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31/3/2012 1 Sandra Mello Viviane Maia São indicadores das funções vitais e podem orientar o diagnóstico inicial e acompanhamento da evolução do quadro clínico do paciente. São eles: Pulso Respiração Pressão arterial Temperatura Os sinais vitais devem ser aferidos em cada consulta. Este cuidado diminui o risco de complicações durante o tratamento Condições ambientais: temperatura e umidade no local Condições pessoais: exercício físico recente, tensão emocional e alimentação Condições do equipamento: devem ser apropriados e calibrados regularmente • Contração e expansão alternada de uma artéria (artéria radial, carótidas, braquial, femurais, pediosas, temporal, poplítea e tibial posterior) • As artérias de grosso calibre se encontram próximas à superfície cutânea, pode ser sentido à palpação • A freqüência de pulso equivale à freqüência cardíaca 31/3/2012 2 AVALIA: • Freqüência cardíaca – nº de batimentos cardíacos /minuto • Ritmo - regularidade dos intervalos (regular ou irregular) • Volume - intensidade com que o sangue bate nas paredes arteriais (forte e cheio ou fraco e fino) Obs.: o pulso fraco e fino (filiforme) , geralmente está associado à diminuição do volume sangüíneo (hipovolemia) Palpação do pulso radial Palpação do pulso carotídeo Índices de freqüência cardíaca normais: Adultos – 60 a 100 bpm Crianças – 80 a 120 bpm Bebês – 100 a 160 bpm Índices de freqüência cardíaca normais: Idosos – 60 a 100 bpm LOCAIS PARA OBTENÇÃO DO PULSO Deve-se evitar a palpação bilateral das artérias carótidas, devido ao risco de AVE ou sincope. Lavar as mãos Orientar o paciente qto. ao procedimento Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado Realizar o procedimento adequado para cada artéria Contar durante 1 minuto Lavar as mãos e anotar no prontuário 1. Pulso Radial: o braço do paciente deve estar cruzado a parte inferior do tórax Pulso Carotídeo: palpe a cartilagem tireóide no pescoço (pomo de Adão) e deslize os dedos lateralmente até sentir o pulso 2. Use somente a ponta dos dedos e nunca o polegar 3. Evite muita pressão 4. Sinta e conte o pulso durante 30’ (multiplique por dois) ou 60 segundos 5. Anote a freqüência, o ritmo e o volume do pulso FREQÜÊNCIA Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico, superior a 100 bpm Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico, inferior a 60 bpm RITMO Regular: quando ocorrem a intervalos iguais Irregular: intervalos mais longos e mais curtos Aumentada: - situações fisiológicas: exercício, emoção, gravidez - situações patológicas: hipertiroidismo estados febris, hipovolemia. A bradisfigmia pode ser normal em atletas. A arritmia traduz alteração do ritmo cardíaco. OBTENÇÃO DO PULSO 31/3/2012 3 Aumento da freqüência cardíaca (acima de 100 bpm nos adultos) Pode estar associada também a derrame pericárdico ou a outras causas, como por exemplo, febre, medo, sepse e exercícios físicos Diminuição da freqüência cardíaca (abaixo de 60 bpm nos adultos) Pode estar associada a doenças primárias do coração ou doenças da tireóide. • Processo em que ocorre troca gasosa entre a atmosfera e as células do organismo • É composta pela ventilação e pela hematose: - Ventilação: a entrada de ar rico em O2 para os pulmões (inspiração) e a eliminação de ar rico em dióxido de carbono para o meio ambiente (expiração) - Hematose: passagem do sangue pelos capilares pulmonares, que estão em íntimo contato com os alvéolos pulmonares 14 a 20 movimentos respiratórios/minuto (inspiração/ expiração) * Idosos: 19 a 26 batimentos/minuto Freqüência respiratória: movimentos