Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
NUTRIÇÃO APLICADA À ESTÉTICA Ivonilce Venturi Introdução à nutrição em estética Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Relacionar os cuidados nutricionais à valorização do corpo e da beleza. � Identificar os grupos alimentares e suas funções. � Analisar a importância do guia alimentar para a população brasileira. Introdução À medida que o sobrepeso e a obesidade se relacionam com o apareci- mento de outras doenças no indivíduo, aumenta-se a preocupação com o peso e a imagem corporal (ROBINOVICH et al., 2018), e, por consequência, a importância das mudanças nos hábitos alimentares, saúde e cuida- dos com o corpo e a beleza na vida das pessoas, homens e mulheres. E o estabelecimento de um corpo ideal em relação ao peso e à forma física está associado diretamente a um padrão alimentar capaz de auxiliar na contribuição ou manutenção desse aspecto estético de um corpo perfeito e magro (GRACIA-ARNAIZ, 2010). Ainda, o processo do envelhecimento como um todo, que inclui alterações de pele, cabelo, unha, aumento de gordura corporal e redução de massa magra, entre outros, constitui outro fator que promove uma preocupação quanto à estética, já que tais mudanças — que podem ocorrer pelo próprio processo de envelhecimento ou ser aceleradas por fatores externos, como exposição a poluição, luz, produtos tóxicos, etc. — são capazes de provocar insatisfações e baixa autoestima. Pele e beleza são consideradas dois dos principais fatores que representam o bem-estar dos indivíduos. Por isso, a interação com a nutrição vem se tornando essencial tanto para prevenir/retardar os efeitos do enve- lhecimento quanto para minimizar as mudanças naturais já instaladas (ZOUBOULIS et al., 2019). Neste capítulo, você identificará a relação entre os elementos que caracterizam a estética e a beleza e os fatores nutricionais associados a elas, além de compreender as diferentes funções dos grupos alimentares necessários para promover uma alimentação adequada e analisar o guia alimentar para a população brasileira como um manual de orientação para o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis. Cuidados nutricionais e a valorização do corpo e da beleza O termo “estética” foi descrito pela primeira vez por Alexander Baumgarten (1714–1762) um filósofo alemão, com a intenção de denotar a ciência do que é sentido e imaginado (BRIELMANN; PELLI, 2018). Atualmente, diferentes di- cionários o definem, de modo geral, como “aparência ou beleza física, plástica; atividade profissional que visa à busca da beleza física através de tratamentos especiais para correção de problemas de pele, de cabelo, das formas do corpo etc.” (ESTÉTICA, 2019, documento on-line), bem como uma palavra “usada para falar sobre beleza ou arte e a apreciação das pessoas por coisas bonitas; de beleza; sensível à arte e beleza” (AESTHETICS, 2019, documento on-line). Contudo, é importante observar que, além desse significado encontrado nos dicionários, o termo vai além, estando relacionado à psicologia cognitiva e afetiva, ou seja, estética como sentimento que faz com que as pessoas busquem cada vez mais encontrar um padrão de beleza (BRIELMANN; PELLI, 2018). O neurocientista Anjan Chatterjee, que vem estudando a neuroestética como uma disciplina emergente da neurociência, explica que a estética compreende uma experiência que inclui emoções, valorização e ações geradas por um objeto ou por processos subjacentes a ele, representando uma inter-relação entre os sistemas sensorial-motor, emoção-valorização e significado-circuito de conhecimento — isto é, o cérebro responde à visualização de belas ima- gens com sensações de prazer, associando experiências de prazer estético a percepções de estímulos específicos (CHATTERJEE; VARTANIAN, 2014). As explicações de Chatterjee permitem compreender o motivo pelo qual as pessoas têm buscado cada vez mais procedimentos estéticos aliados à nutrição para definir e modificar seus corpos no sentido de torná-los belos e atrativos, pois estar e se sentir atraente são uma fonte de prazer. Introdução à nutrição em estética2 A nutrição é a ciência que estuda a relação dos alimentos com a saúde do homem, integrando os processos do alimento desde o momento de sua inges- tão até a excreção, com o objetivo de transformar o alimento em nutrientes que serão essenciais ao bom funcionamento do organismo. No entanto, além desse consumo de potenciais alimentos nutritivos, o indivíduo pode consumir alimentos que se acumularão e promoverão substâncias nocivas à saúde cau- sando doenças (ROSS et al., 2016), abrangendo as deficiências nutricionais que causarão problemas como unhas fracas e quebradiças, queda de cabelo ou cabelos fracos, aparecimento de rugas, etc. (PUJOL, 2011). Os problemas promovidos por uma má alimentação refletirão diretamente na saúde do corpo como um todo. Nesse sentido, o Ministério da Saúde lançou uma campanha para alertar a população quanto aos maus hábitos alimentares e às suas consequências para o corpo, chamada “Você é o que você come” (Figura 1), que possibilitava analisar o quanto o consumo de alimentos está relacionado à estrutura e à estética do corpo, influenciando diretamente na autoestima e no bem-estar das pessoas. Figura 1. Campanha do Ministério da Saúde alertando para os problemas gerados pela alimentação inadequada. Fonte: Brasil ([199-?], documento on-line). 