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SP 1 2 - Estudo Dirigido

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SP 1.2 – Voltando das férias… 
MANUTENÇÃO DO SISTEMA DIGESTÓRIO NO EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO 
Diariamente cerca de 9 litros de água transitam entre o lúmen do tubo digestório e os capilares sanguíneos. Assim, 
alterações na função digestória podem alterar a quantidade de líquido eliminada pelo organismo. Além da água, vários 
eletrólitos como Na, K, Cl e HCO3 também são transportados nos dois sentidos, sendo absorvidos (lúmen do tubo → 
capilares) ou secretados (célula da parede do TGI → lúmen do tubo). 
Os eletrólitos têm um papel importante na manutenção da homeostase no organismo. Nos mamíferos, os líquidos e 
eletrólitos estão distribuídos nos compartimentos intra e extracelular, cuja manutenção de volume e composição, é 
essencial para processos metabólicos fundamentais à vida. Por serem moléculas ionizadas, os eletrólitos adquirem 
cargas negativas (ânions) ou positivas (cátions) sendo responsáveis por regular a pressão osmótica. 
O sódio, o potássio e o cloro são eletrólitos típicos encontrados no organismo. Esses são componentes essenciais de 
fluidos corporais, como sangue e urina e, ajudam a regular a distribuição de água ao longo do organismo além de 
desempenhar um papel importante no equilíbrio ácido básico. O rim é o órgão mais importante na regulação do volume 
e da composição dos fluidos corporais, mesmo que outros órgãos como o coração, o fígado, os pulmões e a glândula 
pituitária ajudem a manter o equilíbrio eletrolítico. 
Considerando os fluídos corporais, o sódio (Na+) é o principal cátion extracelular, o potássio (K+) é o principal cátion 
intracelular e o cloro (Cl- ) é o principal ânion extracelular. As concentrações de Na+ e K+ são mantidas pela bomba Na-
K ATPase das membranas plasmáticas, a qual transporta de forma ativa o Na+ para o exterior das células e K+ para o 
interior. 
As diferenças na composição entre o líquido intra e o extracelular são mantidas ativamente pela membrana celular, que 
é semipermeável (totalmente permeável à água e seletiva para outras substancias como os íons). Como a água se 
difunde livremente através da barreira celular, seu movimento é determinado pelas alterações na concentração dos 
eletrólitos osmoticamente ativos (principalmente o sódio e o potássio) de cada lado da membrana. 
Em termos fisiológicos os eletrólitos devem ser considerados em conjunto uma vez que as células necessitam de uma 
combinação específica de ânions e cátions para funcionar de forma eficiente. Os processos fisiológicos operar dentro 
de uma gama estreita das condições, especialmente no que diz respeito ao pH. Assim, as mudanças no equilíbrio ácido-
básico têm uma ampla influência sobre a função das células e, o animal deve regular a entrada e saída de íons para 
manter a homeostase. A falha em manter o equilíbrio eletrolítico correto dentro da célula significa que as vias 
metabólicas são incapazes de funcionar de forma eficiente e os recursos são desviados para alcançar a homeostase 
em detrimento as demais funções tais como crescimento e produção. 
O sódio é o eletrólito responsável pela manutenção do equilíbrio osmótico sendo absorvido no intestino delgado por 
transporte ativo ligado a absorção de aminoácidos, bicarbonato e glicose. Além de regular a pressão osmótica, o sódio 
também é importante na manutenção do potencial de membrana, essencial em funções celulares como contrações 
musculares e transmissão de impulsos nervosos e na regulação do equilíbrio ácido básico, onde atua associado ao 
cloreto e ao bicarbonato. 
O potássio, que é o eletrólito em maior quantidade no liquido intracelular, é absorvido em todos os segmentos do trato 
digestivo (difusão), possui baixa concentração plasmática e importantes funções na síntese de proteínas e glicogênio, 
na transmissão de impulsos nervosos para contração muscular (determinante do potencial elétrico transmembranal) e 
na correção do desequilíbrio ácido-básico. Além disso, o potássio é essencial na manutenção do volume celular, além 
de ser requerido para correto 3 funcionamento de enzimas como a piruvato quinase que age transferindo o grupo fosfato 
para o ATP na fosforilação durante a glicólise. 
