeto por causa de 1 feedback negativo, devemos ouvi-lo, entendê-lo, absorve-lo e ponderá-lo. Feedbacks são portas para novos insights e para evitar erros, falhas e compreender comportamentos, prever e prevenir. É mais uma oportunidade pra gerar empatia e treinar a mesma. Ele vai nos dizer se precisamos voltar alguns passos ou se estamos no caminho certo. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign As etapas do Design Thinking também podem ser divididas entre: Imersão, Ideação, Prototipação e Implementação. Novamente, não achem que isso é uma receita de bolo. É um laboratório completamente experimentativo e não linear, entendam, testem, criem de acordo com suas próprias necessidades. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesigne-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Vocês viram o mundo que o design nos abre? E que ele vai além do que imaginamos? Que nosso impacto, nossos projetos e criações vão além mesmo, têm capacidade de transformar e movimentar muita coisa. O Design intangível é o design mais importante, aquele que a gente sente, mas não consegue ver. É esse design que conecta as pessoas, o mundo, ambientes, marcas, cria filosofias, muda culturas, transforma o mundo e guia nossos projetos visuais e gráficos. Espero que vocês tenham curtido esse ebook tanto quanto eu curti escrevê-lo! Que tenham tirado alguns insights e que ele possa te ajudar nessa jornada tão linda que é a nossa. Também transformar um pouquinho seus projetos e te levar pra onde você mais deseja. e a conclusão disso tudo? Obrigada de coração pela atenção e carinho de vocês!!! e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesigne-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Eu sempre fui uma pessoa extremamente indecisa na vida, pois sempre gostei de tudo! Hahaha Sempre fui curiosa e estudar as coisas por diversão e não por obrigação (quando virava obrigação eu não era tão curiosa assim! Hehehe), eu amava biologia, história e mitologia, gostava de entender a química, a física e a matemática. Sempre quis fazer algo que causasse um impacto positivo no mundo e nas pessoas, queria trabalhar com algo que importasse, mas acabei fazendo vestibular para biologia, história, direito e publicidade (pois é, né?). Acabou que optei por fazer Publicidade. Eu tive o ENORME privilégio da minha mãe poder com todo seu trabalho e esforço pagar minha faculdade na ESPM, que é muito renomada nessa área. Sou extremamente grata por poder estar ali dentro e completamente ciente desses privilégios. Sei que muitas pessoas não têm isso, por isso eu tento sempre democratizar conteúdos do design de forma gratuita pra disseminar essa visão no mundo e mostrar que o design é muito além do que pensamos. quenhé essa pessoa diana? e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Eu não me dei muito bem em publicidade, na verdade eu não me encaixei nem lá e nem com as pessoas de lá. Fiquei muito confusa, preocupada e desesperada de estar jogando o dinheiro da minha mãe fora e de não saber o que queria pra minha vida.. A gente sofre muita pressão pra já decidir o que fazer desde muito novos, né? Coisas que podem ou não definir nossa vida inteira e eu não estava feliz ali! Foi então que eu tive contato com algumas pessoas do design. Até então eu achava que Design era moda, que as pessoas faziam roupas hahahaha. Eu conversei com algumas pessoas e com a querida coordenadora do curso na época (que veio a ser minha orientadora no meu tcc e me ensinou muita coisa), a Eliana Formiga. Primeiro eu entrei achando que eu desenharia pro resto da vida, aquela doce ilusão! Ao longo do curso e oscilava entre amar as matérias e ainda me perguntar se era aquilo que eu queria mesmo fazer pelo resto da vida.. Eu ainda não me encaixava ali, me sentia deslocada e muito perdida. A quantidade de matérias juntas e suas complexidades (cheguei a ter 12 matérias no mesmo período junto com o estágio) me balançaram um pouco e o pensamento de que eu iria fazer algo fútil e viver presa dentro de um escritório recebendo ordens de pessoas que podavam minhas ideias e criatividade não me agradava... Mas eu tinha que forçar pra me encaixar nesse padrão né? Por que eu precisava, devia, era o “certo”. Cheguei em um ponto de que eu me vi sem saída e tranquei 1 semestre da faculdade, entrei em depressão e aquilo mecorroía por dentro, pois eu sabia que estava jogando todo aquele raro privilégio que eu tinha no lixo, mas aquilo em mim era incontrolável. Depois de meses bem difíceis eu voltei pra faculdade, motivada a terminar aquela inferna nem que fosse a última coisa que eu tivesse que fazer. Eu tive 3 amigas durante a faculdade toda, as conheci no quarto período, e ao voltar elas não estavam mais na minha turma, pois fiquei pra trás e a turma sempre vai se desfazendo. Então me via sozinha ali, enfrentar tudo aquilo sozinha de novo, mas eu não ia desistir. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Mas eu tive uma ponta de esperança no quinto período. Através de uma querida professora chamada Beatriz Russo eu finalmente conheci a verdadeira essência do design e ela com certeza não era nada, absolutamente nada fútil... Passei por alguns estágios: estúdio de fotografia, secretaria da cultura, uma ong e cheguei ao meu primeiro emprego numa agência de publicidade; e aí, minha saúde mental começou a se desintegrar e meu maior medo começou a se concretizar. O medo de que eu passaria o resto da vida num escritório fechado, com minha criatividade podada, ganhando mal, sendo tratada mal e super desvalorizada por uma empresa péssima que nem se importa comigo. Foi aí que eu decidi arriscar tudo, largar tudo e empreender (não façam isso se não tiverem uma boa reserva financeira de segurança). Meu início foi difícil, estava morando sozinha pela primeira vez num apartamento alugado e eu não conseguia clientes, estava fazendo meu tcc e tudo estava desandando. Foi um grande risco que corri, não pude mais pagar o apartamento em que estava, comecei a comer totalmente a minúscula reserva que tinha feito e não encontrava meu posicionamento. Foi um grande processo de teste e erro, teste e erro, teste e erro, até começar a finalmente acertar. Fui estruturando aos poucos meu posicionamento, experimentando colocar meu aprendizado todo naquilo que eu mais acreditava e amava. Encontrei meu diferencial, eu amava criar marcas que impactassem positivamente o mundo, que eram fortes e fizessem a diferença. Busquei muito por designers de marcas humanas por aí, não encontrei absolutamente ninguém na época, quase não se falava em marcas humanizadas. Era hora de começar a me posicionar direito já, de fazer a diferença. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Conheci o Will do Freela Criativo através de uma live e me joguei pra fazer o curso dele. Pedi os dinheirinhos do curso emprestados pra minha mãe, que mais uma vez me ajudou. Foi aí que tudo, mas tudo mesmo começou a mudar. Conheci minhas maiores referências que hoje em dia eu tenho a enorme gratidão em poder chama-las de amigos. Will Baldan, Marcelo Kimura, Walter Mattos, Fábio Kerk, Renata Caraih, Beth Brands e muitos outros. Eu os olhava como algo muito distante, hoje me sinto muito abraçada por eles e por outros. Comecei a produzir conteúdo, coisas que adquiri com a trajetória, coisas que aprendi, coisas que experimentei, tudo pra ajudar os designers, queria levar pra essa área tão desconexa e com pouca perspectiva a real essência do design, o poder que a empatia tem nos projetos e toda responsabilidade que está em nossas mãos por um futuro melhor. Eu poderia passar o dia inteiro escrevendo aqui, mas o ebook não é sobre mim e meus projetos estão me agarrando pelos cabelos aqui hahahaha. Então prazer! Essa sou eu! Me vulnerabilizando pra que vocês me conheçam! Espero de coração que esse ebook ajude em algo, estou escrevendo-o com todo carinho que tenho! Muito obrigada por todos vocês que me apoiam e que me incentivam. Com todo amô, Diana Coe. e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign Muito obrigada por projetinho da Anthos no dia que foi pra um livro de logos de uma Editora Chinesa e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign agradecimentos para pessoas xuxus. Primeiro um agradecimento especialzão à equipe marlinda que vai lançar em breve meu cursinho! Will, Jefferson, Gui, Rodrigo, Danyel, Thaylla, cês são demais! Aos professores que jogaram com carinho nesse mundo: Bia Russo, Fernando Borges, Eliana Formiga, André Beltrão, Belmonte e muitos outros. Obrigada às minhas referências (hoje abigos!) que tiveram o saco de ler meu ebook ainda na unha (word) e me dar opinião hahahaha Marcelo Kimura, Fábio Kerk, Walter Mattos, Renata Caraih, Beth Brands. Obrigada aos queridos que conheci durante essa trajetória linda e que hoje tenho o maior carinho! Juliana (ajuquefez), Emanuel Pappis, Kesya Tavares, Renata Santos, Azteca Design, Priscylla Nunes, Fer Almeida, Nina Talks, Ericles Batista, Camila Chisini da Okta, Itamara Ferreira, Thai Furtado, Rafael Maia, Victor Weiss, Pedro Renan, Paulo Nogarol, Gui Vissotto, Victor Berriel, Richard Eidam, Marcio Muniz, Emerson Medeiros, Letícia Proença, Ray Ariel, Gustavo Estevão, Cilene Silveira, André Braga e muitos, muitos outros que não cabem aqui, mas que prometo fazer um agradecimento pra todos! hahaha Ao meu maravilhoso incrível advogado que mata meus nomes, Moysés Remma. Aos meus mentorados coisas lindas da minha vida, vocês são demais! A todo mundo que tá sempre me mandando mensagem, comentando, compartilhando e tá pertinho de mim lá no insta! Cara, eu tenho um carinho desgraçado por cada um de vocês real! hahaha! e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign se você chegou até aqui é por que você é uma lindeza! se curtiu me ajuda a fazer esse e-book chegar em mais pessoas? até porque isso deu um trabalho do cão! hahaha Aproveita e me segue lá no insta! É @dianacoedesign :) Eu tô sempre compartilhando conteúdo novo, falanco coisas malucas, botando uns projetos loucos e tentando ajudar vocês um pouquinho! E se gostou pode vir me contar no direct! Vou amar!
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