3Introdução à nutrição em estética Ainda, em virtude do aumento da obesidade e das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil, o Ministério da Saúde lançou a segunda edição do Guia Alimentar para a População Brasileira, que serve como uma ferramenta para orientar a população em relação às suas escolhas alimentares. O Guia Alimentar para a População Brasileira desenvolvido pelo Ministério da Saúde está disponível no link a seguir. https://qrgo.page.link/zU5Qa A escolha de alimentos que um indivíduo faz ao longo da vida influencia em todo o funcionamento de seu organismo, ou seja, escolher alimentos adequados pode auxiliar ou potencializar a melhora de problemas estéticos. Os alimentos são compostos por nutrientes (macro ou micronutrientes) com funções específicas e que garantirão a saúde geral do indivíduo, evitando que este venha a desenvolver distúrbios nutricionais capazes de resultar em pro- blemas corporais. À medida que o consumo de alimentos se torna inadequada (baixo em micronutrientes e com excesso de calorias, açúcar e gordura), as funções biológicas do corpo passam a declinar, o que leva ao aparecimento de doenças como diabetes, hipertensão e até mesmo câncer (WARDLAW; SMITH, 2013), além de causar danos estruturais ao corpo, como cabelos quebradiços, acne, seborreia, alopecia, unhas fracas, envelhecimento precoce, entre outros distúrbios. A nutrição aplicada ao segmento da estética busca avaliar os problemas estéticos causados no corpo e a situação atual da alimentação do indivíduo, para, então, desenvolver estratégias nutricionais que visem a recuperar a condição nutricional deficiente e que, provavelmente, representa o motivo dos danos, favorecendo a recuperação e melhorando as questões estéticas do indivíduo (SCHNEIDER, 2010). Essa área da nutrição compreende o campo da saúde com a capacidade de aliar os cuidados nutricionais às necessidades dietoterápicas, conseguindo prevenir e/ou tratar não somente as doenças desenvolvidas pela má alimentação, mas também tratar distúrbios estéticos como alopecias, acne, desidratação Introdução à nutrição em estética4 cutânea, hipercromias, unhas quebradiças, flacidez dérmica, fibroedema geloide, etc. (PUJOL, 2011). Importante destacar que aliar procedimentos estéticos à nutrição poten- cializa os resultados dos tratamentos estéticos, como nos casos em que há procedimentos cirúrgicos, nos quais a nutrição é um ponto fundamental, pois auxiliará não somente no processo de recuperação e cicatrização, mas também nacontinuidade de um tratamento com resultados favoráveis. Outra função importante da nutrição aplicada à estética consiste na melhora da autoestima do paciente, com base na sua expectativa quanto ao padrão de beleza e na melhora da sua condição geral de saúde. Grupos alimentares e suas funções Buscando facilitar a compreensão sobre os grupos alimentares e suas funções, a nutrição passou a utilizar a pirâmide dos alimentos para fazer uma divisão dos grupos de alimentos conforme sua semelhança de nutrientes, ou seja, de acordo com a densidade de energia e os macro e micronutrientes majoritários presentes, importantes indicadores para o desenvolvimento de orientações nutricionais para a população, tornando-se uma ferramenta fundamental para auxiliar nas escolhas alimentares saudáveis. É importante destacar que uma dieta para indivíduos adultos e idosos se baseia em uma recomendação de 2.000 kcal/dia (PHILIPPI, 2018). Os grupos básicos de alimentos são classificados como os listados a seguir. � Densoenergéticos e elevados em nutrientes: grupo de alimentos com arroz, pão, massa, batata e mandioca e grupo das carnes e ovos; � Densos em nutrientes e reduzidos em energia: grupo das frutas, das verduras e dos legumes, grupo do leite, do queijo e do iogurte e grupo dos feijões e das oleaginosas; � Densoenergéticos e reduzidos em nutrientes: grupo dos óleos e gor- duras e açúcares e doces. A Figura 2 apresenta a pirâmide alimentar proposta pelo Ministério da Saúde, que aponta a sequência que os alimentos de cada grupo devem ser consumidos: a base da pirâmide deve ser a base da alimentação do indivíduo e os alimentos da ponta aqueles de menor consumo. 5Introdução à nutrição em estética Figura 2. Pirâmide alimentar que demonstra os diferentes grupos de alimentos e o nível que ocupam. Fonte: Brasil (2001). Grupo do arroz, pão, massa, batata e mandioca Base da pirâmide, esse grupo é composto por alimentos ricos em carboidratos e constitui uma importante fonte de vitamina B1. Os carboidratos são a principal fonte de energia (4 kcal a cada grama de carboidrato) para o ser humano, mas seu excesso pode ser convertido em glicogênio ou ácidos graxos, o que leva, por exemplo, à obesidade (pela conversão do açúcar em gordura) e ao desen- volvimento de diabetes melito. É importante consumir, sempre que possível, alimentos integrais, pois eles garantem um teor maior de fibras, vitaminas, minerais e ácidos graxos no alimento (EGASHIRA et al., 2018). Grupo das carnes e ovos Terceiro nível da pirâmide alimentar, é formado por alimentos fontes de proteína de alto valor biológico, fornecendo também nutrientes essenciais, como as vitaminas B6 e B12, a biotina