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Enfermagem em urgência e emergência 
 
2 
www.estetus.com.br 
Sumário 
INTRODUÇÃO....................................................................................................................................................... 4 
A ATENÇÃO EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ....................................................................................................... 5 
Política Nacional de Atenção às Urgências ............................................................................................................ 5 
ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE URGÊNCIA NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE ......................................................... 9 
ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NA URGÊNCIA ................................................................................. 12 
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO ................................................................................................................................... 12 
ATENDIMENTO EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ............................................................................................... 14 
A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM HUMANIZADA EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ................................................ 16 
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA x ATENDIMENTO HUMANIZADO ............................................................................... 19 
EMERGÊNCIA ..................................................................................................................................................... 21 
PARADA CÁRDIO RESPIRATÓRIA (PCR) ................................................................................................................ 24 
Cuidados gerais .................................................................................................................................................. 27 
Assistência de enfermagem na P.C.R. ................................................................................................................. 28 
OVACE (Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho)...................................................................................... 30 
Reconhecimento ................................................................................................................................................ 30 
Desobstrução de Vias Aéreas ............................................................................................................................. 32 
Técnica aplicada em casos de OBSTRUÇÃO TOTAL em adultos e crianças maiores que um ano e CONSCIENTE . 34 
INCONSCIENTE ................................................................................................................................................... 35 
Crianças menores de um ano conscientes .......................................................................................................... 35 
AFOGAMENTO ................................................................................................................................................... 36 
Mecanismos da Lesão no Afogamento ............................................................................................................... 36 
Tipos de Acidentes na Água ................................................................................................................................ 37 
Classificação do Afogamento .............................................................................................................................. 37 
O Suporte Básico de Vida Dentro da Água .......................................................................................................... 38 
O Transporte - A Transição da Água Para Areia .................................................................................................. 39 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA NO SECO - AREIA ou PISCINA..................................................................................... 40 
Nos olhos ........................................................................................................................................................... 40 
Ações de cuidado ............................................................................................................................................... 41 
Ações de cuidado com insetos no ouvido externo .............................................................................................. 42 
Grãos ou fragmentos metálicos no ouvido externo............................................................................................. 42 
ATENÇÃO ........................................................................................................................................................... 42 
No nariz ............................................................................................................................................................. 43 
Ações de cuidado ............................................................................................................................................... 43 
Na garganta ....................................................................................................................................................... 43 
Enfermagem em urgência e emergência 
 
3 
www.estetus.com.br 
QUEIMADURAS .................................................................................................................................................. 44 
Tratamento de Emergência das Queimaduras .................................................................................................... 45 
Tratamento Imediato de Emergência ................................................................................................................. 46 
CHOQUE ............................................................................................................................................................ 47 
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO TRAUMA ............................................................................................................ 48 
Classificação do trauma:..................................................................................................................................... 49 
TRAUMA DE FACE .............................................................................................................................................. 50 
TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO ............................................................................................................................ 51 
Ações que devem ser realizadas no atendimento ao TCE .................................................................................. 52 
TRAUMA DE TÓRAX ........................................................................................................................................... 53 
TRAUMA DE ABDOME ........................................................................................................................................ 56 
TRAUMA MUSCULOESQUELÉTICO ...................................................................................................................... 58 
Fratura ............................................................................................................................................................... 58 
Ações do profissional em fraturas que irá realizar: ............................................................................................. 58 
Ações do profissional em fraturas expostas ........................................................................................................ 59 
Ações do profissional em fratura pélvica ............................................................................................................ 59 
O profissional ao se deparar com essa situação deve:......................................................................................... 60 
Luxação .............................................................................................................................................................60 
Entorse .............................................................................................................................................................. 60 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................................... 61 
 
Enfermagem em urgência e emergência 
 
 
4 
 www.estetus.com.br 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.minutoenfermagem.com.br/postagens/2017/08/03/a-participacao-da-enfermagem- 
emsituacoes-de-urgencia-e-emergencia/ 
 
 
 
A enfermagem é uma profissão que se desenvolveu através dos séculos, 
mantendo uma estreita relação com a história da civilização. Neste contexto, ela tem 
um papel preponderante por ser uma profissão que busca promover o bem-estar do 
ser humano, considerando sua liberdade e dignidade, atuando na promoção da 
saúde, prevenção de enfermidades, no transcurso de doenças e agravos, nas 
incapacidades e no processo de morrer. 
A enfermagem se ramifica em especializações, para melhor atender o 
paciente, sendo uma delas a emergência e urgência. As emergências são unidades 
hospitalares destinadas a atender indivíduos que necessitam de assistência 
imediata. E situações de emergência e urgência são conjunto de métodos e ações 
executadas por pessoas treinadas e direcionadas para a estabilização do quadro 
clínico apresentado pelo paciente e, posterior recuperação da saúde afetada. 
A urgência e emergência apresentam características totalmente diferentes de 
outras unidades, é um ambiente cuja dinâmica impõe ações complexas, nas quais 
a presença da finitude da vida é uma constante, gerando ansiedade, tanto do doente 
e familiar, como dos profissionais que ali desempenham suas atividades. 
A urgência emergência necessitam ainda de serviços de alta complexidade 
no atendimento a paciente em situação de risco iminente de vida. No entanto, as 
tecnologias avançadas utilizadas nem sempre garantem a qualidade da 
assistência, pois há influência decisiva de fatores relacionados ao objeto e à força 
de trabalho nesse processo. 
http://www.minutoenfermagem.com.br/postagens/2017/08/03/a-participacao-da-enfermagem-
Enfermagem em urgência e emergência 
 
 
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 www.estetus.com.br 
 
E além dos procedimentos técnicos utilizados em situações de emergência, 
o acolhimento e a afetividades demostrados pelos profissionais da saúde são 
decisivos para uma expectativa de que as ações sejam efetivas e satisfatórias. 
E considerando toda imprevisibilidade, o ritmo acelerado de trabalho, a 
vigilância constante, a sobrecarga física e emocional, e a busca incessante pela 
manutenção da vida, a assistência humanizada nesse âmbito de emergência é 
sempre questionada. 
A humanização na saúde pode ser entendida como processo, filosofia ou 
modo de prestar assistência. Dentre as várias conceituações existentes, a 
humanização se traduz em uma forma de cuidar, compreender, abordar, perceber e 
respeitar o doente em momentos de vulnerabilidade. 
A assistência humanizada é o cuidado que se resgata dos pequenos e 
grandes eventos do dia a dia, que tornam o ser humano único e especial nos 
diferentes espaços e situações em que se encontra no sentido de prestar um 
atendimento personalizado, voltado não para a doença, mas para o ser que adoece. 
 
A ATENÇÃO EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS 
 
Política Nacional de Atenção às Urgências 
 
A crescente evolução tecnológica impulsiona a sociedade ao progresso 
constante, refletindo um cenário de transformações, inclusive no panorama da 
saúde. Acompanhando as mudanças políticas e econômicas, constatamos a 
sobrecarga do atendimento pelo sistema de saúde, em especial dos serviços de 
urgência e emergência. 
Conceitualmente, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 2.048/2002, 
expressa por “urgência a condição imprevista de agravo da saúde, com ou sem risco 
potencial à vida, com necessidade de assistência de saúde mediata (em até 24 
horas) ou imediata e emergência a condição imprevista de agravo da saúde, com 
risco iminente de morte ou sofrimento intenso e necessidade de assistência de 
saúde imediata”. 
Enfermagem em urgência e emergência 
 
 
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Em busca da assistência imediata podem ser encontrados indivíduos em real 
condição de emergência, os não caracterizados como urgência e aqueles que 
buscam o atendimento no serviço pela proximidade, facilidade de acesso e não 
propriamente pela gravidade da condição de saúde. 
Essa crescente demanda inadequadamente alocada resulta na superlotação 
dos serviços de emergência e o risco de não atender adequadamente o paciente 
grave, comprometendo significativamente a qualidade da assistência prestada. Por 
isso, urge a necessidade de reordenar a atenção em saúde, de maneira que possa 
efetivamente iniciar-se na atenção primária, de forma qualificada e resolutiva. 
A execução de ações de promoção da saúde e prevenção de agravos 
refletese na diminuição da demanda de atendimento de pacientes graves nos 
serviços de emergência e na redução dos índices de internação hospitalar. Essa 
reordenação é essencial, para não pactuarmos com a distorção na realidade, 
deparando-nos com permanência de pacientes em estado crítico nos diferentes 
níveis de atenção. 
Um sistema de atenção ao paciente em estado crítico/potencialmente, 
crítico exige a conformação de uma rede assistencial hospitalar e extra-hospitalar 
que atue de forma organizada. Com a instituição da Política Nacional de Atenção 
às Urgências1, essa rede é apresentada com a explicitação dos componentes 
envolvidos na atenção às urgências em diferentes níveis. 
A intersetorialidade envolve as interfaces e as responsabilidades 
assistenciais de todos os componentes, para oferecer ao usuário uma atenção 
qualificada e humanizada nas diferentes fases do ciclo vital. Incorporando o princípio 
da complexidade progressiva e da integralidade no cuidar, conduz à reflexão sobre 
o papel do cliente, do profissional e da sociedade, como agentes transformadores 
da realidade. 
Cabe ao poder público capacitar-se para responder às demandas de saúde, 
vinculadas à assistência de paciente em estado crítico / potencialmente crítico, 
envolvendo: 
Enfermagem em urgência e emergência 
 
 
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 Componente pré-hospitalar móvel - Serviço de Atendimento Móvel de 
Urgências (SAMU); 
 Componente pré-hospitalar fixo - unidades básicas de saúde, unidades 
nãohospitalares de pronto atendimento; 
 Componente hospitalar - unidades de urgência / emergência hospitalares, 
enfermarias, centro obstétrico, centro cirúrgico, unidade de hemodinâmica; 
 Componente pós-hospitalar - casas de apoio, hospital dia, serviços de 
reabilitação, internação domiciliar. 
Essa condição crítica ou potencialmente crítica leva o cliente a procurar a 
assistência de saúde no serviço de atendimento pré-hospitalar móvel ou no serviço 
hospitalar, cuja porta de entrada é o pronto-socorro. É considerado atendimento 
pré-hospitalar móvel: “O atendimento que procura chegar precocemente à 
vítima de agravo de saúde, de natureza traumática, não traumática ou psiquiátrica, 
seguido de transporte adequado ao serviço de saúde. Entendido como uma 
atribuição da área da saúde, o serviço de atendimento pré-hospitalar móvel é 
organizado e constituído por uma central reguladora, equipe e frota de veículos, 
além de contar com a retaguarda da rede de serviços de saúde”. 
(Ministério da Saúde). 
Nessa modalidade de atendimento o fator tempo é fundamental, pois o 
tratamento precoce maximiza as chances de sobrevivência, por meio de avaliação 
rápida das condiçõesdo cliente, com estabilização das condições de risco à vida, 
seguida de transporte ágil para a instituição que oferecerá o tratamento definitivo. 
Cada veículo é equipado com materiais e equipamentos específicos, 
tripulado por profissionais com diferentes atribuições que compõem as equipes, 
segundo o tipo de atendimento destinado a prestar: Suporte Básico de Vida (SBV) 
e Suporte Avançado à Vida (SAV). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Enfermagem em urgência e emergência 
 
 
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Veja o quadro explicativo abaixo; 
 
EQUIPES SUPORTE BÁSICO DE 
VIDA 
SUPORTE AVANÇADO À 
VIDA 
Profissionais  Técnico de enfermagem 
 Condutor do veículo 
 Enfermeiro 
 Médico 
 Condutor do veículo 
 
 
Atribuições Atendimento de baixa 
complexidade, não 
realizando procedimentos 
invasivos, em casos de 
vítimas de menor gravidade. 
Atendimento de urgência e 
emergência de alta 
complexidade, realizando 
procedimentos não invasivos e 
invasivos, em casos de vítimas 
graves. 
A ativação do serviço obedece a um fluxo de informações, veja o esquema: 
Enfermagem em urgência e emergência 
 
 
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SIM NÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma vez iniciado o atendimento pré-hospitalar, a assistência continua ao longo 
do transporte até a chegada ao pronto-socorro. As informações do atendimento são 
transmitidas à equipe do hospital, responsável pelo tratamento definitivo, e conforme 
o caso e a gravidade, o paciente é encaminhado para a sala de emergência, centro 
obstétrico, centro cirúrgico ou ao consultório. 
 
ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE URGÊNCIA NA REDE DE ATENÇÃO À 
SAÚDE 
 
 
As redes de atenção à saúde tiveram sua origem na década de 20, no Reino 
Unido. No início dos anos 90, a atenção à saúde toma forma com os sistemas 
integrados nos Estados Unidos e, a partir daí, com as adaptações necessárias, em 
sistemas de saúde públicos e privados de outros países. 
Informação dos dados 
na central de regulação 
médica e decisão: 
Enviar a equipe para o 
local? 
Informe os 
dados do evento 
Ao presenciar um 
evento ligue 192 
Acionamento da 
equipe SBV ou 
SAV 
Informe o local 
para 
atendimento 
Equipe no local 
para 
atendimento 
Orientações de 
saúde ao 
solicitante 
Enfermagem em urgência e emergência 
 
 
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Em 200 0, a Organização Mundial de Saúde (OMS) propõe critérios para o 
desenho das redes de atenção à saúde, sob a denominação de “integração do 
sistema”. Em sentido ampliado, a integração em saúde é um processo que consiste 
em criar e manter uma governança comum de atores e organizações autônomas, com 
a finalidade de coordenar suas interdependências e permitir cooperação para a 
realização de um projeto coletivo. 
Nessa perspectiva, integram-se diferentes subsistemas, relacionando a clínica 
e a governança a valores coletivos. Essas dimensões da integração correspondem, 
na tipologia proposta por Mendes (2001), à gestão da clínica e a dos pontos de 
atenção. As redes são conjuntas de pontos de atenção à saúde que se articulam, pela 
via das tecnologias de gestão da clínica, numa rede capaz de prestar atenção contínua 
à população adscrita. 
Mendes (2002) afirma que a atenção primária à saúde deve cumprir, nas redes 
de atenção à saúde, três funções: resolução, coordenação e responsabilização. A 
função de resolução consiste em solucionar a maioria dos problemas de saúde; a 
função de coordenação consiste em organizar os fluxos e contrafluxos das pessoas e 
coisas pelos diversos pontos de atenção à saúde na rede; e a função de 
responsabilização consiste em se corresponsabilizar pela saúde dos usuários em 
quaisquer pontos de atenção em que estejam sendo atendidos. Na organização de 
redes de resposta às condições agudas, a atenção primária tem funções de resolução 
nos casos que lhe cabem (baixo risco) e de responsabilização, mas a função de 
coordenação passa a ser de outra estrutura (no caso, o complexo regulador). 
Para a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 200 0), a atenção 
primária à saúde deve ser parte integral dos sistemas de saúde e o melhor enfoque 
para produzir melhoria sustentável e equitativa na saúde dos povos das Américas. 
A Secretaria de Est ado de Saúde do Ceará (CEARÁ, 20 00) realizou 
experiência de vanguarda com processo de microrregionalização dos serviços de 
saúde, tendo como base a concepção de redes de atenção à saúde, que incorporou 
o nível das urgências e emergências na mesma. 
O Ministério da Saúde, pela Portaria 1.169/GM (BRASIL, 2004), instituiu a 
Política Nacional de Atenção Cardiovascular de Alta Complexidade. Trata-se, na 
realidade, da proposição de uma rede de ações de promoção, prevenção, diagnóstico, 
Enfermagem em urgência e emergência 
 
 
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tratamento, reabilitação e cuidados paliativos a ser implantada em todas as unidades 
federadas, respeitadas as competências das três esferas de governo. 
A Secretaria de Est ado de Saúde de Minas Gerais (MINAS GERAIS, 2006) 
priorizou a implantação de redes de atenção à saúde e considerou que a situação da 
saúde do estado se caracteriza pelo rápido envelhecimento da população e por uma 
situação epidemiológica de dupla carga de doença. Essas redes são constituídas a 
partir de um processo de gestão da clínica, decorrendo de diretrizes clínicas 
desenvolvidas sob forma de linhas-guia. O estado foi dividido em 75 microrregiões 
assistenciais que devem ser autossuficientes em atenção secundária e 13 
macrorregiões, com autossuficiência em atenção terciária. É de fundamental 
importância que você conheça a rede de atenção à saúde do seu município e os 
pontos que a compõem para facilitar o fluxo e o contrafluxo dos usuários, 
destacandose o fluxo para a urgência e emergência. 
Lembre-se: 
O ponto de comunicação da rede de atenção à saúde é a Unidade Básica de 
Saúde (UBS) onde deve ser realizado o primeiro atendimento ao cidadão. 
Para atingir o objetivo de organização da rede de atenção à saúde em urgência, 
é necessário: 
• Elaborar perfil demográfico e epidemiológico atual e projetado, do 
município.16 
• Descrever a rede de atenção à saúde existente no município. 
• Conhecer o modelo de atenção à saúde do município. 
• Avaliar os recursos humanos disponíveis e sua qualificação. 
• Avaliar a funcionalidade e a produção das Unidades Básicas de Saúde. 
• Realizar o diagnóstico integral da rede, a análise da oferta, a estimativa 
de demanda atual e projetada e a identificação dos vazios de atenção e a 
proposição de alternativas de solução. 
Já foi realizado o diagnóstico da população adscrita da UBS onde você trabalha, 
mas para a implantação da rede de urgência na atenção básica essas outras 
informações precisam ser incorporadas ao diagnóstico. 
 
 
 
Enfermagem em urgência e emergência 
 
 
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ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NA URGÊNCIA 
 
O acolhimento tem o objetivo de fazer uma escuta qualificada e buscar a melhor 
solução possível para a situação apresentada, conjugada com as condições objetivas 
da unidade naquele momento. 
Acolher é, portanto, escutar de forma qualificada o usuário do sistema e prestar 
atendimento resolutivo e responsável. O ato de acolher engloba, ainda, orientar 
adequadamente o usuário, visando à garantia da continuidade do tratamento, 
atentando para os limites do serviço. Postura acolhedora não pressupõe hora, local 
ou profissional específico para fazê-lo. 
É importante, no momento do acolher, identificar os riscos e vulnerabilidade que 
o usuário enfrenta, conjugando com sua necessidade. A postura acolhedoraenvolve 
todo o processo, chegando até mesmo ao encaminhamento responsável. 
Para o Ministério da Saúde (BRASIL, 2004), acolhimento é uma ação 
tecnoassistencial que pressupõe a mudança da relação entre profissional de saúde e 
usuário com a sua rede social por meio de parâmetros técnicos, éticos, humanitários 
e de solidariedade. Reconhece o usuário como sujeito e, ao mesmo tempo, 
participante ativo, no processo de produção de saúde. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO 
 
Em situação de atenção à urgência e emergência, o acolhimento deve estar 
associado a uma classificação de risco. Vamos agora entender um pouco desse 
processo para qualificar a assistência a ser prestada. A classificação de risco é um 
processo dinâmico de identificação dos usuários que necessitam de tratamento 
imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde e grau de sofrimento 
(BRASIL, 2004). 
O objetivo do acolhimento com classificação de risco é a melhoria do 
atendimento. Os objetivos operacionais esperados são: determinar a prioridade e 
hierarquizar o atendimento conforme a gravidade. 
Lembre-se: A classificação de risco não é um instrumento de diagnóstico de 
doença. Seu objetivo é estabelecer uma prioridade clínica para o atendimento de 
urgência e emergência. Existem no mundo vários modelos de classificação de risco 
Enfermagem em urgência e emergência 
 
 
13 
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ou triagem na urgência. No Brasil, os modelos adotados foram o canadense (CTAS), 
o norte-americano (ESI) e o do Sistema Manchester (MTS). Importante: A forma como 
se classificam as queixas de urgência e emergência deve ser a mesma em todos os 
pontos da rede, pois somente dessa forma teremos uma linguagem única na rede, 
inclusive a da equipe de saúde da UBS.O que esperamos que aconteça na 
organização do serviço quando implantamos a classificação de risco na urgência? 
Os resultados esperados com a implantação da classificação de risco com 
acolhimento são: 
• Diminuir mortes evitáveis. 
• Extinguir a triagem por funcionário não qualificado. 
• Priorizar de acordo com critérios clínicos e não por ordem de 
chegada. 
• Criar a obrigatoriedade de encaminhamento responsável, com 
garantia de acesso à rede. 
• Aumentar a eficácia do atendimento. 
• Reduzir o tempo de espera. 
• Detectar casos que provavelmente se agravarão se o atendimento 
for postergado. 
• Diminuir a ansiedade do usuário, acompanhantes e funcionários. 
• Aumentar a satisfação dos profissionais e usuários, com melhoria 
das relações interpessoais. 
• Padronizar dados para estudo e planejamento de ações. 
Para que o acolhimento seja resolutivo são imprescindíveis a utilização da 
classificação de risco e o atendimento com critérios de priorização. Os usuários 
categorizados em situação de emergência ou em casos de muita urgência devem 
receber avaliação e tratamento simultâneos e imediatos. Eles devem receber o 
primeiro atendimento no ponto de atenção no qual derem entrada, sendo importante 
que a equipe de Saúde da Família esteja preparada tecnicamente e com 
equipamentos adequados para prestar esse atendimento. 
Os usuários categorizados em situação pouco urgente ou não urgente devem 
receber avaliação e tratamento na própria UBS, pois a equipe de Saúde da Família é 
a competente para o tratamento desses casos. 
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ATENDIMENTO EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS 
 
Com o intuito de qualificar o atendimento em situações de urgência e 
emergência, foram desenvolvidos protocolos específicos aplicáveis em diversas 
situações, visando à padronização e ordenação da seqüência das ações e das 
intervenções. 
No atendimento em emergência, as prioridades podem ser estabelecidas a 
partir da abordagem inicial, adotando as medidas de segurança, principalmente na 
assistência pré-hospitalar, pois as condições e locais de atendimento geralmente 
costumam ser adversas. 
Entretanto, a ação no ambiente hospitalar não está isentas de riscos. Por isso, 
é fundamental que os profissionais fiquem atentos quanto às seguintes etapas: 
 
Segurança da cena: Antes de iniciar a assistência é preciso certificar-se 
quanto à segurança para a realização das intervenções, pois algumas condições 
podem significar risco aos profissionais envolvidos no atendimento, sendo 
fundamental a observação de três aspectos (3 S): 
 
 
1. Segurança da cena: avaliar as condições locais ANTES de se 
aproximar da área onde está o paciente; 
2. Segurança do profissional: avaliar se não há risco ANTES de iniciar o 
atendimento. 
3. Segurança da vítima: certificar-se que não há risco ao paciente durante 
o atendimento. Considere inclusive a segurança das pessoas que estão ao 
redor do local, seja em área pública ou no hospital. 
 
 
Avaliação primária: Uma vez certificada à segurança para iniciar o atendimento 
é realizada a aproximação para a avaliação primária do paciente. É recomendável, 
quando possível, apresentar-se ao cliente e aos familiares, obtendo a permissão para 
iniciar o atendimento. Quando o indivíduo já recebeu os primeiros atendimentos 
Enfermagem em urgência e emergência 
 
 
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prestados pela equipe do serviço móvel de atendimento préhospitalar, a continuidade 
da assistência no hospital é extremamente favorecida, pois em geral os fatores de 
instabilidade do quadro já foram identificados e controlados. 
A avaliação primária fornece uma impressão geral quanto ao estado do cliente, 
aos riscos potenciais e necessidades imediatas para a estabilização do quadro. 
Consiste na identificação e tratamento imediato dos problemas que envolvem risco 
iminente à vida, relacionados ao nível de consciência, capacidade respiratória e 
atividade cardíaca. 
 