respiratórios por minuto – mrpm) Caráter: superficial e profunda Ritmo: regular e irregular 31/3/2012 4 Exercícios físicos Hábito de fumar Uso de medicamentos Apnéia – cessação intermitente (10 a 60’) ou persistente (parada respiratória) das respirações Bradipnéia – respiração lenta e regular Ortopnéia - incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição ereta. Taquipnéia – respiração rápida e regular Dispnéia – respiração difícil que exige esforço aumentado e uso de músculos acessórios ALTERAÇÕES NOS PADRÕES RESPIRATÓRIOS Pressão exercida pelo sangue no interior das artérias. Pressão Sistólica ou Máxima - durante a contração do ventrículo esquerdo (sístole) a pressão está no seu valor máximo Pressão Diastólica ou Mínima - durante o relaxamento do ventrículo esquerdo (diástole) a pressão está no seu valor mínimo ou basal A hipertensão arterial atinge uma prevalência de 60% em indivíduos com mais de 65 anos de idade, sendo predominante nesta faixa etária a elevação da pressão sistólica. O fato de usar medicação anti-hipertensiva não garante que a hipertensão arterial está controlada: AUTO-MEDICAÇÃO DESCONTINUIDADE DO TRATAMENTO MÉDICO DOSE INADEQUADA Pacientes bem controlados com medicamento podem manifestar hipertensão passageira no pré-operatório devido a quadro de ANSIEDADE. 31/3/2012 5 Atividades dos barorreceptores Uso crônico de medicamentos Concomitância de doenças crônicas 20 a 30 % dos idosos apresentam hipotensão postural Queda de 20mmHg ou mais na pressão sistólica um min. ou mais após o indivíduo ser posto em pé O esfigmomanômetro pode ser: De coluna de mercúrio Aneróide Semi-automáticos auscultatório Os aparelhos semi-automáticos apresentam grau de confiabilidade variável, sofrendo com freqüência alterações na calibração. Os ESTETOSCÓPIOS apresentam dois tipos de receptores: - diafragma com membrana semi-rígida: 3 a 3,5 cm de diâmetro, utilizado para ausculta em geral - campânula: 2,5 cm, mais sensível aos sons de menor freqüência Medida em mm de mercúrio (mmHg) Pressão Sistólica – 1º número, de maior valor Pressão Diastólica – 2º número, de menor valor • Repouso por pelo menos por 5 minutos • Abstenção de fumo ou cafeína nos últimos 30 min • Braço selecionado livre de vestimentas • Braço relaxado e mantido ao nível do coração Método auscultatório Método palpatório É bastante freqüente em indivíduos idosos a presença do hiato auscultatório o que poderá falsear os valores pressóricos. 31/3/2012 6 • Posicione o paciente com o braço apoiado a nível do coração • Localize o manômetro de modo a visualizar claramente os valores da medida • Selecione o tamanho da braçadeira onde a largura do manguito deve corresponder a 40% da circunferência braquial e seu comprimento a 80% • Localize a artéria braquial ao longo da face interna superior do braço palpando-a • Envolva a braçadeira em torno do braço, centralizando o manguito sobre a artéria braquial • Mantenha a margem inferior da braçadeira 2,5cm acima da dobra do cotovelo • Determine o nível máximo de insuflação palpando o pulso radial até seu desaparecimento, registrando o valor (pressão sistólica palpada) e aumentando mais 30 mmHg • Desinsufle rapidamente o manguito e espere de 15 a 30’ antes de insuflá-lo novamente • Posicione o estetoscópio sobre a artéria braquial palpada abaixo do manguito na fossa antecubital. • Feche a válvula da pêra e insufle o manguito rapidamente até 30 mmHg acima da pressão sistólica palpada registrada • Desinsufle o manguito de modo que a pressão caia de 2 a 3 mmHg/segundo • Identifique a pressão sistólica (máxima) observando no manômetro o ponto