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LINFADENOPATIA Aumento palpável de 1 ou mais linfonodos. Linfonodomegalia é um aumento dos gânglios linfáticos, reposta normal do organismo frente à infecção e inflamação. Pode estar associado a doenças malignas: linfomas, carcinomas, leucemias. Achado casual, esperado. Sinal ou sintoma primário ou secundário de uma doença correlacionado. o Retroauricular = otite, rubéola em crianças. Atenção primária: 66% dos pacientes: causa inespecífica ou IVAS e <1% neoplasia maligna. Mononucleose infecciosa, toxoplasmose e TB, elas tendem a ter a linfadenopatia generalizada, mas não são de alto grau. Apatia + febre + exantema + linfonodos retroauricular = rubéola. Mononucleose = doença do beijo, relacionada ao Epstein Baar; paciente apresenta hipertrofia amígdalas, historia de ir a festa e ter beijado varias pessoas. Toxoplasmose = doença do gato, protozoário em fezes de gato (não mexer com caixa de areia); pode ser transmitida pela água. Tuberculose = tosse noturna, hemopitiase, febre, perda de peso; pcte tem um contexto anterior. Linfonodos de alto grau = supra- calvicular e escaleno; podem ser tumor, deve-se investigar. LINFADENOPATIA ANAMNESE Faringite, tosse, febre, sudorese noturna, fadiga, perda ponderal e dor nos linfonodos. Idade, sexo, ocupação (doenças ocupacionais), exposição a animais domésticos, comportamento sexual, uso de fármacos (Difenilhidantoína) – linfonodo cervical. Crianças e adultos jovens: distúrbios benignos. Linfonodo submandibular = criança no período de dentição. Linfonodos inguinais são comuns em adultos. Após 50 anos: aumenta os distúrbios malignos e diminui distúrbios benigo. EXAME FÍSICO Inspeção o Cicatriz o Processo de dor Palpação o Tamanho o Característica linfonodo o Aderência a planos profundos Comparação com lado contralateral o Assimétrico o Simétrico Localizada ou generalizada (3 ou mais) Tamanho o Maior que 2 cm linfonodo de alto risco (solicitar biopsia). o Maior que 1,5x1,5 cm (malignidade) Textura o Endurecido/pétreo (gravidade) o Elástico o Mole Doloroso ou indolor o Infecção tende a ser doloroso. o Indolor característico de tumor Inflamação o Doenças crônicas o Solicitar VSH, PCR, hemograma Lesões cutâneas o Piodermites/erisipela que podem causar linfadenopatia. Esplenomegalia/hepatoesplenomegalia o Palpar baço e fígado (acima de 2 cm rebordo costal) o Baço palpável Tumor de cabeça de pâncreas – paciente vai apresentar uma icterícia, devido apertar a ampola de Vater; obstrui e não sai à bile, apresentando acolia fecal, colúria, perda de peso. DESCRIÇÃO DO LINFONODO Localização: cervical anterior, supraclavicular, inguinal. o Não esqueça o lado (direito ou esquerdo); Tempo de evolução: podemos classificar grosseiramente a evolução em: o Aguda (dias) o Subaguda (semanas) o Crônica (meses) o Questionando o paciente, caso o mesmo tenha observado o linfonodo. Mobilidade: a imobilidade deve-se à aderência a planos profundos, sendo esse achado freqüentemente associado à neoplasia maligna; Tamanho: estimar o diâmetro linfonodal em centímetros. o Diâmetro de até 1 cm, mesmo quando palpáveis, raramente são malignos; Consistência: o linfonodo pode ser descrito como mole, firme, elástico, duro (pétreo). o Os linfonodos mais endurecidos têm maior chance de malignidade; Dor: a dor ou hipersensibilidade do linfonodo ao exame físico indica crescimento rápido, com distensão capsular. o Causas infecciosas e inflamatórias são as mais associadas ao achado de um linfonodo doloroso. LINFADENOPATIA LOCALIZADA OU REGIONAL Comprometimento de uma área anatômica. Adenopatia cervical em adultos e/ou tabagistas: Exame otorrinolaringoscópico completo. Adenopatia cervical: IVAS, mononucleose infecciosa, dentária. Adenopatia cervical causa maligna: Metastáticos de cabeça e pescoço, mama, pulmão e tireoide. Adenopatia occipital: Lesão em couro cabeludo. Linfonodos retroauricular: relacionados com