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TOCE PRÁTICO Intubação Orotraqueal Descrever materiais e realizar o procedimento. As principais indicações de IOT são: • Procedimentos e cirurgias; • Impossibilidade de manter via aérea pérvia; • Insuficiência respiratória aguda grave e refratária; • Hipoxia e/ou hipercapnia; • Escala de Coma de Glasgow (GCS) ≤ 8; • Instabilidade hemodinâmica grave ou parada cardiorrespiratória; • Antecipação de piora em pacientes queimados ou em pacientes com visível desconforto respiratório que poderão entrar em fadiga da musculatura respiratória. As principais contraindicações de IOT são: • Obstrução da via aérea, impedindo a visualização e indicando via aérea cirúrgica. • Perda da anatomia facial ou orofaríngeo. • A única contraindicação absoluta é: transecção de traqueia. Materiais: • 01 Máscara descartável. • 01 Fonte de oxigênio. • 01 Gorro. • 01 Tubo orotraqueal (tamanhos 6; 6,5; 7; 7,5; 8 e 8,5). • 01 Par de luvas estéril. • 01 Fio-guia para tubo orotraqueal. • 01 Óculos de proteção. • 01 kit sedoanalgesia. • 01 Laringoscópio com lâmina reta e curva (vários tamanhos) e 02 pilhas. • 01 Seringa de 20 mL. • 01 Dispositivo bolsa-valva-máscara. • 01 Lidocaína tópica. • 01 Material para aspiração de via aérea. • 01 Estetoscópio. • 01 Oximetria de pulso. • 01 Capnografia (se disponível). • 01 Cadarço de fixação ou outro dispositivo para fixação do tubo. • 05 ml de Clorexidine degermante. Procedimento: • Orientar o paciente quanto à realização do procedimento, se possível; • Selecionar o tubo adequado ao paciente e testar a integridade do balonete; • Inserir o fio-guia adequado; • A equipe de enfermagem deve deixar o material para aspiração preparado; • Posicionar o paciente e instalar o oxímetro de pulso; • Higienizar as mãos e realizar assepsia com clorexidina degermante; • Realizar sedoanalgesia conforme protocolo do setor; • Realizar pré-oxigenação: ventilar com bolsa-valva- máscara com reservatório, fornecendo 10 a 15 L/min de oxigênio por aproximadamente 30 segundos para obter alta concentração de oxigênio; • Realizar a laringoscopia e identificar as cordas vocais; • Considerar o uso da manobra de Sellick (pressão sobre a cartilagem cricóide); • Inserir o tubo orotraqueal e visualizar sua passagem pelas cordas vocais; • Retirar o fio guia; • Insuflar o balonete do tubo traqueal conforme o número do tubo (geralmente 8 a 10 mL de ar no adulto); • Conectar a bolsa-valva com reservatório e retomar a ventilação com 10 a 15 L/min de oxigênio; • Verificar o posicionamento do tubo por meio de: ausculta do epigástrio, das bases pulmonares esquerda e direita e dos ápices pulmonares e uso de capnografia, se disponível; observação dos movimentos torácicos durante a ventilação, embaçamento (condensação de vapor) no tubo traqueal e oximetria (meio indireto). • Fixar o tubo com a opção disponível no serviço; • Desparamentação; • Higienizar as mãos; • Registrar o procedimento na ficha/boletim de atendimento, bem como o tipo de dispositivo utilizado; Se não visualizar a fenda vocal, volte a ventilar o paciente com o dispositivo bolsavalva com reservatório. Cada tentativa de intubação deve durar até 20 segundos. Em caso de insucesso da intubação, reoxigenar a vítima com bolsa- valva-máscara; em caso de insucesso repetido, escolher outra técnica para a obtenção de via aérea definitiva. file:///C:/Users/Win10/Desktop/POP.SUE.010%20- %20INTUBA%C3%87%C3%83O%20OROTRAQUEAL.pdf 1. Luz do laringoscópio. 2. Selecionar o tubo orotraqueal (tot) adequado e testar balonete. A opção é, em geral, pelo maior tubo possível. Um valor usual é entre 7 e 8,5 mm em adultos (a partir do 8,0 há menor resistência do tot). 