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CADERNO DE EXERCICIOS ENEM

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GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, DO
ESPORTE E DA CULTURA
preuni.seduc
enem 
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Aracaju/SE
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO,
DO ESPORTE E DA CULTURA
EQUIPE DE PRODUÇÃO
Revisão
Jaciana Firmino Santana Rocha 
Joelson Ricardo Dantas Oliveira 
Assessoria - Textos e Questões 
Redação
Danielle Neres dos Santos
Iara Silva de Carvalho
Isis Dayse Gomes Alves
Karine Costa Santana
Marcelo Neres dos Santos Naiane 
França da Silva
Patrícia Gonzaga Mendes Valéria 
Lezziane dos Santos Silva
Projeto Gráfico: DASE e SECOM
Capa: Joelson Ricardo Dantas Oliveira - DASE/SEDUC
Diagramação
Joelson Ricardo Dantas Oliveira
Impressão: Casa da Cópia LTDA.
A equipe do Pré-Universitário/SEDUC empreendeu todos os esforços para localizar os titulares de direitos sobre as imagens e os textos existentes neste caderno. Caso 
estejam com os créditos incorretos, colocamo-nos à disposição para a correção dos mesmos.
Organização
Eliane Passos Santana
Gisele Pádua dos Santos 
Supervisão Pedagógica 
Joelson Ricardo Dantas Oliveira.
Supervisão Administrativa 
José Gomes dos Santos Júnior 
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Língua Portuguesa
Dicson Soares dos Prazeres 
Língua Estrangeira Moderna - Espanhol
Monicque R. Imbassahy Stos Pereira
Língua Estrangeira Moderna - Inglês
Celso Santos
Matemática e suas Tecnologias 
Adivando Batista do Carmo 
André Bispo Calderaro
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Biologia
Flávio Campos Silva
Física
Edigênia Ferreira Santos
Química
Eyder Souza Lima
Educação Física
Márcio de Oliveira Santos 
Arte
Felipe Harrisberger de Godoy
Ciências Humanas e suas Tecnologias 
Filosofia
André Moreira Gonçalves
Geografia
Antônio Fernando Cabral Gonzaga Júnior 
História
Jairton Peterson Rodrigues dos Santos 
Sociologia
Eduardo Alves Neto
Literatura
Rosa Maria Oliveira Barreto
Imagem da capa: https://www.google.com.br/
search?q=arthur+bispo+do+ros%C3%A1rio&sxsrf
Governador do Estado
Belivaldo Chagas Silva
Vice-Governadora 
Eliane Aquino
Secretário de Estado da Educação
Josué Modesto dos Passos Subrinho
Diretora do DASE
Eliane Passos Santana 
Coordenação Estadual do Programa Pré-universitário 
Gisele Pádua dos Santos 
Coordenação Pedagógica do Programa Pré-universitário 
Joelson Ricardo Dantas Oliveira
Coordenação Administrativa do Programa Pré-universitário 
José Gomes dos Santos Júnior
Superintendente Executivo
José Ricardo de Santana
Caro (a) estudante: 
Inicia-se mais um período letivo e, juntamente com ele, a certeza de que é possível 
galgar mais um degrau na sua vida estudantil e, consequentemente, profissional. A 
porta está entreaberta para o ensino superior por meio do Pré-Universitário do 
Governo de Sergipe. Basta seguir adiante e abrir essa porta a contento, com o objetivo 
de trilhar cada vez mais em busca do sucesso. 
É uma aspiração nossa compartilhar de cada vitória sua. É possível socializar e 
democratizar o ensino público de qualidade quando verificamos que ano a ano mais e 
mais jovens têm acesso ao ensino superior por meio da escola pública. Você será o 
próximo e estaremos juntos a partir do seu ingresso no Pré-Universitário. Firmamos um 
compromisso na perspectiva de alavancar esse objetivo, não somente seu, mas de todos 
nós, enquanto gestores, professores, coordenadores e pais. 
A partir do ingresso no programa, você também passa a contar com equipamentos, 
material didático, suporte pedagógico e uma qualificada equipe multidisciplinar pronta 
para atendê-lo em suas necessidades. Passa, sobretudo, a integrar uma trajetória de 
sucesso formada a partir de histórias construídas pelo pensamento positivo de que “é 
possível”. Histórias de pessoas que não desanimam; que enxergam oportunidades para 
alcançar mais um degrau; que estabelecem metas reais e as perseguem 
incansavelmente; que ampliam os horizontes e os transformam em oportunidades. 
Saiba que a nossa proposta pedagógica está lastreada nas diretrizes evidenciadas pelo 
Ministério da Educação (MEC), em estrita observância aos eixos cognitivos comuns a 
todas as áreas de conhecimento: Linguagens, códigos e suas tecnologias; Matemática e 
suas tecnologias; Ciências da Natureza e suas tecnologias; Ciências Humanas e suas 
tecnologias; e suas respectivas competências e habilidades. 
O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da 
Cultura, convida você, estudante sergipano, a fazer parte deste Projeto. Subir mais um 
degrau de sucesso, posto que a sua vitória é também o nosso sucesso. Eu, você, 
professores, gestores, pais emanados pelo mesmo objetivo: orgulhar-nos de suas 
realizações, fazer parte de sua história de superação. 
Seja bem-vindo ao Pré-Universitário! Pensamento positivo! 
Josué Modesto dos Passos Subrinho 
Secretário de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura. 
Personalidade
Sergipana
Arthur Bispo do Rosário
 Artur Bispo do Rosário (Japaratuba, SE, 1909? 1911? – 1989, Rio de Janeiro, RJ), pintor, escultor e 
artista visual.
Natural de Japaratuba, no interior do estado de Sergipe – onde nascera e para onde jamais 
retornou – deixou sua cidade natal para ingressar, em 1925, na Marinha. Arthur Bispo do Rosário foi negro, 
pobre e nordestino. Foi boxeador e biscateiro. Entre 1933 e 1937, trabalhou no Departamento de Tração de 
Bondes na cidade do Rio de Janeiro e, por fim, como empregado doméstico da família Leone, no bairro 
carioca do Botafogo.
 Na noite de 22 de dezembro de 1938, despertou com alucinações que o conduziram ao patrão, o 
advogado Humberto Magalhães Leoni, a quem disse que iria se apresentar à Igreja da Candelária. Depois de 
peregrinar pela rua Primeiro de Março e por várias igrejas do então Distrito Federal, terminou subindo ao 
Mosteiro de São Bento, onde anunciou a um grupo de monges que era um enviado de Deus, encarregado de 
julgar os vivos e os mortos. Dois dias depois, foi detido e fichado pela polícia como negro, sem documentos e 
indigente, e conduzido ao Hospício Pedro II (o hospício da Praia Vermelha), primeira instituição oficial desse 
tipo no país, inaugurada em 1852, onde anos antes havia sido internado o escritor Lima Barreto (1881-1922).
 Um mês após a sua internação, foi transferido para a Colônia Juliano Moreira, localizada no subúrbio de 
Jacarepaguá, sob o diagnóstico de "esquizofrênico-paranoico". Lá recebeu o número de paciente 01662, e 
permaneceu por mais de 50 anos.
 Em determinado momento, Bispo do Rosário passou a produzir objetos com diversos tipos de materiais 
oriundos do lixo e da sucata que, após a sua descoberta, seriam classificados como arte vanguardista e 
comparados à obra de Marcel Duchamp. Entre os temas, destacam-se navios (tema recorrente devido à sua 
relação com a Marinha na juventude), estandartes, faixas de misses e objetos domésticos. A sua obra mais 
conhecida é o Manto da Apresentação, que Bispo deveria vestir no dia do Juízo Final. Com eles, Bispo 
pretendia marcar a passagem de Deus na Terra.
 Os objetos recolhidos dos restos da sociedade de consumo foram reutilizados como forma de registrar o 
cotidiano dos indivíduos, preparados com preocupações estéticas, nos quais, após transformados em arte, se 
percebem características dos conceitos das vanguardas artísticas e das produções elaboradas a partir de 1960.
 Utilizava a palavra como elemento pulsante. Ao recorrer a essa linguagem, manipula signos, brinca 
com a construção de discursos e fragmenta a comunicação em códigos privados. Inserido em um contexto 
excludente, Bispo driblava as instituições todo tempo. Recusava-se a receber tratamentos médicos da 
instituição manicomial e dela retirava subsídios para elaborar sua obra. Sendo marginalizado e excluído, é 
consagrado como referência da Arte Contemporânea brasileira.
Bibliografia: «ARTHUR BISPO DO ROSARIO – BIOGRAFIA CLÍNICA» (PDF). Abpbrasil. 20-10-2001. Consultado em 05-07-2011. 
Bruno Dorigatti (27 de setembro de 2010). «Lima Barreto, entre ohospício e o cemitério». Saraiva. Consultado em 21 de novembro de 2012. 
Rodrigo Correia (7 de setembro de 2012). «Paciente 01662: a arte que transformou o manicômio e a visão sobre o louco». Encena. Consultado em 21 de 
novembro de 2012. 
«Rosário, Arthur Bispo do (1911 - 1989)». Itau Cultural. 23 de outubro de 2008. Consultado em 21 de novembro de 2012.
SUMÁRIO
Nova identificação visual................................................................................
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Português.......................
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Literatura.........................
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Educação Física...........
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Arte....................................
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Língua Inglesa...............
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Língua Espanhola........
Ciências Humanas e suas Tecnologias: História...................................
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Geografia..............................
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Filosofia.................................
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Sociologia.............................
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Física..................................
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Biologia.............................
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Química.............................
Matemática e suas Tecnologias...................................................................
Gabarito..................................................................................................................
Referências Bibliográficas................................................................................
04
51
98
129
149
168
185
242
277
307
335
397
467
531
03
590
593
Identificação Visual 
Na perspectiva de sempre ofertar aos nossos alunos o melhor material didático possível, é que 
a cada ano trazemos reformulações textuais, atualizações no banco de questões e 
reordenamento de conteúdo. Neste ano de 2020 não podia ser diferente, além dos 
aperfeiçoamentos habituais, produzimos uma nova identificação visual para os cadernos. 
