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AGRAVOS DE SAÚDE E EPIDEMIOLOGIA ATIVIDADE N1 A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pelo Treponema Pallidum. Sua principal via de transmissão é por meio do contato sexual, podendo ocorrer para o feto durante a gestação. Desde o século passado vem se tornando um grave problema de saúde pública devido a suas altas taxas de incidência, mesmo com as medidas de prevenção e opções de tratamento eficazes (SOUZA; RODRIGUES; GOMES, 2018). É importante ressaltar que, a exemplo da sífilis, o termo “doenças sexualmente transmissíveis” foi alterado pelo Ministério da Saúde para “infecções sexualmente transmissíveis”, justamente para alertar a população de que pode existir uma infecção sem que, necessariamente, haja uma doença visível. Mesmo assintomática, uma pessoa pode transmitir e apresentar consequências graves decorrentes da infecção. Podemos destacar como estratégia da ESF na redução de casos de sífilis congénita a realização de VDRL no pré-natal e VDRL mensal em gestantes tratadas; realização do tratamento completo tanto com gestante quanto no parceiro; busca ativa para minimização de acompanhamento pré-natal tardio; rodas de conversas com gestantes sobre sífilis; monitoramento das consultas pré-natais, entre outras. Aqui no Brasil nos últimos anos tivemos um aumento considerado no contagio da sífilis. A falha no tratamento e o aumento da incidência da sífilis gestacional e congênita está diretamente relacionado a fatores como: a falta de capacitação dos profissionais de saúde; ao não tratamento do parceiro; ao início tardio do prénatal; ao não acesso a testagem rápida, além de desinformação sobre o assunto e sua prevenção, menos utilização de preservativos, dificuldade no acesso a penicilina benzatina (antibiótico utilizado para tratamento) na Atenção Primaria de Saúde. Mesmo a sífilis sendo uma patologia de recursos diagnósticos e terapêuticos relativamente simples e de custo baixo, o seu aparecimento e controle na gestação configuram desafio a ser enfrentado por todos os profissionais da atenção básica do nosso país. Isso tudo ocorre por problemas relacionados a diagnóstico, tratamento além de inadequação na abordagem das IST, principalmente na gestação. Através desta atividade, foi possível perceber que, apesar de ser uma patologia de notificação compulsória e muito incidente na comunidade, o conhecimento geral da população, especialmente gestantes, em relação à sifilis é muito superficial e escasso. Dessa forma, surge a necessidade de uma educação continuada dos profissionais para melhorar a abordagem a população. Todos devem ser incluso nas atividades de educação em saúde. REFERENCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico de Sífilis. Ministério da Saúde, 2021. n. 01, ISSN: 2358-9450,2021. Disponível em: http://www.aids.gov.br/ptbr/pub/2021/boletim-epidemiologico-de-sifilis-2021. RODRIGUES, A.R.M. et al. Atuação de enfermeiros no acompanhamento da sífilis na atenção primária. Rev enferm UFPE online. v.10, n.4, p. 1247-1255, 2016. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/316716885. SOUZA, B.S.O. et al. Análise epidemiológica de casos notificados de sífilis. Rev Soc Bras Clin Med, v.16, n.2, p. 94-8, 2018. Disponível em: http://www.sbcm.org.br/ojs3/index.php/rsbcm/article/view/339/307.
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