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Está vedado qualquer tipo de repasse, revenda, alteração, cópia parcial ou total desse material sem a autorização por escrito de sua criadora de acordo com o art. 184 do código penal, o decreto de nº 5.244, de 2004 e as leis 9609 e 9610/98, a legislação do Brasil define pirataria como crime (pena de 3 meses a 4 anos com ou sem multa). Este material está identificado com nome e CPF de quem adquiri-lo, sendo assim, é possível identificar em caso de descumprimento da norma. O material aqui escrito tem base: anotações de aula, slides do Prof. Sergio dos Santos Souza (Universidade Anhembi Morumbi) e pesquisas @stebelmirovet 2 Abordagem ao Paciente Critico O que torna um paciente emergencial? Fornecimento energético VS demanda metabólica – o indivíduo apresenta alguma falha no fornecimento energético (hipóxia por ex) - Glicose e oxigênio são necessários para a produção de ATP – são fontes de energia Características do metabolismo - Demanda de ATP pelo coração, pulmão, cérebro... Transporte de Oxigênio - Livres no plasma - 3% - Ligados à hemoglobina - 97% (oxihemoglobina) Fatores que auxiliam a associação: aumento de PO2 Fatores que auxiliam a dissociação: Diminuição de PO2, Aumento de PCO e aumento de temperatura. Difusão: Moléculas de peso menor e maior concentração passam por difusão para o meio de menor concentração. TROCA GASOSA ALVÉOLOS: inspiração - captação de O2 - concentração no interior do alvéolo aumenta - Vai para o sangue por difusão - Se liga à hemoglobina (4 moléculas de O2) - Tecidos - Dissociação - O2 para os tecidos TECIDOS: O CO2 sofre difusão e é transportado pelo sangue na forma de bicarbonato. Hemoglobina H20 + C02 (amilase carbônica) –> H2C03 (ácido carbónico) —> H+ e HCO3 (bicarbonato) H+: se liga à Hg que deixou o O2 HC03: célula joga o HC03 em excesso e pega uma molécula de cloreto (bomba) Transporte extracelular - regularização do pH sanguíneo Células que têm muito H+ puxam o CO e o sangue joga pra fora do corpo CO2. Maior concentração de H+: HC03 entra na célula e Cl sai ou Maior concentração de HC03: HC03 sai e Cl entra. METABOLISMO CEREBRAL Somente aeróbico (100%) ● Reserva para apenas 90 minutos de hipoglicemia severa. ● Consome cerca de 14% do O2 Dependem de um fluxo normal de sangue para fornecer O2 e nutrientes (principalmente glicose) Gluts que não dependem da insulina: GLUT 1: glicose do sangue- capta a glicose da barreira hemato encefálica (parede do vaso + células) @stebelmirovet 3 GLUT 3: glicose de astrócito - passa para o neurônio Astrócitos podem pegar os nutrientes e mandar para os neurônios 1. Energia é usada para: Potencial de ação - despolarização de membrana Na+ despolariza a membrana K+ repolariza (bomba de NaK que regulariza isso) - precisa de ATP Falta de ATP Sistema simpático - libera adrenalina e noradrenalina (produzidas pela medula da glândula adrenal) e liberação de corticoide (produzido no córtex da adrenal) - cortisol - aumenta catabolismo (hiperglicemiante (aumenta glucagon e diminui insulina) Lactato (Glicose – ATP – Lactato e piruvato) Por que o lactato está muito alto? Metabolismo aeróbico baixo - necessidade de produzir ATP através de outros recursos (como o lactato, que tem metabolismo anaeróbico) Baixo fluxo sanguíneo total ÁREA DE ATENDIMENTO Urgência Emergência (risco de morte) Serviço 24hrs ● Consultório - alta clínica OU complicações - internação ● Triagem - sala de emergência - centro cirúrgico OU internação Área de triagem Deve ser próxima a recepção e de fácil acesso Admissão: - Breve histórico/ queixa principal - Breve inspeção visual - Avaliação física inicial de 4 sistemas (respiratório, cardiovascular, nervoso, urinário) CLASSIFICAÇÃO DE RISCO Paciente não apresenta risco Paciente com risco leve Paciente de urgência Paciente com maior urgência Paciente em emergência – critico @stebelmirovet 4 Passos 1. Estabilização imediata 2. Acesso venoso 3. Avaliação objetiva de parâmetros (hemograma, lactato, glicose, SpO2) 4. A-fast (abdômen) e T-fast (tórax) 5. Suplementação de SO2 6. Fluidoterapia 7. Avaliação secundária - após estabilização e realização de exame físico detalhado. Sistemas SISTEMA RESPIRATÓRIO ● Apneia ● Estridor/ estertor ● Dificuldade respiratória ● Cianose - hemoglobina desoxigenada (menor que 5g/dl) ● Sons pulmonares anormais ● Posição ortopneica - cabeça levantada ● Dispneia: Inspiratórias - processo extratorácico (via aérea superior), obstrução de laringe ou colapso de traqueia. Expiratórias – Intratorácicas Mistas: intratorácicas Restritivas- Dificuldade de expansão do tórax (pneumonia, efusão pleural, pneumotórax, edema pulmonar) Obstrutivas - Obstrução a passagem de ar nas vias aéreas (bronquites/ asma felina) SISTEMA CARDIOVASCULAR ● Alteração das mucosas ● Taquicardia, bradicardia ● Alteração de pulso ● Extremidades frias Trombo arterial (mais comum em felinos) - cardiomiopatia hipertrófica - maine coon SISTEMA NERVOSO ● Alteração do estado mental ● Estupor/ coma ● Anisocoria, midríase, miose ● Crise epilética ● Paresia (perda de atividade motora) e paralisia (perda total de movimentos) ● Convulsão Generalizada ou focal Tônico (parado) ou crônico (movimentando) Passos: 1. Diazepam 2. Estabilizou —> glicemia (se normal - fenobarbital) 3. Nova crise - até 3 doses de diazepam 4. Não controlou? infusão contínua 5. Não controlou? Propofol Hipoglicemia Neoplasia pancreática - insulinoma Sepse SISTEMA UROGENITAL ● Distensão, rigidez da bexiga ● Prolapso uterino ● Priapismo ● Parto distócico ● Iscúria/ ruptura de bexiga → azotemia pós renal ● Obstrução: diminuição da taxa de filtração (diminui absorção e secreção) Como diminui a taxa de secreção, o potássio no sangue aumenta → hipercalemia - repolarização mais lenta → bradicardia @stebelmirovet 5 Intoxicação Distúrbios de coagulação Agentes neurotóxicos Febre x hipertermia: hipertermia é a elevação de temperatura como sistema de autocompensação (antes disso está muito calor - ativa mecanismo de compensação (por exemplo diminui a frequência de respiração) Hipotermia - distúrbios de coagulação e acidose metabólica, arritmias - perda vascular Distúrbios eletrolíticos/ glicemia Hipo e hipercalemia Distúrbio de cálcio, magnésio, cloreto, sódio Hipocalemia - repolarização muito mais rápido - fraqueza muscular, cabeça abaixada. @stebelmirovet 6 Fluidoterapia Fluidos corpóreos: 60% do PC é formado por fluidos 40% está no meio intracelular 20% está no meio extracelular – plasma (5%) e região intersticial (15%) A necessidade do animal influencia na via de administração da fluidoterapia Objetivo: reestabelecer principalmente a pressão hidrostática Força de Starling Pressão hidrostática (pressão dos vasos): força a saída de agua para o espaço extravascular Pressão oncótica (proteínas): força a entrada da agua para o meio intravascular O que pode causar queda da pressão oncótica: níveis baixos de albumina (perda funcional do fígado, desnutrição e anorexia prolongada), diarreia, lesão glomerular, AVALIAÇÃO DE DESIDRATAÇÃO TPC: acima de 3s indica desidratação Elasticidade cutânea: Exames laboratoriais: densidade urinaria acima de 1,035, - PT x VCM ! Cuidado com TPC: o tpc ainda funciona até 4min depois do óbito – não avalie apenas o TPC % DE DESIDRATAÇÃO DESIDRATAÇÃO GRAU EXAME FÍSICO <5% Assintomática Sem alterações físicas, histórico e observações de perdas ou não ingestão de líquidos 5 a 6% Leve Perda discreta da elasticidade da pele 7 a 9% Moderada Perda da elasticidade da pele, TPC discretamente elevado, discreta enoftalmina e xerostomia (mucosa seca) 10 a 12% Severa Perda acentuada da elasticidade da pele (pregueamento prolongado), TPC elevado, enoftalmia e xerostomia obvia, taquicardia e alteração de pulso podem estar presentes 13 a 15% Crítica ou muito severa Sintomas definidos de choque: hipotermia, taquicardia, pulso filiforme, óbito iminente VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 1. Intravenosa: a + utilizada e indicada Pode-se ter acesso a via cefálica, safena e jugular Alguns pacientes precisam de +1 acesso ao mesmo tempo 2. Intraóssea: usada em filhotes 3. SC: apenas para manter hidratado – ex animais doentes renais crônicos 4. Oral @stebelmirovet 7 Catéter: COR CALIBRE VAZÃO 3min/peso 6min/peso 24G 17mL/min Até 5kg 10kg 22G 33mL/min 10 kg 20kg 20G 55mL/min 15kg 30kg 18G 105mL/min 30kg 60kg 16G 155mL/min 45kg 90kg 14G 33mL/min 100kg 200kg FASES DA FLUIDOTERAPIA 1. Reanimação (terapia de perfusão) – reposição intravascular: animais