Avaliação secundária: Após a realização da avaliação primária e tratamento 
imediato das alterações que colocam a vida do paciente em risco inicia-se a avaliação 
secundária. Consiste na realização de exame físico cuidadoso, em sentido 
céfalopodal, com exposição de cada segmento corporal, visando identificar outras 
lesões não visualizadas na primeira avaliação (primária). Lembre-se de promover a 
exposição parcial, apenas da área a ser visualizada, preservando a privacidade do 
cliente e prevenindo o risco de hipotermia. 
Enfermagem em urgência e emergência 
 
 
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 Monitorização cardíaca e avaliação dos parâmetros vitais, oximetria, 
capnometria/capnografia; 
 Oxigenoterapia; 
 Punção venosa, infusão de fluidos e fármacos necessários; Cateterismo 
gástrico e vesical, quando indicado; 
 Coleta de material, encaminhamento do cliente para exames 
complementares ou cirurgia; 
 Colaboração em outros procedimentos. 
 
A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM HUMANIZADA EM URGÊNCIA E 
EMERGÊNCIA 
 
 
Fonte: https://www.iped.com.br/materias/enfermagem/importancia-assistencia- 
enfermagem-paciente-hiv.html 
 
 
A avaliação inclui a entrevista AMPLA, procurando-se conversar com o cliente 
ou familiar, quando possível, para buscar informações complementares. 
A avaliação se complementa com a monitorização dos parâmetros vitais e a 
avaliação neurológica aplicando-se a escala de coma de Glasgow. 
Os procedimentos previstos nessa etapa incluem: 
 
 
http://www.iped.com.br/materias/enfermagem/importancia-assistencia-
http://www.iped.com.br/materias/enfermagem/importancia-assistencia-
Enfermagem em urgência e emergência 
 
 
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A enfermagem é uma profissão de muitas técnicas e cuidados, mas o maior 
desafio está aprendera escutar, acolher o outro, partilhar o momento, aprender como outro, ser coerente, sorrir, criar harmonia, não rotular, atender prontamente e 
acima de tudo ser apaixonada pelo que faz. Deus nos deu o rosto, nós fazemos as 
nossas expressões. 
O cuidador, objetivo da prática da enfermagem, desenvolve-se no encontro 
com o outro, sendo facilmente reconhecido como uma necessidade nos momentos 
críticos da existência do ser humano, isto é, o nascimento, a doença e a morte. 
Precisa, no entanto, ser sentido, assumido e exercitado no dia a dia da 
enfermagem para evitar que sua prática se torne mecânica, impessoal e até 
desumana. 
A humanização na saúde, em especial nos serviços de urgência e 
emergência, como um grande desafio para a enfermagem, que envolve uma 
construção permanentes de cidadania e corresponde à produção de novas atitudes 
por parte de trabalhadores, gestores e usuários, de novas éticas no campo do 
trabalho, incluindo ai o campo da gestão e das práticas de saúde, superando 
problemas e desafios do cotidiano do trabalho. 
A humanização muitas vezes é negligenciada pelos profissionais de 
enfermagem, devido à excessiva carga de trabalho, responsabilidade de suas ações 
episódios de extrema tensão, envolvimento constante com a dor, perda e morte. 
Poucos conseguem lidar com esse cotidiano de forma imparcial, e muitos, 
desenvolvem mecanismos de defesa, entre eles a negação e a fuga. O resultado é 
uma atuação fria e distante com o cliente e seus familiares evitando qualquer 
envolvimento emocional e diálogo. A organização de atendimento de enfermagem 
no pronto-socorro de estrutura com atendimentos de emergência e de urgência, 
exigindo um fluxo de diversidade de atendimento. A estrutura física associada à 
rotatividade de pacientes compromete o atendimento, tornando o ambiente de 
trabalho em espaços limitados e inadequados, intervindo assim na organização do 
atendimento de enfermagem. 
Destaca-se que há certa dificuldade da parte dos trabalhadores para atuar na política 
de humanização, certa desmotivação, uma vez que o processo de humanização no 
trabalho da enfermagem é uma questão a ser refletida, pois a maioria dos 
 
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profissionais enfrenta situações difíceis em seu ambiente de trabalho, tais como 
baixas remunerações, pouca valorização da profissão e descaso frente aos 
problemas identificados pela equipe, especialmente quanto ao distanciamento entre 
o trabalho prescritivo, o preestabelecido institucionalmente e aquele realmente 
executado junto ao cliente. 
Acredita-se que, em meio às limitações existentes, planejar o cuidado de 
enfermagem nesta perspectiva pode vir a ser uma alternativa para a inclusão desta 
prática no cotidiano de trabalho. As verdadeiras dimensões do cuidar – éticas, 
subjetivas, técnicas e instituições – devem ser claras para o planejamento da 
humanização da assistência. Esta pode ser pensada enquanto acolhimento que 
permita reflexões e criações coletivas, com comprometimento dos envolvidos e 
poderá iniciar pelo resgate do sentido da enfermagem enquanto profissionais do 
cuidado. 
 
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA x ATENDIMENTO HUMANIZADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://secom.to.gov.br/noticias/humanizacao-do-atendimento-e-prioridade-na-emergencia-do- 
hospital-geral-de-palmas-203480/ 
 
Muito se tem discutido a respeito da humanização no atendimento hospitalar 
devido, principalmente, à vulnerabilidade do paciente e a o confronto entre 
tecnologia e humanização. No entanto, os estudos têm dado pouca ênfase à 
relevância dessa temática nos atendimentos de urgência e emergência, onde o 
sujeito muitas vezes e um cliente crítico que necessita de atendimento rápido, mas 
que da mesma forma necessita e busca em atendimento de qualidade e 
humanizado. 
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Segundo o Ministério da Saúde, o atendimento pré-hospitalar pode ser 
definido como a assistência prestada em um primeiro nível de atenção, aos 
portadores de quadros agudos, de natureza clínica, traumática ou psiquiátrica, 
quando ocorrem fora do ambiente hospitalar, podendo acarretar sequelas ou até 
mesmo a morte. Ou seja, os servidores hospitalares de urgência/emergência 
representam a porta de acesso ao atendimento de alta complexidade e a eles 
deveriam ser destinados os casos mais graves ou com risco iminente de morte, mas 
observamos uma superlotação em decorrência da ineficiência da atenção primária 
ou secundária e o deslocamento indevido da população ao pronto-socorro. 
No contexto da assistência em unidade de emergência, pode-se perceber 
uma dificuldade maior para exercício da PNH, visto que por tratar-se de atendimento 
de urgência e emergência, a diversidade de serviços de alta complexidade é grande, 
e estes exigem tecnologias que não garantem qualidade da assistência, pois há 
influencia decisiva de fatores relacionados ao objeto e à força de trabalho neste 
processo. E há também com passar do tempo à tendência da maioria dos 
profissionais é fazer o do trabalho uma rotina, com regras e normas, muitas vezes 
devido a pouco pessoal para prestar atendimento e até mesmo pelo mau uso de 
serviços por parte da população, levando a equipe a não dar conta de prestar a 
assistência esperada pela sociedade. 
Pai e Lautert (2006), afirma que na busca pela estabilização das condições 
vitais do paciente, o atendimento se dar por meio do suporte à vida, exigindo 
agilidade e objetividade no fazer. Desta forma, quando se fala em humanização nas 
unidades de urgência e emergência, pensa-se na descentralização do atendimento 
e remete-se à necessidade de resgatar de um atendimento mais humano que seja 
capaz de focar a dignidade das pessoas em situações de necessidades de cuidados 
ou atenção, algo presente em todo momento nos serviços de emergência. 
O cuidador/profissional de saúde é elemento fundamental para o cuidado 
humanizado não somente pela competência técnica, mas pela vivência ética. 
Embora exista o estresse característico da unidade de emergência, faz-se 
necessária a elaboração de estratégias de aplicabilidade na dinâmica do serviço no 
intuito de amenizar fatores possíveis de interferir na qualidade do atendimento. 
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Portanto, a humanização no ambiente de atendimento de urgência e emergência 
precisa ser trabalhada com vista a intervenções voltadas ao bem-estar do 
paciente/família, dos profissionais, da comunidade em geral e da instituição. 
Desta forma, acredita -se que é viável que se implante um processo de 
atendimento humanizado nessas unidades, principalmente pela maioria vista em 
longo prazo, tanto nas relações interpessoais entre profissionais como na melhoria 
da qualidade da assistência ao paciente/cliente e também aos seus entes envolvidos 
neste processo. 
É importante destacar ainda, que para a implantação do cuidado com ações 
humanizadas é preciso valorizar a dimensão subjetiva e social em todas as práticas 
de atenção e gestão no SUS, fortalecer o trabalho em equipe multiprofissional, 
fomentar a construção de autonomia e protagonismo dos sujeitos, fortalecer o 
controle social com caráter participativo em todas as instâncias gestoras do SUS, 
democratizar as relações de trabalho e um ponto muito importante: valorizar os 
profissionais de saúde. 
 
EMERGÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://www.iped.com.br/materias/enfermagem/importancia-assistencia-enfermagem-paciente-hiv.html 
http://www.iped.com.br/materias/enfermagem/importancia-assistencia-enfermagem-paciente-
Enfermagem em urgência e emergência 
 
 
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Pensarem relação humanização/trabalho em enfermagem nos remete a 
duas diferentes formas de abordar o assunto. Podemos estar nos referindo à 
humanização do trabalho de enfermagem ou ao trabalho humanizado da 
enfermagem. No primeiro caso, estaríamos nos referindo ao desenvolvimento de 
uma assistência de enfermagem humanizada e, no segundo, a um processo de 
trabalho que humanize as relações de trabalho de enfermagem. Nos dois casos 
estraríamos falando da razão e do sentido que esses conceitos abarcam na 
profissão. Enfermagem, pois a enfermagem é, essencialmente, cuidado e cuidado 
prestado ao ser humano, individualmente, na família ou na comunidade. 
 
A enfermagem é uma profissão de muitas técnicas e cuidados, mas o maior 
desafio está aprendera escutar, acolher o outro, partilhar o momento, aprender com 
o outro, ser coerente, sorrir, criar harmonia, não rotular, atender prontamente e 
acima de tudo ser apaixonada pelo que faz. Deus nos deu o rosto, nós fazemos as 
nossas expressões. 
O cuidador, objetivo da prática da enfermagem, desenvolve-se no encontro 
com o outro, sendo facilmente reconhecido como uma necessidade nos momentos 
críticos da existência do ser humano, isto é, o nascimento, a doença e a morte. 
Precisa, no entanto, ser sentido, assumido e exercitado no dia a dia da 
enfermagem para evitar que sua prática se torne mecânica, impessoal e até 
desumana. 
A humanização na saúde, em especial nos serviços de urgência e 
emergência, como um grande desafio para a enfermagem, que envolve uma 
construção permanentes de cidadania e corresponde à produção de novas atitudes 
por parte de trabalhadores, gestores e usuários, de novas éticas no campo do 
trabalho, incluindo ai o campo da gestão e das práticas de saúde, superando 
problemas e desafios do cotidiano do trabalho. 
A humanização muitas vezes é negligenciada pelos profissionais de 
enfermagem, devido à excessiva carga de trabalho, responsabilidade de suas ações 
episódios de extrema tensão, envolvimento constante com a dor, perda e morte. 
Poucos conseguem lidar com esse cotidiano de forma imparcial, e muitos, 
desenvolvem mecanismos de defesa, entre eles a negação e a fuga. O resultado é 
uma atuação fria e distante com o cliente e seus familiares evitando qualquer 
envolvimento emocional e diálogo. 
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A organização de atendimento de enfermagem no pronto-socorro de 
estrutura com atendimentos de emergência e de urgência, exigindo um fluxo de 
diversidade de atendimento. A estrutura física associada à rotatividade de pacientes 
compromete o atendimento, tornando o ambiente de trabalho em espaços limitados 
e inadequados, intervindo assim na organização do atendimento de enfermagem. 
Destaca-se que há certa dificuldade da parte dos trabalhadores para atuar na 
política de humanização, certa desmotivação, uma vez que o processo de 
humanização no trabalho da enfermagem é uma questão a ser refletida, pois a 
maioria dos profissionais enfrenta situações difíceis em seu ambiente de trabalho, 
tais como baixas remunerações, pouca valorização da profissão e descaso frente 
aos problemas identificados pela equipe, especialmente quanto ao distanciamento 
entre o trabalho prescritivo, o preestabelecido institucionalmente e aquele realmente 
executado junto ao cliente. 
Acredita-se que, em meio às limitações existentes, planejar o cuidado de 
enfermagem nesta perspectiva pode vir a ser uma alternativa para a inclusão desta 
prática no cotidiano de trabalho. As verdadeiras dimensões do cuidar – éticas, 
subjetivas, técnicas e instituições – devem ser claras para o planejamento da 
humanização da assistência. Esta pode ser pensada enquanto acolhimento que 
permita reflexões e criações coletivas, com comprometimento dos envolvidos e 
poderá iniciar pelo resgate do sentido da enfermagem enquanto profissionais do 
cuidado. 
 