correspondente ao primeiro batimento regular audível • Identifique a pressão diastólica (mínima) observando no manômetro o ponto correspondente ao último batimento regular audível • Desinsufle totalmente o aparelho com atenção voltada ao completo desaparecimento dos batimentos • Retire o aparelho do braço e guardá-lo cuidadosamente afim de evitar danos Insufla-se o manguito, fechando-se a válvula e apertando-se a “pera” até o desaparecimento do pulso radial Verifica-se o valor e acrescenta-se 30 mmHg Emseguida desinsufle o manguito lenta e completamente até o aparecimento do pulso, o que é considerado a pressão arterial máxima Desinsufla-se a seguir o manguito rapidamente. Sistólica Diastólica Categoria ≤ 120 ≤ 130 130-139 140-159 160-179 > 180 ≥ 210 > 140 ≤ 80 ≤ 85 85-89 90-99 100-109 > 110 ≥ 120 < 90 Ótima Normal Normal Limítrofe Hipertensão Leve (est. 1) Hipertensão Moderada (est. 2) Hipertensão Severa (est. 3) Hipertensão Muito Severa (est. 4) Hipertensão Sistólica Isolada 31/3/2012 7 Idosos – 140 a 160/90 a 100 mmHg Em pacientes idosos, a hipertensão arterial sistêmica apresenta-se com algumas características particulares: 1. Hipertensão arterial sistólica - elevação da PA sistólica a níveis iguais ou superiores a 160 mm Hg. Correlaciona-se com a ocorrência de AVC, coronariopatia e insuficiência cardíaca, que as pressões arterial diastólica e arterial média . No idoso, o débito cardíaco é normal ou diminuído, há geralmente hipovolemia e observa-se enrijecimento e perda da elasticidade das paredes da aorta havendo aumento na hipertensão sistólica. 1. Hipertenso sistólica isolada - PA diastólica (entre 80 e 95 mm Hg): a forma mais freqüente entre os 75 e 79 anos 2. Hipertensão sistólica com pressão diastólica baixa - caracteriza-se pela elevação da pressão sistólica, geralmente discreta ou moderada e pressão diastólica baixa, inferior a 80 mm Hg. Ocorre nos idosos portadores de insuficiência aórtica, bloqueio atrioventricular, total doença de Paget e anemia 3. Hipertensão sistólica predominante - acentuada elevação da pressão arterial sistólica, desproporcional ao grau de elevação da pressão diastólica, pela redução da elasticidade das paredes da aorta e das grandes artérias, causando vasoconstrição arteriolar • Padrão clássico da hipertensão com elevação proporcional das pressões sistólica e diastólica, se inicia no adulto e acompanha o envelhecimento do indivíduo • 22% dos idosos são portadores de hipertensão arterial diastólica • A hipertensão arterial diastólica acentuada (acima de 130 mm Hg), esta raramente observada no idoso Esse fato tem sido comprovado em alguns hipertensos idosos Deve-se suspeitar de pseudo-hipertensão quando a terapêutica anti-hipertensiva, corretamente aplicada, produz manifestações clínicas de hipotensão postural, em presença de pressão normal ou elevada obtida pelo esfigmomanômetro. Conduta Odontológica para Pacientes Hipertensos Ideal: Abaixo de 140/90mmHg Procedimentos eletivos: Estágio 2 de Hipertensão Arterial Procedimentos de Urgência: Estágio 3 de Hipertensão Arterial Hipertensão muito Severa: Encaminhamento médico imediato Frente a emergência odontológica atuar em serviço médico de emergência. 