• Tanto do ponto de vista das forças osmóticas (dirigindo o movimento da água de um compartimento para o 
outro no organismo), quanto do controle da hidratação total do organismo, o sódio e o potássio são os elementos 
mais importantes dos líquidos corporais. 
• A concentração dos eletrólitos é regulada pelos rins por meio da ação em cascata do sistema renina-
angiotensina-aldosterona que é um eixo endócrino no qual cada componente de uma cascata é produzido por 
diferentes órgãos, todos engajados na luta para manter a estabilidade hemodinâmica. 
MOVIMENTOS PERISTÁLTICOS E OS MECANISMOS NEURAIS E HORMONAIS DO CONTROLE DO 
PERISTALTISMO 
Os movimentos peristálticos são fundamentais para que o processo de digestão ocorra de maneira adequada. Eles 
ocorrem graças à movimentação de músculos lisos encontrados em porções do esôfago, estômago e intestino que 
garantem que o bolo alimentar chegue ao estômago e que o bolo fecal seja eliminado do corpo. 
Os músculos lisos encontrados no sistema digestório possuem nervos do sistema nervoso autônomo (a parte do sistema 
nervoso relacionada com a comunicação interna do organismo). O sistema nervoso autônomo pode ser dividido em 
sistema nervoso simpático e parassimpático. Enquanto o sistema parassimpático garante o aumento do peristaltismo, 
o simpático diminui esse processo. 
No esôfago, os movimentos peristálticos atuam como movimentos ondulados e de contração que fazem com que o 
bolo alimentar seja levado lentamente em direção ao estômago. Além de garantir que o alimento siga em direção ao 
estômago, o peristaltismo permite que o bolo alimentar seja misturado com os sucos digestivos. 
No intestino delgado, os movimentos peristálticos podem ser de dois tipos: ondas lentas e ondas rápidas. As ondas 
lentas são limitados a pequenos segmentos do intestino, enquanto as ondas rápidas permitem que a massa alimentar 
percorra longas porções intestinais. Assim sendo, podemos perceber que a função dos movimentos peristálticos no 
intestino delgado é, principalmente, garantir a propulsão de alimento. 
MECANISMOS DE CONTROLE DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO 
O estômago consegue acomodar uma refeição ingerida bastante heterogênea e proporcionar quimo homogeneizado ao 
intestino delgado, em uma taxa adaptada para a capacidade de processamento intestinal. Desse modo, o esvaziamento 
gástrico é regulado para facilitar a digestão e a absorção intestinal dos nutrientes. O fluxo de quimo para a primeira 
porção do duodeno é regulado pela força de contração do estômago distal, o grau de relaxamento do piloro e a 
resistência duodenal. O piloro pode contrair de modo independente e alterar a resistência ao fluxo entre o estômago e 
o duodeno com grandes efeitos sobre o esvaziamento gástrico. 
A taxa de esvaziamento de sólidos e líquidos depende fundamentalmente de suas composições químicas. Assim que 
os conteúdos são esvaziados do estômago, os receptores intestinais localizados no duodeno ativam-se, desencadeando 
diversos mecanismos hormonais e neuronais que aceleram ou inibem o esvaziamento gástrico. Os receptores no 
intestino delgado respondem a propriedades físicas (p. ex., pressão osmótica) e composição química (p. ex., íon 
hidrogênio, lipídios) dos conteúdos intestinais. Materiais ricos em lipídios ou hidrogênio (H+) são esvaziados em um 
ritmo mais lento que o observado em soluções salinas quase isotônicas. Se o conteúdo gástrico for hipertônico ou 
hipotônico, o esvaziamento gástrico é alentecido. 