PARADA CÁRDIO RESPIRATÓRIA (PCR) 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://blog.livrariaflorence.com.br/primeiros-socorros-nocoes-basicas/
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A PCR consiste na cessação súbita da atividade cardíaca e da respiração, 
ocasionando a interrupção circulatória e privação tecidual de oxigênio e nutrientes, 
podendo levar à morte em poucos minutos. 
As causas mais comuns estão relacionadas a comprometimentos cardíacos, 
fluxo coronariano prejudicado, alterações do ritmo cardíaco, distúrbios respiratórios e 
hidroeletrolíticos, ao choque e trauma, entre outras. 
Ao presenciar a PCR, verifique os sinais e sintomas que confirmam o quadro 
de: 
 
 
• Inconsciência: o paciente não responde a estímulos verbais; 
• Apneia: ausência de movimentos respiratórios; 
• Ausência de pulso; 
• Alteração da atividade elétrica cardíaca: assistolia, atividade 
elétrica sem pulso (AESP), fibrilação ventricular ou taquicardia 
ventricular sem pulso. 
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Reconhecer os sinais que precedem a PCR, bem como identificar as causas 
prováveis, é fundamental para o sucesso das manobras de reanimação 
cardiopulmonar cerebral (RCPC), pois os danos cerebrais decorrentes da ausência 
circulatória ocorrem de forma mais grave após 4 a 6 minutos de PCR. 
As chances de reversão do quadro são maiores quando os sinais e sintomas 
sugestivos da PCR são identificados precocemente ou quando o evento é presenciado 
e as manobras de reanimação são imediatamente iniciadas. 
As manobras de reanimação baseiam-se em protocolo internacional 
desenvolvido pela American Heart Association (AHA). São associadas a uma cadeia 
ou corrente de sobrevivência para o atendimento da PCR, de maneira que cada elo 
da corrente corresponde a uma determinada etapa, cuja ordem não pode ser alterada 
nem interrompida para não prejudicar a seqüência das ações: 
1. Acesso rápido à vítima e identificação imediata da PCR após a avaliação 
do nível de consciência; 
2. Solicitação de auxílio por comunicação telefônica ao Serviço de 
Atendimento Móvel de Urgência; 
3. Início imediato das manobras de reanimação cardiopulmonar (RCO) até 
a chegada do serviço especializado; 
4. Continuidade das manobras durante o transporte até o hospital. 
Em correspondência a cada elo da cadeia, são estabelecidas as ações 
prioritárias no atendimento. São denominadas manobras de Suporte Básico de a 
(SBV) e manobras de Suporte Avançado de Vida (SAV). 
O SBV tem como principal característica a manutenção da vida para garantir a 
oxigenação tecidual e perfusão cerebral. 
São as ações básicas e prioritárias a serem realizadas como medidas iniciais 
no atendimento em parada cardio-respiratória. 
 
 
 
 
 
 
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Cuidados gerais 
 
 
Ao iniciar as manobras de reanimação fique atento ao posicionamento do 
cliente para favorecer a eficácia da intervenção: 
• Posicione o paciente sobre uma superfície rígida. Isso permite uma 
eficácia maior das compressões torácicas; 
• Defina o ponto de compressão torácica externa: sobre o esterno, localize 
o centro da linha intermemilar; 
• Posicione a região hipotênar da mão e entrelace os dedos da outra mão; 
• Mantenha os cotovelos retos, com os ombros em ângulo de 90o em 
relação aos braços; 
• Comprima o tórax rebaixando-o cerca de 4 a 5 cm. É de uma importância 
que essa compressão seja feita com a transferência do peso da pessoa que está 
realizando a compressão e não somente com a aplicação da força do MMSS; 
• Alivie a compressão sem perder contato da mão com o tórax: permita 
que o tórax retorne à posição original, antes de iniciar a compressão seguinte.Enfermagem em urgência e emergência 
 
 
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Relação Faixa etária e quantidades de segundo por uma ventilação 
Faixa etária Quantidade de segundos Nº de Ventilação 
Adulto 5 segundos 01 (uma) ventilação 
Crianças (de 1 ano até 
adolescência) 
3, 4 ou 5 segundos 
relacionando à idade 
01 (uma) ventilação 
Bebes (menores de um 
ano exceto neonatos) 
3 segundos 01 (uma) ventilação 
Neonatos 1,5 segundos 01 (uma) ventilação 
 
Diante do sucesso das manobras dá-se prosseguimento aos cuidados 
pósreanimação com a reavaliação geral do paciente, dos parâmetros vitais, 
manutenção da monitorização, e da assistência ventilatória. 
Os cuidados incluem ainda a manutenção da permeabilidade dos dispositivos, 
da infusão de fluidos e fármacos, indicando-se drogas vasoativas como dopamina, 
dobutamina, noradrenalina. 
É importante verificar a drenagem de líquidos e secreções, providenciar a coleta 
de material para exames laboratoriais e preparar o paciente para exames radiológicos. 
 
Assistência de enfermagem na P.C.R. 
 
 Isolar a cama ou a maca do paciente com biombos. 
 Providenciar material, medicamentos e aparelhos necessários á 
ressuscitação cardio pulmonar; 
 Puncionar e fixar uma veia para administração e soluções e 
drogas prescritas; 
 Colaborar na dissecação de veia ou passagem de intracarth; 
 Fazer anotações no prontuário, tais como: hora da parada, 
atendimento prestado, resultado e óbito; 
 O auxiliar de enfermagem deve auxiliar ao médico em todos os 
procedimentos necessários; 
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Nas paradas cardio-respiratórias podem ocorrer complicações tais como: 
hemotórax, pneumotórax, fraturas do esterno e costelas, rupturas pulmonares, 
rupturas de fígado e baço; 
A enfermagem deve estar sempre atenta ao pedido médico e auxiliá-lo em tudo 
quanto for necessário. 
Veja no quadro abaixo às intervenções básicas e avançadas que podem ser 
promovidas nas manobras de reanimação durante a parada cardio-respiratória. 
 
 Em crianças a proporção de compressão torácica externa/ 
ventilação, respectivamente, é de 30:2, na presença de um profissional. 
No atendimento em equipe ou 2 profissionais, manter a razão 15:2. 
Exceção para neonatos: manter a proporção de 3:1. 
 Em crianças usar a palma da mão, proceder à compressão 
aprofundando 2,5 a 3,5cm para efetividade das compressões. 
 Em lactentes: posicionar 2 dedos cerca de 1cm abaixo da linha 
 
 
 
 
 
 
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OVACE (Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho) 
 
Causas de OVACE em Adultos: Embora a perda de consciência seja a causa mais 
frequente de obstrução de vias aéreas, a obstrução por corpos estranhos pode ser 
causa de perda de consciência e parada cardiopulmonar. A eventualidade de corpos 
estranhos obstruírem vias aéreas em pessoas conscientes ocorre mais 
frequentemente durante as refeições, sendo a carne a causa mais comum. Outras 
causas de obstrução: próteses dentárias deslocadas, fragmentos dentários, chicletes 
e balas. A obstrução de vias aéreas pelo conteúdo regurgitado do estômago pode 
ocorrer durante a parada cardiopulmonar ou nas manobras de reanimação 
cardiopulmonar. Pessoas com nível de consciência alterado também correm risco de 
obstrução de vias aéreas pela aspiração de material vomitado. 
 
Causas de OVACE em Crianças: Em crianças as principais causas de obstrução de 
vias aéreas é a aspiração de leite regurgitado ou de pequenos objetos. Outras causas 
frequentes são alimentos (balas, chicletes, etc.) e causas infecciosas (epiglotite). 
Neste último caso, a presença do médico ou o transporte imediato para o hospital se 
fazem imperiosos. Os lactentes (até 1 ano de idade) são as principais vítimas de morte 
por aspiração de corpo estranho na faixa etária pediátrica. 
 
Reconhecimento 
 
O reconhecimento precoce da obstrução de vias aéreas é indispensável para o 
sucesso no atendimento. O socorrista deve estar atento, pois a obstrução de vias 
aéreas e consequente parada respiratória rapidamente evolui para parada 
cardiopulmonar. A obstrução das vias aéreas pode ser parcial (leve) ou total (grave). 
Na parcial, a vítima pode ser capaz de manter boa troca gasosa, caso em que poderá 
tossir fortemente, apesar dos sibilos entre as tossidas. 
Enquanto permanecer uma troca gasosa satisfatória, encorajar a vítima a 
persistir na tosse espontânea e nos esforços respiratórios, sem interferir nas tentativas 
para expelir o corpo estranho. 
 
 
 
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A troca insuficiente de ar é indicada pela presença de tosse ineficaz e fraca, 
ruídos respiratórios estridentes ou gementes, dificuldade respiratória acentuada e, 
possivelmente, cianose. Neste ponto, iniciar o manejo da obstrução parcial como se 
houvesse obstrução total. 
Em adultos, a obstrução por corpo estranho deve ser suspeitada em toda vítima 
que subitamente pare de respirar, tornando-se cianótica e inconsciente, sem razão 
aparente. Deve-se tomar cuidado na diferenciação de OVACE e parada 
cardiorrespiratória (ver capítulo específico – Ressuscitação Cardiopulmonar). 
Em crianças a OVACE deve ser suspeitada nos seguintes casos: dificuldade 
respiratória de início súbito acompanhada de tosse, respiração ruidosa, chiado e 
náusea. Se essa obstrução se tornar completa, ocorre agravamento da dificuldade 
respiratória, cianose e perda de consciência. 
 
Reconhecimento de OVACE em Vítima Consciente: 
A obstrução total das vias aéreas é reconhecida quando a 
vítima está se alimentando ou acabou de comer e, 
repentinamente, fica incapaz de falar ou tossir. Pode 
demonstrar sinais de asfixia, agarrando o pescoço, 
apresentando cianose e esforço respiratório exagerado. O 
movimento de ar pode estar ausente ou não ser detectável. 
A pronta ação é urgente, preferencialmente enquanto a 
vítima ainda está consciente. 
Em pouco tempo o oxigênio disponível nos pulmões será utilizado e, como a 
obstrução de vias aéreas impede a renovação de ar, ocorrerá à perda de consciência e, 
rapidamente, a morte. 
Reconhecimento de OVACE em Vítima Inconsciente: Quando um adulto for 
encontrado inconsciente por causa desconhecida, suspeitar de parada 
cardiopulmonar por infarto, acidente vascular ou hipóxia secundária à obstrução de 
via aérea. 
 
 
 
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Ele será avaliado pensando-se em parada cardiopulmonar, deixando para fazer 
o manejo de desobstrução de vias aéreas apenas se o fato se evidenciar. Tratandose 
de criança, devemos suspeitar imediatamente de OVACE. 
 