e a niacina, minerais como o ferro, o Introdução à nutrição em estética6 cromo, o zinco e o cobre, além de aminoácidos e ácidos graxos. As proteínas fornecem 4 kcal a cada grama de proteína. Deve-se ter cuidado com o con- sumo de carnes com muita gordura, pois elevam o teor calórico e contêm uma quantidade maior de ácidos graxos saturados. Esse grupo de alimentos tem como funções básicas a formação e a recuperação de tecidos, a cicatrização de feridas, a formação de cabelos e unhas, a estimulação do crescimento de massa muscular e o fortalecimento do sistema imunológico, além de integrar o processo de produção de sangue. Deve-se evitar o consumo de alimentos industrializados e embutidos, em virtude de seu excesso de sódio, conservan- tes, corantes, entre outros compostos químicos sintetizados em laboratório (COMINETTI et al., 2018). Grupo das frutas, verduras e legumes O consumo de alimentos desse grupo — em que se incluem, das hortaliças (verduras e legumes), folhas, flores, frutos, caules, sementes, raízes e tubérculos — vem sendo bastante estimulado, em razão de seus inúmeros benefícios à saúde. É considerado fonte de fibras, vitaminas e minerais, além de importante fonte de compostos bioativos. Entre as suas principais funções, estão reduzir DCNT, melhorar o funcionamento intestinal, reduzir o estresse oxidativo, responsável pelo envelhecimento e por algumas doenças e manter a saúde em geral. Os alimentos desse grupo devem ser consumidos diariamente e, sempre que possível, em sua forma crua (in natura), com alimentos da época, pois, contêm os melhores teores de nutrientes. Recomenda-se o consumo de 400 g diariamente dos alimentos desse grupo (PHILIPPI; MOREIRA-ARAÚJO, 2018). As hortaliças são classificadas de acordo com a sua parte comestível: as folhas cor- respondem a acelga, alface, couve, repolho e rúcula; flores podem ser de alcachofra, brócolis e couve-flor; frutos, a abóbora, a berinjela, o tomate e o pimentão; bulbos são alho e cebola; caules são aipo, aspargos e palmito; sementes referem-se a ervilhas e milho-verde; e raízes e tubérculos são beterraba, cenoura, mandioca e batata. 7Introdução à nutrição em estética Grupo do leite, queijo e iogurte Trata-se de um grupo de alimentos que é fonte de proteínas de alto valor biológico e também de nutrientes, como cálcio, fosforo, vitaminas A, D, B2 e biotina. Importante destacar que o teor das vitaminas A e D (vitaminas lipossolúveis) dos alimentos desses grupos está relacionado ao teor de gordura, ou seja, é encontrado em alimentos mais gordos. Esse grupo exerce funções estruturais importantes no corpo, como produção de proteínas estruturais (queratina, colágeno e elastina), do sistema imunológico (formação de anti- corpos), de transporte (hemoglobina), de núcleo de proteínas (relacionadas ao DNA), entre outras. É importante sempre optar pelos alimentos menos processados, como iogurtes naturais e coalhadas em substituição às bebidas lácteas. Pessoas com excesso de peso devem ter cuidado com o consumo dos alimentos integrais desse grupo em razão da grande quantidade de gordura presente (DUNKER et al., 2018). Grupo dos feijões e oleaginosas Grupo que também é fonte de proteínas, no entanto a biodisponibilidade não é tão alta quanto as do grupo das carnes, o que ocorre pela quantidade de amino- ácidos essenciais presentes, podendo-se melhorar o valor biológico quando se adicionam fontes de cereais. Em sua constituição, as leguminosas apresentam proteínas, carboidratos, fibras e baixo teor de lipídeos, além de serem fontes de zinco, folato e fósforo, ferro (mas de baixa biodisponibilidade) e de compostos bioativos com ação antioxidante. As oleaginosas são boas fontes de lipídios, constituídas por ácidos graxos insaturados, proteínas, fibras, vitaminas (em especial a E), minerais como selênio, magnésio, zinco, manganês e cobre e, também, compostos antioxidantes. As oleaginosas auxiliam na redução de lipídeos séricos e na melhora do perfil anti-inflamatório, mas seu consumo deve ser cuidadoso pelo seu alto teor de lipídeos. Também apresentam efeitos antioxidantes importantes em virtude de seus compostos, como vitamina E, zinco e selênio, o último usado inclusive para a fertilidade. Os alimentos desse grupo incluem lentilha, amendoim, soja, ervilha e as diferentes espécies de feijão, e as oleaginosas abrangem amêndoas, macadâmia, castanhas, nozes, avelã, sementes de linhaça, gergelim, etc. (BORTOLI et al., 2018). Introdução à nutrição em estética8 A mistura arroz e feijão, que constitui a dieta básica do brasileiro, representa uma combinação perfeita de nutrientes, em especial de aminoácidos — o arroz é pobre em lisina, mas rico em metionina e cistina, e o feijão é rico em lisina, contudo deficiente em metionina e cistina, portanto a mistura dos dois é importante para o consumo dos aminoácidos essenciais de maneira completa. A proporção ideal é de uma parte de feijão para duas de arroz. Grupo dos óleos e gorduras Localizados na parte superior da pirâmide, os alimentos desse grupo são constituídos basicamente por gorduras, de origem vegetal e animal, fontes de energia e ácidos graxos essenciais, além de um importante veículo de vitaminas lipossolúveis e antioxidantes, e alguns óleos vegetais são importantesfontes de vitaminas E e K, mas também de