3. Dispositivo bolsa-válvula-máscara de ventilação ligado a circuito de O2 a 100%; 4. Fixador do tubo, seringa de 10 mL e guia metálico; 5. Aspirador à vácuo com cateter; 6. Sedativo, lidocaína spray e bloqueador neuromuscular; 7. Carrinho de emergência; 8. Monitorização hemodinâmica (se possível, PA invasiva); 9. Equipe auxiliar; 10. Equipamentos de proteção individual; 11. Posicionar o paciente em decúbito dorsal com a cabeça estendida, mas sem hiperextensão; 12. Colocar-se na cabeceira da maca e posicionar um coxim abaixo do osso occipital; file:///C:/Users/Win10/Desktop/POP.SUE.010%20-%20INTUBAÃ�Ã�O%20OROTRAQUEAL.pdf file:///C:/Users/Win10/Desktop/POP.SUE.010%20-%20INTUBAÃ�Ã�O%20OROTRAQUEAL.pdf TOCE PRÁTICO 13. Em caso de suspeita de trauma cervical, solicitar ao auxiliar que estabilize a cabeça e região cervical do paciente (contraindicado a extensão cervical); 14. Checar parâmetros clínicos e hemodinâmicos (principalmente oximetria de pulso e pressão arterial); 15. Sedar o paciente com infusão em bolus intravenosa da medicação escolhida (ex.: Midazolan 5-15 mg, podendo ser associado a fentanil 50-150 mcg); pode ser necessário o uso de bloqueador neuromuscular deação rápida (ex: rocurônio 1 mg/Kg) em pacientes com estômago contendo alimentos; 16. Realizar oxigenação com a bolsa-máscara, acompanhar parâmetros de monitorização e nível de consciência. Um tempo de 2 minutos é aceitável; 17. Obtida a sedação (paciente inconsciente), realizar a laringoscopia; 18. Segurar o laringoscópio com a mão esquerda (no caso de destros); 19. Introduzir a lâmina do laringoscópio acima do lábio inferior, na cavidade oral, à direita, e deslocar a língua da direita para esquerda, com a ponta da lâmina curva em contato com as valéculas, para conseguir deslocar a epiglote; 20. Se utilizar lâmina reta deve-se cobrir a epiglite com a mesma; 21. A tração do cabo do laringoscópio deve ser realizado em direção superior e caudal, em direção única e reta. Não realizar o movimento de alavanca devido ao risco de trauma dentário; 22. Após visualização das cordas vocais, introduzir o tubo orotraqueal, junto com seu guia, entre as mesmas. Deve-se ter cuidado para que a ponta do guia não ultrapasse o final do tot. Por vezes, entortar a ponta do guia para cima pode ajudar na intubação de pacientes com difícil visualização das cordas vocais; 23. Avance o tubo até a posição média de 22 cm (varia conforme cada paciente); 24. Retire o guia do tubo e infle o balonete com 5-10 mL de ar (ajustar posteriormente com cufômetro); 25. Realize a ventilação através do tubo com o dispositivo bolsa-válvula-máscara e verifique aposição do tubo através da ausculta do tórax (bilateralmente) e epigástrio, e capnografia, caso disponível; 26. Fixar o tubo e solicitar radiografia de tórax para checar a posição do tubo (~2 cm acima dacarina); 27. A manobra deve durar em torno de 30 segundos. 28. Não hiperinsuflar o balonete do tubo: usar um volume de ar suficiente para conseguir vedaçãoadequada; observar a expansão pulmonar durante a ventilação; se o paciente for transportado, a posição do tubo deverá ser reavaliada. https://pebmed.com.br/whitebook-passo-a-passo-da- intubacao-orotraqueal/ 1. Preparação O primeiro passo deve assegurar que a intubação ocorra sem erros de equipamentos, além de prever se a intubação será difícil. Esse passo deve durar menos que 5 min e é sistematizado em: avaliação, check-list de material, monitorização, preparo de drogas e acesso venoso. Para facilitar, podemos usar o mnemônico: STOP-MAID. • S: Sucção – Deixe o aspirador pronto; • T: Teste todos os equipamentos necessários (de preferência, mais que uma pessoa testando); • O: Oxigênio pronto para a pré-oxigenação; • P: Posicione o tudo na mesa para facilitar o procedimento (coloque o tubo em formato anatômico – formato de vírgula); • M: Monitorize o paciente com cardioscopia e oxímetro de pulso; • A: Avalie a via aérea do paciente (ver abaixo); • I: IV – deixe sempre um acesso pérvio periférico com jelco 18; • D: Drogas parautilização – escolher e preparar as drogas. A avaliação da via aérea do paciente pode ser feita através da técnica LEMON ou simplesmente pela Classificação de Mallampati e Classificação de Cormack-Lehane (esta última durante a intubação). Se for observado via aérea difícil, devemos