Desobstrução de Vias Aéreas 
 
Os métodos de desobstrução de vias aéreas dividem-se em dois tipos, conforme a 
natureza da obstrução: obstrução por líquido (rolamento de 90º e aspiração) ou obstrução por 
sólido (remoção manual e manobras de desobstrução). 
Obstrução por líquido (Rolamento de 90º): Esta manobra consiste em 
lateralizar a vítima em monobloco, trazendo-a do decúbito dorsal para o lateral, com o 
intuito de remover secreções e sangue das vias aéreas superiores. Estando a vítima 
na cena do acidente, ainda sem intervenção do socorrista, ou seja, sem qualquer 
imobilização 
(colar cervical e tábua), havendo a necessidade da manobra, esta deverá ser realizada 
com controle cervical manual. 
Estando a vítima já imobilizada em tábua, proceder à manobra mediante a 
lateralização da própria tábua. 
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Aspiração: A aspiração de secreções e sangue pode ser realizada ainda na 
cena do acidente, mediante uso de aspiradores portáteis, ou no interior da ambulância, 
pelo uso de aspiradores fixos. Os aspiradores devem promover vácuos e fluxo 
adequado para sucção efetivada faringe, através de sondas de aspiração de vários 
diâmetros. 
Obstrução por Sólido (Remoção Manual): Durante a avaliação das vias aéreas, 
o socorrista pode visualizar corpos estranhos, passíveis de remoção digital. Somente 
remover o material que cause obst rução se for visível. É difícil o uso dos dedos para 
remover corpos estranhos das vias aéreas. Em muitos casos é impossível abrir a boca 
da vítima e inserir os dedos para esse propósito, a menos que a vítima esteja 
inconsciente. Em alguns casos, especialme nte envolvendo crianças e lactentes, um 
dedo adulto pode aprofundar o corpo estranho, causando a obstrução completa. 
A técnica de remoção manual consiste em abrir a boca da vítima utilizando a 
manobra de tração da mandíbula ou a de elevação do mento (abordadas à frente) e 
retirar o corpo estranho com o indicador “em gancho”, deslocar e retirar o corpo 
estranho. Estando o corpo estranho mais aprofundado, existe a alternativa de utilizar 
os dedos indicadores e médios "em pinça". Em recém-nascido e lactente, utilizar o 
dedo mínimo em virtude das dimensões reduzidas das vias aéreas. 
Somente tentar a remoção se o corpo estranho estiver visível; se não, está 
contraindicada a procura do material com os dedos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Técnica aplicada em casos de OBSTRUÇÃO TOTAL em adultos e crianças 
maiores que um ano e CONSCIENTE 
 
 Retirada de corpos estranhos – O profissional deve solicitar que a 
vítima exponha a região oral, para favorecer uma avaliação geral da região bucal, 
caso seja visualizado algum corpo estranho deve ser retirado. Em nenhuma hipótese 
deve ocorrer uma exploração digital, sem ter visualizado algum corpo estranho, pois 
poderá agravar a situação; 
 Técnica da tapotagem – O técnico de enfermagem deve colocar sua 
mão em forma de concha, ou seja, os dedos em adução, promovendo movimento de 
flexo-extensão do punho entre a região omoplatas, pelo menos quatro ou cinco vezes 
de maneira rítmica e alternada. 
 Manobra de Heimlich – Uma manobra que sua eficácia é diante de 
casos de obstrução é total. 
Veja os passos da técnica à abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se caso a vítima desfalecer passar para as técnicas em situações de 
pacientes inconscientes. 
 
 Técnica aplicada em casos de adultos e crianças maiores de um ano.
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INCONSCIENTE 
 
 Compressões torácicas – O profissional deve posicionar -se na lateral 
da vítima e iniciar as compressões de acordo com as orientações do algoritmo de 
suporte avançado, ou seja, 30 compressões para cada 2 ventilações para os adultos 
e 15 compressões para cada 2 ventilações nos cas os de crianças (respeitar as 
orientações da técnica para cada faixa etária). O ciclo de compressões deve ser 
repetido até à chegada ao hospital ou de uma ambulância de suporte avançado. 
Vale ressaltar que não podemos falar que estamos realizando uma RCP, 
porque a vitima não esta em parada. 
Crianças menores de um ano conscientes 
 
 Técnica da tapotagem – O profissional deve 
posicionar a criança em decúbito ventral na região do seu 
antebraço, com a cabeça apoiada em uma de suas mãos, 
estabilizando com dois dedos na região facial da criança, 
posicionando mais baixa que a região do tronco da vítima. O 
profissional pode utilizar como apoio a região femoral. 
 
Após posicionamento deve iniciar entorno de cinco tapotagens entre as regiões 
escapulares. 
 
 
 Compressões torácicas – O profissional deve posicionar o bebê em 
decúbito dorsal em uma superfície rígida e iniciar cinco compreensões, após as 
compreensões examinar a cavidade oral, em busca de corpo estranho, caso encontrar 
retirar. Caso não encontre nenhum corpo estranho e/ou não tenha êxito na 
recuperação da vítima, deve voltar a fazer o ciclo de compressões a té à chegada ao 
hospital ou de uma ambulância de suporte avançado. 
 
A técnica das compressões é a única indicada para as crianças menores de 
um ano inconsciente. 
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AFOGAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://correio9.com.br/como-prestar-primeiros-socorros-em-caso-de-afogamento/ 
 
 
É a aspiração de líquido causada por submersão ou imersão. O termo 
aspiração refere -se à entrada de líquido nas vias aéreas (traqueia, brônquios ou 
pulmões), e não deve ser confundido com “engolir água”. 
 
Mecanismos da Lesão no Afogamento 
 
No afogamento, a função respiratória fica prejudicada pela entrada de líquido 
nas vias aéreas, interferindo na troca de oxigênio (O2) - gás carbônico (CO2) de 
duas formas principais: 
• Obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores por uma 
coluna de líquido, nos casos de submersão súbita (crianças e casos de afogamento 
secundário) e/ou; 
• Pela aspiração gradativa de líquido até os alvéolos (a vítima luta para 
não aspirar). 
Estes dois mecanismos de lesão provocam a diminuição ou abolição da 
passagem do O2 para a circulação e do CO2 para o meio externo, e serão maiores 
ou menores de acordo com a quantidade e a velocidade em que o líquido foi 
aspirado. Se o quadro de afogamento não for interrompido, esta redução de oxigênio 
levará a parada respiratória que consequentemente em segundos ou poucos 
minutos provocará a parada cardíaca. 
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Tipos de Acidentes na Água 
 
• Síndrome de Imersão - A Hidrocussão ou Síndrome de Imersão 
(vulgarmente conhecida como "choque térmico") é um acidente desencadeado por 
uma súbita exposição á água mais fria que o corpo, levando a uma arritmia cardíaca 
que poderá levar a síncope ou a parada cardiorrespiratória (PCR). 
• Hipotermia - A exposição da vítima à água fria reduz a temperatura 
normal do corpo humano, podendo levar a perda da consciência com afogamento 
secundário ou até uma arritmia cardíaca com parada cardíaca e consequente morte. 
Sabemos que todas as vítimas afogadas têm hipotermia, mesmo aquelas afogadas 
em nosso litoral tropical. 
 
Classificação do Afogamento 
 
• Quanto ao Tipo de água: 
• Afogamento em água Doce: piscinas, rios, lagos ou tanques. 
• Afogamento em água Salgada: mar. 
• Afogamento em água salobra: encontro de água doce 
• Afogamento em outros líquidos não corporais: tanque de óleo ou 
outro material e outros. 
• Quanto á Causa do Afogamento (identifica a doença associada 
ao afogamento): 
• Afogamento Primário: quando não existem indícios de uma causa 
do afogamento. 
• Afogamento Secundário: quando existe alguma causa que tenha 
impedido a vítima de se manter na superfície da água e, em consequência 
precipitou o afogamento: Drogas (36,2%) (mais frequente o álcool), convulsão, 
traumatismos, doenças cardíacas e/ou pulmonares, acidentes de mergulho e 
outras. 
 
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O Suporte Básico de Vida Dentro da Água 
 
Em vítimas inconscientes, a checagem da ventilação e se necessário a 
realização do boca-a-boca (evitar o máximo esse procedimento direto) ainda dentro 
da água, aumenta a sobrevida sem sequelas em 3 vezes. O socorrista deve saber 
realizar os primeiros socorros ainda dentro da água. Com a estimativa de queo 
tempo de retorno à área seca pode ser de 3 a 10 vezes maior do que o tempo para 
atingir a vítima, o conhecimento técnico do suporte básico de vida ainda dentro da 
água, encurta o tempo de hipoxemia restaurando mais precocemente a ventilação 
e a oxigenação desta vítima. A preciosa economia destes minutos pode ser a 
diferença entre a vida e a morte do afogado. 
• Reconheça o nível de consciência 
Se consciente, não há necessidade de suporte de vida dentro da água, 
somente quando chegar à área seca. 
 
Se inconsciente: 
Reconheça se existe parada respiratória ainda dentro da água. 
• Em casos de inconsciência, um sustenta a vítima e o outro abre as vias 
aéreas e checa a respiração. 
• Em caso de ausência de respiração realiza 10 ventilações boca-a-boca. 
Esta medida evita a progressão da parada respiratória para uma PCR. 
• Caso haja retorno da ventilação, o socorrista resgata a vítima até a área 
seca, observando a cada minuto se a vítima continua respirando. 
• Caso não obtenha sucesso no retorno da ventilação, considere que a 
vítima esta em PCR e resgate o mais rápido possível a área seca para uma 
completa ressuscitação cardiopulmonar. 
• Em caso de Traumatismo Raqui-Medular (TRM) o cuidado com a coluna 
cervical e sua imobilização (Vê capítulo Intervenções em vítimas traumatizadas) pode 
ser a diferença entre uma vida saudável e a tetraplegia. Em praias, a possibilidade de 
TRM é de 0.009% dos resgates realizados. Portanto nestas situações só imobilize se 
houver forte suspeita de trauma cervical. Em contrapartida, os casos de afogamento 
em águas turvas, piscinas e águas rasas têm uma incidência maior, e deve ser 
avaliado caso a caso dependendo do local. 
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Embora várias situações possam determinar a perda da consciência em 
águas rasas, a prioridade é tratá-la como se fosse um TRM, de forma a prevenir uma 
lesão maior. 
Causas de inconsciência em águas rasas: TRM, Traumatismo Crâneo - 
Encefálico (TCE), mal súbito (infarto Agudo do Miocárdio (IAM), convulsão, lipotímia, 
hidrocussão (choque térmico)), e afogamento primário em que a vítima foi parar em 
águas rasas. 
 
O Transporte - A Transição da Água Para Areia 
 
 
O transporte ideal da água para a areia é a técnica australiana. Este tipo de 
transporte reduz a incidência de vômitos e permite manter as vias aéreas 
permeáveis durante todo o transporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.fac.org.ar/scvc/llave/epi/szpilma/szpilmap.htm 
 
 
Coloque seu braço esquerdo por sob a axila esquerda da vítima e trave 
o braço esquerdo. 
O braço direito do socorrista por sob a axila direita da vítima segurando o 
queixo de forma a abrir as vias aéreas, desobstruindo-as, permitindo a ventilação 
durante o transporte. 
http://www.fac.org.ar/scvc/llave/epi/szpilma/szpilmap.htm
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Em casos suspeitos de trauma cervical, utilize sempre que possível à 
imobilização da coluna cervical durante o transporte até a areia ou a borda da 
piscina. Quando possível utilize uma prancha de imobilização e colar cervical, ou 
improvise com prancha de surf. 
 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA NO SECO - AREIA ou PISCINA 
 
As condutas a serem tomadas seguem as orientações realizadas no capítulo 
Atendimento em Parada Cardiorrespiratória – PCR. Algumas outras orientações 
seguem abaixo: 
• Ao chegar à areia, ou na borda da piscina coloque o afogado em 
posição paralela a água, de forma que o socorrista fique com suas costas voltada para 
o mar, e a vítima com a cabeça do seu lado esquerdo. 
• A água que foi aspirada durante o afogamento não deve ser retirada, 
pois esta tentativa prejudica e retarda o início da ventilação e oxigenação do paciente, 
alem de facilitar a ocorrência de vômitos. 
 