Assim, os lipídios induzem a liberação da CCK, o que aumenta a distensibilidade do estômago proximal, alentecendo o 
esvaziamento gástrico. A acidez duodenal (presença de H+) inibe o esvaziamento gástrico por meio de reflexos neurais 
intrínsecos e secretina. Aferências neurais que ativam o SNA simpático, como dor,ansiedade, medo ou mesmo o 
exercício físico, podem retardar o esvaziamento gástrico. Além disso, o esvaziamento de sólidos só é iniciado após um 
período de latência durante o qual as partículas são reduzidas em tamanho (< 1 mm3) pela atividade retropropulsiva do 
estômago distal. A regulação do esvaziamento gástrico proporciona tempo para o equilíbrio osmótico e a neutralização 
ácida, além da solubilização e da digestão de lipídios. 
MECANISMOS DE CONTROLE DA MOTILIDADE INTESTINAL 
Sabe-se que a motilina promove regulação neural da motilidade via parassimpático. Durante a peristalse, um neurônio 
sensorial percebe o quimo e ativa uma via excitatória para estimular a porção anterior a ele e uma via inibitória para 
relaxar o segmento receptor. Além disso, pelas contrações segmentares, há os movimentos de mistura do quimo com 
as secreções. A serotonina é um importante regulador da peristalse do intestino delgado por mecanismos neurais não 
autonômicos, de modo que pacientes que fazem uso de fármacos que modulem os níveis de serotonina poderão ter 
repercussões gastrointestinais como efeito colateral. 
Por fim, o intestino grosso é uma região que possui pouca absorção de nutrientes, sendo mais focado na absorção de 
água, pouco sódio e formação do bolo fecal. Será composto por ceco, cólon (ascendente, transverso e descendente), 
sigmoide e reto. A motilidade no intestino grosso se dá por haustrações, movimentos antiperistálticos, peristalse e 
movimentos de massa, este último ocorre de uma a três vezes por dia e empurra o conteúdo do cólon de forma 
unidirecional. De modo geral, a motilidade será regulada por três reflexos: 
→ Reflexo colonocólico: distensão de uma porção do cólon, que leva a um reflexo local de relaxamento de outras 
porções; 
→ Reflexo gastrocólico: logo após a ingestão de alimentos, há um aumento de motilidade do intestino grosso para 
que tenha saída de conteúdo; 
→ Reflexo de defecação: o enchimento do reto com material fecal distende as paredes, estimulando reflexos curtos 
(sinais aferentes via plexo mioentérico) e longos (reflexo parassimpático da defecação), que originam ondas peristálticas 
a partir do cólon descendente, em que as fezes são forçadas em direção ao ânus, contando também com o esfíncter 
anal interno relaxado. 
MECANISMO DO VÔMITO 
Trata-se da expulsão do conteúdo intestinal e gástrico pela boca. Uma onda peristáltica retrógrada que se inicia no 
intestino delgado move o conteúdo na direção proximal (estômago e posteriormente esôfago). Se o esfíncter esofágico 
superior permanecer fechado, ocorre ânsia de vômito. Se a pressão no esôfago for forte o suficiente para abrir o EES, 
ocorre o vômito. Há uma descarga do SNA antes, acompanhando o vômito, o que resulta em salivação abundante, 
sudorese, palidez, respiração rápida e taquicardia. O vômito pode ser induzido por vários estímulos, tanto periféricos 
quanto centrais, como dor, mau cheiro, sinais repulsivos, fármacos e fatores psicológicos atuando no nível do córtex 
cerebral. O centro do vômito no tronco encefálico (área postrema) é estimulado por toque na faringe, distensão gástrica, 
vesícula biliar, bexiga, útero e rins, bem como canais auditivos semicirculares ou córtex cerebral. A estimulação elétrica 
nessas áreas pode provocar o vômito sem ânsia de vômito ou ânsia sem vômito. Em uma situação normal, no entanto, 
suas atividades são estreitamente coordenadas. Em geral, o vômito é um mecanismo de proteção para livrar o corpo 
de substâncias nocivas ou tóxicas, mas, se prolongado, pode causar problemas graves no equilíbrio de fluidos e 
eletrólitos. É possível que os mesmos fatores que causam náuseas e vômitos também provoquem desorganização na 
atividade elétrica intestinal. 