solicitar o kit de via aérea difícil e já pensar em possíveis complicações – devendo sempre ter um plano alternativo em mente. A técnica LEMON é um mnemônico no qual devemos avaliar 5 itens: 2. Pré-oxigenação Na pré-oxigenação, deve-se manter uma fração de inspiração de oxigênio (FiO2) de 100% durante 3-5 minutos. Com isso, consegue-se uma apneia de 3-5 min antes que a saturação de oxigênio caia para < 90%. Isso permite que eu aumente a reserva de oxigênio e prolongue o intervalo antes que ocorra dessaturação importante da hemoglobina (<90%). Logo, deve-se utilizar uma máscara que oferte O2 a 100% sem ventilar o paciente. 3. Pré-tratamento O pré-tratamento vem gradativamente caindo em desuso, porque dá a ideia de que a administração de drogas como fentanil e lidocaína é indispensável. Hoje, a indicação para o fentanil é para pacientes com emergências hipertensivas, como na dissecção aguda de aorta, e na hipertensão intracraniana. As duas principais drogas indicadas são https://pebmed.com.br/whitebook-passo-a-passo-da-intubacao-orotraqueal/ https://pebmed.com.br/whitebook-passo-a-passo-da-intubacao-orotraqueal/ TOCE PRÁTICO o fentanil (1-3 mcg/kg) e a lidocaína (1,5 mg/kg). Elas devem ser administradas três minutos antes da passagem do tubo, se houver indicação. 4. Paralisia com indução Apesar do mnemônico, a sequência correta é primeiro realizar a indução e depois a paralisia. Nesse passo é administrada uma droga hipnótica (capaz de induzir o sono), seguida de um bloqueador neuromuscular (na maioria das vezes succinilcolina), em bólus e de forma rápida. O bloqueador neuromuscular otimiza a ISR, sendo indispensável, e minimiza os riscos de aspiração e hipotensão. O midazolam, por ser cronotrópico e inotrópico negativo, detona a performance cardíaca, devendo ser utilizado, com base nas evidências atuais, apenas se for a única droga disponível no serviço (e saiba que você deve ter cristaloides e noradrenalina de resgate já preparados!), junto a avaliações acuradas do estado hemodinâmico. 5. Posicionamento do paciente Na fase de posicionamento, deve-se posicionar o paciente em decúbito dorsal com 30º de inclinação no dorso, em posição de “sniff” ou “farejador” (coxim na região occipital + hiperextensão do pescoço, se não houver contraindicação para tal). O objetivo é alinhar os eixos oral, laríngeo e faríngeo do paciente. 6. Posicionamento do tubo com confirmação Basicamente, chegou a hora de passar o tubo em si, colocar a mão na massa! Confira o passo-a-passo abaixo: 1. Segurar o tubo com mão direita e laringoscópio com mão esquerda; 2. Colocar o laringoscópio pela rima labial direita e deslocar a língua para esquerda; 3. Tracionar o laringoscópio para cima e para frente, a aproximadamente 45º, posicionando-o na valécula (evitar movimento de báscula); 4. Visualizar as cordas vocais (a intubação não pode ser realizada às cegas, devendo ser realizada sob visualização direta das cordas vocais); 5. Introduzir tubo até que a borda proximal do cuff ultrapasse as cordas vocais. Parte distal do tubo deve estar a 5-7cm da carina (normalmente isso é a marca de 22cm em adultos); 6. Retirar fio guia; 7. Insuflar cuff com seringa de 6 a 10 ml de ar (20mmHg); 8. Acoplar ambu e insuflar, auscultando epigástrio, pulmão esquerdo e pulmão direito, respectivamente. Algumas manobras, apesar de controversas, podem ser usadas para melhorar a visualização das cordas vocais e impedir intubação esofágica. Um exemplo é a Manobra de Sellick, que consiste em uma leve pressão ao nível da cartilagem cricoide, utilizando o polegar e indicador, para ocluir externamente o esôfago e impedir que o tubo passe pelo órgão. Outra forma de confirmar o tubo é através da capnografia. O capnógrafo indica uma boa intubação quando os níveis de PETCO2 estão entre 35-45mmHg. 7. Pós-intubação Na última fase, chamada pós-intubação, já foi confirmada a intubação e fixaremos o tubo com esparadrapo ou acessórios próprios. Nela, é necessária a realização de uma radiografia