Nos olhos 
 
Os olhos são os órgãos que estão mais em contato com o trabalho e, 
portanto, mais susceptíveis de receber corpos estranhos. Por ser um órgão muito 
delicado e, se atingidos por poeira, areia, insetos ou outros corpos estranhos que 
penetre ou respingue, podem sofrer irritação, inflamações e ferimentos mais sérios 
e até perda de visão. 
Todo cuidado é pouco nas manobras de remoção de corpos estranhos dos 
olhos. Qualquer atendimento mal feito ou descuidado pode provocar lesões 
perigosas na córnea, conjuntiva e esclerótica. 
Procurar reconhecer o objeto e localizá-lo visualmente. Em seguida, pede-se 
à vítima que feche e abra os olhos repetidamente para permitir que as lágrimas 
lavem os olhos e, possivelmente, removam o corpo estranho. 
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Ações de cuidado 
 
 
 
 
 
Quando um corpo estranho se localizar na pálpebra aplicar a seguinte 
técnica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso o acidente seja causado por um líquido, o olho deve ser lavado em água 
corrente. Uma alternativa para estas opções é fazer com que o acidentado 
mantenha o rosto, com o olho afetado, debaixo d'água, mandando -a abrir e fechar 
repetidamente o olho. Este procedimento deverá ser realizado no mínimo por 5 
minutos. 
É importante relatar que não é importante nesse momento saber qual foi o 
tipo de líquido, e sim lavar imediatamente para posteriormente conduzir o paciente 
ao especialista. 
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No ouvido externo 
 
 
Acidente muito comum em criança, mas que não isenta de o adulto ser 
acometido também. Os insetos, sementes, grãos de cereais e pequenas pedras 
podem se alojar no ouvido externo, como também, cerume endurecido que pode ser 
confundido com um corpo estranho. Todos causam perturbação na função auditiva 
e desconforto. 
A presença de um corpo estranho no ouvido, geralmente, não se constitui 
num problema de urgência, favorecendo ao profissional mais tempo para conduzir 
a situação com cautela, evitando prejuízo para o paciente. 
 
Ações de cuidado com insetos no ouvido externo 
 
Quando o objeto estranho for um inseto provocará um ruído que incomodará 
a vítima, podendo gerar estado de inquietação e irritabilidade. 
Deve-se fazer alguma coisa para aliviar de imediato a vítima. Ou seja, se o 
inseto estiver se movimentando dentro do ouvido, podemos utilizar um feixe de luz. 
Deve-se puxar a orelha para trás e dirigir o facho de luz para o canal auditivo. O 
inseto atraído pela luminosidade sairá com certa facilidade. 
 
Grãos ou fragmentos metálicos no ouvido externo 
 
O profissional deve solicitar que a vítima incline a cabeça para baixo e para 
o lado do ouvido atingido. Com o punho, a paciente ou o socorrista deve dar leves 
batidos na cabeça, no lado do ouvido atingido. 
 
ATENÇÃO 
 
 
Não tente retirar corpo estranho do ouvido com hastes flexíveis, pinça ou 
outro instrumento qualquer, pois corre-se o risco de empurrá-lo ainda mais para 
dentro. Ele pode atingir o tímpano, perfurando-o, podendo provocar até surdez. 
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No nariz 
 
Quando o órgão em que se encontra um corpo estranho for o nariz, que 
também ocorre com maior frequência na criança, geralmente causa dor, crises de 
espirro e coriza. Podem resultar em irritação se não forem removidos 
imediatamente. 
O profissional orientar ao paciente comprimir a narina que esteja livre e pedir 
que a vítima mantenha a boca fechada e tente expelir ar pela narina tampada. É 
necessário avisar a vítima para que não assue o nariz com muita violência. Isto 
poderia ferir a cavidade nasal. 
 
Ações de cuidado 
 
Em nenhuma hipótesedevemos introduzir algum instrumento na narina 
atingida. Isso pode provocar outras complicações. 
Nos casos de crianças que não soube assuar o socorrista deverá colocar a 
própria boca sobre o nariz da vítima e tentar aspirar ao corpo estranho. Se não 
conseguir, deve encaminhar a vítima ao hospital, rapidamente. 
 
Na garganta 
 
Corpos estranhos na garganta (como espinhas de peixe ou moedas) podem 
obstruí-la, provocar lesões e/ou asfixia, por impedir a entrada de ar nos pulmões.
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QUEIMADURAS 
 
Queimadura é um tipo de trauma de etiologia variável, em que várias estruturas 
anatômicas podem ser acometidas e não somente a pele, como frequentemente se 
associa. 
A desnaturação das proteínas nas áreas lesadas caracteriza a destruição 
tecidual e quanto maior o tempo de contato com o agente causador da queimadura 
maior serão os danos, locais e/ou sistêmicos. 
Assim sendo, a primeira medida é interromper por resfriamento ou abafamento 
o calor gerado nesse processo e retirar os adornos como anel, brinco, colar, pulseira, 
relógio, piercing, pois o edema resultante da injúria se instala rapidamente. 
Essa desnaturação das proteínas, resultante da agressão térmica e morte 
tecidual, provoca alterações em três zonas concêntricas na queimadura de espessura 
total: 
 zona de coagulação: área mais central da lesão, onde ocorre a 
desvitalização tecidual; 
 zona de estase: circunda a parte central, ocorre o extravasamento de 
líquido para o interstício, originando o edema; 
 zona de hiperemia: área mais externa da lesão, onde predomina a 
hiperemia. 
É possível classificar as queimaduras conforme a área de superfície corporal 
queimada, sendo avaliada em extensão e profundidade. 
Acompanhe no quadro abaixo, a classificação dos tipos de queimaduras, 
segundo a profundidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TIPO ÁREA 
COMPROMETIDA 
CARACTERÍSTICAS EVOLUÇÃO 
1º Grau 
 
 
 
 
 
 
2º Grau 
 
 
 
 
 
 
 
3º Grau 
 
 
 
 
 
 
 
4º Grau 
Epiderme 
 
 
 
 
 
 
Epiderme e Derme 
 
 
 
 
 
 
 
Epiderme, Derme, 
Hipoderme, 
Músculos Tendões 
 
 
 
 
 
Epiderme, Derme, 
Hipoderme, 
Músculos, Ossos, 
Outros órgãos 
internos 
- Hiperemia Dor local 
 
 
 
 
 
 
- Hiperemia 
- Dor local 
- Formação de bolhas 
 
 
 
 
 
- Lesões secas e 
esbranquiçadas com 
aspecto de couro 
 
 
 
 
 
- Lesões escurecidas, 
necrosadas 
As lesões superficiais não 
exigem cuidados especiais e 
melhoram em até uma semana. 
 
 
 
As lesões podem ser superficiais 
ou profundas. É necessário o 
controle da dor e do risco de 
infecção. A cicatrização pode 
ocorrer em duas a três semanas. 
 
 
 
Quando as lesões são 
circundadas por áreas de 
queimadura de 2º grau é 
necessária a analgesia. O risco 
para infecção é alto e a 
intervenção cirúrgica em geral é 
necessária, como o 
desbridamento e o enxerto. O 
posicionamento correto do 
paciente é fundamental para 
evitar posições que possam 
comprometer a movimentação e 
funcionalidade, pelo risco de 
contraturas musculares. 
 
 
 
Tratamento de Emergência das Queimaduras 
 
A queimadura é caracterizada como toda lesão no tecido de revestimento do 
corpo humano causado por agentes térmicos (frio, calor e eletricidade), químicos, 
radiação lonizante e ferimentos abrasivos. 
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A vítima deve ser classificada grave ou grande queimado quando possuir: 
 Queimadura de 3º grau presente em mais de 10% da superfície corporal 
(adulto e criança); 
 Queimadura de 2º grau presente em mais de 25% da superfície corporal 
se adulto; 
 
 
se criança. 
 
 
 Queimadura de 2º grau presente em mais de 20% da superfície corporal 
São consideradas também queimaduras graves aquelas que acontecem nas 
seguintes regiões: 
Região genital; 
Nos pés e nas mãos; 
Na face; 
Nas articulações. 
 
 
Tratamento Imediato de Emergência 
 
Retire os pertences da vítima, como anéis, pulseiras e relógios, pois podem 
ficar mais apertados se houver edema (guarde com você ou entregue a um 
familiar);
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• Resfrie rapidamente o local com água fria (A água retira a fonte térmica 
que está causando a queimadura, servindo para não agravar a lesão e diminuindo 
dor); 
• Cubra a lesão com pano limpo e úmido; 
• Nas queimaduras de segundo grau em mãos, pés, zonas genitais, faces 
e naquelas que abrangem mais de 10 a 15 % da superfície corporal, encaminhar 
sempre assistência médica com urgência; 
• Verifique sinais vitais, pois a vítima pode entrar em estado de choque. 
Se este for o caso, trate o choque. Se houver necessidade, faça o RCP; 
• Mantenha liberadas as vias aéreas e certifique-se de que a vítima respira 
bem, principalmente quando existem queimaduras na face; 
No translado ao hospital permaneça fazendo as avaliações e observação 
para uma continuidade completa a nível hospitalar. 
 
CHOQUE 
 
O choque é uma situação muito frequente encontrada em pacientes internados, 
independentemente da causa básica de sua internação, sendo de difícil tratamento. 
O quadro clínico com risco de morte iminente pode levar ao óbito por disfunções 
múltiplas dos órgãos. É caracterizado por um desequilíbrio entre a oferta e o consumo 
de oxigênio em nível regional e sistêmico, prejudicando a irrigação e oxigenação dos 
tecidos. 
Vários tipos de classificação do choque são aceitos. Mouchawar, em 1993, 
classificou o choque de acordo com sua etiologia. Classificação do choque em função 
das etiologias prevalentes 
Choque cardiogênico: É caracterizado pela falência do coração como bomba 
cardíaca, pela diminuição da força de contração, diminuição do débito cardíaco, 
aumento da pressão venosa central, gerando a má perfusão tecidual. Causado como 
complicações de patologias cardíacas como infarto, arritmias, embolia, tamponamento 
cardíaco, contusão cardíaca, pós-operatório de cirurgia cardíaca, entre outros. 
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Choque hipovolêmico: É caracterizado pela perda de líquido, externa ou 
internamente. Prevalece em casos de traumas com perda de sangue, queimaduras 
extensas, edema intersticial, casos severos de diarreias e vômitos. 
Choque obstrutivo: É a incapacidade em manter um débito cardíaco adequado 
mesmo na vigência de volemia normal. É caracterizado nos quadros de obstrução 
mecânica como tromboembolismo pulmonar, dissecção de aorta, tamponamento 
cardíaco. 
Choque distributivo: O choque distributivo ocorre em situações de má 
distribuição de volume caracterizada no choque séptico, muito comum nas Unidades 
de Terapia Intensivas. Ocorre também a paralisia vasomotora por causa da liberação 
de toxinas pelos agentes causadores da infecção que normalmente são as bactérias 
e por vezes vírus e fungos. A causa básica é a infecção generalizada por vários tipos 
de agentes tais como Escherichia coli, Klebisiella, Neisseriameningitis, Stafilococcus 
aureus, entre outros. 
Dentro dessa classificação destacamos ainda o choque anafilático e o 
neurogênico. 
No choque anafilático suas principais causas estão relacionadas à ingestão 
acidental ou não de medicamentos, alimentos, venenos, pólen ou outras substâncias 
alergênicas para o indivíduo. Ocorre uma reação exacerbada do sistema imunológico, 
com liberação de histamina e vasodilatação dos grandesvasos. 
A característica principal do choque neurogênico é a descontinuidade das fibras 
nervosas do sistema nervoso autônomo, apresenta tônus vascular inadequado 
levando a bradicardia e a vasodilatação. É comum em lesões medulares e casos de 
traumatismos cranioencefálicos. 
 