hipovolêmicos. Deve-se nessa fase retomar volume – são pacientes críticos 2. Fase de reidratação ou reposição: reposição intersticial e intracelular – animal que tem pressão normal mas ainda está desidratado Deve-se levar em consideração o quanto o animal ainda está desidratado 3. Manutenção: paciente com hidratação normal, mas incapazes de ingerir agua o suficiente para manter o equilíbrio de fluidos. Deve-se acrescentar as perdas como diarreia e vomito TIPOS DE FLUIDO CRISTALOIDES São fluidos com concentrações de eletrólitos como sódio, cloreto, potássio etc – são concentrações isotônicas. SF de cloreto de sódio a 0,9% - costuma causar + acidemia (queda de pH sanguíneo) – NÃO pode ser usado em caso de acidose metabólica Pode ser usado em quadros de alcalose por êmese por exemplo. Não tem potássio em sua composição – pode- se usar em animais com hipercalemia (c/ alterações renais e hipoadreno) Tem as soluções: - 0,15% (hipotonia): usada para manutenção (apenas reposição de agua) e hipernatremia branda - 0,9% (isotônica): reposição de agua e eletrólitos - 7,5% (hipertônica): usado em choque agudos e não pode ser adm. em animais desidratados – solução com muito sódio Ringer com lactato: Metabolizado no fígado com bicarbonato Indicado para animais com acidose metabólica Contraindicado em doenças hepáticas Deve-se evitar em pacientes com neoplasias devido a produção de lactato aumentada pela glicólise anaeróbica dos tumores Cuidado com diluições de fármacos em ringer lactato pois podem precipitar Ringer simples Glicofisiologico: SF (NaCl a 9%)+ glicose 5% É indicada para pacientes com doença hepática exceto gatos com lipidose), hipoglicêmicos e hipercalêmicos SOLUÇÕES Na+ Cl- K+ Ca2+ Kcal/L NaCl 0,9% 154 154 - - - Ringer Lactato 130 109 4 4 9 Ringer Simples 147 156 4 4 - Glicose 5% - - - - 170 COLOIDES São expansores vasculares – não tem reposição de eletrólitos @stebelmirovet 8 Base de amido De ação proteica – ideais para manutenção de pressão oncótica e animais com baixa albumina SOLUÇÕES HIPOTONIACAS São fluidos com concentrações de eletrólitos abaixo do nível do fisiológico – tem baixa { } de cloreto de sódio. Estão dentro da classe dos cristaloides. - Pode ser usado em animais sem distúrbios eletrolíticos. Usado em animais hipoglicêmicos, manter acesso, animais com hipercalemia Glicose 5% Não contem eletrólitos É metabolizada e a reposição é apenas de agua – indicada para pacientes cardiopatas, hipoglicêmicos e hipercalêmicos Solução NaCl 0,15% QUAL ESCOLHER? 1. Tem presença de síndrome choque que requer ressuscitação volêmica imediata? SF 0,9% é o mais indicado 2. Tem taquicardia ou bradicardia grave, extremidades frias, pulso fraco, mucosa pálida, TPC prolongado, estado mental alterado, hipotensão? 3. Indivíduo cardiopata para manter acesso? Glicose 5% 4. Tem aumento de lactato ou alcalose metabólica? SF 5. Tem acidemia? Ringer 6. Alterações torácicas observadas pelo T-FAST? São animais com hipertensão – hipotônicos 7. Distúrbios eletrolíticos conhecidos? Cálculo de fluidoterapia Como calcular o volume administrado? REPOSIÇÃO DE HIPOTENSÃO / REANIMAÇÃO Volume imediato – é a prova de carga, ou seja, dar um grande volume de fluido em curto espaço de tempo Fluido: geralmente se usa solução fisiológica 10 – 20mL/Kg/15-30min Monitoração do paciente pós prova de carga Avaliar parâmetros, histórico, comorbidade Fazer segundo bolus? – usado quando a primeira prova de carga não funciona Usar vasopressores? Usar drogas inotrópicas? Animal quando volta a ficar hidratado aumenta o debito urinário independente da densidade REIDRATAÇÃO OU REPOSIÇÃO Repor perdas hídricas do paciente – é um volume dado em 24h Se usa peso e % de desidratação – precisa avaliar fisicamente o paciente para avaliar o % de desidratação EXEMPLO Canino, 4 anos, macho, 40kg. Desidratação 7% Reanimação Fase de reidratação ou reposição Manutenção @stebelmirovet 9 Reposição em 24h: 40 (?) x 7 x 10 = 2800mL Em 1h: 2800/24h = 116mL/h Em 1min: 116/60 = 1,933 Equipo Macro 1mL = 20 gotas 1,93ML = x gotas X gotas = 38,6 gotas/min Equipo Micro 1mL = 60 gotas 1,93ML = x gotas X gotas = 115,8 gotas/min MANUTENÇÃO Paciente que não estão comendo normalmente: CÃES: 60mL/Kg/dia GATOS: 45mL/kg/dia Pode ser feita via SC MONITORAMENTO DA FLUIDO Monitorar: Pressão arterial – pulso, TPC Ausculta pulmonar – a prova de carga pode causar crepitações Diurese (débito urinário): para analisar o quanto o animal está urinando você deve sondar o paciente e calcular - Oliguria: <0,7ml/kg/h - Normal: 1 a 2ml/kg/h - Poliúria: > 2ml/kg/h Não é ideal que se sonde gatos, eles você pode analisar a frequência e quantidade de micção DU = volume total / peso / tempo Equipos: 1mL = 20 gotas do equipo macro 1mL = 60 gotas do equipo micro @stebelmirovet 10 Distúrbios Eletrolíticos POTÁSSIO (K+) HIPERCALEMIA: Etiologia: da secreção tubular/excreção renal: doença renal anúrica ou oligúrica Obstrução uretral Hipoadreno (Na/K < 27: 1) Uroperitôneo Fármacos: espironoactona, beta bloqueadores não seletivos Pseudo-hipercalemia: trombocitose, leucocitose (danos celulares) O problema do K+ estar aumentado em meio extracelular é de que a repolarização fica muito mais lenta – causando arritmias e bradicardia - quanto mais K mais lento é o processo ! Sintomatologia Bradicardia Fraqueza muscular Arritmias: hipercalemia reduz permeabilidade de membrana celular ao K+ Inativa canais de Na/K responsáveis pela saída de K+ da célula – causando lentidão nas repolarizações Tratamento GLUCONATO DE CÁLCIO Doce: solução 10% 0,5-1,5ml/Kg IV sob monitoração de ECG Infusão lenta – 20 min, início da ação: 3- 5min INSULINA Para resolver o problema deve-se colocar mais K+ para dentro da célula, para fazer isso devemos causar aumento da entrada da glicose para dentro da célula pois quando a glicose entra, ela leva K+. Para fazer isso, devemos aplicar insulina no organismo – porémCUIDADO! Por causar hipoglicemia ► Por que insulina? A Insulina estimula a redistribuição do K para o meio intracelular. Pois quando a glicose entra para dentro da célula (carregada pela insulina), ela leva K+. HIPOCALEMIA: Etiologia: DRC – geralmente devido anorexia. É mais comum em gatos Pacientes diabéticos que tomam insulina O K+ diminuído faz hiperpolarização da membrana causando perda de contratilidade. ! Sintomatologia Ventroflexão de cabeça – o sintoma mais comum Prostração Tratamento Adm. oral de potássio: Reposição de potássio: cuidado para não deixar hipercalemico Não tem calculo especifico para reposição, existem médias pré calculadas de acordo com o volume - Ex: o mais comum o é de concentração de 19,1% - o ideal é que pegue 1ml que tem 2,56mEq e distribuir dentro de 1L - Utilizar 2 acessos por conta de velocidade – tomar cuidado com velocidade!! @stebelmirovet 11 NUNCA EXCEDER 0,5 mEq/Kg/Hora de taxa de infusão! SÓDIO (Na+) HIPERNATREMIA: AGUDA <48h Com sinais neurológicos: - Dextrose 5% para reduzir 2-3 mEq/L/h por 2-3 horas - melhorar os sinais clínicos. - Após melhora dos sinais neurológicos – mensurar Na+ e continuar a correção gradualmente : 1- 2 mEq/L/hora Sem sinais neurológicos: - 2 mEq/L/hora - Tratar causa de base - Repetir Na+: depois 20-30 min de tratamento, 1h, 2h e a cada 4-8 horas CRONICA >48h Com sinais neurológicos: - Dextrose 5% para reduzir 2-3 mEq/L/h por 2-3 horas - melhorar os sinais clínicos - Após melhora dos sinais neurológicos – mensurar Na+ e continuar a correção gradualmente (considerando o decréscimo já alcançado - não ultrapassando decréscimo 10 mEq/L em 12 horas (0.5mEq/L/hora) Sem sinais neurológicos: - Correção 0.5 mEq/L/hora - Total 10 mEq/L primeiras 24 horas; Redução de 18 mEq/L em 48 horas - Tratar causa de base § Repetir Na+: depois 20-30 min de tratamento, 1h, 2h e a cada 4- 8horas @stebelmirovet 12 Hemogasometria Funções: Ver condição metabólica como mudança de pH Fator de prognostico pH: pH ácido: causa desnaturação proteica pH alcalino: causa parada da atividade enzimática REGULAÇÃO DE Ph: Os sistemas que regulam o pH são: RESPIRATÓRIO: tem objetivo de regular a concentração de CO2 Alteração de pH Acidose Respiratória: aumento de CO2 circulante e aumento de H+ Alcalose Respiratória: diminuição de CO2 circulante e diminuição de H+ Alteração respiratória ocorre alt. em CO2 URINÁRIO: tem objetivo de regular secreção de H+ e reabsorção de Bicarbonato Alteração de pH Acidose Metabólica: diminuição de bicarbonato circulante ou aumento de H+ Alcalose Metabólica: aumento de bicarbonato circulante ou diminuição de H+ É