colesterol, ácidos graxos saturados e gorduras trans. Seu consumo excessivo pode levar a obesidade e doenças cardiovasculares, hipercolesterolemia, entre outras condições clínicas. Como exemplos de óleos, temos o de girassol, milho, amendoim, oliva e manteigas vegetais produzidas a partir da extração de gorduras derivadas de sementes de frutos (p. ex., manteiga de cacau). As gorduras de origem animal compreendem o toucinho, a manteiga, o creme de leite, a banha, etc., e as vegetais hidrogenadas são produzidas a partir de óleos vegetais, em que a indústria emprega um processo de hidrogenação catalítica que resulta na solidificação dessa gordura, aumentando também sua estabilidade, embora essa reação forme ácidos graxos trans. Margarinas e creme vegetal são produtos obtidos pela mistura de gorduras animais ou vegetais adicionados de leite e água formando uma emulsão estável, utilizando-se normalmente a gordura vegetal hidrogenada. O processo de industrialização levou a um aumento no teor de lipídeos nos alimentos com a finalidade de melhorar a textura e o sabor, mas geralmente são adicionadas gorduras hidrogenadas. Cada grama de gordura tem 9 kcal, ou seja, energia de alta densidade, portanto seu consumo deve ser moderado (SANTOS; AQUINO, 2018). 9Introdução à nutrição em estética Grupo dos açúcares e doces É formado pelos alimentos ricos em açúcares, como mel, xaropes, caldas, geleias, frutas cristalizadas, bombons, caramelos, chocolates, refrigeran- tes, biscoitos, bolos, sorvetes e sobremesas (p. ex., cremes, flans, mousses). O açúcar é um ingrediente usado para a produção de alimentos a fim de me- lhorar a palatabilidade e a conservação. Esse grupo fica no ápice da pirâmide, pois, além de constituir uma fonte de energia (4 kcal por grama de açúcar), tem alto índice glicêmico e baixo valor nutricional, devendo, portanto, ter seu consumo moderado. O consumo excessivo está relacionado a doenças cardiometabólicas, obesidade, diabetes mellitus e outras DCNT, além de problemas odontológicos (PHILIPPI; LEAL; PIMENTEL, 2018). Não devemos esquecer que a água é essencial ao funcionamento adequado do corpo, e seu consumo deve ser incentivado pelos profissionais da saúde, pois tem funções vitais, como na regulação de funções corporais, eliminação de substâncias tóxicas e no auxílio nos processos digestório, respiratório, cardiovascular e renal (BRASIL, 2006). Importância do guia alimentar para a população brasileira Lançado pela primeira vez no ano de 2006 pelo Ministério da Saúde, o Guia Alimentar para a População Brasileira consistiu em um documento elaborado coletivamente por meio de consulta pública e contribuições de diversos espe- cialistas e redes de alimentação e nutrição. Sua finalidade era orientar a população quanto a bons hábitos alimentares para a prevenção da obesidade e de DCNT, como diabetes e hipertensão, além de direcionar a práticas alimentares para minimizar ou melhorar as deficiências nutricionais, principalmente as de micronutrientes e doenças infecciosas. Todas as suas orientações tinham como mensagem central a melhora dos hábitos alimentares, direcionando as refeições consumidas tradicionalmente pela população brasileira. E suas diretrizes residiam nos grupos alimentares, Introdução à nutrição em estética10 orientando a população quanto à função de cada grupo alimentar, assim como os alimentos-fonte de cada grupo. Outro foco importante do guia consistiu na abordagem sobre a interpretação da rotulagem nutricional como uma ferramenta para a escolha saudável de alimentos. E, por fim, o guia trazia in- formações epidemiológicas sobre o consumo alimentar da população brasileira. Em 2014, em razão das grandes mudanças ocorridas no Brasil em relação a questões sociais, culturais, econômicas e políticas, que promoveram grandes mudanças no estilo de vida, no estilo alimentar e no perfil nutricional da popula- ção, com o aumento da obesidade e de DCNT, e, ao mesmo tempo, uma redução da desnutrição, mas com a continuidade das deficiências de micronutrientes, o Ministério da Saúde elaborou a 2ª edição do Guia Alimentar para a População Brasileira, que, dessa vez, enfatizou o “incentivo, apoio e proteção da saúde” combinando “políticas públicas saudáveis, na criação de ambientes saudáveis, no desenvolvimento de habilidades pessoais e na reorientação dos serviços de saúde na perspectiva da promoção da saúde”, configurando-se como um “instrumento de apoio às ações de educação alimentar e nutricional no SUS e também em outros setores” visando à garantia da segurança alimentar e ao direito à alimentação saudável (BRASIL, 2014, p. 6). Capítulo 1 O Capítulo 1 do Guia aborda cinco princípios básicos, detalhados a seguir. Alimentação é mais que ingestão de nutrientes O guia alimentar descreve a importância do consumo de uma alimentação balanceada e variada que contenha todos os nutrientes necessários ao corpo, no entanto destaca que o consumo isolado de nutrientes não tem a mesma eficiência que o consumo de alimentos, pois estes contêm em sua matriz alimentar uma combinação de nutrientes que potencializam o efeito benéfico no corpo. E isso também quando ocorre, por um período prolongado, uma dieta não balanceada em macro e micronutrientes, causando alterações na condição de saúde, levando a distúrbios nutricionais e reduzindo a imunidade. Outro ponto importante consiste no modo de preparo e nas combinações entre os alimentos, que aumentam ou diminuem a disponibilidade de nutrientes. A ênfase reside em incentivar a relação de autonomia nas escolhas ali- mentares que proporcionem prazer e bem-estar, valorizando as dimensões culturais e sociais. 