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Resumo Emergências de Rotina na Medicina Veterinária

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Emergências de Rotina na Medicina Veterinária 
Atendimento emergencial = estabilização 
Principais pacientes da emergência: 
-Politraumatizados 
• Hemorragia, trauma torácico, TCE 
-Sepse / Choque séptico 
-Gastroenterites 
• Gastrenterite, envenenamento 
-Doenças do trato respiratório 
• Edema cardiogênico, colapso de traqueia, 
asma, anafilaxia 
-Doença do trato urinário 
• Obstrução (felinos principalmente) 
-Pacientes oftálmicos 
• Protrusão do globo ocular 
-Pacientes neurológicos 
• Convulsão / TCE 
-Parada cardiorespiratória 
O que é emergência e urgência? 
Nem toda emergência está na cara, precisamos estar 
atento e saber identificar, tratar e monitorar 
• Avaliar nível de consciência, mucosas, TPC, 
padrão respiratório 
*Quando pensamos em nível de consciência é uma das 
alterações mais importantes que a gente tem, o 
cérebro é um dos órgãos que mais consume oxigênio 
no nosso corpo, ele não suporta uma baixa captação 
de oxigênio; nível de consciência rebaixado significa 
baixa entrega de oxigênio / perfusão 
Emergência = atendimento imediato; tem risco de 
morte eminente 
Urgência = precisa de um atendimento mais rápido 
mas não tem risco eminente de morte, porém dentro de 
alguns minutos ou horas pode vir a ser uma 
emergência (você tem de 30 a 40 minutos para atender 
esse paciente) 
Como saber se é urgência ou emergência? 
•Triagem 
• Classes I, II, III, IV 
•Consciência, respiração, perfusão periférica 
•Consciência: AVDN (emergencial) ou Glasgow 
(monitorização) 
• Alerta, Verbal, Dor, Nada (parada 
cardiorespiratória) 
•Respiração – está respirando normalmente, está 
dispneico ou taquipneico 
• Boa, Não gosto, Não posso 
•Perfusão Periférica 
• Mucosas, TPC (microcirculação) , Pulso 
femoral (grande vaso), Borborigmos intestinal 
(motilidade), Delta T (diferença da temperatura 
retal e da periferia; se for >6 ele está em 
choque oculto) 
•CAPUM – Anamnese de urgência 
•C: Cena: o que aconteceu, a que horas e como 
•A: Alergia: Medicamentos, vacinas, anestésicos 
•P: Passado/Prenhez: Internação, cirurgia, doenças 
•U: Última refeição: O que? Quanto? Que horas? 
•M: Medicamentos: Medicações de uso contínuo, que 
dose, que horas? 
ABC do Trauma – 
AR – VIAS AEREAS: garantir que a vida aérea esteja 
apta para a captação de oxigênio 
•Inspiratório ou expiratório 
•Examinar vias aéreas com laringoscópio 
•Garantir troca gasosas 
BOA VENTILAÇÃO: 
•Fornecimento de Oxigênio 
•Checar Spo2 e Etco2 
•Ausculta pulmonar bilateral 
 
•Garantir expansão torácica 
CIRCULAÇÃO: 
•Contensão de danos e grandes hemorragias 
•Acesso venoso 
•Repor volemia por metas 
Manobras do ABC: 
➤Ar 
✓ Desobstrução/Limpeza 
✓ Avaliação de Cormack Lehane (pegar o 
laringoscópio e olhar a cavidade oral do animal 
- avaliar grau de dificuldade em entubar o 
paciente) – grau III e IV são muito difíceis (você 
não consegue ver as cricóides e as 
aritenoides) e o indicado seria a traqueostomia 
de emergência 
✓ Intubação/Punção Cricóide 
 
➜Classificação se dá pela visualização das cartilagens 
aritenóides (às vezes dá para visualizar a cricóide 
também) 
 
Decúbito lateral direito – prioridade para a intubação 
 
 
 
 
 
Anatomia – 
 
 
Entrega de oxigênio – 
 
Débito cardíaco = precisamos de uma bomba cardíaca 
eficiente 
CaO2 = conteúdo arterial de O2 
Volume sistólico = quantidade de líquido/sangue que 
está sendo ejetado pelo ventrículo esquerdo 
O oxigênio, a hemoglobina e o débito cardíaca são os 
que determinam a entrega de oxigênio 
 
 
➤Boa Ventilação: saturar a hemoglobina 
✓ Fornecer O2: Máscara /Sonda nasal/ Intubação 
✓ Controle da dor (animais com dor tendem a 
respirar mais “curtinho” – alvéolo não enche 
adequadamente e não oxigena direito) 
✓ Toracocentese / Drenagem (efusão ou 
pneumotórax) 
*quando eu forneço oxigênio eu saturo mais a 
hemoglobina; aumento a concentração arterial de 
oxigênio então fica mais fácil da hemoglobina saturar 
*toracocentese = entre o 7° e o 10° espaço intercostal; 
quando você tem uma suspeita de ar você pulsiona 
mais para cima / mais dorsal; se for líquido você 
pulsiona mais ventral, pois o líquido tende a descer 
*ter um ultrassom na emergência é essencial 
Suporte de oxigênio: sem passar uma sonda nasal – 
pacientes de TCE não passamos sonda pois pode 
aumentar a PIC 
 