chamado de Acidose/Alcalose Respiratória quando a alteração é no sistema respiratório. É chamado de Acidose/Alcalose Metabólica quando há alteração em sistema urinário COLETA É feito com sangue total com vedação imediata da seringa A seringa deve ser heparinizada e vedada Deve-se processar a amostra imediatamente após a coleta Via de coleta: arterial ou venoso – sendo o venoso mais usado O sangue de eleição é arterial mas não é usado em rotina pois dói muito e o estresse pode alterar o pH - sendo assim se usamos mais o venoso Deve-se tomar cuidado com o sitio de coleta para não estar lesionado e interferir no resultado Deve-se fazer aferição da temperatura corpórea Atenção a fração inspirada de Oxigênio - é como o paciente está sendo oxigenado (ar ambiente, entubado, máscara de oxigênio, quanto de oxigênio está recebendo?) Sistemas de regulação ácido-básico – fórmula de Henderson Hasselbalch H20 + CO2 H2CO3 H+ + HCO3- O que a fórmula mostra? Cada vez que se tem uma substância + outra substancia em uma equação, será igual as duas substancias somadas Toda vez que há alteração em uma substância, deve ter alteração na outra para que elas fiquem equilibradas Ex: toda vez que mexe na concentração de hidrogênio deve mexer o bicarbonato também, ou seja, se houver aumento de hidrogênio, terá diminuição de bicarbonato (o inverso também ocorre) Embora tenha alteração de pH, não é o H+ que se altera primeiro e sim as outras @stebelmirovet 13 substancias: bicarbonato ou CO2- ele é um reflexo das outras substancias - Toda vez que o hidrogênio está alterado quer dizer que há alteração de CO2 ou bicarbonato Conceito: Quando se define pH não é usado o prefixo dose (alcalose ou acidose) e sim se usa o prefixo emia (Alcalemia ou Acidemia) Casos clínicos CASO 1 Canino, fêmea, 7 anos com histórico de trauma por atropelamento há 24h. Qual o desiquilíbrio? Analisando: pH: animal apresenta alcalemia PaCO2: animal apresenta CO2 abaixo do normal ou seja, alcalose respiratória -> tem alcalemia por alcalose respiratória HCO3-: normal CASO 2 Canino, macho, 9 anos. Qual o desiquilíbrio? 0,7 Analisando: pH: animal apresenta acidemia PaCO2: animal apresenta CO2 acima do normal ou seja, alcalose respiratória -> tem acidemia por acidose respiratória HCO3-: normal Podemos analisar também como o organismo está e se houve compensação: Será que esse bicarbonato ou CO2 está mesmo dentro do esperado? Como o organismo está? Para saber podemos calcular o quanto o CO2 está fora da margem e também o quanto o bicarbonato tem que ter de valor para equilibrar, ou vice e versa Quando a acidose for metabólica (por conta do HCO3 baixo) temos que compensar o CO2, quando a acidose for respiratória (por conta do CO2 baixo) temos que compensar com HCO3 RESUMINDO: 1. Analisar se a compensação será por CO2 ou CHO3 2. Problema resp ou metabólico Valor obtido de CO2 ou HCO3 – Média do problema= problema 3. HCO3- ou CO2 esperado = Média + problema x fator 4. Usar margem de erro: - Para CHO3: sempre 2 casas a mais e 2 casas a menos do HCO3- esperado - Para CO2: sempre 3 casas a mais e 3 casas a menos 5. Analisar se o CHO3- ou CO2 está dentro do valor esperado de acordo com o problema obtido 6. Analisar se é um problema simples, compensatório ou misto @stebelmirovet 14 EXPLICANDO: 1. Animal está com acidose respiratória e precisa saber se há compensação de CHO3- 2. Calculando o quanto o CO2 está fora da margem: Pegar a média do valor de referência e ver a quantidade de desvio. Animal com acidose respiratória: Pegar o valor obtido de CO2 e subtrair da média da acidose (a média do CO2 é SEMPRE 37) OU SEJA -> 50 – 37 = 13 de problema respiratório Se fosse acidose metabólica usaria o valor de CHO3 e média de CHO3 3. Valor esperado: Quanto eu espero de resposta do organismo com relação ao bicarbonato Pegar a média de CHO3- (a média do CHO3- é SEMPRE 22) e somar o problema respiratório e multiplicar pelo fator (é um valor constante que será dado pela tabela) OU SEJA: HCO3 ESPERADO = 22 + 13 x 0,15 = 23,95 4. Margem de erro: O VALOR OBTIDO de HCO3- é dado em uma MÉDIA – devemos calcular o resultado real (o intervalo) usando uma margem de erro de 2 casas a mais e 2 casas a menos já que nesse caso é HCO3 Ou seja -> se o valor é 23,95 será 21,95 e 25,95 Se fosse calcular CO2 seria 3 casas a mais e 3 casas a menos 5. Está dentro do valor esperado? A partir desse momento vamos analisar se o CHO3- está dentro do valor esperado de acordo com o problema obtido: O VALOR QUE HAVIA DADO = 25 VALOR ESPERADO = entre 21,95 e 25,95 REFERENCIA: 18,8 – 25,6 OU SEJA -> está dentro do valoresperado 6. Problema simples, compensatório ou misto? Quando o valor está dentro do esperado e dentro da referência, não se diz que o animal teve uma compensação e sim uma ACIDOSE RESPIRATÓRIA SIMPLES, ou seja, que o organismo não compensou nada. Só teria compensação se o valor obtido tivesse fora dentro do valor esperado e fora da referencia RESULTADO: animal com acidemia por acidose respiratória simples CASO 3 Qual o desiquilíbrio? Considere fator 0,7 Analisando: pH: animal apresenta acidemia PaCO2: animal apresenta CO2 abaixo do normal ou seja, alcalose respiratória -> tem acidemia por alcalose respiratória e acidose metabólica -> porque o valor de bicarbonato está baixo HCO3-: abaixo do valor de referência – acidose metabólica COMPENSAÇÃO 1. Analisar se a compensação será por CO2 ou CHO3 – será por CO2 pois é um problema metabólico 2. Problema metabólico = Valor obtido de CO2 ou HCO3 - Média = problema Como é acidose metabólica então CHO3- -> 5 – 22 = - 17 de problema @stebelmirovet 15 3. CO2 esperado = Média + problema x fator 37 + -17 x 0,7 = 25,1 Se usa o CO2 nesse caso pois a acidose é metabólica e precisamos compensar no CO2 4. Usar margem de erro: sempre 2 casas a mais e duas casas a menos do HCO3- esperado 22,1 – 28,1 5. Analisar se o CO2 está dentro do valor esperado de acordo com o problema obtido O VALOR QUE HAVIA DADO = 24 VALOR ESPERADO = entre 22,1 e 28,1 REFERENCIA: 30,8 – 42,8 OU SEJA -> está dentro do valor esperado e fora da referencia 6. Analisar se é um problema simples, compensatório ou misto É um problema compensatório já que o CO2 está dentro do valor esperado mas fora da referencia RESULTADO: animal com acidemia por acidose e alcalose respiratória compensatória CASO 4 Qual o desiquilíbrio? Considere fator 0,7 Analisando: pH: animal apresenta alcalemia PaCO2: animal apresenta CO2 normal HCO3-: acima do valor de referência – alcalose metabólica COMPENSAÇÃO 1. Analisar se a compensação será por CO2 ou CHO3 Será por CO2- pois é uma alcalose metabólica 2. Problema metabólico Valor obtido de HCO3 – Média da acidose = problema 28 – 22 = 6 problema metabólico 3. CO2 esperado = Média + problema x fator 37 + 6 x 0,7 = 41,2 4. Usar margem de erro: - Para CHO3: sempre 2 casas a mais e 2 casas a menos do HCO3- esperado - Para CO2: sempre 3 casas a mais e 3 casas a menos então: 38,2 – 44,2 5. Analisar CO2 está dentro do valor esperado de acordo com o problema obtido O VALOR QUE HAVIA DADO = 36 VALOR ESPERADO = entre 38,2 – 44,2 REFERENCIA: 30,8 – 42,8 OU SEJA -> está fora do valor esperado e fora da referência – está com alcalose respiratória 6. Analisar se é um problema simples, compensatório ou misto Animal apresenta a alcalose metabólica e também respiratória – ou sejam tem padrão misto RESULTADO: animal com alcalose metabólica e alcalose respiratória mistas @stebelmirovet 16 Classificação SIMPLES: é quando o valor dado é dentro da referência e dentro do esperado COMPENSATÓRIO: quando o valor dado é fora da referência mas dentro do esperado MISTO: fora do esperado Valores compensatórios: fatores Alterações metabólicas: Resposta compensatória respiratória - Resposta compensatória respiratória: HC03- = 0,7 PCO2 Alterações respiratórias: Resposta compensatória metabólica - Acidose aguda – 3 a 5 dias -> PCO2 = 0,15 HC03- - Acidose crônica – 5 a 30 dias -> PCO2 = 0,35 HC03- - Acidose hipercronica - >30 dias -> PCO2 = 0,55 HC03- - Alcalose aguda – 3 a 5 dias -> PCO2 = 0,25 HC03- - Alcalose crônica - >7 dias -> PCO2 = 0,55 HC03- CASO 5 Canino, SRD, fêmea, 13 anos, traumatizada há 3 dias Analisando: pH: animal apresenta alcalemia PaCO2: animal apresenta CO2 abaixo do normal – alcalose respiratória HCO3-: normal COMPENSAÇÃO 1. Analisar se a compensação será por CO2 ou CHO3 Será por CH03- pois é uma acidose respiratória 2. Problema respiratório Valor obtido de CO2 – Média = problema 27 – 37 = -10 problema respiratório 3. HCO3 