Objetivando uniformizar o material de cada disciplina e facilitar a pronta localização dos itens 
que a compõem é que dividimos todas as matérias dos cadernos do Pré-universitário SEDUC 
em 16 ou 08 aulas , assim identificadas: 
Esse marcador indica o início do bloco de atividades e conteúdos que deverão ser ministrados. 
Ao final de cada assunto temos uma caixa de dicas variadas representadas pelos seguintes 
ícones: 
CAMPOS E SUAS ESPECIFICAÇÕES 
Figura Legenda 
Dicas de conteúdos cobrados no Enem 
Sites relacionados ao conteúdo estudado 
Músicas 
Filmes, documentários ou curtas metragens. 
Leituras complementares 
E junto a aula de cada dia vinculamos o banco de questões discriminando aquelas pertencentes 
a instituições públicas e privadas com o banner 
e aquelas produzidas para o ENEM com o banner 
PORTUGUÊS
Sumário
Aula 01: Funções da Linguagem .............................. ...04
Aula 02: Variação Linguística .......................................07
Aula 03: Interpretação de texto....................................11
Aula 04: Ortografia............................................................14
Aula 05: Semântica...........................................................17
Aula 06: Figuras de Linguagem..................................19
Aula 07: Figuras de sintaxe...........................................23
Aula 08: Estrutura e formação......................................27
Aula 09: Outros processos de formação..................28
Aula 10: Interpretação de texto..................................31
Aula 11: Classes das palavras.....................................34
Aula 12: Substantivo.......................................................36
Aula 13: Determinantes do substantivo..................39
Aula 14: Adjetivo...............................................................41
Aula 15: Artigo e Numeral...............................................44
Aula 16: Pronome..............................................................46
Dicson Soares dos Prazeres (Articulador)
Derivaldo Alves Santos
Guaraci de Santana Marques Andrade
Lorena Madureira de Moraes
Marivalda Campos Teles Soares
Roberto Lopes dos Santos
Rosa Barreto
Pré-Universitário/SEDUC Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Língua Portuguesa 
4 
LINGUAGEM, COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO. 
O anúncio acima mistura diferentes elementos para transmitir a 
intenção de alertar o leitor sobre os riscos que um acidente de moto 
pode causar. Para tornar a comunicação convincente, a imagem do 
rapaz traduz as consequências e transmite, desse modo, uma leitura 
sobre o tema. Anúncios publicitários são comuns no nosso cotidiano 
e uma das ferramentas mais utilizadas para estabelecer interação 
entre as pessoas. 
A comunicação é uma necessidade para a vida em sociedade. No dia 
a dia podemos interagir com as pessoas de diversas formas e 
encontramos diferentes possibilidades de estabelecer comunicação. 
Para que haja eficáciana comunicação, é essencial que os 
interlocutores compartilhem conhecimentos e entendam as 
convenções próprias das situações sociais de que participam. 
A linguagem pode se manifestar por meio de palavras, gestos, 
expressões corporais e faciais, com significados convencionados 
socialmente. Além da linguagem verbal, cuja unidade básica é a 
palavra, existem também a linguagem não-verbal, como a música, 
a dança, a mímica, a pintura, a fotografia, o gesto, a imagem, etc. Há 
também as linguagens mistas, como as histórias em quadrinhos, o 
cinema, o teatro, o desenho, etc. 
A língua está presente em todas as interações sociais de que 
participamos em nosso cotidiano. Dependendo do meio social e 
cultural em que a pessoa vive, a língua se desenvolve de um jeito ou 
de outro, de forma que os sujeitos sociais e sua linguagem se 
influenciam mutuamente em sua construção. 
 Teoria da comunicação
ESCREVER SOBRE A TEORIA DA COMUNICAÇÃO 
Cada elemento da comunicação corresponde a uma função da 
linguagem, dependendo da finalidade principal de cada texto 
produzido.
O objetivo de qualquer ato comunicativo está vinculado à intenção de 
quem o envia, no caso, o emissor. Dessa forma, de acordo com a 
natureza do discurso presente na relação emissor X interlocutor, a 
linguagem assume diferentes funções, todas elas portando-se de 
características específicas, conforme analisaremos adiante: 
Função Referencial 
Também conhecida como 
denotativa ou 
informativa, é uma 
função centrada no 
receptor da mensagem 
com o objetivo de informá-
lo sobre a realidade. É 
utilizada quando o emissor 
tem o propósito de relatar 
ou de descrever o mundo 
que o cerca de forma 
direta e objetiva, sem 
interferir com sua opinião. 
Prevalece a 3ª pessoa no 
texto.
Função Poética 
Se procurar bem você acaba encontrando. 
Não a explicação (duvidosa) da vida, 
Mas a poesia (inexplicável) da vida. 
Carlos Drummond de Andrade 
Nesta função é enfatizada a forma da mensagem. Chama-se atenção 
para a forma como as informações foram organizadas, valorizando-
se a seleção das palavras e sua combinação. O ritmo e a sonoridade 
das palavras também podem se apresentar como integrantes da 
comunicação. 
 A linguagem utilizada é, em geral, conotativa, sugestiva e metafórica, 
podendo o emissor se utilizar de figuras de linguagem para transmitir 
Linguagem é a expressão individual e social do ser humano e, ao 
mesmo tempo, o elemento comum que possibilita o processo 
comunicativo entre os sujeitos que vivem em sociedade. 
Pré-Universitário/SEDUC Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Língua Portuguesa 
5 
a mensagem. É muito comum em textos literários, poesias, letras de 
músicas e propagandas. 
Função Emotiva 
É também chamada de 
expressivae é usada 
quando o emissor deseja 
exprimir suas emoções em 
torno do assunto, deixando 
transparecer os seus 
sentimentos, sensações e 
visão pessoal. É, portanto, 
uma função centrada no 
emissor e por isso se desenvolve principalmente com o uso da 1ª 
pessoa do singular, bem como de interjeições e exclamações. É muito 
comum em poesias, cartas de amor, biografias, etc. 
“Eu sei que vou te amar. 
Por toda a minha vida, eu vou te amar. 
Em cada despedida, eu vou te amar. 
Desesperadamente 
Eu sei que vou te amar. ” 
(Vinícius de Moraes e Tom Jobim)
Função Fática 
Evidencia o canal utilizado na 
transmissão da mensagem. O 
emissor geralmente testa a 
eficiência do canal ou chama 
atenção para ele, para garantir a 
qualidade da recepção. Ocorre, por 
exemplo, quando se diz “Alô? ”, 
“hein? ”, “concorda comigo? ”. 
Função Metalinguística 
Pode ser identificada quando o 
próprio código é o foco da 
mensagem e o texto é utilizado 
para explicá-lo. É o que ocorre em 
um dicionário, por exemplo, em 
que a língua é usada para explicar 
a própria língua. Pode ocorrer 
com um filme que fale de cinema, 
com uma peça de teatro sobre o 
teatro, com uma poesia que fale 
depoesia, como no exemplo seguinte, em que a linguagem poética é 
usada para revelar as particularidades da sua utilização. 
Metáfora 
 “Uma lata existe para conter algo 
Mas quando o poeta diz: "Lata" 
Pode estar querendo dizer o incontível 
 Uma meta existe para ser um alvo 
Mas quando o poeta diz: "Meta" 
Pode estar querendo dizer o inatingível 
Por isso, não se meta a exigir do poeta 
Que determine o conteúdo em sua lata 
Na lata do poeta tudo-nada cabe 
Pois ao poeta cabe fazer 
Com que na lata venha caber 
O incabível 
 Deixe a meta do poeta, não discuta 
Deixe a sua meta fora da disputa 
Meta dentro e fora, lata absoluta 
Deixe-a simplesmente metáfora” (Gilberto Gil) 
Função Apelativa 
Centrada no receptor, é usada quando o objetivo é de influenciá-lo 
por meio de uma ordem, pedido ou apelo. Utiliza-se geralmente de 2ª 
e 3ª pessoa, bem como de vocativos e imperativos, sendo também 
chamada de conativa. É muito utilizada pelo mundo publicitário e em 
sermões e discursos. 
01. (ENEM/PPL - 2014)
Ave a raiva desta noite 
A baita lasca fúria abrupta 
Louca besta vaca solta 
Ruiva luz que contra o dia 
Tanto e tarde madrugada. 
LEMINSKI, P. Distraídos venceremos. São Paulo: Brasiliense, 2002 (fragmento). 
No texto de Leminski, a linguagem produz efeitos sonoros e jogos de 
imagens. Esses jogos caracterizam a função poética da linguagem, 
pois 
A) objetivam convencer o leitor a praticar uma determinada ação.
B) transmitem informações, visando levar o leitor a adotar um
determinado comportamento.
C) visam provocar ruídos para chamar a atenção do leitor.
Elementos da comunicação no Enem! 
Os elementos da comunicação e as funções da linguagem 
são assuntos recorrentes nas provas do enem, visto que se 
relacionam diretamente com o uso da língua viva e 
cotidiana. Com isso espera-se que haja uma percepção do 
candidato, no uso das relações de intenção no processo 
comunicativo. 
- Aline, Los Hermanos. 
- Samba da Bênção, Vinícius de Moraes. 
- Simplesmente Acontece. Richard Curtis 
www.zemoleza.com.br/trabalhos-
academico/outras/colegial/funcoes-da-linguagem-por-
roman-jakobson/ 
http://www.zemoleza.com.br/trabalhos-academico/outras/colegial/funcoes-da-linguagem-por-roman-jakobson/
http://www.zemoleza.com.br/trabalhos-academico/outras/colegial/funcoes-da-linguagem-por-roman-jakobson/
http://www.zemoleza.com.br/trabalhos-academico/outras/colegial/funcoes-da-linguagem-por-roman-jakobson/
Pré-Universitário/SEDUC Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Língua Portuguesa 
6 
D) apresentam uma discussão sobre a própria linguagem,
explicando o sentido das palavras.
E) representam um uso artístico da linguagem, com o objetivo de
provocar prazer estético no leitor.
02. (ENEM/PPL - 2014)
Entrevista — Tony Bellotto 
A língua é rock 
Guitarrista do Titãs e escritor completa dez anos à frente de programa 
televisivo em que discute a língua portuguesa por meio da música 
No começo, em 1999, a ideia era fazer um programa que falasse de 
língua portuguesa usando a música como atrativo, principalmente, 
para os jovens. Com o passar do tempo, ele foi se transformando num 
programa sobre a linguagem usada em letras de música, no 
jornalismo, cara de TV, trago a experiência de escritor e músico, e 
sempre participo de forma mais ativa do que como um mero 
apresentador. Estou nas reuniões de pauta e faço sugestões nos 
roteiros. Mas o conteúdo é feito pelo pessoal do Futura. 
Quais as vantagens e desvantagens do ensino da língua por 
meio das letras de música? 
Não sou pedagogo ou educador, então só vejo vantagens, porque as 