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO TRAUMA 
 
Oriunda do grego, a palavra trauma significa ferida e geralmente é associada a 
acontecimentos não previstos e indesejáveis. Integrando o grupo de causas externas, 
representa um problema de saúde pública de grande magnitude, constituindo-se na 
terceira causa de mortalidade no país. É considerada uma doença, pois em geral as 
causas são conhecidas e o evento pode ser prevenido. 
 
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O trauma pode ser definido como um evento nocivo, intencional ou não 
intencional, relacionado à alteração tecidual decorrente da aplicação excessiva de 
energia no corpo humano. O impacto de formas de energia (mecânica, química, 
elétrica, térmica ou irradiação), resulta em uma lesão, causando alteração estrutural 
ou funcional, em parte ou em todo o corpo. 
Acomete pessoas de todas as faixas etárias, mas incide frequentemente na 
população jovem, do sexo masculino, na plenitude produtiva. Com isso acarreta 
implicações sérias para o paciente durante o tratamento, pela necessidade de 
intervenções complexas, pela utilização de diversos métodos diagnósticos e ao tempo 
de internação, por vezes prolongado. 
Os familiares também sofrem as consequências dessa condição, pois a 
recuperação pode ser lenta e gerar sequelas, necessitando de acompanhamento 
multiprofissional para reabilitação ou reinserção social. Por fim, a sociedade também 
é atingida pelo alto custo no atendimento do indivíduo traumatizado, na redução da 
sua capacidade laboral e pelo reflexo nos anos potenciais de vida perdida. 
 
Classificação do trauma: 
 
Aberto ou penetrante: quando há perda da integridade da pele estabelecendo 
uma comunicação entre o meio externo e interno do corpo. As lesões são mais 
evidentes, facilitando a decisão rápida para intervenção e escolha do tratamento; 
Fechado: quando a integridade da pele é preservada. As lesões internas 
permanecem ocultas, condição que pode dificultar a identificação dos agravos, 
comprometendo a evolução e o prognóstico do cliente. 
Conhecer as informações detalhadas do histórico do evento e dos sujeitos 
envolvidos, utilização dos dispositivos de contenção como cinto de segurança, 
capacete é fundamental para a identificação dos agravos, para a prevenção de 
consequências ou sequelas secundárias ao trauma, cujas lesões nem sempre são 
evidentes, mas podem ser fatais. 
Estudos apontam que em cerca de 20% dos óbitos em acidentes de trânsito, 
as vítimas apresentavam lesões, que se tratadas em tempo hábil evitariam a morte. 
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O atendimento sistematizado no local do evento cuidados imediatos para a 
manutenção da vida, seguido de transporte rápido do indivíduo ao serviço de saúde, pode ser 
proporcionado, preferencialmente, pelo serviço de atendimento pré-hospitalar móvel, visando 
aumentar as chances e a qualidade de sobrevida do indivíduo. 
 
TRAUMA DE FACE 
 
O trauma facial pode ser considerado uma das agressões mais devastadoras 
encontradas em centros de trauma, por causa das consequências emocionais ao 
afetar a autoimagem e a autoestima do paciente. A agressão na face não envolve 
apenas tecidos moles e ossos, mas também por extensão, pode acometer o cérebro, 
olhos e dentição. 
A etiologia mais comum são as situações de violência interpessoal, queda, 
acidentes no trânsito, acidentes esportivos e de trabalho. 
Trata-se de um trauma de abrangência multidisciplinar, envolvendo 
principalmente as especialidades de trauma, oftalmologia, cirurgia plástica, 
bucomaxilofacial e neurocirurgia, no diagnóstico e tratamento de lesões faciais. 
A manutenção da permeabilidade das vias aéreas é essencial na assistência 
inicial; inspecionar cuidadosame nte a face para a identificação das áreas afetadas, 
presença de epistaxe, edema, hematoma periorbital, laceração de tecidos moles, 
fratura dos ossos da face, lesão de boca e dos dentes. 
A confirmação diagnóstica pode ser facilitada pela radiografia da face ou 
tomografia computadorizada. 
O tratamento precoce das lesões visa restabelecer aspectos funcionais bem 
como a estética da face, para evitar sequelas graves e permanentes. 
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TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO 
 
 
A ação de uma força externa exercida na cabeça pode ocasionar danos leves, 
moderados ou graves, acometendo a caixa craniana apenas externamente ou 
comprometendo as estruturas internas, originando o traumatismo cranioencefálico 
(TCE). 
Entretanto, as alterações decorrentes do dano cerebral nem sempre se 
manifestam imediatamente ao acontecimento do trauma, exigindo do profissional a 
compreensão dos mecanismos de lesão por trauma, avaliando a extensão, o tipo de 
lesão, bem como as características gerais do cliente, faixa etária e antecedentes de 
saúde. 
O exame neurológico rápido e objetivo está relacionado ao nível de 
consciência, padrão de resposta motora, observação das pupilas e a Escala de Coma 
de Glasgow que também contribui na avaliação neurológica. As lesões cerebrais mais 
frequentes são causadas por contusões, concussões, ferimentos no couro cabeludo, 
fraturas no local do impacto, hemorragias, hematomas (epidural, subdural, 
intraparenquimatoso) e lesões penetrantes. 
Os exames complementares mais comuns em suspeita de TCE são radiografia 
e tomografia computadorizada de crânio. A detecção precoce das lesões, nem sempre 
evidentes, são essenciais no prognóstico do paciente. A deterioração neurológica 
relacionada a pequenas coleções sanguíneas exige que o paciente seja mantido em 
observação por determinado tempo. 
Em caso de hematomas e lesões expansivas, exigem um tratamento cirúrgico 
a fim de favorecer a descompressão craniana, evitar os efeitos deletérios do aumento 
de pressão intracraniana, necessitando neste último caso de monitorização e 
cuidados intensivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: http://carolinetoniolo.blogspot.com/2011/04/tce.html 
http://carolinetoniolo.blogspot.com/2011/04/tce.html
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Ações que devem ser realizadas no atendimento ao TCE 
 
• Deve lembrar que existe uma grande possibilidade de ter uma lesão na 
coluna cervical; 
• Procurar avaliar rapidamente a oxigenação dos tecidos e administrar 
oxigênio a 15l/min; 
• Posicionar a vítima em posição de semi fowler (se possível, caso não, 
deixar a cabeça em plano mais elevado que o corpo). Na maca articulada ajuste o 
pino na primeira posição inclinada e realize o transporte; 
• É importante cobrir a vítima, porém não superaquecer; 
• Não obstrua a saída de sangue ou líquido cefalorraquidiano dos ouvidos 
ou nariz; 
• Use a bandagem triangular estendida de cabeça para proteção do 
ferimento; 
• Afrouxe as vestes da vítima; 
• Se estiver consciente, converse com paciente deixando-a acordada; 
• Na avaliação secundaria procure saber a quanto tempo a vítima esta 
inconsciente e se ela vomitou; 
• Mantenha controle sobre os sinais vitais; 
• Aplique a escala de Glasgow e verifique sua evolução; 
• Prevenir e/ou tratar estado de choque; 
• Após posicionamento, imobilizar a vítima, ficar avaliando durante todo 
os translados e solicitar apoio do suporte avançado. 
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TRAUMA DE TÓRAX 
 
O aumento na gravidade e na mortalidade por trauma torácico está diretamente 
relacionado ao crescimento do número, poder energético e variedade dos 
mecanismos de traumas como a maior velocidade dos automóveis, a violência urbana 
e o alto poder lesivo dos armamentos. 
Nesse tipo de trauma podemos encontrar a contusão pulmonar, contusão 
miocárdica, fratura de costela, ruptura aórtica, ruptura traumática do diafragma, 
laceração traqueobrônquica e esofágica, obstrução das vias aéreas, pneumotórax 
hipertensivo, hemotórax maciço, tórax instável e tamponamento cardíaco. 
Assim sendo o trauma de tórax merece especial atenção por comprometer a 
capacidade respiratória e pelo risco de afetar o funcionamento cardíaco, elementos 
essenciais na manutenção da vida, além das consequências decorrentes da 
dificuldade respiratória e distúrbios no equilíbrio acidobásico. 
O atendimento do paciente deve ser orientado segundo os critérios de 
prioridade, visando manter a ventilação e perfusão adequada, prevenindo as 
deficiências respiratórias, circulatórias e parada cardiorrespiratória. Assegurar a 
permeabilidade das vias aéreas observando sinais de insuficiência respiratória como 
tiragem de fúrcula, batimento da asa do nariz. 
Em pacientes com alteração do nível de consciência, verificar a necessidade 
de promover a aspiração das vias aéreas, observando sinais de obstrução e presença 
de corpo estranho. 
A avaliação do padrão respiratório visa investigar a simetria e expansibilidade, 
presença de enfisema subcutâneo, de fratura de arco costal e de respiração paradoxal 
(tórax instável). Considerar risco de pneumotórax hipertensivo e tamponamento 
cardíaco, pois são lesões letais quando não identificadas e tratadas rapidamente. 
Avalie a oximetria e a necessidade de iniciar a oxigenoterapia; eventualmente 
esse paciente pode precisar de suporte ventilatório e procedimentos invasivos como 
punção pleural, drenagem torácica, toracotomia, punção pericárdica. Controlar a dor 
por meio de analgésicos e opiáceos é ação recomendável. 
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As complicações mais frequentes nas vítimas de trauma torácico estão 
relacionadas à atelectasia ou quadro de dificuldade respiratória, principalmente em 
pacientes com doença pulmonar prévia. Outros órgãos afetados também devem ser 
avaliados, como o coração pelo risco de diminuição da função cardíaca, com o 
surgimento de insuficiência cardíaca e arritmias graves. 
Pneumotórax: O pneumotórax é definido como o acúmulo de ar na cavidade 
pleural, restringindo o parênquima pulmonar e prejudicando a respiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://carolinetoniolo.blogspot.com/2011/04/tce.html 
 
 
Pode ser classificado em: 
 
Aberto: é caracterizado pelo contato do espaço pleural com o meio ambiente 
(solução de continuidade entre a cavidade e o meio externo), levando a uma 
equivalência entre as pressões atmosférica e intratorácica, o que ocasionará em última 
instância o colapso pulmonar, queda da hematose e uma hipóxia aguda. O curativo 
de três pontas pode ser aplicado na lesão até a estabilização do paciente. 
Posteriormente o ferimento pode ser fechado com outro curativo oclusivo pouco 
permeável ao ar ou definitivamente, por drenagem torácica ou procedimento cirúrgico 
quando indicados. 
Simples: o pneumotórax simples tem sua etiologia baseada principalmente no 
trauma penetrante e na contusão torácica. O diagnóstico pode ser confirmado na 
vigência de dispneia intensa, hipersonoridade à percussão, diminuição ou ausência 
de murmúrio vesicular na ausculta e por meio de radiografia de tórax. O tratamento 
preconizado é a drenagem pleural; pode ser utilizada também a válvula de Heimlich. 
 