esperado = Média + problema x fator 22 - 10 x 0,25 = 19,5 4. Usar margem de erro: 17,5-21,5 5. Analisar HCO3 está dentro do valor esperado de acordo com o problema obtido O VALOR QUE HAVIA DADO = 19 VALOR ESPERADO = 17,5-21,5 REFERENCIA: 18,8-25,6 OU SEJA -> está dentro do valor esperado e dentro da referência 6. Analisar se é um problema simples, compensatório ou misto Animal apresenta um problema simples RESULTADO: animal com alcalemia por alcalose respiratória simples CASO 6 Canino, SRD, macho, 10 anos Analisando: pH: animal apresenta acidemia @stebelmirovet 17 PaCO2: abaixo do esperado - alcalose respiratória HCO3-: abaixo do esperado – acidose metabólica COMPENSAÇÃO 1. Analisar se a compensação será por CO2 ou CHO3 Será por CO2 pois tem uma grande alcalose metabólica 2. Problema metabólico Valor obtido de HCO3 – Média = problema 8 – 22 = -14 problema metabólico 3. CO2 esperado = Média + problema x fator 37 - 14 x 0,7 = 27,2 4. Usar margem de erro: 24,2-30,2 5. Analisar CO2 está dentro do valor esperado de acordo com o problema obtido O VALOR QUE HAVIA DADO = 27 VALOR ESPERADO = 24,2-30,2 REFERENCIA: 30,8-42,8 OU SEJA -> está dentro do valor esperado e fora da referência 6. Analisar se é um problema simples, compensatório ou misto Animal apresenta um problema compensatório RESULTADO: animal com acidemia por acidose metabólica com alcalose respiratória compensatória CASO 7 Canino, SRD, macho, 10 anos e trauma há 4 dias Analisando: pH: animal apresenta acidemia PaCO2: acima do esperado - acidose respiratória HCO3-: normal COMPENSAÇÃO 1. Analisar se a compensação será por CO2 ou CHO3 Será por HCO3 pois tem acidose respiratória 2. Problema respiratório Valor obtido de CO2 – Média = problema 80 – 37 = 43 problema respiratório 3. HCO3 esperado = Média + problema x fator 22 + 43 x 0,15 = 28,45 4. Usar margem de erro: 26,45 – 30,45 5. Analisar se HCO3 está dentro do valor esperado de acordo com o problema obtido O VALOR QUE HAVIA DADO = 22 VALOR ESPERADO = 26,45-30,45 REFERENCIA: 18,8-25,6 OU SEJA -> está fora do valor esperado e dentro da referência – acidose metabólica 6. Analisar se é um problema simples, compensatório ou misto Animal apresenta um problema misto RESULTADO: animal com acidemia por acidose respiratória com acidose metabólica mista @stebelmirovet 18 CASO 8 Canino, SRD, macho, 10 anos. Considerar fator 0,25 Analisando: pH: animal apresenta alcalemia PaCO2: abaixo - alcalose respiratória HCO3-: normal COMPENSAÇÃO 1. Analisar se a compensação será por CO2 ou CHO3 Será por HCO3 pois tem alcalose respiratória 2. Problema respiratório Valor obtido de CO2 – Média = problema 26 – 37 = -11 problema respiratório 3. HCO3 esperado = Média + problema x fator 22 - 11 x 0,25 = 19,25 4. Usar margem de erro: 17,25-21,25 5. Analisar se HCO3 está dentro do valor esperado de acordo com o problema obtido O VALOR QUE HAVIA DADO = 21 VALOR ESPERADO = 17,25-21,25 REFERENCIA: 18,8-25,6 OU SEJA -> está dentro do valor esperado e dentro da referência 6. Analisar se é um problema simples, compensatório ou misto Animal apresenta um problema simples RESULTADO: animal com alcalemia por alcalose respiratória simples ANION GAP Alguns animais podem apresentar uma alteração metabólica não por apenas alteração no bicarbonato e sim no hidrogênio Acidose metabólica:pode ocorrer aumento de H ou diminuição de HCO3 Alcalose metabólica: pode ocorrer diminuição de H ou aumento de HCO3 Quando o animal está produzindo mais H, não será necessário a reposição do bicarbonato – isso ocorre por alguma afecção que causa aumento de H ACIDOSE METABÓLICA: Devemos então analisar qual paciente subiu o H e qual diminuiu o CHO3, para isso usa-se o ANION GAP ANION GAP AUMENTADO: Toda vez que a produção de H aumenta, o ANION GAP aumenta também ANION GAP NORMAL: houve diminuição de HCO3 ANION GAP BAIXO: baixa de proteína e/ou aumento severo de fósforo CÁLCULO DE ANION GAP É calculado com a concentração de íons circulantes do paciente: (NA + K) – (CL + HCO3) Referencia: Canina = 12 – 24 mEq/L Felina = 13 - 27 mEq/L @stebelmirovet 19 Reanimação Cardiorrespiratória A parada cardiorrespiratória (PCR) é a cessação aguda da ventilação e da perfusão sistêmica, que leva à descontinuação da oferta de oxigênio tecidual e morte se não for revertida rapidamente. PARÂMETROS PARA ABORDAGEM AREA DE ABORDAGEM Deve ser de fácil acesso Ter proximidade com a entrada no hospital e área de triagem ESTRUTURA FISICA Deve estar sempre disponível para receber o animal Deve ter fácil acesso ao centro cirúrgico e fármacos EQUIPAMENTO E FÁRMACOS Ter aparelhos necessários para emergências: eletro, oxigênio, monitoramento de pressão Ter medicamentos necessários e em lugares fáceis Os utensílios devem estar organizados para serem fáceis acessados Ter medicações para emergência, fluidoterapia, sondas, seringas, cateteres e agulhas EQUIPE Deve ter treinamento Equipe sincronizada e que conheça o lugar É formada por pessoas com diversas funções: Massageador: realiza a massagem cardíaca para reanimação – não é sempre a mesma pessoa, deve ter rodizio pois os ciclos duram dois minutos e é intenso Ventilação: pessoa que é responsável por intubar o animal e reservar com o massageador Líder: deve haver um líder que coordene a equipe como um todo, além de ditar as tarefas a serem realizadas, escolhas de fármacos e etc Administração de fármacos Anotador: quem pega histórico do paciente, ciclos de massagem, anota fármacos utilizados e condutas feitas – auxilia na visão geral durante e após A equipe deve ser formada por no mínimo 3 pessoas Mesmo após o procedimento de parada cardiorrespiratória, além de vários outros procedimentos a serem utilizados, deverá ser realizada a monitoração dos batimentos e quadro do animal pois eles podem voltar com diversas alterações Após ser realizado a animação, dependendo da causa base, ele demora um tempo para ser considerado uma forma estável/ tranquila. Pode apresentar novamente uma parada cardiorrespiratória e deve ser mantido em observação PARÂMETROS de animais CÃO @stebelmirovet 20 GATO Etapas de reanimação SUPORTE BÁSICO À VIDA É o mínimo a ser realizado para que o animal volte a apresentar uma atividade cardíaca e respiratória Se baseia em 4 pilares: RECONHECIMENTO: reconhecer a parada cardiorrespiratória: 1. Nível de consciência: não diz muita coisa de forma imediata mas é um pilar para identificar – animal apresentará inconsciência 2. Apneia: pode haver ausência de movimento respiratório – notar através de expansão torácica 3. Paciente em respiração agônica: paciente que abre a boca mas não tem impulso de respiração 4. Pulso: animal apresenta ausência de pulso palpável 5. Batimentos: ausência de batimentos cardíacos NA DUVIDA, SEMPRE INICIAR A REANIMAÇÃO MASSAGEM CARDÍACA – manter volemia e fluxo normal A força exercida na massagem cardíaca deve vir do corpo e não somente do braço do massageador Feito com ciclos com duração de 2 minutos 100/120 compressões/min Deve-se trocar de massageador a cada ciclo pois o corpo não aguenta tanta demanda de força Uma boa compressão deve ser de 1/3 a 1/2 da caixa torácica do paciente para que a massagem seja efetiva Posição da mão: debaixo esticada, de cima entrelaçada na de baixo Tórax arredondado: a massagem é realizada na região mais alta Tórax alongado: é realizado em cima da área cardíaca propriamente dita Tórax chato (forma de tambor): a massagem cardíaca é realizada na parte ventral do tórax Em felinos acaba-se usando apenas uma mão direto no coração já que são pequenos Reconhecimento Massagem Cardiaca Restabelecimento das vias respiratórias Suporte Ventilatório @stebelmirovet 21 RESTABELECIMENTO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS A mais eficaz é a intubação endotraqueal – oxigênio 100% Respiração boca-sonda/boca-focinho é perigosa por risco de mordidas e contaminação e também é quase ineficaz pois não consegue-se fornecer o suficiente Pode-se usar máscaras e ambu – oxigênio 100% NÃO PARAR A MASSAGEM CARDIACA SUPORTE VENTILATÓRIO - promover ventilação ao animal Deve-se tentar manter 10/15 movimentos respiratórios/min 10mL/kg O2 100% Quando se há um único reanimador deve- se fazer 30 movimentos cardíacos para 2 movimentos respiratórios -> 30:2 MONITORAMENTO RESPIRATÓRIO Quantidade de CO2 – quando o O2 estiver baixo o CO2 estará aumentado e vice versa CO2 menor que 35mmHg: animal em hiperventilação CO2 maior que 45mmHg: animal em hipoventilação – pode ser por intubação errada, falta de aporte de oxigênio ou problema pulmonar Baixa quantidade de CO2: vasoconstrição cerebral – ventilação excessiva pode causar isquemia Alta quantidade de CO2: vasodilatação cerebral MONITORAMENTO CARDIACO Monitoramento da pressão arterial: - Equipamento automático - Doppler externo - +tranquilo - Pressão invasiva: manter uma via de acesso diretamente em uma artéria e mensurar a pressão ligado diretamente na artéria PRESSÃO MÉDIA: >65mmHg PRESSÃO SISTÓLICA: >90mmHg SUPORTE AVANÇADO À VIDA É feito na sequência para estabilizar o paciente MONITORAMENTO CARDIACO Quando o animal se encontra em parada respiratória, 4 ritmos são importantes para serem avaliados: 1. ASSISTOLIA: não há nenhuma contratilidade/atividade do coração. 