letras de música usam uma linguagem que é a do dia a dia, 
principalmente, dos jovens. A música é algo que lhes dá prazer e, 
didaticamente, pode fazer as vezes de algo que o aluno tem a noção 
de ser entediante — estudo da língua, sentar e abrir um livro. 
Ao ouvir uma música, os exemplos surgem. É a grande vantagem e 
sempre foi a ideia do programa. 
Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br. Acesso em: 8 ago. 2012 (fragmento). 
A estrutura, função e contexto de uso. Tomando por base a estrutura 
dessa entrevista, observa-se que 
A) a organização em turnos de fala reproduz o diálogo que ocorre
entre os interlocutores.
B) o tema e o suporte onde foi publicada justificam a ausência de 
traços da linguagem informal. 
C) a ausência de referências sobre o entrevistado é uma estratégia
para induzir à leitura do texto na íntegra.
D) ressaltar a importância do tema para o entrevistador.
E) o entrevistado é um especialista em abordagens educacionais 
alternativas para o ensino da língua portuguesa. 
03. (ENEM/2010)
A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os 
seres vivos, se divide em unidades menores chamadas 
ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um lago. 
Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número 
de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento 
e migrações. 
DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 
Predomina no texto a função da linguagem: 
A) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à
ecologia.
B) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de
comunicação.
C) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de
linguagem.
D) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do
leitor.
E) referencial, porque o texto trata de noções e informações
conceituais.
04. (ENEM/2010)
S.O.S Português 
Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da 
escrita? Pode-se refletir sobre esse aspecto da língua com base em 
duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita são dicotômicas, 
o que restringe o ensino da língua ao código. Daí vem o entendimento
de que a escrita é mais complexa que a fala, e seu ensino restringe-
se ao conhecimento das regras gramaticais, sem a preocupação com 
situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças 
como um produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a 
escrita. A questão é que nem sempre nos damos conta disso. 
S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, nº- 231, abr. 2010 (fragmento 
adaptado).
O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e foi 
publicado em uma revista destinada a professores. Entre as 
características próprias desse tipo de texto, identificam-se marcas 
linguísticas próprias do uso: 
A) regional, pela presença de léxico de determinada região do Brasil.
B) literário, pela conformidade com as normas da gramática.
C) técnico, por meio de expressões próprias de textos científicos.
D) coloquial, por meio do registro de informalidade.
E) oral, por meio do uso de expressões típicas da oralidade.
05. (ENEM/2012)
DesabafoDesculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida 
hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma 
típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que 
esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na 
secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que 
venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado. 
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento). 
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias 
funções da linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre 
as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem 
predominante é a emotiva ou expressiva, pois 
A) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código. 
B) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito.
C) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da 
mensagem. 
D) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos 
demais. 
E) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da 
comunicação. 
06. (ENEM/2013)
Lusofonia 
rapariga: s.f., fem. de rapaz: mulher nova; moça; menina; 
(Brasil), meretriz. 
Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada no café, em 
frente da chávena de café, enquanto alisa os cabelos com a mão. 
Pré-Universitário/SEDUC Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Língua Portuguesa 
7 
Mas não posso escrever este poema sobre essa rapariga porque, no 
Brasil, a palavra rapariga não quer dizer o que ela diz em Portugal. 
Então, terei de escrever a mulher nova do café, a jovem do café, a 
menina do café, para que a reputação da pobre rapariga que alisa os 
cabelos com a mão, num café de Lisboa, não fique estragada para 
sempre quando este poema atravessar o Atlântico para desembarcar 
no rio de janeiro. E isto tudo sem pensar em áfrica, porque aí lá terei 
de escrever sobre a moça do café, para evitar o tom demasiado 
continental da rapariga, que é uma palavra que já me está a pôr com 
dores de cabeça até porque, no fundo, a única coisa que eu queria 
era escrever um poema sobre a rapariga do café. A solução, então, é 
mudar de café, e limitar-me a escrever um poema sobre aquele café 
onde nenhuma rapariga se pode sentar à mesa porque só servem 
café ao balcão. 
JÚDICE, N. Matéria do Poema. Lisboa: D. Quixote, 2008. 
O texto traz em relevo as funções metalinguística e poética. Seu 
caráter metalinguístico justifica-se pela 
A) discussão da dificuldade de se fazer arte inovadora no mundo
contemporâneo.
B) defesa do movimento artístico da pós-modernidade, típico do
século XX.
C) abordagem de temas do cotidiano, em que a arte se volta para
assuntos rotineiros.
D) tematização do fazer artístico, pela discussão do ato de
construção da própria obra.
E) valorização do efeito de estranhamento causado no público, o
que faz a obra ser reconhecida.
07. (ENEM/2013)
Os objetivos que motivam os seres humanos a estabelecer 
comunicação determinam, em uma situação de interlocução, o 
predomínio de uma ou de outra função de linguagem. Nesse texto, 
predomina a função que se caracteriza por. 
A) tentar persuadir o leitor acerca da necessidade de se tomarem
certas medidas para a elaboração de um livro.
B) enfatizar a percepção subjetiva do autor, que projeta para sua
obra seus sonhos e histórias.
C) apontar para o estabelecimento de interlocução de modo
superficial e automático, entre o leitor e o livro.
D) fazer um exercício de reflexão a respeito dos princípios que
estruturam a forma e o conteúdo de um livro.
E) retratar as etapas do processo de produção de um livro, as quais
antecedem o contato entre leitor e obra.
08. (ENEM/PPL 2014)
Acesso em: 14 dez. 2012. 
Na tirinha, o autor utiliza estratégias para atingir sua finalidade 
comunicativa. Considerando os elementos verbais e não verbais que 
constituem o texto, seu objetivo é 
A) incentivar o uso da tecnologia na comunicaçãocontemporânea.
B) mostrar o empenho do homem na resolução deproblemas
sociais. 
C) atrair a atenção do leitor para a generosidade das pessoas.
D) chamar a atenção para o constante abandono deanimais.
E) fazer uma critica a situação social contemporânea.
VARIEDADES LINGUÍSTICAS 
Variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta, 
de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas 
em que é útil. 
Norma padrão x norma popular 
A norma-padrão é uma referência que orienta os usuários da 
língua sempre que precisam usar o português de modo mais 
formal. O uso desta norma está diretamente relacionado à prática 
social em que os sujeitos estão envolvidos e, 
consequentemente, ao gênero do texto em que se quer produzir. 
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8 
Numa conversa ao telefone com um amigo, é natural que o 
falante empregue um português coloquial, repleto de 
abreviações, como "tá", "tô", "cê", "né?", "pra", ou a expressão 
"a gente". No entanto, ao participar de uma entrevista, de um 
debate, produzir um texto no vestibular, deve empregar uma 
variedade linguística de acordo com a norma padrão. 
- A língua como expressão de uma identidade cultural 
Dialetos e registros 
Os dialetos são 
variedades 
originadas das 
diferenças de 
região ou território, 
de idade, de sexo, 
de classes ou 
grupos sociais e da 
própria evolução 
histórica da língua. 
Vício na fala 
Owsvald de Andrade 
Para dizerem milho dizem mio 
Para melhor dizem mió 
Para pior pió 
Para telha dizem teia 
Para telhado dizem teiado 
E vão fazendo telhados 
É comum encontrar em músicas, em poemas e tirinhas o emprego 
das variantes regionais. 
 Gíria
É uma das variedades da língua, sempre criada por um grupo 
social, como o dos fãs de rap, de funk, de heavy metal, os 
surfistas, skatistas, entre outros. 
Veja as gírias de dois desses grupos: 
Quando restrita a uma profissão, a gíria é chamada de jargão. 
É o caso do jargão dos jornalistas, dos médicos, dos dentistas 
e de outras profissões. 
Adequação Linguística 
O ser humano adora conversar! O tempo todo estamos falando 
com alguém nas mais diversas situações comunicacionais. 
Quando utilizamos o código, que é a língua portuguesa, 
envolvemos inúmeras operações mentais que nos levam a 
escolher o vocabulário e até mesmo um jeito mais apropriado de 
falar, e esse jeito pode variar de acordo com a situação na qual 
estamos envolvidos. 
Somos poliglotas, mesmo quando dominamos uma única língua. 
Isso acontece porque os falantes possuem uma grande 
capacidade de adaptarem-se em diferentes contextos, fazendo 
usos diferentes de um mesmo idioma. Na escola, conversando 
com os amigos, fazemos uso de uma determinada linguagem; 
quando falamos com a professora ou com o professor, a 
linguagem sofre algumas modificações, ficando mais formal e 
até mais respeitosa. Essa capacidade de “falar diferente” é 
chamada de adequação linguística. 
Gírias sergipanas. 
Surfistas 
aê: forma de saudação 
backside: manobra em que 
o surfista fica de costas para
a onda 
beate: meninas da praia; 
estão sempre com surfistas 
por interesse. 
Funkeiros 
bonde: grupo de amigos da 
mesma comunidade. 
caô: mentira 
nave: carros de luxo 
noflow: estar no ritmo 
O personagem Chico Bento, da Turma 
da Mônica, é conhecido por ter na sua 
fala traços típicos do habitante da zona 
rural. Suas tirinhas revelam 
características da variante regional, a 
exemplo de expressões como 
"faizarguma coisa", "pruquê", "drumi", 
"oiando", "espeio".