MECANISMO DA DIARREIA 
A diarreia compreende aumento da frequência de eliminação das fezes e aspecto mais líquido destas. Ela é um sintoma 
de várias condições, sendo uma queixa muito comum. A depender da duração, ela pode ser dita aguda, caso persista 
por menos que duas semanas, ou crônica, quando tem duração maior que 3 ou 4 semanas. Normalmente, a diarreia 
aguda é autolimitante e de causa infecciosa, enquanto a crônica costuma chamar atenção para uma patologia orgânica 
ou funcional. 
A diarreia é causada por redução na absorção de líquidos, aumento na secreção de líquidos ou aumento da motilidade 
intestinal. Uma importante causa de diarreia é a enterite, inflamação da mucosa do intestino grosso. Essa inflamação 
causa aumento da secreção de muco a aumento da motilidade, com vistas a expulsar o agente infeccioso causador da 
inflamação. A Vibrio cholerae, por exemplo, bactéria causadora da cólera, libera uma toxina que provoca secreção de 
líquidos e eletrólitos pela mucosa, levando à diarreia vultosa. Outras causas importantes de diarreia são a retocolite 
ulcerativa, caracterizada por extensa inflamação e ulceração intestinais, e excessiva estimulação parassimpática, uma 
causa psicogênica. 
Consequências importantes da diarreia são a desidratação e a acidose metabólica, em decorrência da perda excessiva 
de água e íons bicarbonato nas fezes. Sendo assim, o tratamento baseia-se essencialmente na reposição de líquidos e 
de íons, seja por terapia de reidratação oral, seja por hidratação endovenosa. Além disso, deve-se priorizar dietas leves, 
ricas em fibras e sem laticínios. Em casos de causas infecciosas que não cursem com resolução espontânea, o uso de 
antimicrobianos é recomendado. 
Causa de diarreia da situação problema: 
• Diarreia psicogênica: é a diarreia que acompanha períodos de tensão nervosa. Esse tipo de diarreia, chamada 
diarreia emocional psicogênica, é causado por estimulação excessiva do sistema nervoso parassimpático, que 
excita intensamente (1) a motilidade e (2) o excesso de secreção do muco no cólon distal. Esses dois efeitos 
somados podem causar diarreia acentuada. 
COMO OS DIFERENTES TIPOS DE ALIMENTOS (COMPOSIÇÃO, CONSISTÊNCIA E QUANTIDADE) INTERFEREM 
NO CONTROLE NEURAL E HORMONAL. 
O consumo alimentar balanceado auxilia na melhoria do estado nutricional dos cidadãos e também é muito importante 
por apresentar um notável impacto na prevenção e controle de doenças. Nesse sentido, diferentes tipos de alimentos 
interferem na secreção ou não dos hormônios no trato gastrintestinal. Ao ingerir proteínas, estas estimulam a secreção 
do hormônio gastrina que é secretada pelas células do antro do estômago, e por sua vez estimula a secreção de ácido 
gástrico. Quando gorduras, ácidos graxos e monoglicerídeos chegam nos conteúdos intestinais, a colecistocinina (CCK) 
é secretada através das células “I” da mucosa do duodeno e do jejuno. Esse hormônio estimula a secreção de enzimas 
pancreáticas, contrai a vesícula biliar liberando a bile, ajuda na inibição do apetite e ajuda a controlar o esvaziamento 
gástrico. 
O ácido e as gorduras estimulam a secreção da secretina, que é liberada pela mucosa do intestino delgado, esse 
hormônio estimula a secreção de bicarbonato pancreático e biliar para a neutralização do ácido. Quando há ingestão 
de ácidos graxos, aminoácidos e carboidratos, o peptídeo inibidor gástrico (GIP) é secretado pelo intestino delgado 
superior. Esse hormônio age estimulando a secreção de insulina e controlando a motilidade gástrica. Quando o indivíduo 
está em jejum, a motilina é secretada para ajudar a aumentar a motilidade gastrointestinal. 