2. AESP (atividade elétrica sem pulso): coração que possui atividade elétrica (reduzida) mas com uma contratilidade ineficiente para manter uma perfusão/débito cardíaco 3. Taquicardia ventricular sem pulso: há uma atividade elétrica ventricular (exacerbada), sem polarização e repolarização -> é um ritmo extremamente acelerado, sendo assim, o coração bate tão rápido que não gera pulso. Contrai tão rápido que não tem capacidade de encher um volume adequado para ejeção @stebelmirovet 22 4. Fibrilação ventricular: ventrículo tem atividade elétrica (exacerbada) mas com uma contratilidade não efetiva ASSISTOLI A AESP TAQ VENTRI S/ PULSO FIBRILAÇÃ O Sem atividade elétrica Atividade elétrica reduzida Atividade elétrica exacerbada Atividade elétrica exacerbada Sem contratilida de Contratilida de reduzida Contratilida de exacerbada Contratilida de não efetiva MEDICAÇÕES ADRENALINA Causa uma resposta imediata após parada Não interfere quase na resposta respiratória, mas mais na cardíaca Dose inicial: 0,01 mg/Kg (3/5 min se necessário) ADM: administrada ou repetida a cada 3/5 minutos -> realiza primeiro ciclo de massagem, se administra adrenalina, troca de massageador, segundo ciclo, volta primeiro massageador, terceiro ciclo, repete adrenalina-> OU SEJA CICLO SIM, CICLO NÃO VIAS: IV de preferência cefálica e jugular – não usar safenas pois o retorno venoso desse pacienteestá ruim, não fazendo a adrenalina retornar para o coração Não se usa safena pois quando voltar o retorno venoso esse animal pode ter uma nova parada por excesso de adrenalina NUNCA ADMINISTRAR ADRENALINA INTRACARDIACA!! – causa lesão em pericárdio e vai causar mais consequências do que benefícios VASOPRESSINA Tem efeito em reanimação porem não substitui adrenalina Dose: 0,8Ui/kg Tem custo elevado quando comparado a adrenalina ATROPINA Indicada para pacientes que não possuem batimentos INDICAÇÃO: Assistolia/AESP ! Atropina causa taquicardia, sendo assim, NÃO DEVE SER usada em animais com taquicardia ventricular sem pulso ou fibrilação ventricular AMIODARONA X LIDOCAINA INDICAÇÃO: taquicardia ventricular sem pulso ou fibrilação ventricular CUIDADO COM ANIMAIS EM HIPOTENSÃO pois elas causam hipotensão. CORTICOIDES CONTRA-INDICADO! Pois aumenta parte do metabolismo como a taxa glicêmica NALOXANA – antagonista de opióide INDICAÇÃO: em overdose de opióides BICARBONATO INDICAÇÃO: em paradas superiores a 4 minutos GLUCONATO DE CÁLCIO INDICAÇÃO: pacientes com hipercalemia e hipocalcemia conhecidas @stebelmirovet 23 Desfibrilação A desfibrilação para a atividade elétrica, é como um “reset”. Ao parar a atividade elétrica exacerbada, a ideia é que o coração retome o ritmo adequado INDICAÇÃO: fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular e paradas acima de 4 minutos Um eletrodo vai no ápice cardíaco e outro no esterno MASSAGEM CARDIACA INTERNA Usada em casos de paradas durante a cirurgia É mais efetiva e também mais dolorosa no pós ADMINISTRAÇÃO INTRATRAQUEAL Nunca se deve parar o suporte básico a vida para pegar um acesso, caso não consiga-se pegar o acesso, deve fazer a administração via sonda endotraqueal Deve-se usar doses altas dos fármacos pois a absorção é mais lenta do que quando se faz IV – (0,1mg/kg e diluir em agua destilada/água para injeção) @stebelmirovet 24 Emergência Respiratória APORTE DE OXIGÊNIO 1. Máscara Facial – não é tão funcional em algumas raças como braquicefálicos E uma via primaria e imediata de fornecer O2 2. Colar – É uma técnica relativamente boa pois não precisa incomodar tanto o animal Colocar o colar protetor, vedar com algo transparente como rolo PVC e colocar o oxigênio dentro do cone Indicação: quando houver contraindicação de sonda nasal 3. Sonda nasal Sonda unidirecional – única e em uma única narina Desvantagens: pacientes que relutam contra a sonda, provoca espirros aumentando risco de aumentar pressão intracraniana Pôde-se fazer um anestésico para conseguir passar a sonda sem incomodar o animal Deve-se mensurar o tamanho da sonda: medir da ponta do focinho até a base nasal Na veterinária se tem sondas nasais próprias, mas é comum usar a sonda uretral também – normalmente a no 4 4. Gaiola Fornecimento direto em um determinado espaço Quase nunca utilizada Costuma ser improvisado – como felinos que pôde-se usar vedando a caixa do próprio gato 5. Intubação Animal sem consciência – induzido Usa-se lidocaína para conseguir realizar a intubação É a forma mais correta quando se fala de volume fornecido Síndrome do braquicefálico Alterações anatômica especificas que levam o animal a angústia respiratória/dispnéia Para ter a síndrome precisa-se que o animal apresente pelo menos 2 das seguinte alterações: 1. Palato alongado 2. Estenose de Narina 3. Hipoplasia de Traqueia 4. Cornetos nasofaríngeo proeminentes Causam uma dispneia inspiratória ! Sinais e Sintomas Dispneia inspiratória – pois e no trato respiratório superior Ronco Fácil cansaço Cianose Síncope Dificuldade para trocar calor - Hipertermia Ofegação Estresse Intolerância ao exercício Diagnóstico Inspeção de narinas – por conta de estenose Exame radiografia do tórax – por conta da traqueia hipoplásica e alterações secundarias como: pneumonia por aspiração e edema pulmonar não cardiogênico Exame radiográfico de laringe: pode-se ver aumento de partes moles da região Endoscopia/laringoscopia/broncoscopia @stebelmirovet 25 Tratamento Suporte de oxigênio/Monitoração de O2/ PaCO2 Sedação: Acepromazina 0,01/0,02mg/kg e/ou Butorfanol 0,3mg/kG Considerar indução anestésica para intubação` Lembrar que quando se seda pode ter uma piora do quadro respiratório e pode ser necessário a intubação do animal Controle de temperatura - Intervenção cirúrgica – não é possível para hipoplasia de traqueia Paralisia de laringe Déficit neuromuscular de diferentes graus e com gravidade clinica variável Pode ser unilateral ou bilateral – unilateral tem uma clínica melhor pois só tem dispneia em casos de esforços extremos Comum em cães mais idosos e de raças grandes e gigantes Etiologia Lesão do nervo laríngeo recorrente ou dos músculos intrínsecos da laringe Polimiopatia Trauma acidental ou iatrogênico Massas intratorácicas ou extratorácicas Neuropatias metabólicas – hipotireoidismo ! Sinais e sintomas Pacientes disfônicos – latido “rouco” Tosse e leves engasgos Obstrução grave de vias aéreas: dispneia, cianose, sincope e colapso Exame físico: presença de estridor nas vias aéreas superiores Diagnóstico Avaliação metabólica de triagem Avaliação funcional Endoscopia – presença de bastante secreção e pode ter edema por esforço respiratório Videofluoroscopia Não costuma entubar só para avaliar o quadro. Quando for entubar esse animal deve ser direto para o exame e depois do diagnóstico realizar a cirurgia em seguida É difícil de entubar por conta da paralisia Pode ser necessário a traqueostomia Tratamento emergencial Melhorar ventilação e controle térmico Reduzir edema laríngeo Glicocorticoide: dexa 0,1mg/kg Diminuir estresse: sedação – CUIDADO pois a chance de parar de respirar devido a sedação é muito grade Traqueostomia Tratamento cirúrgico Lateralização unilateral da aritenóide Lateralização bilateral – não recomendada por conta de alto risco de falsa via PNEUMONIA ASPIRATIVA É A COMPLICAÇÃO MAIS COMUM Pneumotórax Acumulo de ar dentro do espaço pleural resultando perda da pressão negativa da caixa torácica É uma complicação frequente nos animais com trauma Ocorre ruptura alveolar secundaria ao aumento da pressão intratorácica contra a glote fechada @stebelmirovet 26 Causas: Trauma Fratura de costelas Rupturas e vias aéreas como traqueia e brônquios Mediastino: pneumomediastino geralmente é devido ruptura de via aérea superior Achados clínicos Taquipnéia – respiração rápida e superficial Relutância em deitar, principalmente em