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9 
1- Paia- variação da palavra palha, nesse caso objeto fajuto ou 
pessoa chata. 
Ex.: Comprei esse celular paia para usar no dia-a-dia. 
Aquele doutor é muito paia, só vive fazendo confusão. 
2- Rumar (verbo)- jogar algo em alguém ou em algum lugar. 
 Ex.: Você rumou o celular no chão. 
3- Ruma (substantivo)- quer dizer a reunião de várias coisas ou atéde pessoas. 
Ex.: Rapaz você com uma ruma de pastel e não divide um com a 
galera. 
Ruma de desocupados, vão trabalhar! 
01. (ENEM/2017)
Sítio Gerimum 
Este é o meu lugar [ ... ] 
Meu Gerimum é com g 
Você pode ter estranhado 
Gerimum em abundância 
Aqui era plantado 
E com a letra g 
Meu lugar foi registrado. 
OLIVEIRA, H. D. Língua Portuguesa, n. 88, fev. 2013 (fragmento}. 
Nos versos de um menino de 12 anos, o emprego da palavra 
"Gerimum" grafada com a letra "g" tem por objetivo 
A) valorizar usos informais caracterizadores da norma nacional.
B) confirmar o uso da norma-padrão em contexto da linguagem
poética.
C) enfatizar um processo recorrente na transformação da língua
portuguesa.
D) registrar a diversidade étnica e linguística presente no território
brasileiro.
E) reafirmar discursivamente a forte relação do falante com seu lugar
de origem.
02. (ENEM/2017)
TEXTO 1 
Terezinha de Jesus 
De uma queda foi ao chão 
Acudiu três cavalheiros 
Todos os três de chapéu na mão 
O primeiro foi seu pai 
O segundo, seu irmão 
O terceiro foi aquele 
A quem Tereza deu a mão 
BATISTA, M. F. B. M.; SANTOS, 1. M. F. (Org.). Cancioneiro da Paraíba. João Pessoa: 
Grafset, 1993 (adaptado). 
TEXTO 2 
_Outra interpretação é feita a partir das condições sociais daquele 
tempo. Para a ama e para a criança para quem cantava a cantiga, a 
música falava do casamento como um destino natural na vida da 
mulher, na sociedade brasileira do século XIX, marcada pelo 
patriarcalismo. A música prepara a moça para o seu destino não 
apenas inexorável, mas desejável: o casamento, estabelecendo uma 
hierarquia de obediência (pai, irmão mais velho, marido), de acordo 
com a época e circunstâncias de sua vida. 
Disponível em: http://provsjose.blogspot.com.br. Acesso em: 5 dez. 2012. 
O comentário do Texto li sobre o Texto I evoca a mobilização da 
língua oral que, em determinados contextos, 
A) assegura a existência de pensamentos contrários à ordem
vigente.
B) mantém a heterogeneidade das formas de relações sociais.
C) conserva a influência religiosa sobre certas culturas.
D) preserva a diversidade cultural e comportamental.
E) reforça comportamentos e padrões culturais.
03. (ENEM/2017)
Essas moças tinham o vezo de afirmar o contrário do que desejavam. 
Notei a singularidade quando principiaram a elogiar o meu paletó cor 
de macaco. 
Examinavam-no sérias, achavam o pano e os aviamentos de 
qualidade superior, o feitio admirável. 
Envaideci-me: nunca havia reparado em tais vantagens. Mas os 
gabas se prolongaram, trouxeram-me desconfiança. Percebi afinal 
que elas zombavam e não me susceptibilizei. Longe disso: achei 
curiosa aquela maneira de falar pelo avesso, diferente das grosserias 
a que me habituara. Em geral me diziam com franqueza que a roupa 
não me assentava no corpo, sobrava nos sovacos. 
RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1994. 
Por meio de recursos linguísticos, os textos mobilizam estratégias 
para introduzir e retomar ideias, promovendo a progressão do tema. 
No fragmento transcrito, um novo aspecto do tema é introduzido pela 
expressão 
A) "a singularidade".
B) "tais vantqgens".
C) "os gabos".
D) "Longe disso".
E) "Em geral".
04. (ENEM/2017)
A língua tupi no Brasil 
Há 300 anos, morar na vila de São Paulo de Piratininga (peixe seco, 
em tupi) era quase sinônimo de falar língua de índio. Em cada cinco 
habitantes da cidade, só dois conheciam o português. Por isso, em 
Variação linguística no Enem! 
As edições do Enem têm explorado frequentemente os 
registros linguísticos que representam marcas do 
regionalismo e da oralidade, caracterizando a linguagem 
informal, ou pede a identificação de trechos da variedade do 
padrão formal da linguagem. Textos jornalísticos, poemas, 
letras de músicas, literatura de cordel, conversas 
características do ambiente virtual e de outros gêneros já 
foram utilizadas para fundamentar as questões sobre 
variação linguística. 
- Asa Branca, Luiz Gonzaga. 
- Samba do Arnesto, Adoniran Barbosa. 
A Pelada. Damien Chemin 
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10 
1698, o governador da província, Artur de Sá e Meneses, implorou a 
Portugal que só mandasse padres que soubessem "a língua geral dos 
índios", pois "aquela gente não se explica em outro idioma". 
Derivado do dialeto de São Vicente, o tupi de São Paulo se 
desenvolveu e se espalhou no século XVII, graças ao isolamento 
geográfico da cidade e à atividade pouco cristã dos mamelucos 
paulistas: as bandeiras, expedições ao sertão em busca de escravos 
índios. 
Muitos bandeirantes nem sequer falavam o português ou se 
expressavam mal. Domingos Jorge Velho, o paulista que destruiu o 
Quilombo dos Palmares em 1694, foi descrito pelo bispo de 
Pernambuco como "um bárbaro que nem falar sabe". Em suas 
andanças, essa gente batizou lugares como Avanhandava (lugar 
onde o índio corre), Pindamonhangaba (lugar de fazer anzol) e ltu 
(cachoeira). E acabou inventando uma nova língua. 
"Os escravos dos bandeirantes vinham de mais de 100 tribos 
diferentes", conta o historiador e antropólogo John Monteiro, da 
Universidade Estadual de Campinas. 
"Isso mudou o tupi paulista, que, além da influência do português, 
ainda recebia palavras de outros idiomas." 
O resultado da mistura ficou conhecido como língua geral do sul, uma 
espécie de tupi acilitado. 
ÂNGELO, C. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 8 ago. 2012 (adaptado). 
O texto trata de aspectos sócio-históricos da formação linguística 
nacional. Quanto ao papel do tupi na formação do português 
brasileiro, depreende-se que essa língua indígena 
A) contribuiu efetivamente para o léxico, com nomes relativos aos
traços característicos dos lugares designados.
B) originou o português falado em São Paulo no século XVII, em cuja
base gramatical também está a fala de variadas etnias indígenas.
C) desenvolveu-se sob influência dos trabalhos de catequese dos
padres portugueses, vindos de Lisboa.
D) misturou-se aos falares africanos, em razão das interações entre
portugueses e negros nas investidas contra o Quilombo dos
Palmares.
E) expandiu-se paralelamente ao português falado pelo colonizador,
e juntos originaram a língua dos bandeirantes paulistas.
05. (ENEM/2017)
TEXTO 1 
A língua ticuna é o idioma mais falado entre os indígenas brasileiros. 
De acordo com o pesquisador Aryon Rodrigues, há 40 mil índios que 
falam o idioma. 
A maioria mora ao longo do Rio Solimões, no Alto Amazonas. E a 
maior nação indígena do Brasil, sendo também encontrada no Peru e 
na Colômbia. Os ticunas falam uma língua considerada isolada, que 
não mantém semelhança com nenhuma outra língua indígena e 
apresenta complexidades em sua fonologia e sintaxe. 
Sua característica principal é o uso de diferentes alturas na voz. 
O uso intensivo da língua não chega a ser ameaçado pela 
proximidade de cidades ou mesmo pela convivência com falantes de 
outras línguas no interior da própria área ticuna: nas aldeias, esses 
outros falantes são minoritários e acabam por se submeter à 
realidade ticuna, razão pela qual, talvez, não representem uma 
ameaça linguística. 
Língua Portuguesa, n. 52, fev. 2010 (adaptado). 
TEXTO 
Riqueza da língua 
"O inglês está destinado a ser uma língua mundial em sentido mais 
amplo do que o latim foi na era passada e o francês é na presente", 
dizia o presidente americano John Adams no século XVIII. A profecia 
se cumpriu: o inglês é hoje a língua franca da globalização. No 
extremo oposto da economia linguística mundial, estão as línguas de 
pequenas comunidades declinantes. Calcula-se que hoje se falem de 
6 000 a 7 000 línguas no mundo todo. Quase metade delas deve 
desaparecer nos próximos 100 anos. 
A última edição do Ethnologue - o mais abrangente estudo sobre as 
línguas mundiais -, de 2005, listava 516 línguas em risco de extinção. 
Veja, n. 36, set. 2007 (adaptado). 
Os textostratam de línguas de culturas completamente diferentes, 
cujas realidades se aproximam em função do (a) 
A) semelhança no modo de expansão.
B) preferência de uso na modalidade falada.
C) modo de organização das regras sintáticas.
D) predomínio em relação às outras línguas de cantata.
E) fato de motivarem o desaparecimento de línguas minoritárias.
06. (ENEM/2017)
Naquela manhã de céu limpo e ar leve, devido à chuva torrencial da 
noite anterior, saí a caminhar com o sol ainda escondido para tomar 
tenência dos primeiros movimentos 
da vida na roça. Num demorou nem um tiquinho e o cheiro intenso do 
café passado por Dona Linda me invadiu as narinas e fez a fome se 
acordar daquela rema letárgica derivada da longa noite de sono. 
Levei as mãos até a água que corria pela bica feita de bambu e o 
contato gelado foi de arrepiar. Mas fui em frente e levei as mãos em 
concha até o rosto. Com o impacto, recuei e me faltou o fôlego por 
alguns instantes, mas o despertar foi imediato. Já aceso, entrei na 
cozinha na buscação de derrubar a fome e me acercar do aconchego 
do calor do fogão à lenha. 
Foi quando dei reparo da figura esguia e discreta de uma senhora 
acompanhada de um garoto aparentando uns cinco anos de idade já 
aboletada na ponta da mesa em proseio íntimo, com a dona da casa. 
Depois de um vigoroso "Bom dia!", de um vaporoso aperto de mãos 
nas apresentações de praxe, fiquei sabendo que Dona Flor de Maio 
levava o filho Adão para tratamento das feridas que pipocavam por 
seu corpo, provocando pequenas pústulas de 'bordas avermelhadas. 
GUIÃO, M. Disponível em: www.revistaecologico.com.br. Acesso em: 10 mar. 2014 
(adaptado}. 
A variedade linguística da narrativa é adequada à descrição dos fatos. 
Por isso, a escolha de determinadas palavras e expressões usadas 
no texto está a serviço da 
A) localização dos eventos de fala no tempo ficcional.
B) composição da verossimilhança do ambiente retratado.
C) restrição do papel do narrador à observação das cenas relatadas.
D) construção mística das personagens femininas pelo autor do
texto.
E) caracterização das preferências linguísticas da personagem
masculina.
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11 
 