de tórax para verificar a posição do tubo ou evidenciar alguma complicação. Além disso, deve-se lembrar de colocar o paciente em ventilação mecânica e se manter toda a monitorização. Um dos pontos cruciais é ficar atento à ocorrência de hipotensão, que é um evento comum após a intubação, seja pelos efeitos das drogas usadas na indução ou após o início da ventilação mecânica, haja vista a diminuição do retorno venoso. https://www.sanarmed.com/intubacao-orotraqueal-iot-na- emergencia-yellowbook Trauma Torácico Descrever a avaliação do paciente com trauma torácico, identificando os sinais clínicos, diagnósticos prováveis e condutas relacionadas. Esse protocolo segue uma distribuição trimodal das mortes no trauma, baseando-se no número de mortes e o tempo após a lesão, dividindo-se em 3 picos: • Primeiro: segundos e minutos após o trauma. A maioria das vítimas não é salva, portanto, sua principal medida é a prevenção; • Segundo: minutos ou horas. Busca a redução da mortalidade e morbidade da vítima; e • Terceiro: dias ou semanas. Relacionado a complicações tardias, suas medidas são de cuidados hospitalares. 1. Airways: proteção das vias aéreas e imobilização da coluna cervical; 2. Breathing: respiração e ventilação; 3. Circulation: circulação com controle de hemorragia; 4. Disability: estado neurológico; e 5. Exposure: exposição e controle ambiental. Dois conceitos, independente do trauma e da vítima, não podem ser esquecidos: a sequência do atendimento deve ser seguida, sem exceções; e só é permitido prosseguir para a próxima etapa assim que a anterior estiver concluída. https://www.sanarmed.com/ventilacao-mecanica-parametros-iniciais https://www.sanarmed.com/intubacao-orotraqueal-iot-na-emergencia-yellowbook https://www.sanarmed.com/intubacao-orotraqueal-iot-na-emergencia-yellowbook TOCE PRÁTICO Fique atento às lesões que devem, obrigatoriamente, ser diagnosticadas no 1º atendimento para o ATLS: • Obstrução da via aérea; • Pneumotórax aberto; • Tamponamento cardíaco; • Pneumotórax hipertensivo; • Hemotórax maciço; e • Lesão de árvore brônquica. 3.1. Lesão da árvore traqueobrônquica • Quadro clínico: hemoptise, enfisema subcutâneo extenso, sintomas de insuficiência respiratória e pneumotórax (pode ser hipertensivo), vazamento de ar em grande quantidade no selo d’água após a drenagem do tórax, e ausência de expansão pulmonar, mesmo após drenagem torácica; • Tratamento emergencial: passagem de um segundo dreno de tórax e intubação orotraqueal sob broncoscopia; • Diagnóstico: a partir de alta suspeição clínica e confirmação por broncoscopia; e • Tratamento definitivo: toracotomia. 3.2. Pneumotórax simples • Definição: secundário a um trauma penetrante ou contuso. Ocorre extravasamento de ar para a cavidade pleural; • Quadro clínico: dor torácica, redução do murmúrio vesicular, diminuição da expansibilidade torácica, timpanismo, hipóxia; e • Tratamento: drenagem torácica. 3.3. Pneumotórax hipertensivo • Definição: acúmulo de pressão na cavidade pleural por extravasamento de ar; • Consequência: colapso ventilatório e circulatório; • Quadro clínico: ausência ou redução do murmúrio vesicular, distensão com redução ou ausência da expansibilidade no hemitórax acometido, timpanismo, hipóxia, taquipneia, taquicardia, hipotensão, turgência jugular, desvio traqueal contralateral; • Diagnóstico: clínico; • Tratamento emergencial: descompressão torácica digital ou toracocentese comagulha; e • Tratamento definitivo: drenagem torácica tubular em selo d’água. 3.4. Pneumotórax aberto • Definição: secundário a uma perfuração grande na parede torácica, de diâmetro maior ou igual a 2 ⁄ 3 do diâmetro traqueal; • Consequências: insuficiência respiratória; • Quadro clínico: lesão na parede torácica, redução do murmúrio vesicular e da expansibilidade torácica, hipertimpanismo, taquipnéia, hipoxemia; • Tratamento emergencial: curativo de três pontas; e • Tratamento definitivo: drenagem sob selo d’água e reparo da lesão torácica. 