decúbito lateral Sons pulmonares baixos ou muito abafados – possível ausência de som Enfisema subcutâneo na região torácico Diagnóstico Exame radiografia US – T-fast Toracocentese Tratamento Toracocentese – acopla uma seringa e quando o embolo vem fácil é sinal de que tem ar entro do tórax – NÃO PODE DEIXAR SÓ A AGULHA PUNCIONADA POIS SE ELE NÃO TEM PNEUMOTÓRAX VAI VIR A TER Colocação de dreno torácico – evita punções recorrentes EFUSÃO PLEURAL Distúrbio na dinâmica do liquido pleural Mecanismos fisiopatológicos: Aumento da pressão hidrostática Diminuição da pressão oncótica – insuficiência hepática, perda ou não ingestão de proteínas Aumento da permeabilidade capilar – PIF Obstrução/traumaslinfáticos Etiologia Piotórax Neoplasia linfática ICC Quilotórax Hemotórax Torção de lobo pulmonar PIF Ruptura diafragmática ! Sinais e sintomas Depende da causa, rapidez de acumulo e quantidade do liquido Expressão facial de ansiedade/inquietude Posição ortopnéica/dispnéia inspiratória Anorexia/emagrecimento progressivo Febre Tosse Mucosa pálida ou cianótica Movimento exagerado do abdômen ! Exame físico Taquipnéia >60mpm7 Auscultação com sons cardíacos abafados Sons respiratórios com aumento da porção dorsal e diminuição de som na porção ventral Percussão tem linha de maciez Diagnóstico Histórico/anamnese Inspeção: padrão inspiratório Exame físico Toracocentese exploratória Exame radiografia – apenas após estabilização do paciente Padrão radiopaco em porção ventral e opacificação geral Silhueta cardíaca obscurecida Visualização das incisuras inter-lobares Realizar após drenagem – rx pós fusão @stebelmirovet 27 O liquido é visível após acumulo de 50 a 100ml US – T-fast Aumento da visualização das estruturas torácicas Usado para guiar biópsia e toracocentese Analise de liquido/cultura Colher 5 a 10 mL – geralmente se descarta a primeira e segunda coleta Realizar esfregaços – coloração GRA/Wrigths Consegue se avaliar densidade, proteínas e células nucleadas Colocar em três tubos: 1. Seringa estéril para cultura/antibiograma 2. Liquido em tubo com EDTA para citologia 3. Liquido em tubo seco para bioquímico TORACOCENTESE TERAPÊUTICA Contraindicação: Distúrbios de sangramento (Coagulopatias) Se a efusão hemorrágica é a causa do grande desconforto respiratório; o benefício excede o risco de hemorragia Corrigir o distúrbio de coagulação primeiro (se possível): - Transfusão de plasma /sangue total - Vitamina K ! Cuidados e instruções: Sedação ou anestesia local (raro) Realizar tricotomia e antissepsia Estação ou decúbito esternal Punção em 7 a 10o eic (D / E ou ambos - RX) Cateter (em ângulo de 45 a 90°) e agulha 18 ou 19 G (// à parede torácica) Buferfly 14 – 16 G (cão), 21 – 23 G (gato) A Artéria intercostal corre caudal à costela – deve-se evitar Em gatos costuma-se usar scalp Não fazer sem torneira de 3 vias pois pode causar pneumotórax e infecção Complicações Pneumonia – ocorre quando a antissepsia foi errada, mal feita ou não feita EFUSÕES QUILOTÓRAX Cor: esbranquiçada/avermelhado no fundo “nesquik” Não tem tanta proteína mas há células inflamatórias Há nível de colesterol maior do que se tem no soro Causas: Massas mediastinais craniais (linfoma) Doenças cardíacas: CMO (gatos) Dirofilariose Efusões pericárdicas Trauma (ruptura de duto torácico) Idiopático HEMOTÓRAX Cor: vermelho Presença de células nucleadas Causas: ICC Neoplasias primarias ou metastáticas: hemangiossarcomas, linfoma e carcinoma Traumatismo @stebelmirovet 28 Alteração hematológica (fatores de coagulação/ plaquetas) Efusão hemorrágica: Volume mínimo para causar sintomas Volume sanguíneo de gatos: 65 ml/kg Hematócrito da efusão hemorrágica: <5% Contaminação sanguínea pela punção: Presença de eritrofagocitose Ausência de plaquetas PIOTÓRAX Exsudato séptico Cor: variadas Presença de neutrófilos, macrófagos e bactérias Causas: Pneumonia/CRF CE/feridas Iatrogênica Tratamento Clinico Drenagem Lavagem com solução fisiológica Antibiótico Terapia de suporte: fluido e reposição de eletrólitos Tratamento Cirúrgico – drenagem torácica Realizar 2x no dia Realizar 2x /dia Remover qualquer líquido da cavidade Infundir lentamente sol. salina estéril morna ▪ Volume: 10ml /kg Movimentos gentis de rolamento do animal Remover o líquido (75%) Remover a sonda ou interromper a drenagem: o Líquido obtido < 2ml/kg/dia Avaliação citológica (s/ bactérias ou neutrófilos degenerados) @stebelmirovet 29 Emergências Neurológicas Doutrina de Monroe-Kellie: é o equilíbrio entre a massa cerebral, circulação e liquor para que se consiga manter o volume intracraniano constante. CARACTERISTICAS DO SN FLUXO SANGUÍNEO CEREBRAL: a quantidade mínima de fluxo sanguíneo (FSC) é cerca de 40% do normal METABOLISMO CEREBRAL: aeróbico – não tem reserva de energia A reserva é para apenas 90 minutos de hipoglicemia severa Recebe 20% do DC ALTA DEMANDA DE ENERGIA: pela alta demanda de energia ele tem um mecanismo próprio para autorregulação do fluxo sanguíneo O mecanismo de regulação é feito basicamente pela concentração de CO2 Quando há baixa de CO2: ocorre vasoconstrição na região cerebral e isquemia cerebral Quando há aumento de CO2: ocorre vasodilatação na região cerebral e acidose respiratória GLICOSE: Os neurônios possuem apenas pequenos reservatórios de energia; portanto, dependem de um fluxo de sangue normal para fornecer oxigênio e nutrientes, principalmente glicose. GLUT 1: glicose do sangue -> BHE GLUT 3: glicose do astrócito -> neurônio TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO TIPOS DE LESÃO: 1. Concussão: chacoalhar/deslocamento do tecido 2. Contusão: batida 3. Laceração: fratura ALTERAÇÕES CLINICOPATOLÓGICAS (localização): Focal – lesão apenas no local de contusão Difusa – lesão de diversas estruturas LESÕES PRIMARIA: impacto direto que pode danificar o tecido – lesão propriamente dita Não é possível interferir para parar a lesão SECUNDARIA: secundaria a lesão primaria Pode-se interferir para minimizar a lesão secundaria de dois tipos de edema: Edema citotóxico – ocorre em até 2h pós lesão primaria O edema citotóxico ocorre a partir de 2 eventos que acontecem simultaneamente: 1. Aumento de ácido lático Tecido com trauma e rompimento vascular Diminuição de fluxo sanguíneo focal Baixa captação de energia Aumento de glicose anaeróbica para compensar a perda da energia Aumento de produção de ácido lático gerando aumento de toxicidade Edema citotóxico 2. Paralisação da bomba Na/K @stebelmirovet 30 Tecido com trauma e rompimento vascular Diminuição de fluxo sanguíneo focal Baixa captação de energia Diminuição da demanda energética da célula nervosa Bombas deixam de funcionar – Na/K Influxo de Na+ e Ca+ Retenção de água Edema citotóxico Além disso, devido a baixa demanda energética ocorre também aumento de quantidade de radicais livres: Diminuição de fluxo sanguíneo focal Aumenta a liberação de glutamato Influxo de Ca Cascata de ac. Araquidônico, xantinas oxidases Formação de radicais livres EDEMA CITOTÓXCO + FORMAÇÃO DE RADICAIS LIVRES = MORTE NEURONAL Edema vasogênico – ocorre entre 6-8h (no máximo 12h) após o trauma primário Tecido com trauma e rompimento vascular Diminuição de fluxo sanguíneo focal Vasodilatação cerebral e aumento da pressão intracraniana Aumento da pressão hidrostática Edema vasogênico AUMENTO DA PRESSÃO INTRACRANIANA O corticoide não se encaixa no tratamento de trauma crânio encefálico MONITORAMENTO DO PACIENTE Monitoramento Sistêmico Exame físico geral ABC’s do paciente emergencial Pressão arterial Glicemia – diversos relatos dizem que hiperglicemia implica em diagnostico ruim Eletrólitos pO2/pCO2 NÃO USAR SONDA NASAL pois aumenta pressão intracraniana MonitoramentoNeurológico 1. Nível de consciência 2. Atividade motora 3. Reflexos do tronco cerebral Podemos analisar os três pela escala de Glasgow modificada – é a avaliação física do paciente e quanto mais normal o paciente está maior pontuação apresenta @stebelmirovet 31 - Serve também para analisar a melhora do animal - Há duas escalas de Glasgow: de 1 a 6 – somando 18 pontos ou de 1 a 3 – somando 9 pontos Nível de consciência 1 2 3 Atividade motora 1 2 3 Reflexos do tronco cerebral 1 2 3 Alterações: NIVEL DE CONSCIENCIA: ATIVIDADE MOTORA ATIVIDADE CEREBRAL RIGIDEZ DESCEREBRAÇÃO RIGIDEZ DESCEREBELAÇÃO Extensão (espasticidade) de todos os 4 membros e opistótono Extensão (espasticidade) dos MT com flexão dos MP Indicativo: compressão do tronco cerebral secundaria a hipertensão intracraniana grave ou herniação Indicativo: lesão cerebelar, como