 
TIPOS TEXTUAIS 
 
Texto narrativo 
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num 
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-
se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e 
posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos 
cercados de narrações desde que nos contam histórias infantis até às 
piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos seguintes textos: 
contos, fábulas, crônicas, romances, novelas, piadas, poemas e 
lendas. 
 
 
Texto descritivo 
Um texto em que se faz um retrato escrito de um lugar, uma pessoa, 
um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa 
produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa 
abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou 
sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. É 
fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o 
texto refere. Nessa espécie textual as coisas acontecem ao mesmo 
tempo. É o tipo predominante em textos como o diário, o relato, a 
biografia e autobiografia, a notícia, o currículo, a lista de compras e o 
cardápio. 
Texto dissertativo argumentativo 
Esse texto tem a função de persuadir o leitor, convencendo-o de 
aceitar uma ideia imposta pelo texto. É o tipo textual mais presente 
em manifestos e cartas abertas, e quando também mostra factos para 
embasar (justificar) a argumentação, se torna um texto dissertativo-
argumentativo. 
Esta tipologia apresenta: 
1. Uma Introdução (tese) 
2. Argumentos (desenvolvimento) 
3. Conclusão (o que dá a prova os argumentos). 
Texto injuntivo/instrucional 
Indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer 
acontecimentos e comportamentos. Utiliza-se uma linguagem 
objetiva e simples. Os verbos são na sua maioria, empregados no 
modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso 
do futuro do presente do modo indicativo. Exemplo: Previsões do 
tempo, receitas culinárias, manuais de instruções, leis, bula de 
remédio, convenções, regras, eventos, editais e propagandas. 
 
GÊNEROS TEXTUAIS 
 
 
 São formas relativamente estáveis de comunicação, sendo criados 
em diversos contextos da atividade humana. 
 São ilimitados e surgem conforme haja uma necessidade 
comunicativa específica (contexto de circulação e público-alvo) e se 
diferenciam por sua função social, estrutura e estilo. 
 Podem ser classificados pela sua forma de composição e pela sua 
função social: 
- Forma de composição: relatar (carta, notícia, reportagem), narrar 
(crônica literária, conto, fábula), descrever (receitas, manuais de 
instrução), argumentar (artigo de opinião, dissertação, editorial). 
- Função social: gêneros utilitários (de caráter prático, como o bilhete 
e o manual de instruções, por exemplo) e gêneros literários (de 
caráter inventivo/reflexivo). 
 
 
 
 
 Gêneros textuais que mais cobrados no ENEM: 
 
 Charge - é um gênero jornalístico no qual se faz uma espécie de 
ilustração cômica, através de caricaturas, com o objetivo de realizar 
uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento atual, 
em sua grande maioria. É uma crítica carregada de ironia e que 
reflete situações do cotidiano. 
 
Charge do Jornal O Pasquim sobre o Brasil na Copa de 1982 
 
 Anúncio publicitário - utiliza linguagem apelativa, argumentativa ou 
persuasiva, para convencer o público a desejar aquilo que é 
oferecido pelo anúncio. Por meio do uso criativo das imagens e das 
palavras, consegue utilizar todas as tipologias textuais com 
facilidade. 
 
 
 Notícia - pauta-se por relatar fatos verídicos condicionados ao 
interesse do público em geral, através de linguagem clara, objetiva 
e precisa, isentando-se de quaisquer possibilidades que porventura 
tenderem a ocasionar múltiplas interpretações por parte do 
receptor. A imparcialidade neste âmbito é a palavra de ordem. 
Podem-se identificar características narrativas, mas também há a 
presença de elementos descritivos. 
TEXTO: 
Encontro ratifica compromisso de acabar com trabalho infantil até 2025 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Infinitivo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_indicativo
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12 
Conferência discute como acelerar ações para acabar com práticas 
ilegais e também criar oportunidades de trabalho decente para os 
jovens 
Por Redação RBA publicado 17/11/2017 16h01, última modificação 18/11/2017 11h31 
São Paulo – Encerrada nesta semana em Buenos Aires, a 4ª 
Conferência Mundial sobre a Erradicação Sustentável do Trabalho 
Infantil aprovou um compromisso no sentido de acelerar as ações 
para acabar com essa prática até 2025 – e com o trabalho forçado 
até 2030 – em todo o mundo. E também discutir medidas para criar 
mais oportunidades de trabalho decentes para a população jovem. 
[...] 
A "Declaração de Buenos Aires", aprovada ao final do encontro, 
destaca que as estimativas apontam 152 milhões de crianças 
exercendo trabalho infantil, sendo 73 milhões em suas piores formas. 
E 25 milhões seguem sendo objeto de trabalho forçado, entre eles, 4 
milhões de crianças. Além disso, em todo o mundo pelo menos 71 
milhões de jovens estão desempregados. 
"O trabalho infantil, especialmente em suas piores formas, e o 
trabalho forçado são graves violações e abusos dos direitos humanos 
e da dignidade humana", diz o documento. "São tanto causas como 
consequências da pobreza, da desigualdade, da discriminação, 
exclusão social e falta de acesso à educação." Participaram da 
conferência aproximadamente 3 mil pessoas, com 250 oradores. 
Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/mundo/2017/11/encontro-ratifica-compromisso-de-acabar-com-trabalho-infantil-ate-2025 
 Reportagem: é um gênero textual jornalístico de
caráter dissertativo-expositivo. A reportagem tem, por objetivo,
informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com
linguagem direta. Pode trazer informações sobre fenômenos
sociais, políticos, culturais ou comportamentais junto com os fatos.
TEXTO: 
Como é o salário mínimo no resto do mundo? 
Nosso piso é maior que o chinês e menor que o argentino, mas o melhor do 
mundo é o de Luxemburgo, onde você ganha, no mínimo, R$ 7.400 
Por Felipe Germano, 16 nov 2017, 14h04 - Publicado em 15 nov 2017, 18h55 
O conceito de salário-mínimo surgiu na Nova Zelândia, em 1894, 
mas foi visto como uma excentricidade econômica na maior parte do 
mundo até meados do século passado. Eis que, com a Grande 
Depressão, o desemprego bombou, e mesmo quem estava no 
batente acabou com salários mais baixos. Os sindicatos logo 
pressionaram. E a remuneração mínima surgiu como uma saída. A 
América Latina, então recheada de governos populistas, entrou de 
cabeça na tendência antes de grande parte da Europa – incluindo o 
Brasil, que legislou o direito em 1938 (37 anos antes da Bélgica). 
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) viu que deu certo 
e recomendou a prática. Quem não tinha entrado na onda, entrou. 
Atualmente, 169 países estipulam um salário-mínimo. Mas os valores 
são absolutamente discrepantes. Enquanto o piso dos assalariados 
da Austrália chega a quase R$ 7.000 por mês, um trabalhador de 
Uganda sobrevive com inacreditáveis R$ 6 mensais. 
O Brasil fica no meio do caminho. Estamos em 59º lugar do 
ranking, pagando R$ 937. Nos EUA, 36 dos 50 Estados estipulam o 
valor independentemente, desde que seja superior ao piso federal (de 
R$ 3.665). Na Califórnia, por exemplo, pagam pelo menos R$ 5.310. 
Disponível em: https://super.abril.com.br/sociedade/como-e-o-salario-minimo-no-restante-
do-mundo/ Acesso em 21/011/2017 
 Poema: apresenta algumas peculiaridades que o diferem dos
demais gêneros textuais. Vale ressaltar que nem todo poema é
composto por versos e estrofes: há alguns em prosa, bem como
outros que aliam elementos visuais à linguagem verbal,
contrariando assim a ideia de que o poema deve prender-se a
regras como métrica ou rimas. Em geral, a presença de
aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste
gênero.
Pronominais 
Dê-me um cigarro 
Diz a gramática 
Do professor e do aluno 
E do mulato sabido 
Mas o bom negro e o bom branco 
Da Nação Brasileira 
Dizem todos os dias 
Deixa disso camarada 
Me dá um cigarro 
Oswald de Andrade 
 Texto publicitário: é um gênero textual dissertativo-expositivo no
qual há a o intuito de propagar informações sobre algo, buscando
sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das
vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do
mesmo. Pode utilizar humor, frases com duplo sentido, jogo de
palavras, etc.
Tradução: EcoVia – “Pare a violência. Não beba e dirija.” 
 Texto didático - é um texto que visa a instruir, que tem finalidades
pedagógicas, que está relacionado ao ensino das ciências, das
artes, das técnicas, etc. Tem linguagem denotativa e não figurada
e aplica a variedade padrão da língua.
“A energia nuclear apresenta vários aspectos positivos como, por 
exemplo, requer poucos recursos naturais. Sendo assim, é uma 
forma de energia fundamental para países que não possuem tais 
recursos. Mas estudos mais aprofundados devem ser realizados para 
que a energia nuclear possa representar maior segurança à 
população”. (Fonte: Brasil Escola) 
 Crônica – é um gênero literário em que predominam a narração
e a relativa coloquialidade da linguagem. A crônica sempre tem
como fatos do nosso cotidiano. É um texto curto, de linguagem
simples, com humor e ironia, além de personagens muito
comuns, com os quais todos se identificam facilmente.
 Resenha - busca fazer uma análise de um determinado
acontecimento, de um texto ou de uma obra qualquer. Tem como
características: síntese do texto e das ideias do autor; análise um
pouco mais aprofundada de algum ponto considerado mais
relevante pelo escritor; texto curto, resumido; indicações da obra
que está sendo resenhada.
Gêneros textuais no Enem 
Os gêneros e tipos textuais são recorrentes nas provas do 
enem, visto que se relacionam diretamente com o uso da língua 
viva e cotidiana. Com isso espera-se que haja uma percepção 
Pré-Universitário/SEDUC Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Língua Portuguesa 
 
13 
 
do candidato, no uso das relações de intenção no processo 
comunicativo. 
 