31/3/2012 8 Emergência Hipertensiva Sangramento durante e/ou após o procedimento odontológico Isquemia miocárdica Angina do peito Infarto do miocárdio AVE Os idosos são mais susceptíveis a problemas termorreguladores, pois são menos capazes de sentir alterações na temperatura da peles A temperatura corporal é regida pelo sistema nervoso autônomo e estruturas localizadas no hipotálamo anterior, na área pré-óptica e no hipotálamo posterior. Os receptores da temperatura (termorreceptores) se encontram em menor número nos idosos, além da dificuldade de adaptação do organismo às variações de temperatura do meio ambiente. Fatores que influenciam no controle da temperatura: meios físicos e químicos e o controle feito através de estimulação do sistema nervoso 37ºC - índice normal de temperatura admitindo-se variações de até 0,6ºC para mais ou para menos Temperatura corporal pode se elevar em situações de infecção, trauma, medo,ansiedade, etc. Redução da capacidade de trabalho físico Alteração na composição corporal Múltiplas doenças crônicas Uso de vários medicamentos Alcoolismo Alterações nas funções cognitivas • A temperatura das mãos deverá ser observada toda vez que iniciamos uma analgesia local, pois ela reflete a temperatura corporal. • Em ambientes quentes, o fluxo sangüíneo para a pele aumenta pela vasodilatação para promover transferência de calor à superfície, originando a transpiração. • O tremor é originário de processo inverso a fim de se evitar a perda imediata de calor. • Os analgésicos locais provocam vasodilatação com conseqüente perda de calor para o meio externo e, dependendo da quantidade usada leva à hipertensão, principalmente em idosos, pois o débito cardíaco encontra-se de 30 a 40% reduzido, facilitando inclusive situações de perda de sentido (síncope). 31/3/2012 9 O exame clínico é de fundamental importância, pois através dos sinais e sintomas é que suspeitaremos de determinada patologia. Devemos ter um conhecimento básico das patologias em geral para podermos solicitar exames complementares coerentes para a obtenção do diagnóstico. “São exames subsidiários, que complementam os achados clínicos” BORAKS , 2001 É comum em indivíduos idosos a presença de doenças hematológicas anemia, as hemorragias, as leucopenias, as leucemias, e os tumores de células sangüíneas, como o linfoma e o mieloma múltiplo. Relacionados a hemostasia Hemograma (Série Vermelha e Branca) Outros 31/3/2012 10 Coagulograma completo: TS TC PT PTTA Contagem de Plaquetas RNI (Índice Normatizado Internacional Consiste na avaliação da parte sólida (celular) do sangue: - glóbulos brancos - glóbulos vermelhos HEMOGRAMA HEMOGRAMA o Eritrograma Contagem eritrócitos Hb Ht Índices hematimétricos o Leucograma Contagem leucócitos Contagem de plaquetas CECIL e cols, 1984; SONIS et al, 1996 HEMÁCIAS HEMOGLOBINA HEMATÓCRITO VCM (Volume Corpuscular Médio) HCM (Hemoglobina Corpuscular Média) CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média) HEMÁCIAS (glóbulos vermelhos): os valores normais variam de acordo com o sexo e com a idade. HEMOGLOBINA: proteína presente nas hemácias, responsável pela cor vermelha do sangue e pelo transporte de oxigênio no corpo. HEMATÓCRITO: porcentagem da massa de hemácia em relação ao volume sanguíneo. Valores baixos podem indicar uma provável anemia e um valor alto também pode ser um caso de policitemia. Adulto RBC x106/m m3 HGB g/dL % HCT % VCM fl HCM pg CHCM % Mulher 4,0-5,2 12-16 35-46 80-100 26-34 31-36 Homem 4,5-5,9 14-18 41-53 80-100 26-34 31-36 CECIL e cols., 1984; SONIS et al, 1996 31/3/2012 11 Anemia Hipóxia Taquipneia Fraqueza Muscular Palidez Policitemia Fumantes inveterados Lipotímia Desmaio Retardo na cicatrização Diminuição do tempo de sangramento e de coagulação; Acidentes tromboembólico Fatores alimentares Distúrbios da tireóide Má absorção nutricional Câncer Uso de medicamentos Doença renal • Deficiência de vitamina B12 (doenças do ap. digestivo) • Deficiência de vitamina C (alcoolismo) • Antibióticos (Cloranfenicol e várias penicilinas) • Vários