otite, rubéola, IVAS (tonsilar). Adenopatia pré-auricular: Lesões/infecções da conjuntiva (ceratite, conjuntivite) ou doença da arranhadura. Adenopatia supra clavicular e escaleno: Linfomas, nódulo de Virchow (supra clavicular E = Neo gastrintestinal), CA de pulmão, mama, testículos e ovários, tumor gastrointestinal (cabeça de pâncreas, vesícula, estomago), TB, sarcoidose e toxoplasmose. Adenopatia axilar: Infecções do MS ipsilateral, melanoma, linfoma e Ca de mama. Linfonodos sentinelas deve-se pesquisar, pois pode ser de alto risco. Adenopatia inguinal: traumatismos dos MMII, linfogranuloma venéreo, sífilis primária, herpes genital e cancro mole. Linfomas, Ca metastáticos de reto, genitália e MMII (melanoma). o IST’s; comum em adultos. Tamanho: < 1,0 cm2: Causas reativas inespecíficas e benigno. o Descartar mononucleose e/ou toxoplasmose p/ pesquisar outras doenças. Inflamação: Hipersensibilidade e aumento de volume. Leucemia aguda: Dor e aumento de volume. Linfoma: Grandes, distintos, simétricos, elásticos, firmes, móveis e indolores. Câncer metastático: Duros, indolores e imóveis. Esplenomegalia: Mononucleose infecciosa, linfoma, leucemia aguda ou crônica, sarcoidose, toxoplasmose, DAG, LES e distúrbios hematológicos. Adenopatia torácica: tosse, sibilo, disfonia, disfagia e edema do pescoço, face e MMSS (VCS e VSC). Adenopatia mediastinal ou hilar: Mononucleose infecciosa e sarcoidose(Jovens). o Meia idade: CA primário de pulmão, linfomas, CA metastático, TB, micose e sarcoidose. Adenopatia unilateral paratraqueal: Histoplasmose “Linfoma”, TB. No linfoma quando o paciente faz a ingestão de bebida alcoólica ocorre o surgimento do linfonodo. Adenopatia intra-abdominal ou retroperitonial: Malignidade, TB e tumor de células germinativas. RADIOGRAFIA DE TÓRAX Infiltrado pulmonar Linfadenopatia mediastinal: TB, histoplasmose, sarcoidose, linfoma, CA de pulmão primário ou metastático. TC, RM, US, US com Doppler: Diferenciar tumores benignos e malignos. US: Eixo maior/eixo menor: <2,0 Benigno. BIOPSIA* Início do diagnóstico ou até semanas após. Imediata se hipótese de neoplasia maligna. Suspeita de Ca primário de cabeça e pescoço, Exame otorrinolaringológico. Se não houver lesão de mucosa = Biopsia excisional do > linfonodo. Aspiração com agulha fina = nódulos de tireoide. Antibiótico só se evidência de infecção bacteriana. Não usar glicocorticóides = efeito linfocítico, resolução tardia e ativação de infecções subjacentes. Exceto se obstrução faríngea na mononucleose infecciosa. Paciente, com linfonodo de 1,2 cm, pede ao paciente para retornar em 2 semanas e ele aumenta em 2 cm (crescimento progressivo), reavaliar em 14 dias. AVALIAÇÃO LABORATORIAL Hemograma – citopenias, blastos, plaquetopenias. Sorologias – PB, mononucleose, Epsten Baar PPD DOENÇA DA ARRANHADURA DO GATO Doença infecciosa e benigna. Agente etiológico: Bactérias Bartonella hanseleae, Bartonella quintana e Grahamella, gram-negativas, flageladas (10 ou mais flagelos), intracelulares facultativas, aeróbias obrigatórias. Arranhadura, mordida ou lambedura do gato ou cão em crianças e adultos jovens. Muito comum nos Estados Unidos. Pico no outono e início do inverno. Sintomas: Febre acima de 38.5°C, mal estar, fadiga, cefaléia e anorexia. Menos freqüentemente: esplenomegalia, dor de garganta, conjuntivite, cegueira, exantemas diversos e raramente artralgia e tumefação parotídea. Tratamento: o Crianças: Azitromicinapor 5 dias, na dose de 10 mg/kg no primeiro dia e 5 mg/kg nos outros dias. o Adultos: 500mg/dia -5 dias. HIV A infecção pelo HIV causa uma adenopatia não supurativa que predomina nas cadeias cervical, occipital e axilar, se instalando pouco após a infecção em parte dos pacientes, mesmo na ausência de imunodepressão significativa. Essa adenopatia costuma ser persistente, ainda que discreta, recebendo o nome de linfadenopatia generalizada persistente.
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