 
 
 
01. (ENEM-2017) PROPAGANDA- O exame dos textos e mensagens 
de Propaganda revela que ela apresenta posições parciais, que 
refletem apenas o pensamento de uma minoria, como se 
exprimissem, em vez disso, a convicção de uma população; trata-se, 
no fundo, de convencer o ouvinte ou o leitor de que, em termos de 
opinião, está fora do caminho certo, e de induzi-lo a aderir às teses 
que lhes são apresentadas, por um mecanismo bem conhecido da 
psicologia social, o do conformismo induzido por pressões do grupo 
sobre o indivíduo isolado. 
BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Brasília: UnB, 1998 
(adaptado}. 
 
De acordo com o texto, as estratégias argumentativas e o uso da 
linguagem na produção da propaganda favorecem a 
 
A) reflexão da sociedade sobre os produtos anunciados. 
B) difusão do pensamento e das preferências das grandes massas. 
C) imposição das ideias e posições de grupos específicos. 
D) decisão consciente do consumidor a respeito de sua compra. 
E) identificação dos interesses do responsável pelo produto 
divulgado. 
 
 
02. (ENEM-2017) 
 
Romanos usavam redes sociais há dois mil anos, diz livro 
 
Ao tuitar ou comentar em baixo do post de um de seus vários amigos 
no Facebook, você provavelmente se sente privilegiado por viver em 
um tempo na história em que é possível alcançar de forma imediata 
uma vasta rede de contatos por meio de um simples clique no botão 
"enviar''. Você talvez também reflita sobre como as gerações 
passadas puderam viver sem mídias sociais, desprovidas da 
capacidade de verem e serem vistas, de receber, gerar 
e interagir com uma imensa carga de informações. Mas o que você 
talvez não saiba é que os seres humanos usam ferramentas de 
interação social há mais de dois mil anos. 
É o que afirma Tom Standage, autor do livro Writing on the Wa/1 - 
Social Media, The first 2 000 Years (Escrevendo no mural - mídias 
sociais, os primeiros 2 mil anos, em tradução livre). 
Segundo Standage, Marco Túlio Cícero, filósofo e político romano, 
teria sido, junto com outros membros da elite romana, precursor do 
uso de redes sociais. O autor relata como Cícero usava um escravo, 
que posteriormente tornou-se seu escriba, para redigir mensagens 
em rolos de papiro que eram enviados a uma espécie de rede de 
contatos. Estas pessoas, por sua vez, copiavam seu texto, 
acrescentavam seus próprios comentários e repassavam adiante. 
"Hoje temos computadores e banda larga, mas os romanos tinham 
escravos e escribas que transmitiam suas mensagens", disse Stand 
age à BBC Brasil. "Membros da elite romana escreviam entre si 
constantemente, comentando sobre as últimas movimentações 
políticas e expressando opiniões." 
Além do papiro, outra plataforma comumente utilizada pelos romanos 
era uma tábua de cera do tamanho e da forma de um tablet moderno, 
em que escreviam recados, perguntas ou transmitiam os principais 
pontos da acta diurna, um "jornal" exposto diariamente no Fórum de 
Roma. Essa tábua, o "iPad da Roma Antiga", era levada por um 
mensageiro até o destinatário, que respondia embaixo da mensagem. 
NIDECKER, F. Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 7 nov. 2013 (adaptado}. 
 
Na reportagem, há uma comparação entre tecnologias de 
comunicação antigas e atuais. Quanto ao gênero mensagem, 
identifica-se como característica que perdura ao longodos tempos o( 
a) 
 
A) imediatismo das respostas. 
B) compartilhamento de informações. 
C) interferência direta de outros no texto original. 
D) recorrência de seu uso entre os membros da elite. 
E) perfil social dos envolvidos na troca comunicativa. 
 
03. (ENEM-2017) 
 
TEXTO 1 
 
Criatividade em publicidade: teorias e reflexões 
 
Resumo: O presente artigo aborda uma questão primordial na 
publicidade: a criatividade. Apesar de aclamada pelos departamentos 
de criação das agências, devemos ter a consciência de que nem todo 
anúncio é, de fato, criativo. A partir do resgate teórico, no qual os 
conceitos são tratados à luz da publicidade, busca-se estabelecer a 
compreensão dos temas. Para elucidar tais questões, é analisada 
uma campanha impressa da marca XXXX. As reflexões apontam que 
a publicidade criativa é essencialmente simples e apresenta uma 
releitura do cotidiano. 
DEPEXE, S. D. Travessias: Pesquisas em Educação, Cultura, Linguagem e Artes, n. 2, 2008. 
 
TEXTO 2 
Ninguém 
entende 
melhor de 
criação 
do que elas. 
 
13 de maio - Dia das Mães 
 
Homenagem ao Dia das Mães 2012. Disponível em: www.comunicacao.com. Acesso em: 3 
ago. 2012 (adaptado). 
 
Os dois textos apresentados versam sobre o tema criatividade. O 
Texto I é um resumo de caráter científico e o Texto II, uma 
homenagem promovida por um site de publicidade. De qu.e maneira 
o Texto lI exemplifica o conceito de criatividade em publicidade 
apresentado no Texto I? 
A) Fazendo menção ao difícil trabalho das mães em criar seus filhos. 
B) Promovendo uma leitura simplista do papel materno em seu 
trabalho de criar os filhos. 
C) Explorando a polissemia do termo "criação". 
D) Recorrendo a uma estrutura linguística simples. 
E) Utilizando recursos gráficos diversificados. 
 
04. (ENEM-2017) 
 
Uma noite em 67, de Renato Terra e Ricardo Calil. 
 
Editora Planeta, 296 páginas. 
 
Mas foi uma noite, aquela noite de sábado 21 de outubro de 1967, 
que parou o nosso país. Parou pra ver a finalíssima do IlI Festival da 
Pré-Universitário/SEDUC Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Língua Portuguesa 
14 
Record, quando um jovem de 21 anos chamado Eduardo Lobo, o Edu 
Lobo, saiu carregado do Teatro Param9unt em São Paulo depois de 
ganhar o prêmio máximo do festival com Ponteio, que cantou 
acompanhado da charmosa e iniciante Marília Medalha. 
Foi naquela noite que Chico Buarque entoou sua Roda viva ao lado 
do MPB-4 de Magro, o arranjador. 
Que Caetano Veloso brilhou cantando Alegria, alegria com a plateia 
ao som das guitarras dos Beat Boys, que Gilberto Gil apresentou a 
tropicalista Doming o no parque com os Mutantes. 
Aquela noite que acabou virando filme, em 2010, nas mãos de Renato 
Terra e Ricardo Calil, agora virou livro. 
O livro que está sendo lançado agora é a história daquela noite, 
ampliada e em estado que no jargão jornalístico chamamos de 
matéria bruta. Quem viu o filme vai se deliciar com as histórias - e 
algumas fofocas - que cada um tem para contar, agora sem os cortes 
necessários que um filme exige. E quem não viu o filme tem diante 
de si um livro de histórias, pensando bem, de História. 
VILLAS, A. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 18 jun. 2014 (adaptado). 
Considerando os elementos constitutivos dos gêneros textuais 
circulantes na sociedade, nesse fragmento de resenha predominam 
A) caracterizações de personalidades do contexto musical brasileiro
dos anos 1960.
B) questões polêmicas direcionadas à produção musical brasileira
nos anos 1960.
C) relatos de experiências de artistas sobre os festivais de música
de 1967.
D) explicações sobre o quadro cultural do Brasil durante a década
de 1960.
E) opiniões a respeito de uma obra sobre a cena musical de 1967.
05. (ENEM-2017)
É DESSA FLORESTA QUE SAI O CHAPEUZINHO VERMELHO, 
JOÃO E MARIA, OS IRMÃOS KARAMAZOV, A DAMA DAS 
CAMÉLIAS E OS TRÊS MOSQUETEIROS. 
Revista Bolsa, 1986. ln: CARRASCOZA, J. A. A evolução do texto publicitário: a associação 
de palavras como elemento de sedução na publicidade. São Paulo: Futura, 1999 (adaptado). 
Nesse cartaz publicitário de uma empresa de papel e celulose, a 
combinação dos elementos verbais e não verbais visa 
A) justificar os prejuízos ao meio ambiente, ao vincular a empresa à
difusão da cultura.
B) incentivar a leitura de obras literárias, ao referir-se a títulos
consagrados do acervo mundial.
C) seduzir o consumidor, ao relacionar o anunciante às histórias
clássicas da literatura universal.
D) promover uma reflexão sobre a preservação ambiental ao aliar o
desmatamento aos clássicos da literatura.
E) construir uma imagem positiva do anunciante, ao associar a
exploração alegadamente sustentável à produção de livros.
REFORMA ORTOGRÁFICA: 
Veja o resumo das novas regras 
TREMA 
Deixou de ser usado, mas nada muda na pronúncia 
* bilíngue; pinguim; cinquenta; linguistico; delinquente; Antiguidade;
quinquênio; tranquilo; sequestro; consequência; aguentar; sagui; 
arguir 
Atenção: Exceção para nomes próprios estrangeiros (como Müller e 
Bündchen) 
DITONGOS ABERTOS 
Os ditongos 'éi', 'ói' e 'éu' só continuam acentuados no final da palavra 
*boia; paranoico; heroico; plateia; ideia; tipóia
Mas céu dói, chapéu, anéis, lençóis não mudam 
Atenção: O acento será mantido em destróier e Méier, conforme a 
regra que manda acentuar os paroxítonos terminados em 'r' 
ACENTO DIFERENCIAL DE TONICIDADE
Não se acentuam mais certos substantivos e formas verbais para 
distingui-los graficamente de outras palavras 
Vou para casa. (preposição) 
Ela não para de chorar. (verbo) 
Vou pelo morro/pela estrada. (contração de preposição + artigo) 
O pelo do gato. (substantivo) 
Eu pelo/ele pela a cabeça. (verbo) 
Atenção: Esta regra aplica-se também às palavras compostas: para-
brisa, para-raios. Para evitar confusões, foram mantidos os acentos 
do verbo pôr e da forma do pretérito perfeito pôde. O acento de fôrma 
(distinto de forma) é facultativo 
ACENTO CIRCUNFLEXO 
Os hiatos 'oo' e 'ee' não recebem mais acento 
- abençoo; perdoo; magoo; enjoo; leem; veem; deem; crêem 
Atenção: 
Continuam acentuados (ele) vê, (eles) vêm [verbo vir], (eles) têm etc. 
ACENTO AGUDO SOBRE O 'U' 
ORTOGRAFIA 
Para que serve a ortografia? 
A língua é um instrumento vivo e dinâmico de comunicação e 
interação social. Modifica-se, pelo uso, de acordo com a 
evolução histórica e com o local em que é falada. Assim, a cada 
dia, novos vocábulos aparecem, outros têm o sentido alterado, 
enquanto outros caem no esquecimento. 
Se a língua é tão vulnerável em seus aspectos lexical 
(vocabulário), fonético e sintático, o mesmo não ocorre com a 
ortografia. 
Presas às origens etimológicas das palavras, as normas 
ortográficas servem para sistematizar e uniformizar a escrita, a 
fim de que ela se preserve e, com isso, consigamos ler textos de 
outros países que falam a mesma língua ou textos escritos há 
séculos.
Pré-Universitário/SEDUC Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Língua Portuguesa 
 