antiinflamatórios • Quimioterápicos • Anticonvulsivantes (carbamazepina) • Drogas usadas no trat. da tireóide • Drogas usadas no trat. do diabetes • Dietas pobres em ferro e em vegetais • Dietas pouco diversificadas LEUCÓCITOS: são diferenciados em cinco tipos no hemograma e seus valores colaboram para esclarecer e diagnosticar doenças infecciosas e hematológicas: - Basófilos - Eosinófilos - Neutrófilos - Linfócitos - Monócitos -PLAQUETAS: produzidos pela medula óssea são responsáveis pela coagulação do sangue. LEUCOGRAMA LEUCOGRAMA LEUCÓCITOS 3,5-10 x 103/mm3 Neutrófilos seg 1,7-8 x 103/mm3 Neutrófilos bast até 0,84 x 103/mm3 Eosinófilos 50-500 /mm3 Basófilos até 100 /mm3 Linfócitos 0,9-2,9 x 103/mm3 Monócitos 300-900 /mm3 PLAQUETAS 150-450 x 103/mm3 PARDINI, 2001 ↑ Infecções bacterianas agudas, leucemias, tumores malignos, hemorragias agudas ↓ Anemia aplástica, viroses, quimioterpia, infecções crônicas ↑Viroses (mononucleose) ↓ Trauma, estresse, uremia Sonis et al., 1996; Abubaker, 2004 NEUTRÓFILOS LINFÓCITOS ↑ Endocardite, tuberculose, febre tifóide ↓ Aplasia medular ↑ Alergias, infecções parasitárias, carcinomas metastáticos, doenças auto-imune ↑ Leucemia mielóide crônica, varíola, varicela, anemias hemolíticas crônicas, esplenectomia VALOR DIAGNÓSTICO SONIS et al., 1996; ABUBAKER, 2004 MONÓCITOS BASÓFILOS EOSINÓFILOS 31/3/2012 12 Leucopenia Infecções à vírus ou a bactéria Câncer Uso de medicamentos Antiarrítmicos Antibióticos Anticonvulsivantes Antihipertensivos Cortisona Drogas usadas no tratamento do diabetes Diuréticos (hidroclorotiazida) Tranqüilizantes Drogas quimioterápicas A hemostasia é o fenômeno fisiológico, responsável pelo equilíbrio dinâmico que procura manter o sangue fluido no interior dos vasos, bem como impedir a sua saída para os tecidos vizinhos. Um desequilíbrio da hemostasia pode acarretar num processo trombótico ou hemorrágico. O coagulograma é o exame de triagem para verificação da hemostasia. Tempo de Sangramento Tempo de Coagulação Contagem de Plaquetas Tempo de Protrombina Tempo de Tromboplastina RNI COAGULOGRAMA Contagem de Plaquetas 150.000 – 450.000 céls./mm3 Tempo de Sangramento (TS) < que 4 minutos SONIS et al., 1996; ABUBAKER, 2004 Situações clínicas que necessitam avaliar tendência ao sangramento: • Necessidade de cirurgia de grande porte • História prévia de sangramento espontâneo ou traumático sem causa definida Tempo de Coagulação (TC) 5 – 10 min COAGULOGRAMA Tempo de Protrombina (TP) Valor Referência: 11 a 15 segundos Verifica efetividade dos fatores I, II, V, VII, X. – Sistema extrínseco Tempo de Tromboplastina Parcial (TTP) Valor Referência: 50 - 100 segundos Verifica atividade dos fatores de coagulação I, II, V, VIII, IX, X e XI – Sistema intrínseco INR/RNI – Internacional Normalized Ratio Valor Referência: 1,0 2,0 a 3,0 – sangramento leve a moderado 3,0 a 4,0 – sangramento de alto risco SILVERMAN et al, 2004; SONIS et al, 1996 31/3/2012 13 INR (ÍNDICE NORMATIZADO INTERNACIONAL) Pacientes usando anticoagulantes dicumarínicos (VARFARINA e FENPROCUMON com INR menor que 4.1 - podem passar por exodontias sem alteração no tocante à medicação. Evans et al. (2007) Pacientes com INR menor que 3.5 e sem outros fatores de risco (como ingestão de AAS, álcool ou outras coagulopatias) associadas a hemostáticos locais - as exodontias a fórceps não complicadas de um a três dentes são passíveis de serem realizadas sem mudar a medicação anticoagulante. Scully e Wolff (2002) GLICEMIA A GLICEMIA (do grego = doce) é a concentração de Glicose no sangue. *O jejum é definido como a falta de ingestão calórica por no