PROCESSOS DE DIGESTÃO, ABSORÇÃO E EXCREÇÃO QUE OCORREM NO TUBO DIGESTÓRIO 
A digestão consiste em várias transformações em sequência, desencadeada por mediadores químicos, endócrinos e 
estímulos, desenvolvidos pelo aparelho digestivo a fim de possibilitar a melhor absorção dos alimentos É definida como 
o conjunto de processos físicos (mastigação, deglutição e movimentos peristálticos), químicos (ação enzimática) que 
convertem os alimentos em compostos menores hidrossolúveis e absorvíveis, ocorrendo no interior do tubo digestivo. 
Este processotem início na boca, onde os alimentos sólidos são reduzidos a uma massa de menor tamanho, através 
da mastigação (ação trituradora dos dentes) e salivação, com auxílio da língua. Esses são digeridos ao se misturarem 
à saliva e suas enzimas secretadas pelas glândulas salivares. A principal enzima encontrada na saliva é a amilase 
salivar, que catalisa a hidrólise de polissacarídeos, tendo seu pH em torno de 6,4 a 7,5, o que facilita sua ação. Na saliva 
também se encontram outras enzimas, como a maltase e catalase, porém, em quantidade menor. O amido é digerido 
pela saliva, sendo degradado em oligossacarídeos e maltose. 
E através da deglutição voluntária, o bolo alimentar é conduzido ao estômago. Neste órgão, é misturado com fluido 
ácido e enzimas proteolíticas e lipolíticas. A regulação da secreção cloridropéptica e o esvaziamento gástrico ocorrem 
através da ação de hormônios gástricos (gastrina, enteroglucagon e 5-hidroxitriptamina) e mediadores químicos do 
sistema nervoso autônomo (catecolamina e acetilcolina). 
Ainda neste órgão, as glândulas cárdicas e pilóricas produzem um muco que lubrifica o bolo alimentar e protege a 
mucosa contra a ação das enzimas gástricas e do ácido clorídrico. Este ácido facilita a absorção do ferro, torna o pH 
adequado para digerir as proteínas, propicia a ativação do pepsinogênio em pepsina, e limita a fermentação microbiana, 
agindo contra germes. 
Ao deixar o estômago, o quimo chega ao duodeno, sendo que nos primeiros 10 cm, ocorrerá a maior parte da digestão. 
Neste órgão o pH é neutralizado pela grande secreção das glândulas de Brunner. Essa alteração do pH facilita a 
imediata ação das enzimas pancreáticas e ativação do tripsinogênio em tripsina. 
Porém, para manter a osmolaridade do quimo semelhante à do plasma, é necessário que haja fluxos bidirecionais de 
íons e fluidos entre o meio interno e a luz intestinal. 
Finalmente o processo de digestão do amido e das proteínas termina com a ação das enzimas do pâncreas e da borda 
em escova do intestino delgado. O suco pancreático tem o objetivo de neutralizar a acidez do bolo alimentar, sendo 
assim, seu pH varia de 7,8-8,2 devido ao alto teor de bicarbonato. Isso garante a ação das enzimas pancreáticas que 
agem em pH ligeiramente alcalino e neutro. As enzimas encontradas nesse suco são: 
• Tripsina 
• Quimotripsina 
• Carboxi e amino-peptidase 
• Amilase pancreática 
• Lipase pancreática 
• Ribonuclease 
• Desoxirribonuclease 
Por meio de movimentos peristálticos, o alimento transita pelo intestino, garantindo a digestão e absorção adequadas. 
Este movimento não promove a mistura do quimo às secreções digestivas. 
O suco intestinal é constituído por um muco responsável pela proteção da parede intestinal contra uma autodigestão, e 
por algumas enzimas, sendo seu pH aproximadamente entre 6,5 e 7,5. 
A passagem do quimo do lúmen para o meio interno (absorção), depende do contato com a superfície da mucosa do 
intestino. Os diferentes tipos de alimentos não são absorvidos por igual ao longo do tubo digestivo. Grande parte da 
absorção de glicose e aminoácidos, ocorre no segmento jejuno-íleo. 