15 
 
1. Não se acentua mais o 'u' tônico das formas verbais argui, 
apazigue, averigue 
2. Não se acentuam mais o 'u' e o 'i' tônicos precedidos de ditongo em 
palavras paroxítonas 
- feiura; bocaiuva; baiuca; Sauipe 
Atenção: Feiíssimo e cheiíssimo continuam acentuados porque são 
proparoxítonos; bem como Piauí e teiú, que são oxítonos 
HÍFEN 
O hífen é empregado: 
1. Se o segundo elemento começa por 'h' 
- geo-história; giga-hertz; bio-histórico; super-herói; anti-herói; macro-
história; mini-hotel; super-homem 
2. Para separar vogais ou consoantes iguais 
- inter-racial; micro-ondas; micro-ônibus; mega-apagão; sub-
bibliotecário; 
sub-base; anti-imperialista; anti-inflamatório; contra-atacar; entre-
eixos; hiper-real; infra-axilar 
3. Prefixos 'pan' ou 'circum', seguidos de palavras que começam por 
vogal, 'h', 'm' ou 'n' 
- pan-negritude; pan-hispânico; circum-murados; pan-americano; 
pan-helenismo;circum-navegação 
4. Com 'pós', 'pré' 'pró' 
- pós-graduado; pré-operatório; pró-reitor; pós-auricular; pré-datado; 
pré-escolar 
Atenção: Esta regra não se aplica às palavras em que se unem um 
prefixo terminado em vogal e uma palavra começada por 'r' ou 's'. 
Quando isso acontece, dobra-se o 'r' ou 's': microssonda (micro + 
sonda), contrarregra, motosserra, ultrassom, infrassom, 
suprarregional. 
Fonte: José Carlos de Azeredo, professor adjunto de língua portuguesa da Uerj 
(Universidade do Estado do Rio de Janeiro), autor de Gramática Houaiss da 
língua portuguesa e coordenador e consultor do livro Escrevendo pela nova 
ortografia (Instituto Antônio Houaiss/Publifolha). 
 
 
Ortografia no Enem! 
Não é comum haver muitas questões de gramática que 
requeiram que o aluno saiba regras de ortografia. Entretanto, 
como esse é o último ano de adaptação e das novas regras 
ortográfica, o Enem pode surpreender muitos candidatos 
trazendo na prova questões que tratem sobre o uso formal da 
Língua e a aplicação da ortografia. 
 
 
 
http://www.soportugues.com.br/secoes/acordo_ortografico/aco
rdo_ortografico2.php 
 
 
 
01. (IFSP-2013) 
 
- As variedades linguísticas brasileiras são diversas à medida da 
extensão territorial do País. Considere o texto seguinte, que 
apresenta uma dessas variedades. 
 
— Vancê já sabe, nhaLainha, que eu ‘tou na mente de lhe pedir; 
alguém já lhe havéra de ter contado. 
Ela avermelhou toda: 
— É: eu sube mesmo. 
— Agora vancê me diga, p’r o seu mesmo dizer, si d’aqui por diante 
eu fico no direito de falar p’r’o seu véio no negócio, e também si já 
não é tempo de ir comprando a roupinha, a louça, a trastaria dûa 
casa. 
— Isso ‘ta no seu querer. 
— Mas vancê casa antão comigo de tuda a sua vontade, não tem 
nem um no pensamento? 
— Não tenho, nho Vicente. Eu não incubro a ideia de casar 
c’oRéimundo, e ele também queria casar comigo. Agora, dêsque 
ele faltou c’a promessa, eu não tenho prisão por ninguém. 
 
(Silveira, Valdomiro. Constância. In: Os caboclos: conto. Rio de Janeiro; Brasília: 
Civilização Brasileira; INL, 1975. Adaptado.) 
 
Como pudemos notar, há, no texto, a tentativa de representação da 
língua cabocla. Assinale a alternativa em que estão apresentadas três 
palavras típicas dessa variedade linguística, seguidas de sua grafia 
correta, conforme a norma culta, nos parênteses. 
 
A) vancê (cê), si (si), dêsque (desde que). 
B) véio (velho), dûa (de uma), c’o (com o). 
C) nha (mocinha), louça (loiça), nem um (nem um). 
D) ‘tou (esto), antão (então), ninguém (ninguém). 
E) sube (subi), trastaria (trasteria), incubro (incubro). 
 
02. (CPS-2012) Alunos de uma Etec que participavam de uma Feira 
de Tecnologia foram à lanchonete do pavilhão de exposições para 
almoçar. Lá encontraram as seguintes informações no cardápio. 
 
Analisando o cardápio, esses alunos perceberam que havia uma 
incorreção gramatical, pois 
 
A) o adjetivo calabresa escreve-se com z: calabreza. 
B) o adjetivo referente a abobrinhas e pimentões deve ser 
recheadas. 
C) o substantivo quibe escreve-se com k: kibe. 
D) a forma verbal vem recebe acento circunflexo já que indica o 
plural: vêm. 
E) o substantivo viagem escreve-se com j: viajem. 
 
 
03 (Insper - 2012) 
 
 
Na imagem acima, o cartunista brinca com a reforma ortográfica. Com 
relação ao emprego do hífen, todas as palavras estão de acordo com 
as novas regras, exceto 
 
A) mega-empresa. D) micro-ondas. 
Pré-Universitário/SEDUC Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Língua Portuguesa 
 
16 
 
B) autorretrato. E) anti-inflamatório. 
C) autoajuda. 
 
04. (PUC/PR - 2009) 
 
Paranaguá, PR 1854 
AO BARATO 
SOARES & MAVIGNIER 
RUA DA ORDEM N0. 1 EM PARANAGUÁ 
 
Esta nova loja de fazendas acaba de receber pelo vapor Maracanã o 
seguinte: Chales de touquim; leques de madreperola e de marfim, 
bengallas d' unicorne; mantelletes guarnecidas de filó e rendas de 
seda; paletós de cassa e filó bordado, para s.ras e meninas; 
camisinhas inteiramente modernas, infeitadas com rendas de seda; 
sedas lavradas e de xadrês; nobrezas furta-cores e preta; tapetes 
para shopás; chapéos de sol; ditos de mollas para cabeça; toucados 
para sras; grinaldas francezas; camisas ditas, peitos para camisas; 
merinóssetins de cores; gravatinhas de touquim para sras; panno de 
linho para lencóes com 10 palmos de largura; véos pretos, sarja 
espanholla e franceza. Além d' estas fazendas, encontra-se na 
mesma casa um extraordinário e variado sortimento de fazendas 
grossas e de gosto; chapéos e calçados para homens e sras e artigos 
de armarinho. 
(Fonte: O 19 de dezembro, 22 de abril de 1854) 
 
"Sophás", "chapéos", "franceza" e "panno" são palavras do 
vocabulário atual, mas que sofreram modificação ortográfica, isto é, 
tiveram sua grafia reformulada. 
Selecione a alternativa FALSA em relação ao que se afirma sobre 
ortografia: 
 
A) A ortografia é uma convenção que não obedece a regras. 
B) A forma ortográfica das palavras é uma convenção para seu 
registro escrito, porém, não impede certas variações para 
pronunciá-las. Por exemplo, a palavra TOMATE só tem essa 
forma gráfica, mas sua pronúncia pode variar. 
C) Dicionários são fontes de referência para se buscar a ortografia 
das palavras. 
D) A palavra "franceza" passou a ser registrada com S (francesa) 
atendendo à regra que determina que os adjetivos empregados 
para indicar lugar de origem se escrevem com -ESA, no final. 
E) Existem muitas regras que uniformizam a grafia de conjuntos de 
palavras; portanto, saber o modo de registrar inúmeras palavras 
não é conhecimento que depende exclusivamente de 
memorização. 
 
05. (CPS - 2008) 
O texto apresentado fala sobre Fortunata, uma garota que vive 
em São Paulo no início do século XX, e sobre os costumes de 
sua família, formada por imigrantes italianos. 
Em frente à nossa casa, morava o compadre Francesco Bloise, que 
tinha duas ocupações muito peculiares: uma era a de alfaiate e a 
outra não era a de confeccionar ou vender nada. Ao contrário: era 
uma distribuição gratuita de sonho e fantasia, feita para preencher o 
vazio das noites de inverno, depois do cansaço de um dia de trabalho. 
Seu Francesco era um leitor, atividade rara naquela rua. Quando falo 
em "leitor", não estou falando de alguém metido num canto a sós com 
um livro, desligado do mundo exterior. Estou falando de alguém como 
ele, que lia em voz alta para os outros, repartindo o ato de leitura 
como um pão comungado por irmãos. E esses éramos nós: eu, que 
me chamo Fortunata, meu padrasto, minha mãe Giuseppina e alguns 
vizinhos de poucas ou nenhumas letras. 
O ritual começava depois do jantar. No corredorzinho que dava para 
a rua, ouvia-se o bater de palmas. Eram os ouvintes que iam 
chegando e tomando assento. Seu Francesco vinha todo 
encapotado, com as mãos dentro dos bolsos. E quando, aflita, eu 
achava que o livro tinha sido esquecido, ele abria o capote e 
arrancava do peito o grosso volume que agasalhara da umidade 
como um filho de saúde frágil. E a assembleia começava. 
Os olhos do leitor buscavam as páginas do livro, a boca fazia o 
milagre de transformar aquelas difíceis letrinhas impressas em vozes 
inteligíveis para um auditório maravilhado. E as histórias de reis e 
rainhas, príncipes e princesas, mocinhos e vilões, amores tristes e 
romances contrariados enchiam de lágrimas os olhos de minha mãe. 
(Adaptado de: LAURITO, Ilka Brunhilde. A menina que descobriu o Brasil.") 
 