herniação cerebelar Para diferenciar local de lesão: Lesão em cerebelo: ataxia cerebelar por dismetria Lesão em coluna: não tem alteração de estado mental Lesão em tronco encefálico: hemi ou tetraparesia/plegia, alteração de estado mental Hemiparesia: tem que ser contralateral a lesão cerebelar Miose: quando ocorre lesão em ponto alto sem pegar estruturas importantes – lesa via simpática prevalecendo o parassimpático Midríase: individuo com edema cerebral importante e /ou com aumento de pressão intracraniana – lesa via simpática e parassimpática PONTUAÇÃO PARA 9 PONTOS: 6-9: bom prognostico 3-6: reservado 0-3: prognostico ruim AVALIAÇÃO DA PIC Clínica e escala de Glasgow Ultrassonografia ocular Equipamentos multiparamétricos PROGNOSTICO BOM: 15-18 PROGNOSTICO RESERVADO: 09-14 PROGNOSTICO RUIM: 03-08 ! Manifestações do AUMENTO da PIC Tríade de cushing: principal indicativo – está associado a três alterações no exame físico: Bradicardia Hipertensão 3 • Alerta • Responsivo ao ambiente 2 • Depressão/ • Demencia/ • Delirio 1 • Estupor/Coma 3 • Marcha • Reflexos espinhais normais 2 • Hemiparesia/ • Tetraparesia 1 • Decubito • Rigidez extensora constante + opistotono 3 • Reflexos pupilares normais 2 • Miose bilateral não responsiva/ anisocoria 1 • Midriase bilateral @stebelmirovet 32 Alteração do padrão respiratório – taquipnéia por exemplo Redução do nível de consciência Anormalidades pupilares Estrabismo ventrolateral Êmese Alterações respiratórias Pleurotótonos TERAPIA INICIAL Feito em 3 etapas de acordo com a evolução clinica Objetivos: Controle de PIC Melhorar perfusão tecidual Minimizar injurias secundarias Níveis de terapia inicial: 1. Controle de hipóxia/hipotensão 2. Controle do nível 1 com progressão das alterações neurológicas (aumento da pic) 3. Progressão sem resposta ao nível 2 – trauma crânio encefálico refratário TRATAMENTO NIVEL 1: controle de hipóxia/ hipotensão Oxigenioterapia: não usar sonda intranasal Controle: pressão de O2 acima de 80mmHg e CO2 abaixo de 40mmHg mas não deixando chegar abaixo de 30mmHg pois pode causar isquemia Correção postural: elevação da cabeça - Melhora o retorno venoso - Deve fiar entre 15 e 30º pois acima de 30º diminui o fluxo arterial - Evitar ocluir a drenagem venosa – manter o pescoço reto e tomar cuidado com a coleta de sangue da jugular pois ao comprimi-la pode-se aumentar a PIC Fluidoterapia: Realizar prova de carga: 3 a 5 mL/kg em 10-15 min IV Fármacos vasoativos (noradrenalina) Soluções hipertônicas (SF de cloreto de sódio a 7,5%): ela eleva a pressão pois puxa a agua da região intersticial para dentro do vaso. Além disso, auxilia na recaptação de neurotransmissores excitatório e melhora resposta inflamatória ! NÃO usar em animais desidratados pois não há de onde puxar a agua TRATAMENTO NIVEL 2 Manitol: usar apenas quando animal está normotenso, hidratado e não respondeu a primeira estabilização Diurético osmótico – nunca usar em paciente hipotenso pois baixa mais a pressão e causa + isquemia Dose de 1/kg em 15-20 minutos, IV Ação em 4 a 6 horas Ação: - Diminui a viscosidade sanguínea - Inibe a produção de ROS - Não há evidências quanto ao uso em suspeitas de hemorragias intracranianas. Sem o uso de outro diurético em conjunto (furosemida) – a furosemida precisa desidratar o animal para puxar a agua, pois é um diurético de alça, já o manitol não Sedação e controle de dor Controlar dor do paciente: pode ser necessário sedar – fentanil, propofol Uso de anticonvulsivantes: crise epiléptica não é comum AINES Corticoides: NÃO SE USA @stebelmirovet 33 Hipotermia Em alguns artigos usa-se a hipotermia pois quando se baixa a temperatura baixa o metabolismo cerebral Não é só ligar o ar e sim deixar ele “””congelado”” Não é muito utilizado e nem descrito, é apenas uma curiosidade TRATAMENTO NIVEL 3: feito quando animal não respondeu a primeira e segunda estabilização Tratamento cirúrgico - para correção de: Hematomas Fratura Aumento da PIC NÃO MUITO USADO NA VETERINARIA Hipoglicemia Ambos são ruins para o SNC Hipoglicemia: causa depleção de ATP e edema citotóxico Etiologia: Excesso de secreção de insulina – insulinoma Diminuição da produção de glicose: Doença hepática Hipoadrenocorticismo Hipoglicemia dos neonatos e raças toy Aumento de consumo de glicose Sepse (leucocitose) Exercícios extremos Diagnostico: glicemia abaixo de 40 já é indicativo de animais que podem ter alterações de SNC devido hipoglicemia Para insulinoma: dosar insulina – em casos de insulinoma o animal terá insulina alta. Em casos fisiológicos, quando se há pouca glicemia há pouca insulina. Coleta de sangue e glicosimetros Histórico e exames complementares: Na/K – sódio baixo e potássio alto em animais com hipoadreno Não adianta fazer dexametasona em hipoadreno pois não tem efeito mineralocorticoide – deve fazer hidrocortisona, prednisona Hemograma Função hepática/US Insulina/glicose, frutosamina glicosilada Tratamento: Baixa de glicose: adm glicose Solução de glicose a 50% 0,5 mg/kg, iv, lento Diluir em solução fisiológica numa proporção de 1:3 Solução glicofisiológica 2,5 ou 5% No caso de suspeita de insulinoma Dexametasona 0,2 mg/kg/iv, bid / tid Insulinoma: cuidado com efeito rebote – usar glicocorticoide e hiperglicemiar aos poucos Hiperglicemia Ambos são ruins para o SNC Hiperglicemia associada com hipóxia: causa glicólise anaeróbica e aumento do ácido lático resultando em edema vasogênico – a diabetes sozinha não costuma causar problema em SNC e sim associada com traumas ESTADO EPILÉTICO Isolada: não é situação emergencial Agrupada (CLUSTER): 2 ou mais crises dentro de um período de 24h com recuperação – urgência Estado Epilético: 1 crise epilética que dure mais que 5 min ou 2 ou mais crises sem recuperação completa em intervalo de 20 min – emergência @stebelmirovet 34 Animal que tem muito consumo de energia e oxigênio Terá mudança de homeostase cerebral Pode ter edema vasogênico ABORDAGEM DO PACIENTE 1. Animal chega em crise e está sem acesso: diazepam IR ou midazolan IN 2. Para da crise 3. Pegar acesso 4. Mensurar glicemia Hipoglicemia em filhotes cães pequenos: repor glicemia em bolus – pode se pensar em sepse e hipoglicemia neonatal ou de raça toy Hipoglicemia em adultos/idoso: repor glicose, se ficar hipoglicemico novamente mensurar insulina pensando em insulinoma 5. Investigarcausas: insulinoma, neoplasias, hipoadreno, sepse 6. Exames: Leucograma - com leucocitose e desvio a esquerda em caso de sepse Função hepática – FA, ALT, Albumina EM CASOS DE NOVA CRISES 1. Adm. novamente diazepam – pode-se aplicar até 3 doses de diazepam no total, a partir da 4ª não funciona 2. Caso tenha dado as 3 doses e continue com crises realizar infusão continua ou loading dose de fenobarbital 3. Caso não melhore com fenobarbital pode-se fazer propofol – tem função de parar apenas a crise epiléptica O problema que depois de usar o animal volta extremamente agitado ou pode causar depressão respiratória NÃO USAR MANITOL POIS AUMENTA A EXCREÇÃO DO ANTICONVULSIVANTE – usar apenas quando tem aumento de PIC Hipertônica: Indicada em pacientes com aumento de PIC e hipotenso Prova de carga Modula reposta infamatória e melhora o fluxo sanguíneo – não age diretamente na crise e sim causas de base OBJETIVO DE TRATAR A CRISE: fazer com que o animal não tenha mais nenhuma crise no período de 24h Avaliação neurológica: nível de consciência, reposta a estímulos, reflexos dos nervos cranianos, reflexos espinhais e postura Monitoramento geral: PA Hidratação Oxigenação e ventilação FC Temperatura Glicemia IDIOPATICA • Genética confirmado ou suspeito • Causa desconhecida e nenhhuma indicação estrutural ESTRUTURAL • Epilepsia com etiologia cerebral REATIVA • Etiologia metabolica toxica @stebelmirovet 35 Sirs, Choque, Sepse SIRS: síndrome de resposta inflamatória sistêmica – quadro inflamatório sistêmico. Ex: quadro autoimune SEPSE: resposta inflamatória de origem infecciosa. Ex: protozoário, bactérias, etc SIRS E SEPSE CAUSAM DISFUNÇÃO ORGANICA – perda funcional CHOQUE: disfunção orgânica associada a hipotensão sem resposta a prova de carga CHOQUE SEPTICO: disfunção orgânica de origem infecciosa associada a hipotensão sem resposta a prova de carga PRESSÃO ARTERIAL Podemos medir a pressão arterial de 2 formas: 1. Não Invasiva: manguito e doppler 2. Invasiva: canular artéria com sistema fechado Podemos ter um animal: Normotenso Hipotenso Hipertenso O sistema responsável pela regulação da pressão arterial é o Renal – ele regula através de um sistema