3.5. Hemotórax • Definição: sangue na cavidade pleural, podendo ser classificado como maciço quando o volume de sangue for superior a 1500 ml ou a ⅓ do volume total torácico; • Quadro clínico: murmúrio vesicular reduzido no lado acometido, macicez à percussão, podem haver sinais de choque hipovolêmico, e sinais de insuficiência respiratória e expansibilidade torácica reduzida nos casos de hemotórax maciço; e • Tratamento emergencial: drenagem torácica fechada em selo d’água. o Em alguns casos: toracotomia, reposição volêmica e transfusão sanguínea. 3.6. Tórax instável e contusão pulmonar • Definição: secundário à disjunção completa de um segmento ósseo na cavidade torácica; • Consequências: respiração paradoxal e contusão pulmonar; e o Características da contusão pulmonar: estigmas de trauma torácico, hipoxemia, redução da amplitude torácica, sinais de fratura de arcos costais, diagnóstico por radiografia ou tomografia. • Tratamento: suporte ventilatório, analgesia potente, evitamento de hiperidratação, fisioterapia respiratória precoce. o Em casos de contusão pulmonar: intubação precoce. 3.7. Contusão miocárdica • Definição: secundária à impacto sobre a parede anterior do tórax; • Quadro clínico: extrassístoles, alterações do segmento ST, taquicardia sinusal, fibrilação atrial, bloqueio de condução; TOCE PRÁTICO • Não existem evidências para o uso de enzimas cardíacas no seu diagnóstico e seguimento. 3.8. Tamponamento cardíaco • Definição: restrição do enchimento cardíaco devido à acúmulo de sangue no saco pericárdico; • Quadro clínico: Tríade de Beck – ocorre na minoria dos casos mas está na maioria das provas; • Diagnóstico: FAST; e • Tratamento: toracotomia de emergência ou esternotomia, reposição volêmica. 3.9. Laceração aórtica • Geralmente na porção descendente da aorta, após traumas de alta energia com dilaceração abrupta; • Quadro clínico: inespecíficos; o Portanto, decore os achados radiológicos, sendo mais importantes: alargamento de mediastino e fratura de primeiro ou segundo arco costal e escápula. • Diagnóstico: tomografia computadorizada de tórax com contraste; e • Tratamento: cirurgia de reparo via endovascular. 4. Ferimentos da Transição Toracoabdominal • Definição: lesões penetrantes abaixo da linha dos mamilos e acima do rebordo costal; e • Diagnóstico e terapia: laparoscopia (apenas com paciente estável). • o Em casos de instabilidade, pode ser indicada a laparotomia. 5. Lesão Traumática de Diafragma • Definição: secundárias aos traumas penetrantes, mas podem ocorrer em casos de traumas contusos; • Quadro clínico: dor abdominal, dor referida em ombro, falta de ar, vômitos e disfagia; • Diagnóstico: achados radiológicos – borramento do seio costofrênico, elevação da cúpula diafragmática, presença de vísceras ou da sonda nasogástrica na topografia do hemitórax acometido; e • Tratamento: videolaparoscopia. Indicações da Toracotomia de Emergência Principais indicações: saída de volume maior ou igual a 1500 ml na drenagem ou inferior a 1500 ml mas com perda de sangue contínua de volume maior ou igual a 200 ml/hora por 2 a 4 horas. Além de tamponamento cardíaco, lesão da árvore traqueobrônquica, rotura traumática sem possibilidade de reparo endovascular e rotura ou perfuração esofágica. https://med.estrategia.com/portal/conteudos- gratis/resumed/resumed-atls-trauma-vias-aereas-e- muito-mais/#3-Trauma-Toracico Ver também: https://med.estrategia.com/portal/conteudos- gratis/resumed/resumed-avaliacao-inicial-do- trauma-e-vias-aereas/ https://www.medway.com.br/conteudos/trauma- toracico-principais-lesoes-diagnostico-e-tratamento/ Acesso Venoso Central Descrever os principais sítios de punção, seus benefícios e complicações. Ao final, descrever a técnica de Seldinger. O acesso venoso central é um procedimento frequente nas unidades de terapia intensiva e, embora seja muito útil, o seu caráter invasivo traz algumas complicações graves. Quais as indicações do acesso venoso central? • Monitorização hemodinâmica; • Manutenção de uma via de