Já os macronutrientes, minerais, vitaminas, oligoelementos e a maioria da água são absorvidos antes de chegarem ao 
cólon. Neste segmento, são reabsorvidos os eletrólitos e alguns dos produtos finais da digestão. Os micronutrientes e 
a água não necessitam de digestão prévia, sendo absorvidos diretamente. O estômago e o intestino grosso também 
participam da absorção da água. 
Através da veia porta, a maioria dos nutrientes chegam ao fígado após serem absorvidos pelo trato gastrintestinal. No 
fígado, esses nutrientes poderão ser armazenados, transformados em outras substâncias ou liberados na circulação. 
Terminado este processo, os produtos de excreção são armazenados no intestino grosso temporariamente, sendo 
excretados pelo reto e ânus através do processo conhecido como defecação. 
MEDLAB 
O QUE SÃO ENZIMAS? 
São catalisadores biológicos de alta especificidade. São altamente específicas, pois para cada enzima há um substrato 
específico. 
O QUE É CATALISAR? 
Catalisar uma reação é alterar a sua velocidade, ou seja, a quantidade de massa de reagente transformada por unidade 
de tempo. 
O QUE A PRESENÇA DE UM CATALISADOR PODE FAZER? 
Pode alterar a velocidade das reações assim como pode alterar também a quantidade de energia necessária que deve 
ser emprestada ao sistema para início das reações | energia de ativação. 
O QUE É SUBSTRATO? 
Substrato é a substância que sofre a transformação. 
O QUE É PRODUTO? 
É o resultado da transformação do substrato. 
COMO É O COMPLEXO ENZIMA-SUBSTRATO? 
 
QUAIS SÃO AS PROTEÍNAS? 
Ribozimas (RNA) e holoenzimas (apoenzima ou apoproteína + cofator). 
O COFATOR PODE SER DE QUE TIPO? 
Íon orgânico → grupo prostético e molécula orgânica → coenzima. 
ALGUMAS ENZIMAS NECESSITAM DE ELEMENTOS INORGÂNICOS COMO COFATORES PARA EXERCER SUA 
ATIVIDADE BIOLÓGICA. CITE ALGUMAS ENZIMAS E SEU COFATOR CORRESPONDENTE. 
 
A MAIORIA DAS COENZIMAS DERIVA DE VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS. CITE AS COENZIMAS, A REAÇÃO 
CATALISADA E SUA ORIGEM. 
 
QUAIS SÃO OS FATORES QUE ALTERAM A VELOCIDADE DE REAÇÕES ENZIMÁTICAS? 
Temperatura, pH, concentração das enzimas, concentração dos substratos e presença de inibidores. 
QUAL A INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NAS REAÇÕES ENZIMÁTICAS? 
A taxa de reação aumenta com o aumento da temperatura e a estabilidade da proteína decresce devido a desnaturação. 
QUAL A INFLUÊNCIA DO PH NAS REAÇÕES ENZIMÁTICAS? 
O efeito do pH sobre a enzima deve-se ao processo de desnaturação e às variações no estado de ionização dos 
componentes do sistema à medida que o pH varia. 
QUAL A INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO NAS REAÇÕES ENZIMÁTICAS? 
A concentração do substrato varia durante a reação à medida que o próprio substrato é convertido em produto. A 
velocidade da reação aumenta à medida que a concentração de substrato se eleva até um ponto que a enzima é 
saturada pelo substrato. 
O QUE É INIBIDOR? 
É qualquer substância que reduz a velocidade de uma reação enzimática. 
QUAIS SÃO OS TIPOS DE INIBIDORES? 
Reversíveis e irreversíveis. Os reversíveis podem ser competitivos, não competitivos e incompetitivos 
CITE ALGUMAS ENZIMAS DIGESTÓRIAS, SEU LOCAL DE AÇÃO, A SUBSTÂNCIA-ALVO E SUA AÇÃO. 
 
COMO OCORRE A HIDRÓLISE DO AMIDO? 
 
ANATOMIA 
 
 
 
 
HISTOLOGIA

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