onde a mácula densa detecta a quantidade de sódio presente no organismo. Quando há baixa concentração de sódio, as células da mácula densa estimulam as células justaglomerulares a secretarem renina. A renina transforma angiotensinogenio em angiotensina I que será transformada em Angiotensina II pela ECA. A angiotensina II tem efeito vasoconstrição de via simpática, reabsorção de sódio por estimular a glândula adrenal secretar aldosterona aumentando reabsorção de sódio e gera estimulo para gerar ADH aumentando reabsorção de água. Pressão máxima na aorta no momento da sístole ventricular Pressão mínima na aorta entre duas sístoles Condução do sangue para o organismo HIPERTENSÃO ARTERIAL Etiologia: Síndrome do “jaleco branco”: devido manipulação do paciente, estar presente no ambiente hospitalar Hipertensão secundaria: devido doenças como por exemplo: hiperadreno, ICC, DRC, hipertireoidismo, obesidade, diabetes, feocromocitoma ICC causa hipertensão pois por conta da congestão chega pouco volume sanguíneo no rim e ele acaba entendendo que a pressão está baixa, sendo assim, faz regulação para que aumente a pressão resultando em hipertensão Hipertensão idiopática Tratamento 1. INIBIDORES DE ECA Normotenso <140mmHg Pré-Hipertensivo 140-159mmHg Hipertensivo 160-179mmHg Severa Hipertensão >180mmg @stebelmirovet 36 Fármacos de primeira escolha em hipertensão leve a moderada – ele baixa no máximo 20/30% da pressão do paciente Ex: Enalapril/Benazepril 2. BLOQUADORES DE CANAL DE CÁLCIO Fármaco de primeira escolha em hipertensão severas É indicado fazer associação com IECA pensando em rim – pois com o besilato o sangue continua chegando com alta pressão no rim, lesionando-o. Quando se associa com o IECA essa pressão diminui Ex: besilato de anlodipino4 Tratamento emergencial HIDRALAZINA - Dose: 0,1mg/Kg/IV 2 min - Seguindo de infusão continua de 1,5-5,0 mcg/kg/min NITROPRUSSIATO - Infusão continua de 0,5-3,5mcg/kg/min HIPOTENSÃO ARTERIAL Etiologia: Hipovolemia de modo geral: desidratação, hemorragia, choque séptico Fármacos com ação em vasos – agente vasoativos: 1. Dopamina 2. Dobutamina: tem efeito maior em Ionotropismo beta 1 e 2 (contratilidade) 3. Vasopressina: não tem efeito direto no coração. Não tem na rotina veterinária 4. Noradrenalina: efeito direto em alfa 1 e menos efeito em beta 1. Dependendo do tipo do fármaco, temos ação em alfa 1 e beta tambem, sendo assim, devemos escolher o ideal para cada situação. Então, além de ajudar na hipotensão fazendo vasoconstrição e aumentando a resistência vascular, auxilia na contratilidade também. Os fármacos vasoativos são escolhas após a prova de carga Dicas para uso: Pequenos no geral: noradrenalina 1ª opção Paciente em choque cardiogênico: dobutamina Paciente em IRA: dopamina CHOQUE Definição: diminuição do fluxo sanguíneo/baixa perfusão tecidual, resultando em baixa demanda de O2 tecidual. Tipos de choque: Cardiogênico – coração não tem contratilidade efetiva prejudicando a perfusão tecidual. Ex: cardiomiopatia dilatada Séptico: quando há quadro inflamatório e infeccioso sistêmico associado a hipotensão Hipovolêmico: pode ser causado por hemorragia ou desidratação – o mais comum ! Manifestações clinicas de choque: Mucosa pálida – devido diminuição da perfusão, hipovolemia e vasoconstrição periférica Fraqueza muscular – por falta de fornecimento de energia Aumento do TPC Pulso fraco Taquicardia Membros frios Azotemia pré renal – por conta de baixo volume e baixa perfusão renal resultando em baixa taxa de filtração e urina. Oliguria @stebelmirovet 37 Hipotermia Acidose metabólica Aumento de lactato sérico – ocorre aumento do metabolismo anaeróbico por conta da diminuição do fornecimento de energia Redução do nível de consciência Animal com choque cardiogênico para melhorar a pressão: dobutamina Animal com choque séptico para melhorar pressão: prova de carga + noradrenalina + antibiótico Choque hipovolêmico: prova de carga + noradrenalina. Se hemorragia corrigir + transfusão CHOQUE HIPOVOLEMICO Tratamento Atendimento rápido Acesso venoso Estabilização do paciente e Oxigenioterapia: Prova de carga – cuidado com a hemorragia ativa pois quanto mais volume mais sangramento Avaliar no exame físico para diferenciar de hemorragia: - T-fast abdominal: em caso de hemorragia terá liquido livre e realizar paracentese para avaliar. Realizar hematócrito sérico. NaCL 0,9% RL – 10 a 20mL/kg a cada 10-15 min Salina hipertônica Colóide – 2 a 5 mL/kg a cada 10-20 min Tratar causa base CHOQUE HIPOVOLEMICO - HEMORRAGIA Transfusão de sangue em choque hemorrágico Hemocomponentes para transfusão: sangue total (celularidade + plasma) – se for fresco também tem fatores de coagulação, concentrado de hemácias (apenas celularidade), concentrado de plaquetas e plasma (proteína, parte liquida + fator de coagulação) Em casos de choque por hemorragia que não dá tempo de averiguar a compatibilidade sanguínea, o ideal é que se transfunda concentrado de hemácias que tem menor chance de dar reação transfusional Concentrado: 15ml/kg e lento nos primeiros 30 min Indicação de reação transfusional:hipertermia – no caso de aumento de temperatura deve-se parar a transfusão Comprimir e estancar o local de hemorragia se possível Manter PAS em torno de 80/90mmHg Evitar fluidoterapia agressiva até estabilização do sangramento Em caso de hipotensão priorizar fármacos vasoativos Coloide: Quadros que mesmo com transfusão e fármacos vasoativos não respondem pode-se usar coloides. SIRS/SEPSE Quadro infeccioso: agentes acometendo um sistema Quadro de sepse: quando os agente acomete múltiplos órgãos – pode estar dentro da SIRS quando ocorre inflamação de diversos sistemas também @stebelmirovet 38 Quadro infamatório: inflamação de um sistema Quadro de SIRS: inflamação generalizada de vários sistemas Choque séptico: quadro de sepse + hipotensão SISTEMA CARDIOVASCULAR Infecções e inflamações podem causar: Fatores depressores de miocárdio Redução de fibrinólise Ativação plaquetária CID Trombo Hemorragia SISTEMA RESPIRATORIO Infecções e inflamações podem causar: Lesão do endotélio pulmonar Edema pulmonar Hemorragia e trombose pulmonar Redução da complacência pulmonar Redução da ventilação e perfusão Redução de surfactantes Síndrome da angustia respiratória aguda SISTEMA DIGESTÓRIO Infecções e inflamações podem causar: Intestinal: Hipoperfusão intestinal/isquemia e necrose Translocação bacteriana Hepático Coagulopatia Hipoglicemia Icterícia Encefalopatia hepática SISTEMA ENDÓCRINO Infecções e inflamações podem causar: Aumento de cortisol Resistencia insulínica SISTEMA URINÁRIO Infecções e inflamações podem causar: Hipoperfusão IRA – ocorre diminuição da filtração glomerular causando hiperfosfatemia, azotemia, perda de reabsorção de sódio, diminuição da densidade. Não há secreção de ions de H+ e K+ SISTEMA NERVOSO Infecções e inflamações podem causar: Hipoperfusão (hipotensão/hipovolemia/ microtrombos) Encefalopatia (uremica/hepática) Hipoglicemia Critérios para considerar o quadro VARIAVEIS CRITERIOS FC Cão: <70bpm ou >160bpm Gato: <10bpm ou >250 bpm FR / PaCO2 >20mrpm ou PsCO2<32mmHg Temperatura <37,5 ou >39,7ºC Leucócitos <4000/mm3 ou >12000/mm3 10% em desvio a esquerda @stebelmirovet 39 SEPSE GRAVE VARIAVEIS CRITERIOS Alteração de consciência Glasgow reduzido Hipotensão >90mmHg Oliguria Baixo débito urinário <0,5ml/kg/kh Disfunção respiratória Dispneia Coagulação Queda de plaqueta Aumenta de TP/TTPA/D- dimero Queda de fibrinogênio Trombocitopenia Hiperlactemia Cão >3,2 mmol/L Gato: 2,5 mmol/L Tratamento Acesso venoso Oxigenioterapia Reestabelecer volume e pressão arterial – prova de carga e fármacos vasoativos Fluidoterapia Solução RL e prova de carga = sem resposta = CHOQUE SÉPTICO Antibiótico para controlar o quadro de infecção Quanto mais cedo iniciar melhor – tratamento imediato em quadro de sepse Tratamento em até 3h: suspeitas e aguardando exames – é o máximo que se pode esperar Único ou associação – dependendo da alteração do paciente é possível fazer associação de antibióticos de grupos diferentes Não costuma-se usar corticoide pois ele causa imunossupressão – você tira a chance de defesa do sistema imunológico do paciente. SÓ SE USA EM DOSE BAIXA QUANDO NÃO SE TEM RESPOSTA DA PRESSÃO EM CHOQUE SÉPTICO – hidrocortisona Monitorar variáveis cardiorrespiratórias e função orgânicas Hipotensos refratários: além de nora, pode-se usar dobutamina e vasopressina. Caso continue refratário – adrenalina
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