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Intubação e Via Aérea Definitiva Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Prefixo latino “en” e “in” – “movimento para dentro“ Intubação endotraqueal ou entubação endotraqueal é um procedimento pelo qual o médico introduz um tubo na traqueia do paciente, através da boca ou do nariz, para mantê-lo respirando quando alguma condição impede sua respiração espontânea. CONCEITO CONCEITO VIA AÉREA DEFINITIVA Cânula com balonete insuflado (cuff) Conectado a sistema de ventilação assistida Conectado a mistura enriquecida com O2 Posicionamento por meio de fixação adequada ( cadarço, fixador específico) TIPOS DE VIA AÉREA ARTIFICIAL Intubação orotraqueal Intubação nasotraqueal Cricotireoidostomia cirúrgica INDICAÇÕES Incapacidade de proteção das vias aéreas Perda dos reflexos protetores – ECG ≤ 8 Presença ou iminência de obstrução de via aérea Insuficiência Respiratória Cirurgias PCR Politrauma Choque CLASSIFICAÇÃO Via aérea fácil: sucesso na primeira tentativa de intubação Via aérea difícil :Após 3 tentativas de intubação sem sucesso, por médico experiente EFEITOS FISIOLÓGICOS DA IOT Eliminação da ação das VAS: Ausência do processo de condicionamento do ar- aquecimento umidificação e filtração alteração na produção do muco e movimento mucociliar favorecimento de infecções EFEITOS FISIOLÓGICOS DA IOT Exclusão da função da glote- necessidade da PEEP TÉCNICAS DE IOT Intubação eletiva Intubação de emergência- Sequência rápida de IOT TÉCNICAS DE IOT Intubação Eletiva É caracterizada quando não há sinais iminentes de falência nos mecanismos de proteção das vias aéreas, de ventilação e/ou oxigenação Há tempo para escolher melhor método para intubação de acordo com o paciente TÉCNICAS DE IOT Intubação de Emergência Utiliza-se a técnica de intubação com sequência rápida para reduzir o risco de aspiração de conteúdo gástrico A COT deve ser posicionada no menor tempo possível Preparo do Material EPI Laringocópio testado Tubos endotraqueais de diversos calibres disponíveis Fio guia Aspirador + sonda de aspiração Material para via aérea difícil- máscara laríngea Monitorização Acesso venoso Oximetria de pulso Dispositivo bolsa-válvula-máscara- Ambú Fonte de O2- umidificador Material para fixação do tubo- cadarço Seringa para insuflação do balonete(cuff) Medicação aspirada Preparo do Material TÉCNICA DE IOT ELETIVA IOT ELETIVA- Orotraqueal Ventilar e oxigenar o paciente com Ambú/máscara conectado a uma fonte de O2 a 15l/m. Certificar-se que um aspirador rígido estará prontamente disponível caso seja necessário. Testar o balonete do tubo traqueal. Suspeita De trauma cervical- Um assistente deve imobilizar manualmente o pescoço e a cabeça, que não devem ser movimentados sob nenhuma hipótese durante o procedimento IOT ELETIVA- Orotraqueal Segurar o laringoscópio com a mão esquerda e inserir o laringoscópio no lado direito da boca do paciente, deslocando a língua para a esquerda. Examinar a glote Inserir delicadamente o tubo na traquéia sem aplicar pressão sobre os dentes e as partes moles da boca. Insuflar o balonete do tubo com volume de ar suficiente para conseguir uma vedação adequada. Não hiperinsufle o balonete. Observar visualmente a expansão pulmonar com a ventilação. Auscultar o tórax e o abdome com estetoscópio para conferir a posição do tubo. Fixar o tubo. IOT ELETIVA- Orotraqueal Mulheres: 7 a 8 Homens: 8 a 9 Escolha do tamanho do tubo orotraqueal IOT ELETIVA- Nasotraqueal Ventilar e oxigenar o paciente com Ambú/máscara conectado a uma fonte de O2 a 15l/m. Certificar-se que um aspirador rígido estará prontamente disponível caso seja necessário. Testar o balonete do tubo traqueal. Suspeita De trauma cervical-Um assistente deve imobilizar manualmente o pescoço e a cabeça, que não devem ser movimentados