 
 
http://carolinetoniolo.blogspot.com/2011/04/tce.html
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Hipertensivo: o pneumotórax hipertensivo é uma lesão grave que põe em risco 
imediato a vida do paciente e deve ser tratado com urgência. Ocorre quando há um 
vazamento de ar para o espaço pleural, geralmente por fratura do arco costal. O ar 
entra para a cavidade torácica sem a possibilidade de sair, colapsando completamente 
o pulmão do lado afetado. O mediastino e a traqueia são deslocadas para o lado 
oposto, diminuindo o retorno venoso e comprimindo o pulmão não afetado, causando 
hipóxia e óbito do paciente. 
As causas mais comuns de pneumotórax hipertensivo são pneumotórax 
espontâneo, o trauma contuso de tórax e a ventilação mecânica com pressão 
expiratória final positiva. Pode configurar-se numa iatrogenia nos procedimentos para 
inserção de cateter central em veia subclávia ou jugular interna. 
O diagnóstico é clínico, cuja sintomatologia caracteriza-se por dispnéia intensa, 
taquicardia, hipotensão, desvio da traquéia, ausência de murmúrio vesicular unilateral, 
distensão das veias do pescoço (estase jugular), hipersonoridade, desvio do ictus e 
cianose tardia. O pneumotórax hipertensivo exige a descompressão imediata pela 
punção pleural do hemitórax afetado. Essa manobra converte a lesão em um 
pneumotórax simples, cujo tratamento definitivo consiste na inserção de um dreno de 
tórax. 
Hemotórax: O hemotórax é definido como o rápido acúmulo de mais de 1.500 
ml de sangue na cavidade torácica. As causas mais frequentes são a lesão da artéria 
intercostal, laceração do parênquima pulmonar, lesões em vasos da base e lesão 
cardíaca. O hemotórax é assintomático até culminar em choque hipovolêmico. O 
diagnóstico é definido pela diminuição da expansibilidade torácica, dispnéia, 
diminuição ou ausência de murmúrio vesicular e é complementado pela radiografia de 
tórax em posição ortostática. Para o tratamento pode ser realizada a punção pleural, 
a toracotomia ou a drenagem torácica que pode ser associada à bomba de 
autotransfusão. 
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Contusão Cardíaca: Ocorre em trauma fechado devido à compressão do 
coração entre o esterno e a coluna ocasionando intensa dor torácica. O diagnóstico é 
feito pela avaliação clínica, ecocardiografia bidimensional, dosagem de biomarcadores 
cardíacos como TGO, CKMB, CPK e ECG. A elevação da pressão venosa central na 
ausência de uma causa óbvia pode indicar disfunção ventricular direita secundária à 
contusão. O tratamento baseia-se no repouso e na monitorização cardíaca em UTI. 
Tamponamento Cardíaco: O tamponamento cardíaco pode ser resultante de 
ferimentos penetrantes e contusão causando um derramamento de sangue no saco 
pericárdico e déficit da bomba cardíaca. A suspeita clínica é caracterizada pela tríade 
de Beck, que consiste na elevação da PVC, diminuição da pressão arterial e 
abafamento das bulhas cardíacas. Pode ocorrer também estase jugular, pulso 
paradoxal, dispnéia, taquicardia e cianose de extremidades. O diagnóstico pode ser 
confirmado pela avaliação clínica, radiografia de tórax, ECG, ecocardiograma. Se 
confirmado está indicada a pericardiocentese como tratamento imediato. 
 
TRAUMA DE ABDOME 
 
A incidência de traumatismo abdominal vem aumentando progressivamente e a 
gravidade é determinada pela lesão de estruturas do abdome como o intestino, baço, 
rim, cujas lesões ocultas podem dificultar o diagnóstico, influenciando na evolução do 
quadro. A violência externa, sobretudo a agressão entre jovens do sexo masculino, 
pode ser apontada como causa mais freqüente dos traumas abdominais oriundos de 
ferimento por arma branca ou por contusão nos acidentes de trânsito. Em crianças, o 
trauma abdominal é relacionado com os acidentes nos brinquedos de recreação 
(parques) e quedas (de bicicletas, de altura). 
O quadro sintomáticoé caracterizado pela dor no local do trauma, dor 
abdominal difusa e rigidez de parede (abdome em tábua). Quando lesados, os órgãos 
sólidos e vasculares (fígado e baço, aorta e cava) sangram, originando o choque 
hipovolêmico e os órgãos ocos (intestino, vesícula biliar e bexiga) derramam seu 
conteúdo dentro da cavidade peritoneal, desencadeando a peritonite. 
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As medidas de atendimento em emergência se constituem em: avaliação do 
nível de consciência, monitorização dos parâmetros vitais, oximetria e administração 
de oxigênio, realização de venopunção e infusão de líquidos por via endovenosa para 
reposição volêmica, hemotransfusão e analgesia no controle da dor. 
Proceder ao exame físico avaliando as lesões; coletar material para exames 
laboratoriais (hemograma completo, coagulograma, tipagem sanguínea, bioquímica, 
amilase, gasometria arterial, urina I, βHCG em mulheres em idade fértil); passar SNG e 
SVD (lembre-se das contraindicações); providenciar profilaxia antitetânica. 
Encaminhar para exames diagnósticos, como ultrassom abdominal, radiografia e/ou 
tomografia computadorizada de abdome, lavagem peritoneal diagnóstica (LPD); 
encaminhar ao centro cirúrgico quando indicado tratamento cirúrgico o interior da 
cavidade abdominal, pois as estruturas em contato com o meio externo são 
consideradas contaminadas. Proteja as vísceras com uma cobertura de filme plástico 
específico para evisceração ou com compressas esterilizadas, umedecida em solução 
salina; monitorize os sinais vitais, realize a venopunção, prepare a infusão de fluidos 
e encaminhe o paciente para o centro cirúrgico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://irp-cdn.multiscreensite.com/64d4fda7/files/uploaded/Aula%208%20- 
%20Trauma%20de%20Abdome.pdf 
 
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TRAUMA MUSCULOESQUELÉTICO 
 
As vítimas desse tipo de trauma são frequentemente do sexo masculino em 
situação de quedas, acidentes de trânsito, acidentes de trabalho, ferimentos por arma 
de fogo. O trauma musculoesquelético consiste em lesões associadas a ligamentos, 
músculos, ossos e raramente representam risco à vida, porém, se não tratadas 
adequadamente podem resultar em sequelas com invalidez permanente. As 
complicações mais sérias estão relacionadas às perdas sanguíneas e infecções 
associadas às fraturas. 
 
Fratura 
 
Os principais sinais e sintomas da fratura são dor na região, com presença 
de edema, pode apresentar na inspeção deformidade do membro, dificuldades de 
movimentá-lo, fragmentos expostos e hemorragia (fraturas expostas) dentre outros 
que podem ser encontrados. 
 
Ações do profissional em fraturas que irá realizar: 
 
• O profissional deve sempre se apresentar e informar; 
• Lembrar-se das regras dos “três esses” e realizar o XABCDE; 
• Após a avaliação inicial, o técnico de enfermagem deve aplicar as 
técnicas de controle de hemorragias (geralmente em casos de fraturas expostas) e 
cobrir o ferimento. Usar curativo estéril e jamais empurrar fragmentos ósseos e nem 
tentar removê-los; 
• O profissional deve solicitar a realização de movimentos ou 
simplesmente averiguar a região para observar a motricidade e a sensibilidade do 
local afetado; 
• A imobilização deve ocorrer em uma articulação proximal e distal, 
observando constantemente o pulso e a perfusão do membro afetado (cheque pulso 
pedioso ou tibial posterior do lado afetado nos casos de fraturas do membro inferior); 
 
 
 
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• O material que pode ser usado são as talas, bandagens e ataduras. 
Atenção, as ataduras serão utilizadas apenas nas articulações, elas não devem 
envolver todo o membro como um processo de mumificação; 
• Após os procedimentos necessários, imobilizar a vítima na prancha, 
colocar o encosto lateral de cabeça e ficar avaliando durante todo os translados 
(Avaliar a necessidade de transportar ao suporte avançado). 
 
Ações do profissional em fraturas expostas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/diferenca-entre-fratura-entorse-luxacao.html 
 
 
• Segue as orientações anteriores, sendo complementadas pelas abaixo: 
• O profissional não deve colocar o osso exposto no interior da ferida e 
nem limpar ou passar produtos na região exposta do osso; 
 
Ações do profissional em fratura pélvica 
A vítima com fratura da região pélvica, pode apresentar dor na palpação do 
púbis e c rista ilíaca, perda da mobilidade dos membros inferiores, dificuldade de 
urinar e relacionado à cinemática do trauma (atropelamento, quedas em que a vítima 
caiu sentada, quedas de altura, acidentes onde a vítima use cinto de segurança sub- 
abdominal). 
 
 
 
 
 
 
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O profissional ao se deparar com essa situação deve: 
 
• A locomoção do paciente deve seguir a técnica da elevação em 
monobloco (Técnica vista na próxima temática); 
• Posicionar a prancha longa e o KED invertido embaixo da vítima; 
• Colocar o coxim do KED entre os membros inferiores e uma as pernas 
da vítima com faixas ou lençol; 
• Após essas condutas deve imobilizar a vítima na prancha, colocar o 
encosto lateral de cabeça e ficar avaliando durante todo os translados (Avaliar a 
necessidade de transportar ao suporte avançado). 
• Caso não tenha o KED disponível, com a vítima deitada de costas, 
coloque um cobertor dobrado ou travesseiro entre as pernas e fixá-la em sobre a 
prancha longa; 
 
Luxação 
 
Ocorre quando o acidente gera na vítima um desalinhamento das 
extremidades ósseas de uma articulação, caracterizada por deformidade acentuada 
de articulação e dor ao movimento. O profissional deve sempre se lembrar de 
aplicar a segurança com a regra dos “três esses” e a realização do XABCDE com o 
foco na cinemática do trauma. Além desses cuidados, deve ser aplicada 
compressas frias e imobilização da articulação com talas ou material rígido. Durante 
o transporte sempre realizar novas avaliações do cliente e deve ser conduzido em 
uma prancha longa. 
 
Entorse 
 
Conceituado por uma lesão que ocorre por distensão ou estiramento das 
ligações articulares ultrapassando o limite normal do movimento de uma articulação. 
A vítima pode apresentar dores intensas no local da lesão, hematomas e 
edemas. 
As condutas a ser desenvolvidas pelo profissional são as mesmas 
apresentadas anteriormente nos casos de luxações. 
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	INTRODUÇÃO
	A ATENÇÃO EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
	Política Nacional de Atenção às Urgências
	ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE URGÊNCIA NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
	ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NA URGÊNCIA
	CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
	ATENDIMENTO EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
	A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM HUMANIZADA EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
	URGÊNCIA E EMERGÊNCIA x ATENDIMENTO HUMANIZADO
	EMERGÊNCIA
	PARADA CÁRDIO RESPIRATÓRIA (PCR)
	Cuidados gerais
	Assistência de enfermagem na P.C.R.
	OVACE (Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho)
	Reconhecimento
	Desobstrução de Vias Aéreas
	Técnica aplicada em casos de OBSTRUÇÃO TOTAL em adultos e crianças maiores que um ano e CONSCIENTE
	INCONSCIENTE
	Crianças menores de um ano conscientes
	AFOGAMENTO
	Mecanismos da Lesão no Afogamento
	Tipos de Acidentes na Água
	Classificação do Afogamento
	O Suporte Básico de Vida Dentro da Água
	O Transporte - A Transição da Água Para Areia
	SUPORTE BÁSICO DE VIDA NO SECO - AREIA ou PISCINA
	Nos olhos
	Ações de cuidado
	Ações de cuidado com insetos no ouvido externo
	Grãos ou fragmentos metálicos no ouvido externo
	ATENÇÃO
	No nariz
	Ações de cuidado (1)
	Na garganta
	QUEIMADURAS
	Tratamento de Emergência das Queimaduras
	Tratamento Imediato de Emergência
	CHOQUE
	URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO TRAUMA
	Classificação do trauma:
	TRAUMA DE FACE
	TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO
	Ações que devem ser realizadas no atendimento ao TCE
	TRAUMA DE TÓRAX
	TRAUMA DE ABDOME
	TRAUMA MUSCULOESQUELÉTICO
	Fratura
	Ações do profissional em fraturas que irá realizar:
	Ações do profissional em fraturas expostas
	Ações do profissional em fratura pélvica
	O profissional ao se deparar com essa situação deve:
	Luxação
	Entorse
	REFERÊNCIAS

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