infusão de soluções ou medicações; • Nutrição parenteral prolongada; • Quimioterapia; • Hemodiálise; • Reposição rápida de fluidos ou sangue no trauma ou cirurgia; • Estimulação cardíaca artificial temporária; • Acesso venoso em pacientes com veias periféricas ruins. https://med.estrategia.com/portal/conteudos-gratis/resumed/resumed-atls-trauma-vias-aereas-e-muito-mais/#3-Trauma-Toracico https://med.estrategia.com/portal/conteudos-gratis/resumed/resumed-atls-trauma-vias-aereas-e-muito-mais/#3-Trauma-Toracico https://med.estrategia.com/portal/conteudos-gratis/resumed/resumed-atls-trauma-vias-aereas-e-muito-mais/#3-Trauma-Toracico https://med.estrategia.com/portal/conteudos-gratis/resumed/resumed-avaliacao-inicial-do-trauma-e-vias-aereas/ https://med.estrategia.com/portal/conteudos-gratis/resumed/resumed-avaliacao-inicial-do-trauma-e-vias-aereas/ https://med.estrategia.com/portal/conteudos-gratis/resumed/resumed-avaliacao-inicial-do-trauma-e-vias-aereas/ https://www.medway.com.br/conteudos/trauma-toracico-principais-lesoes-diagnostico-e-tratamento/ https://www.medway.com.br/conteudos/trauma-toracico-principais-lesoes-diagnostico-e-tratamento/ TOCE PRÁTICO Contraindicações • Discrasias sanguíneas graves, anticoagulação terapêutica; • Endarterectomia de carótida ipsilateral; • Tumores cervicais ou aqueles com extensão intravascular para o átrio direito. Locais de inserção do acesso central • Veia jugular interna; • Veia subclávia; • Veia femoral; • Veia jugular externa; • Veia antecubital. A escolha do local é baseada na: • Experiência e habilidade do operador; • Anatomia do paciente (oclusão venosa conhecida, presença de linfedema); • Riscos associados à colocação (coagulopatia, doença pulmonar); • Necessidades do paciente e duração do uso de cateter. A escolha do local também é escolhida pensando em evitar: • Área contaminada ou potencialmente contaminada (por exemplo, pele queimada ou infectada, adjacente à traqueostomia ou ferida cirúrgica aberta); • Locais de acesso com disfunção anatômica local (como fratura anterior da clavícula); • Locais com múltiplas cicatrizes; • Presença de outro cateter ou dispositivo (como marca- passo ou desfibrilador interno). O lado direito é preferencial pois a cúpula pleural direita é mais baixa, há um melhor posicionamento do cateter e menor risco de quilotórax. • Na emergência, o acesso venoso femoral tem menor probabilidade de interromper a ressuscitação cardiopulmonar. O acesso jugular interno e a abordagem supraclavicular também são opções, pois permitem entrega rápida da medicação, por exemplo, ao coração. Tipos de acesso venoso central • Cateteres venosos centrais o Não tunelizados: são mais usados para acessos temporários, pois quando para longo prazo precisam de um mecanismo valvar para limitar o refluxo de sangue e impedir infecção, oclusão e trombose associada ao cateter. o Implantados: são semi-permanentes, com remoção reservada (complicação, não mais necessidade do dispositivo e conforto do paciente). o Revestidos e impregnados com antibióticos ou antissépticos, podem também ser conectados à heparina. Preparaçãodo acesso venoso central • Além dos equipamentos de proteção individual, o material necessário para a inserção de cateteres venosos centrais inclui bolsa e equipo de soro, anestésico local (geralmente lidocaína a 1 ou 2%), campo estéril, gaze estéril, bisturi, kit de cateter central (contendo agulha, fio guia, dilatador e cateter intravenoso), agulha e fio para fixação do cateter à pele e curativo transparente estéril. TOCE PRÁTICO • Uma solução antisséptica da pele com álcool de clorexidina deve ser aplicada no local de acesso e deixada secar antes de cobrir o paciente. Todos os procedimentos de acesso venoso central, incluindo procedimentos de emergência, devem ser realizados em um local que permita o uso de técnica asséptica com precauções de barreira total. Técnica geral de acesso venoso • As especificações de cada técnica dependem da região anatômica escolhida, mas