sob nenhuma hipótese durante o procedimento IOT ELETIVA- Nasotraqueal Lubrificar o tubo com gel anestésico e introduzi-lo na narina Insuflar o balonete do tubo com volume de ar suficiente para conseguir uma vedação adequada. Não hiperinsufle o balonete. IOT EMERGÊNCIA Sequência Rápida de IOT IOT EMERGÊNCIA- Sequência Rápida de IOT Deve ser realizada para todos os pacientes com risco de aspiração pulmonar de conteúdo gástrico O principal objetivo da técnica é posicionar o tubo endotraqueal o mais rapidamente possível após a perda de consciência do paciente reduzindo o risco de aspiração do conteúdo gástrico Sequência Rápida de IOT Oxigenação prévia Sedação Analgesia Relaxamento muscular Aplicação de pressão na cartilagem cricóide IOT EMERGÊNCIA- Sequência Rápida IOT Alguns aspectos importantes: Após administração da droga o paciente invariavelmente evoluirá para apnéia. A ventilação intermitente em caso de dificuldade para intubação é essencial. A técnica para intubação não varia, a não ser pela obrigatoriedade da “manobra de Sellick”. COMPLICAÇÕES RELACIONADAS A IOT Intubação seletiva Indução ao vômito e BCA Laceração de partes moles das vias aéreas Trauma das vias aéreas- hemorragia Fratura de dente Traqueomalácea Intubação esofágica Rotura do balonete Lesão da coluna cervical CRICOTIREOIDOSTOMIA CIRURGICA CRICOTIREOIDOSTOMIA CIRURGICA INDICAÇÕES: Vias aéreas obstruídas por edema Trauma facial grave Hematoma cervical extenso Alteração importante da anatomia Presença de sangramento oral intenso Queimadura de via aérea CRICOTIREOIDOSTOMIA CIRURGICA Paciente em posição supina com o pescoço em posição neutra. Palpar a cartilagem tireóide e o espaço cricotireoideo. Preparar a área a ser operada e aplicar anestesia local se o paciente estiver consciente. Estabilizar a cartilagem tireóide manualmente CRICOTIREOIDOSTOMIA CIRURGICA Fazer uma incisão transversa na pele sobre a membrana cricotireoidiana e aprofundar cuidadosamente a incisão até atingir a luz traqueal. Inserir o cabo do bisturi na incisão e girá-lo 90 graus para abrir a via aérea Inserir uma cânula de traqueostomia de tamanho apropriado (5/6/7) com balonete, ou um tubo traqueal, através da abertura e direcioná-lo distalmente para dentro da traquéia. CRICOTIREOIDOSTOMIA CIRURGICA Insuflar o balonete da cânula ou tubo com volume de ar suficiente para conseguir uma vedação adequada. Não hiperinsufle o balonete. Conferir a posição da cânula ou tubo ventilando com ambu. Observar visualmente a expansão pulmonar com a ventilação. Auscultar o tórax e o abdome com estetoscópio CRICOTIREOIDOSTOMIA CIRURGICA COMPLICAÇÕES: Asfixia Aspiração (ex.: sangue) Criação de falso trajeto Edema subglótico Estenose de laringe Hemorragia ou formação de hematoma Laceração do esôfago Laceração da traquéia Paralisia de cordas vocais, rouquidão Fármacos Utilizados na IOT É desejável que os fármacos tenham rápido inicio e duração de ação As condições ideais para a realização da técnica de sequência rápida incluem analgesia, sedação, bloqueio neuromuscular Fármacos Utilizados na IOT Fármacos Latências Propofol 45 segundos Alfentanil 30 segundos Fentanil 1 a 2 minutos Remifentanil 30 segundos Etomidato 30 a 60 segundos Cetamina 1 a 2 minutos Rocurônio 60 a 90 segundos Succionilcolina 1 minuto Tiopental 30 segundos Tubo Endotraqueal Laringoscópio / Lâmina Material de aspiração Fio Guia Máscara Umidificador / Vácuo Ambú Seringa Matsumoto T, Carvalho W B . Intubação traqueal. Jornal de Pediatria - Vol. 83, Nº2(Supl), 2007. Manica james. Anestesiologia- Princípios e técnicas. Editora Artmed- 3ª edição Piras . Posicionamento do Tubo Orotraqueal Utilizando-se como Referência os Dentes Incisivos Centrais Superiores, RBTI Volume 16 - Número 1 - Janeiro/Março 2004 Referências
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