11Introdução à nutrição em estética Recomendações sobre alimentação devem estar em sintonia com seu tempo As modificações que vêm ocorrendo na alimentação mundial e no Brasil, sobre pela substituição de alimentos in natura ou minimamente processados e de alimentos de origem vegetal, como arroz, feijão e legumes, por alimentos industrializados prontos para o consumo, promoveram grandes mudanças no perfil epidemiológico da população, como aumento da obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, etc., sendo o consumo excessivo de calorias, gorduras e açúcares na dieta ou os alimentos conhecidos como densos em energia e pobres em nutrientes seus maiores responsáveis. Assim, o Guia apresenta várias recomendações para alimentação saudável visando à redução da desnutrição e à diminuição da obesidade e de outras doenças relacionadas à alimentação. Alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar social e ambientalmente sustentável As características de produção e distribuição dos alimentos devem promover a redução de desigualdades sociais e, ao mesmo tempo, proteger o meio am- biente, os recursos naturais e a biodiversidade. O Guia destaca a importância da autonomia dos agricultores quanto ao uso de fertilizantes, técnicas de uso do solo e sementes (transgênicas, convencionais e crioulas), além de considerar aqueles que criam animais em suas propriedades, quanto ao modo como lidam com os dejetos e resíduos e à forma de criação (se intensiva ou extensiva). O agricultor deve considerar os riscos químico e biológico a que está exposto, além de vislumbrar as oportunidades de manter o homem no campo e gerar renda para sua família, fornecendo alimentos com maior qualidade para a população. Em razão de todo o processo de modernização da agricultura e da pecuária, a agricultura familiar, que tem sido desestimulada, é incentivada pelo Guia. Diferentes saberes geram o conhecimento para a formulação de guias alimentares A elaboração do Guia levou em consideração os estudos experimentais e clí- nicos que abordam informações para a compreensão sobre a interação entre os alimentos e o metabolismo e fisiologia do organismo, que incluem descobertas importantes sobre as funções dos alimentos na prevenção de doenças.Esses estudos populacionais e antropológicos fornecem importantes informações Introdução à nutrição em estética12 a respeito de padrões alimentares, comportamento da população em relação à alimentação e hábitos de vida, aspectos culturais, religiosos e entre outras informações importantes para a compreensão do modo como a população se relaciona com a alimentação. Guias alimentares ampliam a autonomia nas escolhas alimentares O Guia foi elaborado para aumentar o acesso da população a informações importantes sobre alimentação saudável e prevenção de doenças, disponibi- lizando uma fonte de conhecimento confiável, para que a população consiga fazer escolhas saudáveis sem descumprir o direito humano à alimentação adequada e saudável. Capítulo 2 O Capítulo 2 aborda a escolha dos alimentos apresentando as orientações gerais que possibilitam à população escolher sua alimentação de modo sau- dável, promotora de sistemas alimentares socialmente sustentáveis, saborosas e balanceadas que esteja dentro das condições financeiras, culturais e sociais da população. O Guia engloba os alimentos em quatro categorias básicas, facilitando as escolhas do indivíduo de maneira consciente em relação aos benefícios ou não dos alimentos. Os grupos são descritos como in natura ou minimamente processados, produtos extraídos dos alimentos in natura ou diretamente da natureza – usados para temperar e preparar os alimentos –, os alimentos processados e os ultraprocessados. Alimentos in natura ou minimamente processados Grupo de alimentos que provêm diretamente de plantas e/ou animais. Podem passar por algum tipo de processo de limpeza, remoção de partes indesejáveis, secagem, congelamento, pasteurização, embalagem, entre outros (minimamente processados). Os alimentos desse grupo não podem ter adição de outros in- gredientes, como feijão, milho, arroz, café, farinha de trigo, frutas, verduras, legumes, peixes, aves, carne bovina, etc., e são fontes de fibras, vitaminas, minerais, entre outros compostos químicos naturais importantes para a ma- nutenção da saúde. Devem ser consumidos regularmente, buscando-se os alimentos regionais e da época. 