Transporte de oxigênio – 
•Oxigênio ligado a Hemoglobina 
•Influenciado pelo PH e CO2 
 
➤Circulação 
✓ Acesso venoso rápido 
✓ Bandagem compressiva (em casos de 
hemorragias e feridas expostas) 
✓ Avaliação da Perfusão (TPC/PAM) 
 
*ideal não pegar acesso nos membros posteriores na 
emergência, ideal pegar nos membros anteriores para 
as medicações chegarem mais rápido 
 
Hemodinâmica – 
 
 
 
↪Pressão = pressão que os líquidos dentro do vaso 
fazem sobre a parede do vaso 
↪RVS = Resistencia vascular sistêmica = micro 
capilares 
↪Pressão sistólica = doppler = pressão que está 
voltando para o coração / enchimento do ventrículo 
direito ➜ está com a quantidade de líquido dentro do 
vaso, a frequência cardíaca e se o paciente está 
vasoconstrito ou vasodilatado (extremidades) 
↪Pré-carga = quantidade de líquido que está voltando 
para o átrio direito 
↪Contratilidade = força que o coração faz para ejetar o 
sangue 
↪Pós-carga = quantidade de líquido que sai do 
ventrículo esquerdo (relacionada com vasoconstrição 
periférica – fica aumentada nesse caso) 
Um paciente com hipotensão ou hipertensão, temos 
sempre que pensar que o problema pode ser volume 
(pré e pós carga e contratilidade) ou FC 
Reanimação volêmica – 
•Prova de carga = quantidade de liquido muito grande 
em um curto espaço de tempo ➜ fazemos um desafio 
volêmico e vemos se ele responde ou não 
•Fluido / Sangue 
• Avaliar grau de desidratação / Risco de 
hemorragia 
• Prova de carga: 
• Máximo 3 provas de carga: Descontar do 
cálculo de desidratação 
•Cão 10 ml/kg: 20 a 30 minutos ➜ Cardio / 
nefro: 30/40 minutos 
•Gatos: 10 ml/kg: 30/40 minutos ➜ Cuidado 
com hipotermina e bradicardia 
•Vasopressor 
✓ Norepinefrina: 0,1 a 3 mcg kg min: aumento de 
0,1 a cada 15 minutos se necessário 
Ultrassom Fast – 
 
→ Ultrassom do tórax = tudo branco = significa 
muito líquido no pulmão (possível edema 
cardiogênico) 
 
→ Possível ver contratilidade cardíaca e volume 
 
→ Região preta = líquido livre 
 
Pós ABC do Trauma – 
•Qual principal suspeita diagnóstica? 
✓ Como investigar? 
•Exames laboratóriais e Imagem (Global FAST) 
✓ Quais minhas metas terapêuticas 
•TCE 
•Hemorragia 
•Choque Hipovolêmico 
•Sepse ... 
Laboratório de Emergência – 
•Principais parâmetros 
✓ Glicemia (Preditor de Mortalidade) 
✓ Lactato (Perfusão Tecidual) 
✓ Hemograma/Microhematócrito 
✓ Albumina (Função Hépática/Pressão oncótica) 
– auxilia a manter o liquido dentro do vaso 
•Após 1 ⁰ atendimento 
✓ Plaquetas 
✓ Billirrubinas 
✓ Função Renal 
✓ Exames complementares 
A sala de emergência – 
•Acesso imediato 
▶Kit para intubação endotraqueal 
→ Tubos endotraqueais, Laringoscópio, Ambú 
▶Kit para punção e cricostomia 
→ Lâmina de bisturi, Cateteres, Sonda 
▶Kit para punção torácica 
→ Scalp, Torneira de 3 vias, Seringas 
▶Bolsa de fluido Ringuer Lactato conectada ao equipo 
▶Material de enfermagem 
→ Termômetro, Estetoscópio, Soluções 
Antissépticas, Gaze, esparadrapo ... 
▶Doppler 
▶Monitor cardíaco 
▶Kit de suturas rápida 
▶Sondas uretrais, nasogástricas, folley 
▶Fármacos 
Classificação do paciente – 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classes – 
 
 
 
 
*Oliguria = não urina pois tem alteração de fluxo; 
sempre quando temos uma alteração de fluxo o rim e o 
intestino são os principais órgãos que sofrem com a 
hipotensão ou com a baixa perfusão tecidual (pois não 
são considerados “órgãos principais”) = urina <1 
ml/kg/h está em oliguria 
 