de modo geral, utiliza-se a técnica de Seldinger para a obtenção do acesso venoso central. • Técnica de Seldinger: o Identificar o local de punção e introduzir a agulha, aplicando leve sucção. o Ao atingir a veia, desconecta-se a seringa, ocluindo a extremidade proximal da agulha com o dedo e introduz-se o fio guia por dentro da agulha. o Remove-se, então, a agulha, mantendo o fio guia inserido. o Realizar uma incisão de 1 a 2mm no local da punção na pele e introduzir o dilatador sobre o fio guia. o Após a dilatação, remove-se o dilatador e introduz- se o cateter sobre o guia na veia. o Remove-se o fio guia e após constatar o retorno de sangue, conecta-se o cateter ao equipo com soro fisiológico 0,9%. o Fixar o cateter com ponto simples na pele. • Solicitar a radiografia de tórax para confirmação por imagem da posição do cateter. • Recentemente, a ultrassonografia tem sido utilizada para guiar a inserção do cateter e diminuir risco de complicações. Especificações de cada técnica Acesso anterior/médio da veia jugular interna: • Referencial anatômico: ápice do triangulo de Sedillot (que é formado pela cabeça esternal e clavicular do músculo esternocleidomastóideo). • Posicionamento do paciente: posição de Trendelenburg com a cabeça rotacionada contralateral ao acesso. • Introdução da agulha de 18G: direcione a ponta da agulha para o mamilo ipsilateral com angulação de 30 a 40º da pele. • Menor taxa de complicação em relação à subclávia, mas pode trazer algum desconforto ao paciente, pela localização cervical. Triângulo de Sedillot. A seta aponta o local de referência para a punção da veia jugular interna. Acesso posterior da veia jugular interna: • Referencial anatômico: região posterior do músculo esternocleidomastoideo, entre a porção média e inferior, a cerca de 5 cm acima da clavícula, normalmente marcada pela presença da veia jugular externa. • Introdução da agulha 18G: anteromedialmente, em direção à fúrcula esternal. Acesso da veia subclávia por via infraclavicular: • Referencial anatômico: junção do terço proximal com o médio da clavícula. • Posicionamento do paciente: cabeça em rotação contralateral ao procedimento e com coxim entre os ombros, facilitando a abertura das clavículas. Posição de Trendelenburg. • Introdução da agulha: direção à fúrcula esternal com angulação de 30º com o tórax, reduzindo para 15º após passagem para região posterior à clavícula. TOCE PRÁTICO • Maiores possibilidades de complicações pulmonares, como hemotórax e pneumotórax, em relação à punção na veia jugular interna. Porém, apresenta menor taxa de infecção. Acesso da veia subclávia por via supraclavicular: • Inserir agulha atrás da clavícula, lateralmente à cabeça clavicular do músculo esternocleidomastoideo. A agulha deve estar voltada para o mamilo contralateral. Acesso da veia femoral: • Referencial anatômico: no trígono femoral, que é limitado superiormente pelo ligamento inguinal (entre espinha ilíaca anterossuperior e sínfise púbica). • Acesso rápido, com alta taxa de sucesso, mas com maior risco de infecção e de trombose iliofemoral. Complicações As complicações incluem infecções, trombose, estenose relacionadas ao cateter. Além de pneumotórax ou hemotórax, lesão nervosa ou arterial, fístula arteriovenosa, quilotórax, infecção, embolia gasosa, posicionamento inadequado, arritmia e sangramento. https://www.sanarmed.com/acesso-venoso-central Ver também: file:///C:/Users/Win10/Desktop/POP.SUE.001%20- %20ACESSO%20VENOSO%20CENTRAL.pdf https://www.medway.com.br/conteudos/acesso-venoso- central-tudo-que-voce-deve-saber/ https://www.sanarmed.com/acesso-venoso-central file:///C:/Users/Win10/Desktop/POP.SUE.001%20-%20ACESSO%20VENOSO%20CENTRAL.pdf file:///C:/Users/Win10/Desktop/POP.SUE.001%20-%20ACESSO%20VENOSO%20CENTRAL.pdf https://www.medway.com.br/conteudos/acesso-venoso-central-tudo-que-voce-deve-saber/ https://www.medway.com.br/conteudos/acesso-venoso-central-tudo-que-voce-deve-saber/
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