13Introdução à nutrição em estética Óleos, gorduras, sal e açúcar Esses ingredientes são usados para preparar e temperar alimentos, com a orientação de que sejam empregados com moderação. Estão incluídos o açúcar mascavo, demerara, cristal refinado, açúcar de coco, gorduras de coco, banha de porco, óleos de milho, arroz, girassol, soja, oliva, etc., sal branco, rosa, refinado ou grosso, entre outros. Alimentos processados Alimentos que passaram por algum tipo de processamento industrial para tornar o alimento mais saboroso e com maior tempo de prateleira, ao qual são agregados outros ingredientes, como sal, açúcar, vinagre, etc., por exemplo, milho e ervilha em conserva, compotas de frutas, pães, queijo. O proces- samento desses alimentos é semelhante à de uma técnica culinária, como fermentação, salga, conservação em salmoura. O consumo desses alimentos deve ser moderado. Alimentos ultraprocessados São aqueles que passam por processo de industrialização, geralmente contendo cinco ou mais ingredientes, como óleos, açúcares, sal e muitas substâncias de uso exclusivamente industrial que têm como finalidade conferir aroma e sabor aos alimentos, além de aumentar o tempo de vida de prateleira. Como exemplos de alimentos desse grupo estão as guloseimas, o macarrão instan- tâneo, o refrigerante, a bolacha recheada, entre outros. A escolha dos alimentos por meio dessa classificação visa a orientar a popu- lação quanto ao consumo abusivo de sal, açúcar e óleo, corantes, conservantes e outros aditivos químicos, além de alimentos com baixo valor nutricional e de fibras, pois seu consumo excessivo pode levar ao desenvolvimento de obesidade e outras doenças relacionadas à alimentação, além de interferirem nos hábitos culturais e sociais e no meio ambiente. Introdução à nutrição em estética14 Capítulo 3 O Capítulo 3, Dos alimentos à refeição, oferece exemplos de refeições sau- dáveis com base nos grupos alimentares, considerando para essas refeições os alimentos in natura ou minimamente processados e suas preparações culinárias, correspondendo a 85% do total de calorias da alimentação diária. O Guia apresenta exemplos de composição das três refeições principais, em geral realizadas pelo brasileiro — o café da manhã, o almoço e o jantar —, todas tendo como base os alimentos in natura ou minimamente processados. A Figura 3 apresenta imagens de composição de oito diferentes opções de cardápio para o café da manhã, tendo como base alimentos regionais, com destaque para aqueles do grupo dos in natura ou minimamente processados e processados, demonstrando como é possível consumir uma refeição sabo- rosa, saudável e ambientalmente sustentável, atendendo também à questão da regionalização e dos hábitos culturais. Figura 3. Composição alimentar de oito opções de um café da manhã saudável usando alimentos in natura ou minimamente processados. Fonte: Adaptada de Brasil (2014). A Figura 4 apresenta oito opções de almoço também com opções de ali- mentos dos grupos dos in natura e minimamente processados utilizados com técnicas culinárias para as preparações. É possível perceber que a mistura arroz/ feijão faz parte da alimentação do brasileiro, compreendendo uma importante combinação de aminoácidos essenciais, além das verduras e legumes, que acompanham todas as preparações, importantes fontes de vitaminas, minerais 15Introdução à nutrição em estética e fibras, carnes com cortes magros (pouca quantidade de gordura) e, como sobremesa, a opção de frutas em substituição aos doces industrializados. Figura 4. Composição alimentar de oito opções de um almoço saudável usando alimentos in natura ou minimamente processados. Fonte: Adaptada de Brasil (2014). A Figura 5 demonstra oito opções de pratos para o jantar, com as compo- sições baseadas em alimentos in natura e minimamente processados. Pode-se verificar a presença de verduras e legumes, incluindo a opção de sopas de legumes, arroz e feijão e carnes e frutas de sobremesa. Figura 5. Composição alimentar de oito opções de jantar saudável usando alimentos in natura ou minimamente processados. Fonte: Adaptada de Brasil (2014). Introdução à nutrição em estética16 É possível observar que, usando alimentos do grupo dos alimentos in natura e minimamente processados, conseguimos criar uma grande diversidade de refeições saudáveis, tendo como sobremesas, ainda, compotas de frutas ou frutas in natura. Para as pequenas refeições, como lanche da manhã ou lanche da tarde, o Guia apresenta algumas sugestões de preparações que priorizam os alimentos in natura e minimamente processados, como podemos observar na Figura 6. Entre elas, a vitamina de fruta, a salada de frutas, o iogurte natural, nozes e castanhas podem ser opções saudáveis e fáceis para o consumo, em geral substituídas erroneamente pelos alimentos ultraprocessados. Figura 6. Composição alimentar de opções de pequenas refeições saudáveis usando alimentos in natura ou minimamente processados. Fonte: Adaptada de Brasil (2014). O Guia Alimentar destaca a importância do consumo diário de água, pois a água é essencial ao funcionamento do organismo. Ainda, é importante se atentar aos casos de regiões nas quais não há água tratada, quando deve ser fervida ou clorada, evitando, assim, riscos de contaminações por água. 17Introdução à nutrição em estética Capítulo 4 O Capítulo 4 destaca a importância do ato de comer e a comensalidade, destacando três orientações, como descrito a seguir. Comer com regularidade e com atenção Realizar refeições nos mesmos horários ou em horários semelhantes e com tranquilidade favorece a digestão dos alimentos e evita o consumo excessivo que ocorre quando a refeição é realizada às pressas. Esta representa uma maneira de controlar a alimentação, evitando realizar beliscosou lanches rápidos fora dos horários, prática que pode levar ao consumo de excessos de