mínimo 8 horas; **glicemia plasmática casual é aquela realizada a qualquer hora do dia, sem se observar o intervalo desde a ultima refeição; ***os sintomas clássicos de DM incluem poliúria, polidipsia e perda não-explicada de peso. Categoria Jejum* 2h após 75g de glicose Casual** Glicemia normal < 100 < 140 Tolerância a glicose diminuída > 100 a < 126 ≥ 140 a < 200 Diabetes mellitus ≥ 126 ≥ 200 ≥ 200 (com sintomas classicos)*** Tabela – Valores de glicose plasmática (em mg/dl) para diagnóstico de diabetes mellitus e seus estágios pré-clínicos Diretrizes SBD, 2007 HEMOGLOBINA GLICADA Reflete a glicemia media do paciente durante os 2 a 3 meses anteriores a data de realização do teste. Tem grande utilidade na avaliação do nível de controle glicêmico e da eficácia do tratamento vigente. Diretrizes SBD, 2007 Diabético - glicemia maior ou igual a 126 ml/dl Acima de 250 mg/dl de glicose - deve-se postergar os procedimentos cirúrgicos planejados Misch, 2010 31/3/2012 14 Método Direto: Pesquisa do antígeno viral Pesquisa de caracterização do vírus Método Indireto: ELISA Imunofluorescência indireta Western-Blot EXAMES SOROLÓGICOS Candidíase Queilite angular Leucoplasia Pilosa Gengivite Gengivite necrosante Periodontite Sarcoma de Kaposi Linfoma não-Hodgkin • O exame de CD4 é um dos principais indicadores do acompanhamento clínico-laboratorial das pessoas com HIV/Aids • Pessoa sadia - possui habitualmente ≥ 500/mm³ de sangue de células CD4 ou mais. • Tratamento odontológico invasivo – contra-indicado com o CD4 abaixo de 200/mm³ de sangue Uréia Creatinina Sódio Potássio Colesterol Triglicérides Cálcio Fosfatos Clareamento da creatinina POTÁSSIO Nível plasmático alto de potássio – Hipercalemia - a mais comum e grave alteração metabólica vista no pré- operatório de pacientes com DRC. Nível desejado de potássio plasmático deve ser < 5,5m Eq/L antes da cirurgia; geralmente há elevação durante e após o ato cirúrgico. 31/3/2012 15 SÓDIO Hiponatremia - nível de sódio sérico abaixo de 135 mEq/l; constitui o principal distúrbio do sódio no pré-operatório, podendo significar desidratação com perda de sódio ou, mais freqüentemente, hiperhidratação com excesso de água. HEMOGRAMA COMPLETO Valores encontrados Hemácias reduzido Cálcio reduzido Sódio reduzido Potássio aumentado Fosfato aumentado Tempo de sangramento aumentado Contagem de Plaquetas, TP e o TTP valores normais Valores Normais Primeiros Sinais e Sintomas da DRC Indicação para Diálise e Transplante BUN (nitrogênio uréico do sangue) <20mg/100ml de sangue >50mg/100ml de sangue >100mg/100ml de sangue CREATININA <1,5mg/100ml de sangue >5mg/100ml de sangue >10mg/100ml de sangue Baterias de exames não substituem a anamnese e o exame físico, auxiliam na avaliação pré-cirúrgica Devem ser analisados os fatores intrínsecos do paciente que aumentam o risco cirúrgico Solicitação de exames pré-operatórios quando necessário (ASA II, III e IV) 1. SONIS, ST; FAZIO, RC; FANG,l.Medicina Oral. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1966. 2. BORAKS, S. Diagnóstico bucal. São Paulo: Artes Médicas, 2001. 3. COLEMAN, GC; NELSON, JF. Princípios de Diagnóstico Bucal, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1996. 4. WOOD, NK. Revisão de Conhecimento em Diagnóstico, Medicina Oral, Radiologia e Plano de Tratamento. Santos Editora, São Paulo, 2000. 5. BARROS, VM da R. Avaliação pré-operatória em clínica odontológica . ww.forp.usp.br/cirurgia/avpre.pdf. Acesso em 15/03/2008. 6. CAMPOSTRINE, E. Odontogariatria; Cap. 15 - Avaliação Global do Idoso em Odontologia.
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