Assinale a alternativa em que a frase está escrita de acordo com a 
norma culta. 
 
A) Parte dos ouvintes se maravilhava com o milagre das letrinhas. 
B) Faziam noites de muito frio e aproveitávamos para nos reunir em 
casa. 
C) Fortunata ficava aflita por que achava que seu Francesco 
esquecera o livro. 
D) Os romances comoviam Giuseppina e sempre haviam lágrimas 
em seus olhos. 
E) As histórias de seu Francesco tiveram tudo haver coma formação 
pessoal de Fortunata. 
 
06. (FGV - 2001) Assinale a alternativa em que todas as palavras 
estão escritas de acordo com a ortografia oficial do Brasil. 
 
A) A Volks ainda está em acensão no país, apesar do excesso de 
concorrentes. 
B) A obsessão pelo contexto faz do problema, quase sempre, uma 
solução privilegiada. 
C) O viez do mercado é importante, porque qualidade é percepção 
de mercado. 
D) As montadoras não conseguem esvasiar os páteos, por maiores 
descontos que deem. 
E) Super-homem nasceu digitalizado, mas vêm sendo projetado em 
modo analógico. 
 
07. (IFSC/2012) Quanto à ortografia e à acentuação, assinale a 
alternativa CORRETA. 
 
A) Após um gesto de comando, os que ainda estão de pé sentão-se 
e fazem silencio para houvir o diretor. 
B) Mesmo que sofrêssemos uma repreenção por queixa de algum 
professor mais cioso de suas obrigações, a oférta parecia-nos 
irrecusável. 
C) Marta nunca deicha o filho sózinho na cosinha, temerosa de que 
ele venha a puchar uma panela sobre sí. 
D) À excessão de meu primo, que se mostrava um tanto pretencioso, 
todos os garotos eram bastante humildes. 
E) A perícia analisaria a flecha, em busca de vestígios que 
pudessem fornecer indícios sobre sua trajetória. 
 
08. (PREUNI-SEED/2016) 
Forma 
Meu pai me deu uma forma 
E de certa forma 
Aprendi a caminhar 
Pré-Universitário/SEDUC Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Língua Portuguesa 
17 
Se a vida tivesse fôrma 
Era fácil de cozinhar 
Alguns dizem que têm um jeito 
Eu digo que tem a sorte 
E assim eu vou levando 
Essa forma com retoques. 
(Daniel Fé)
O jogo de palavras presente no poema flerta com as regras 
estipuladas pela nova ortografia da língua portuguesa. Da leitura 
depreende-se que 
A) O verbo TER apresenta-se no poema descumprindo a regra de
acento diferencial.
B) a palavra forma apresenta-se em duas situações possíveis,
porém o acento é facultativo.
C) a palavra forma é utilizada no poema apenas com um significado
específico e direcionado.
D) o último verso do poema apresenta uma flexão do verbo 
FORMAR. 
E) o verbo TER presente no sétimo verso apresenta o sentido de 
adquirir. 
Semântica é a área do saber que estuda a significação, a relação 
das palavras com o mundo e como se produzem os sentidos na 
linguagem verbal. 
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO 
[...] 
Quando eu tinha seis anos 
Não pude ver o fim da festa de São João 
Porque adormeci 
Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo 
Minha avó 
Meu avô 
Totônio Rodrigues 
Tomásia 
Rosa 
Onde estão todos eles? 
— Estão todos dormindo 
Estão todos deitados 
Dormindo 
Profundamente. 
Manuel Bandeira 
Sentido denotativo ou literal é o sentido mais freqüente associado a 
uma palavra ou enunciado. Quando uma palavra ou enunciado se 
afasta do seu sentido mais comum, nos aproximamos de um sentido 
conotativo ou figurado. 
Sinônimos são palavras de sentidos aproximados que podem ser 
substituídas uma pela outra em diferentes contextos. 
Você já vacinou seu cão? 
Você já vacinou seu cachorro? 
Antônimos são palavras de sentidos contrários entre si. 
“À noite o silêncio negro era ainda mais profundo do que durante o 
dia.” 
Hipônimos e hiperônimos são palavras pertencentes a um mesmo 
campo semânticos, sendo o hipônimo uma palavra de sentido mais 
específico e hiperônimo uma palavra de sentido mais genérico. 
Exemplo: “[...] Já fazia muitos anos que todos os animaisdessa aldeia 
e das redondezas haviam desaparecido, vacas, cavalos e 
carneiros, gansos, gatos e canários, cachorros, aranhas 
domésticas e lebres. Nem mesmo um pintassilgo vivia lá. Nenhum 
peixe restava no rio. As cegonhas e os grous rodeavam os vales em 
suas jornadas errantes. Até mesmo os insetos e os vermes, até as 
abelhas, moscas, formigas, minhocas, mosquitos e traças não 
eram vistos há muitos anos. [...]”. 
Polissemia é a propriedade que uma 
palavra tem de apresentar vários sentidos. 
Almon, o pescador, cozinhava uma sopa 
de cebolas. 
O exame teórico foi uma sopa. 
Ambiguidade é a duplicidade de sentidos 
que pode haver em um enunciado ou em 
um texto, verbal ou não verbal. 
“Selton Mello responde ao 
manifesto contra a nudez de 
Pedro Cardoso. ” 
“Mãe de Eloá diz que perdoa 
Lindemberg durante velório. ” 
“Democratas e republicanos 
atribuem impasse em plano de 
socorro a MacCain. ” 
HOMONÍMIA E PARONÍMIA 
Homônimos são palavras que apresentam identidade no significante 
e/ou em sua representação gráfica, mas significados distintos. 
Concerto – apresentação musical 
Conserto – reparo de algo quebrado 
Caçar - perseguir animais 
Cassar - tornar sem efeito 
Parônimos são palavras que apresentam semelhança no significante 
e em sua representação gráfica, mas têm significados distintos. 
Infligir – impor, aplicar 
SEMÂNTICA 
Pré-Universitário/SEDUC Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Língua Portuguesa 
18 
Infringir – desobedecer, desrespeitar 
Retificar – corrigir 
Ratificar – confirmar 
Semântica no Enem! 
A Semântica no Enem relaciona-se com a interpretação de 
textos. Compreender que os vocábulos podem apresentar 
inúmeros sentidos é essencial para a resolução de questões 
sobre o assunto. 
- Tô, Tom Zé 
01. (FUVEST - 2013)
São Paulo gigante, torrão adorado 
Estou abraçado com meu violão 
Feito de pinheiro da mata selvagem 
Que enfeita a paisagem lá do meu sertão 
Tonico e Tinoco, São Paulo Gigante. 
Nos versos da canção dos paulistas Tonico e Tinoco, o termo “sertão” 
deve ser compreendido como 
A) descritivo da paisagem e da vegetação típicas do sertão existente
na região Nordeste do país.
B) contraposição ao litoral, na concepção dada pelos caiçaras, que
identificam o sertão com a presença dos pinheiros.
C) analogia à paisagem predominante no Centro-Oeste brasileiro, tal
como foi encontrada pelos bandeirantes no século XVII.
D) D)metáfora da cidade-metrópole, referindo-se à aridez do 
concreto e das construções. 
E) generalização do ambiente rural, independentemente das
características de sua vegetação.
Texto para as questões 02 e 03 
LAMA 
Mauro Duarte 
Pelo curto tempo que você sumiu 
Nota-se aparentemente que você subiu 
Mas o que eu soube ao seu respeito 
Me entristeceu ouvi dizer 
Que pra subir você desceu, você desceu 
Todo mundo quer subir 
A concepção da vida admite 
Ainda mais quando a subida 
Tem o céu como limite 
Por isso não adianta estar no mais alto degrau da fama 
Com a moral toda enterrada na lama 
(Clara Nunes. O canto das três raças. EMI-Odeon, 1976) 
02. (CFTRJ - 2013) Considerando o texto, podemos afirmar que a voz
enunciadora qualifica a subida na vida de seu interlocutor como: 
A) um sucesso, graças ao empenho pessoal do sujeito.
B) uma decepção, devido ao caráter imoral da ascensão.
C) uma surpresa, por causa de toda fama adquirida.
D) uma banalidade, pois foi algo provocado pelo curso natural da
vida.
03. (CFTRJ - 2013) A produção de um texto poético resulta de uma
criteriosa seleção vocabular. No texto, trabalhou-se com dois campos 
semânticos: subir X descer. Relacionando-se esses verbos a 
substantivos, de acordo com esse texto, a única associação coerente 
é: 
A) subir: lama, limite.
B) descer: limite, degrau.
C) subir: fama, moral.
D) descer: lama, moral.
04. (FUVEST - 2014) Leia o seguinte texto, que faz parte de um
anúncio de um produto alimentício: 
EM RESPEITO A SUA NATUREZA, SÓ TRABALHAMOS COM O 
MELHOR DA NATUREZA 
Selecionamos só o que a natureza tem de melhor para levar até a sua 
casa. Porque faz parte da natureza dos nossos consumidores querer 
produtos saborosos, nutritivos e acima de tudo, confiáveis. 
www.destakjornal.com.br, 13/05/2013. Adaptado. 
Procurando dar maior expressividade ao texto, seu autor 
A) serve-se do procedimento textual da sinonímia.
B) recorre à reiteração de vocábuloshomônimos.
C) explora o caráterpolissêmico das palavras.
D) mescla as linguagens científica e jornalística.

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