calorias, gorduras, açúcares e pobres em vitaminas e minerais. Comer em ambiente apropriado O ato de comer deve se dar em um local agradável, sem distrações, com iluminação, som e conforto adequados, o que possibilita prestar atenção naquilo e em como se está se alimentando. Televisão ligada e celular junto à mesa são distrações que fazem com que o indivíduo não perceba quanto ou como está comendo. Comer em companhia Estar em companhia de outras pessoas, como familiares, amigos ou colegas de trabalho, torna a refeição mais agradável. Refeições compartilhadas for- talecem laços e são excelentes oportunidades para incentivar uns aos outros a uma alimentação saudável. Capítulo 5 O Capítulo 5 trata da compreensão e da superação de obstáculos encontrados na adoção de uma alimentação saudável, como descrito a seguir. Informação Grande parte da população acaba tendo acesso a informações não científicas, ou seja, de fontes não confiáveis, como uso de dietas da moda, que acabam dispersando a atenção de grupos populacionais em relação à alimentação Introdução à nutrição em estética18 saudável. Outras vezes, muitas matérias que circulam nos meios de divulgação em massa são formas mascaradas de divulgar determinados alimentos. É importante consultar sites como o do Ministério da Saúde, que disponibiliza materiais informativos com qualidade técnica-científica, além de ser criterioso com todos os tipos de informações em relação à alimentação recebida. Oferta É importante atentar-se às ofertas de alimentos, principalmente dos ultra- processados, que, por meio de propagandas, promoções e descontos, acabam induzindo à compra e ao consumo destes. É importante evitar comprar em locais que vendem alimentos processados, priorizando feiras livres, mercado de produtores, sacolão, entre outros, tornando-se possível comprar mais ali- mentos in natura ou minimamente processados no lugar dos ultraprocessados, garantindo uma alimentação mais saudável. Outra orientação consiste na criação de hortas domésticas, mesmo que em pequenos vasos ou em muros. Custo Em razão de algumas frutas, verduras e legumes terem um preço um pouco mais elevado em relação aos ultraprocessados, é importante sempre consumir frutas, verduras e legumes produzidos na região e da época, que, por sua sazonalidade, passam a apresentar um custo menor. Destaca-se que o custo de uma alimentação inadequada pode ser alto, em razão das doenças ocasionadas, como obesidade, diabetes, hipertensão, etc. Habilidades culinárias São consideradas as “habilidades envolvidas com seleção, pré-preparo, tempero, cozimento, combinação e apresentação dos alimentos”, das quais dependem o aroma, o sabor, a textura e a aparência do alimento. Com a industrialização e a saída da mulher para o mercado de trabalho, perdeu-se muito das habilidades culinárias, principalmente entre as gerações, sendo agravado com a presença massiva de alimentos ultraprocessados. A perda das habilidades culinárias faz com que as pessoas façam menos preparações com alimentos in natura ou minimamente processados por não conseguirem sabor, aroma e textura atraentes. Uma alternativa consiste em buscar receitas, cursos ou ajuda de outras pessoas para desenvolver essas habilidades. 19Introdução à nutrição em estética Tempo Grande parte da população trabalha longas jornadas e não tem tempo suficiente para preparar refeições com alimentos in natura e minimamente processados, já que, com estes, se pode levar mais tempo para realizar uma refeição em detrimento da rapidez dos alimentos ultraprocessados; no entanto, é importante levar em consideração as habilidades culinárias para realizar preparações rápidas, sem demandar muito tempo. À medida que se desenvolvem habili- dades culinárias, reduz-se o tempo para a preparação dos alimentos. Outra orientação refere-se ao fato de que alimentos que exigem maior tempo para cocção podem ser preparados em maior quantidade e, então, congelados em porções suficientes para as demais refeições. Publicidade A indústria de alimentos ultraprocessados investe grandes valores em propa- gandas para induzir a população a comprá-lo e usa os mais diversos meios de comunicação para divulgá-las, e geralmente com apelos como a reprodução de imagens de crianças felizes, fortes e muito saudáveis, além de investir em promoções e preços atraentes. É importante que pais e educadores orientem as crianças quanto à função da publicidade e que incentivem a formação de hábitos alimentares saudáveis, sobretudo por meio de exemplos. É possível perceber que, ao longo do texto do Guia Alimentar, são utilizados termos como “prefira” e “não faça” e também “na maior parte das vezes” em vez de “sempre”, tendo sido descritas quantas porções de cada grupo de alimentos possibilitando liberdade de escolha do indivíduo. Introdução à nutrição em estética20 Por fim, o Guia Alimentar disponibiliza 10 passos para uma alimentação adequada e saudável: 1. Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação. 2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias. 3. Limitar o consumo de alimentos processados. 4. Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados. 5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia. 6. Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados. 7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias. 8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece. 9. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora. 10. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre ali- mentação veiculadas em propagandas comerciais. Portanto, é possível perceber que o Guia Alimentar para a População Brasileira representa um instrumento de orientação para o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis que previnam doenças e que tenham como base o consumo de alimentos in natura e minimamente processados, a partir do respeito aos hábitos culturais, socioeconômicos, religiosos, incentivando a agricultura ambientalmente sustentável por meio de práticas agrícolas que valorizem o agricultor, a terra e seus produtos. AESTHETIC. In: COLLINS Dictionary. Glasgow: HarperCollins, 2019. Disponível em: https:// www.collinsdictionary.com/pt/dictionary/english/aesthetic. Acesso em: 4 dez. 2019. BORTOLI, M. C. et al. Grupo dos feijões e oleaginosas. In: PHILIPPI, S. T. (org.). Pirâmide dos alimentos: fundamentos básicos da nutrição. 3. ed. Barueri: Manole, 2018. cap. 6. 21Introdução à nutrição em estética BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia de bolso do consumidor saudável. Brasília: Anvisa, 2001. 1 p. Disponível em: https://www2.ibb. unesp.br/Museu_Escola/download/guiadebolso_anvisa.pdf. Acesso em: 4 dez. 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Guia alimentar para a população brasileira: pro- movendo a alimentação saudável. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 210 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/ guia_alimentar_conteudo.pdf. Acesso em: 4 dez. 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 156 p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimen- tar_populacao_brasileira_2ed.pdf. Acesso em: 4 dez. 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica de Alimen- tação e Nutrição. Programa Educação em Saúde. Você é o que você come. Brasília: Minis- tério da Saúde, [199-?]. (Cartaz). Disponível em:http://cmeigermanogerhardt.blogspot. com/2011/04/sugestoes-para-utilizar-na-sala-de-aula.html. Acesso em: 4 dez. 2019. BRIELMANN, A. A.; PELLI, D. G. Aesthetics. Current Biology, London, v. 28, n. 16, p. 859– 863, Aug. 2018. Disponível em: https://www.cell.com/current-biology/fulltext/S0960- 9822(18)30766-8. Acesso em: 4 dez. 2019. CHATTERJEE, A.; VARTANIAN, O. Neuroaesthetics. Trends in Cognitive Sciences, Oxford, v. 18, n. 7, p. 370–375, July 2014. Disponível em: https://www.cell.com/trends/cognitive- -sciences/fulltext/S1364-6613(14)00075-8. Acesso em: 4 dez. 2019. COMINETTI, C. et al. Grupo das carnes e ovos. In: PHILIPPI, S. T. (org.). Pirâmide dos ali- mentos: fundamentos básicos da nutrição. 3. ed. Barueri: Manole, 2018. cap. 5. DUNKER, K. L. L. et al. Grupo do leite, queijo e iogurte. In: PHILIPPI, S. T. (org.). Pirâmide dos alimentos: fundamentos básicos da nutrição. 3. ed. Barueri: Manole, 2018. cap. 4. EGASHIRA, E. M. et al. Grupo do arroz, pão, massa, batata, mandioca. In: PHILIPPI, S. T. (org.). Pirâmide dos alimentos: fundamentos básicos da nutrição. 3. ed. Barueri: Manole, 2018. cap. 2. ESTÉTICA. In: MICHAELIS – Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 2019. Disponível em: http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t =0&palavra=est%C3%A9tica. Acesso em: 4 dez. 2019. GRACIA-ARNAIZ, M. Fat bodies and thin bodies. Cultural, biomedical and market dis- courses on obesity. Appetite, London, v. 55, n. 2, p. 219–225, Oct. 2010. PHILIPPI, S. T. (org.). Pirâmide dos alimentos: fundamentos básicos da nutrição. 3. ed. Barueri: Manole, 2018. 480 p. PHILIPPI, S. T.; LEAL, G. V. S.; PIMENTEL, C. V. M. B. Grupo dos açúcares e doces. In: PHILIPPI, S. T. (org.). Pirâmide dos alimentos: fundamentos básicos da nutrição. 3. ed. Barueri: Manole, 2018. cap. 8. Introdução à nutrição em estética22 Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. PHILIPPI, S. T.; MOREIRA-ARAÚJO, R. S. R. Grupo das frutas, legumes e verduras. In: PHILIPPI, S. T. (org.). Pirâmide dos alimentos: fundamentos básicos da nutrição. 3. ed. Barueri: Manole, 2018. cap. 3. PUJOL, A. P. (org.). Nutrição aplicada à estética. Rio de Janeiro: Rubio, 2011. 448 p. ROBINOVICH, J. et al. Embodiment of social roles and thinness as a form of capital: A qualitative approach towards understanding female obesity disparities in Chile. Social Science & Medicine, Oxford; New York, v. 201, p. 80–86, Mar. 2018. ROSS, A. C. et al. (ed.). Nutrição moderna de Shils: na saúde e na doença. 11. ed. Barueri: Manole, 2016. 1672 p. SANTOS, K. M. O.; AQUINO, R. C. Grupo dos óleos e gorduras. In: PHILIPPI, S. T. (org.). Pirâ- mide dos alimentos: fundamentos básicos da nutrição. 3. ed. Barueri: Manole, 2018. cap. 7. SCHNEIDER, A. P. Nutrição estética. São Paulo: Atheneu, 2010. 352 p. WARDLAW, G. M.; SMITH, A. M. Nutrição contemporânea. 8. ed. Porto Alegre: AMGH; Artmed, 2013. 768 p. ZOUBOULIS, C. C. et al. Aesthetic aspects of skin aging, prevention, and local treatment. Clinics in Dermatology, Philadelphia; New York, v. 37, n. 4, p. 365–372, July/Aug. 2019. Leitura recomendada MAHAN, L. K.; RAYMOND, J. L. Krause – alimentos, nutrição e dietoterapia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. 1160 p. 23Introdução à nutrição em estética
Compartilhar