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Fundamentação Histórica Dos Direitos Humanos Educação e Direitos Humanos MÓDULO 3 Críticas ao universalismo Para os críticos da universalidade dos Direitos Humanos, a ideia de se criar um conjunto de direitos básicos capazes de atender a todos se mostra até mesmo soberba, se levarmos em consideração que ela foi escrita por um grupo, e não por todas as nações. A partir dessa ideia, poderia ser criada a noção de que existe um grupo que é capaz de entender sozinho as necessidades de todo o mundo e que pode decidir por todos o que é necessário para se ter uma vida digna sem consultar aqueles que irão usufruir desse modo de vida. 02 MULTICULTURALISMO Multiculturalismo Diante de tantas críticas, surge o multiculturalismo, uma corrente em contestação à visão universalista e que amplia as possibilidades de inclusão desses direitos em todo o mundo. Para Santos, o multiculturalismo representa o equilíbrio entre a competência global e a legitimidade local, ou seja, entre aquilo que precisa ser um ponto em comum entre todos e o respeito das características de cada comunidade. Antes de tudo, é necessário criar um conjunto de direitos que promova a igualdade ao mesmo tempo que são respeitadas as diferenças culturais das diversas comunidades. DIVERSIDADE CULTURAL Outro ponto que deve ficar claro a respeito das culturas é que elas são dinâmicas e que igualdade não é sinônimo de uniformidade: apesar de serem originários do mesmo continente, norte-americanos, brasileiros e argentino têm características bastante diferentes. Dignidade da pessoa humana Dignidade da pessoa humana são as condições mínimas necessárias para que uma pessoa viva uma vida justa, em condições adequadas e sem depreciação. Este é um valor absoluto, regulador de todos os objetivos do ser humano, pois nada é mais importante do que a garantia das condições vitais para a sobrevivência nesse mundo. Nas sociedades ocidentais, podemos reconhecer as condições da dignidade da pessoa humana como as que foram trazidas na Declaração dos Direitos Humanos da ONU, pois, se a declaração foi escrita por representantes da cultura ocidental como os valores mínimos necessários para todas as pessoas, é lá que estão descritos os seus pilares. Porém, apesar de serem direitos universais, eles não refletem as condições da dignidade humana em todas as culturas do mundo. Para o melhor consenso, já que nem todas as concepções de dignidade humana conseguirão ser contempladas, por serem opostas ou contraditórias, uma solução seria procurar atender ao maior número possível de seres humanos, buscando uma versão mais aberta do conceito, ou seja, a visão da dignidade humana que melhor será aceita dentro das particularidades das outras culturas. TRANSFORMAÇÕES NO CONCEITO Uma significativa transformação desse conceito aconteceu no momento após a Segunda Guerra Mundial, quando houve a chamada “virada kantiana”, que rejeitou qualquer espécie de coisificação e instrumentalização dos homens e mulheres. A dignidade da pessoa humana passou a ser considerada um fim para a humanidade e não um meio para a construção do mundo. Três fases de composição dos Direitos Humanos Universais Seria a burocrática, a fase da definição dos Direitos Humanos. Primeira fase Período de promoção e estabelecimento desses direitos pelo mundo, quando foram realizados congressos, publicações e diversos debates e estudos. Segunda fase A atual fase de proteção, em que é necessário observar e controlar o estabelecimento e o cumprimento desses direitos. Foram criados comitês e grupos para fiscalizar e denunciar violações dos Direitos Humanos em todos os países que aceitaram integrar ou não as Nações Unidas Terceira fase Constituiu-se uma estrutura chamada Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos, por órgãos como os comitês regionais; o Sistema Interamericano de Direitos Humanos; o Sistema Europeu de Direitos Humanos e o Sistema Africano de Direitos Humanos.
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