 
Hemorragia – 
•Como avaliar? ➜ Volemia/Perfusão – 
Tecidual/Hipotensão•Como monitorar? ➜ Fast/Hematócrito 
•Como tratar? ➜ Ac. Tranexâmico/Analgesia/Fluido 
•Analgesia? ➜ Opióide 
•Cirúrgico? ➜ Transfusão/PAM 
Como avaliar – 
→ ABC do trauma 
→ Hipotensão/perfusão 
→ Punção/FAST 
•Protocolo FAST 
→ Hematócrito 
Fases da hemorragia – 
Fase 1 – logo após o trauma; fase rápida (acompanhar 
e monitorar) 
 
Nível de consciência alerta ou verbal 
Temperatura Retal – o animal acabou de sofrer um 
trauma e acabou de ter uma resposta adrenérgica, 
liberação do sistema simpático (sistema de fuga) – o 
animal está muito alerta e com bastante adrenalina 
Fase 2 – (intervir) 
 
 
Fase 3 – (agir de maneira mais agressiva pois o 
paciente corre risco de morte eminente) 
 
Fast – 
 
 
Avalia 4 pontos principais do abdômen; 
-DH = Hepato-diafragmática (avalia região do fígado 
em contato com o diafragma) 
-CC = Cisto-colica (avalia vesícula urinária e colón – 
reto) – se a bexiga não for vista, possivelmente pode 
ter rompido no trauma e obrigatoriamente tem que 
sondar esse paciente e injetar líquido para confirmar 
-HR = Hepato-renal (avalia o rim direito em relação ao 
fígado) 
-SR = Reno-esplenica (avalia o rim esquerdo e o baço) 
Se em algum desses quatro pontos tiver líquido livre, 
precisa ser anotado o ponto; acompanhar com o clínico 
do paciente e demais parâmetros para ver se é 
necessário intervenção cirúrgica ou não 
Como monitorar? – 
FAST: 
•1 a 2 pontos monitorar de 2-4 horas 
•2 a 3 pontos hora em hora 
COLETA DE MATERIAL: 
•Hematócrito do líquido abdominal > ou = Hct do 
sangue = hemorragia ativa 
•3 a 4 pontos no FAST 
•Parâmetros clínicos 
 
→ FC/FR/NIVEL CONSCIÊNCIA/ PRESSÃO 
 
Como tratar? – 
•Ácido tranexâmico até 4 horas (transamin – retarda a 
destruição do coágulo) 
→ 15 – 30mg kg IV lento (pode causar náusea e 
vômito) – bolus de 15min 
•Analgesia 
•Expansão volêmica 
→ Ringuer lactato 10/20 ml kh/h na hipotensão 
(se ele responder a prova de carga, você não 
faz outra, se cair a pressão de novo você entra 
com o vasopressor) 
→ Meta PS 90/100 mmhg ou PAM: >65 mmhg 
→ Vasopressor: Noradrenalina 
→ Só se faz uma prova de carga para não 
hemodiluir os fatores de coagulação e fazer 
com que o paciente sangre mais 
•Temperatura IMPORTANTE 
•Vasoporessor 
•Analgesia 
✓ Maropitant 
✓ Opióide 
✓ Proibido Antinflamatório (piora a agregação 
plaquetária e pode causar uma insuficiência 
renal aguda por conta da baixa volemia) 
•Cirúrgico ??? 
• Preparação do paciente 
• Analgesia prévia 
• Sangue total fresco (pois tem plaquetas e 
fatores de coagulação ativos) 
• Fluido 
•Meta PAM: 65 mmhg até conter hemorragia 
60 – 90 minutos 
•Solução hipertônica Nacl 7,5 %: 4 - 6 ml/kg 
em 5 minutos indução anestésica 
*quando fazemos uma solução hipertônica 
você faz com que o corpo puxe o líquido do 
interstício para dentro do vaso – pressão sobe 
•Ringuer lactato: 20/30ml/kg/hr trans operatório 
•Vasopressor 
•Protocolo anestésico 
Metas: 
✓ Sinais Vitais e Exames Laboratoriais 
✓ Metas Pressão arterial sistólica: > 90 mmHg 
Pressão arterial média: 65 mmHg 
✓ Frequência cardíaca: 80-120 bpm 
✓ Débito urinário Acima de 0,5 ml/kg por hora 
✓ Saturação arterial de oxigênio: > 94% 
Saturação venosa de oxigênio:> 70% 
✓ Lactato: ??? 
✓ Bicarbonato sérico: 18-22 
✓ Cálcio iônico >1,13 mmol/L (importante para 
hemostasia e impulsos elétricos) 
✓ Plaquetas PLTs > 100x109/L 
✓ Hemoglobina > 8g/dl ou > 10g/dl no risco SCA

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