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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AULA 4 Profª Paolla Hauser 2 CONVERSA INICIAL Em nossa aula de hoje vamos continuar falando sobre as contas existentes no patrimônio líquido, especificamente as contas de reservas de lucros e ajuste de avaliação patrimonial. Além disso, trataremos também sobre a distribuição de dividendos, prevista na Lei n. 6.404/1976 assim como uma outra forma de remunerar os sócios, através dos juros sobre o capital próprio. Este último meio de remuneração é uma espécie de correção monetária do investimento inicial que o sócio/acionista realizou ao iniciar sua participação na entidade. CONTEXTUALIZANDO Como você viu na aula anterior, o patrimônio líquido (PL) é composto pelo capital social investido na entidade, assim como o resultado líquido do período de apuração representado pelo lucro ou prejuízo. Este resultado líquido é apurado da seguinte forma: ativo – passivo. Ou seja, o PL é a soma de todos os ativos da entidade diminuído de todos os passivos. Dessa forma, podemos dizer ainda que o patrimônio líquido é um importante indicador de desempenho de uma empresa e que pode, de forma rápida, apresentar o crescimento ou não de uma entidade. Imagine que você é sócio de uma empresa, e que vai encerrar suas atividades na data de hoje! Para isso, você deve levantar todos os bens e direitos (ativos) e com esse montante total você deverá quitar todas as suas obrigações (passivo). O que sobrar dessa operação é o patrimônio líquido da entidade. Em um balanço patrimonial, você vai enxergar operações realizadas com o resultado positivo (lucro), que irão se “transformar” em outras contas contábeis, como as reservas. Como o próprio nome já indica, trata-se de uma reserva do lucro que será destinada para algum fim específico ou simplesmente para aumentar o PL sem aumento do capital. TEMA 1 – CONCEITO DE RESERVA E RESERVA LEGAL Na aula passada, conhecemos a estrutura do patrimônio líquido, em que constam as contas de reservas de uma entidade. Vamos relembrar como fica então essa estrutura patrimonial: 3 Quadro 1 – Estrutura do balanço patrimonial ATIVO [...] PASSIVO [...] PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital - Capital a Integralizar Reserva de Lucros Reservas de Capital Ajustes de Avaliação Patrimonial Prejuízos Acumulados - Ações em tesouraria Fonte: Adriano, 2018. Nesta aula, vamos focar nas reservas de lucros, já que as reservas de capital já foram tratadas na aula passada. O art. 192 da Lei n. 6.404/1976 determina que a administração da companhia deverá apresentar à assembleia geral ordinária uma proposta sobre a destinação a ser dada do lucro líquido do exercício (Brasil, 1976) Segundo Ferrari (2012), as reservas de lucro representam um dos “pedaços” do líquido no processo de destinações. Esse lucro poderá ser destinado para constituição de reservas, compensação de prejuízos acumulados ou ainda para distribuição de dividendos. Dessa forma, a conta de lucros acumuladas deverá ser zerada no final de cada exercício. São tipos de reservas de lucros: Reserva legal, prevista no art. 193 da Lei das S/As; Reservas estatutárias, prevista no art. 194 da Lei das S/As; Reservas para contingências, prevista no art. 195 da Lei das S/As; Retenção de lucros para constituição de reservas de lucros para expansão ou reservas de planos para investimentos, prevista no art. 196 da Lei das S/As; Reserva de lucros a realizar, prevista no art. 197 da Lei das S/As; Reserva específica de prêmios de emissão de debêntures, prevista no art. 19 da Lei n. 11.941/2009; Reserva especial de lucros para dividendos obrigatórios, prevista no art. 202, parágrafo 5º da Lei das S/As; e Reserva de incentivos fiscais, prevista no art. 422 do RIR/99 A Lei n. 6.404/76, alterada pela Lei n. 11.638/07, estabelece que o somatório das reservas de lucros, excetuando-se as reservas para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ser superior ao montante do capital social da sociedade. Caso o referido somatório ultrapasse o capital social, caberá à assembleia 4 deliberar sobre a aplicação do excedente, que poderá ser utilizado para integralização ou aumento de capital, desde que com a devida fundamentação, ou distribuído como dividendos (Gelbcke et al., 2018) 1.1 Reserva legal Para Gelbcke et al. (2018), a reserva legal, basicamente instituída para dar proteção ao credor, deve ser constituída com a destinação de 5% do lucro líquido do exercício. Essa reserva deve ser a primeira a ser constituída, obrigatoriamente, tendo como limite de saldo o equivalente a 20% do capital social realizado. A critério da companhia, a reserva legal pode ainda deixar de receber créditos, quando o saldo, somado ao montante das reservas de capital, atingir 30% do capital social. Por exemplo: Saldo de reserva legal em 31/12/X1 R$ 3.900,00 Capital social R$ 21.000,00 Lucro líquido em 31/12/x2 R$ 8.000,00 Valor a ser destinado à reserva legal em 31/12/X2 será ... ? Limite da reserva – 20% de 21.000,00 = 4.200,00 5% do lucro líquido – 5% de 8.000,00 = 400,00 Saldo anterior da reserva + 5% do lucro líquido = 3.900 + 400 = 4.300,00 Dessa forma, a companhia não poderá destinar o total dos 5% do lucro para conta de reservas, uma vez que irá ultrapassar o limite de 20% do capital social. Sendo assim, a empresa deve destinar R$ 300,00 (parte) do resultado, para conta de reserva legal no ano X2. Nesse caso, a contabilização da destinação à reserva legal, ficará assim: D – Lucro líquido do exercício R$ 300,00 C – Reserva legal R$ 300,00 A reserva legal é constituída para fins de aumento de capital ou absorção de prejuízos contábeis. Vejamos agora outro exemplo para a constituição da reserva legal. Considerando o segundo limite previsto na legislação, que é de 30% do saldo da reserva legal somada a reserva de capital. 5 Lucro Líquido – 400.000,00 x 5% = R$ 20.000,00 Reserva legal (saldo) R$ 170.000,00 Reserva de capital R$ 120.000,00 Capital Social R$ 1.000.000,00 1º limite: 20% do capital social: R$ 200.000,00 2º limite: 30% da reserva legal + reserva de capital (170.000,00 + 120.000,00) R$ 290.000,00 Reserva a ser constituída: R$ 20.000,00 O saldo final da conta de reserva legal será de R$ 190.000,00, correspondente ao saldo anterior de R$ 170.000 acrescido do valor apurado no exercício de R$ 20.000. O total a ser constituído é menor que os dois limites estabelecidos pela lei das sociedades anônimas. TEMA 2 – OUTRAS RESERVAS DE LUCROS Como vimos no tema anterior desta aula, a Lei n. 6.404/1976 traz uma relação das contas de reservas existentes no patrimônio líquido das companhias. Vamos conhecer cada uma delas. 2.1 Reserva estatutária A reserva estatutária está prevista no art. 194 da Lei das S/As e é constituída por determinação do estatuto da companhia, como destinação de uma parcela dos lucros do exercício. O referido artigo descreve: Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma: I - indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade; II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição; e III - estabeleça o limite máximo da reserva. (Brasil, 1976) As reservas estatutáriasdeverão ser criadas dentro do PL, em subcontas que indiquem sua natureza e que sejam intituladas conforme sua 6 finalidade. Outra condição prevista no art. 198 da Lei das S/As é de que essas reservas não podem restringir o pagamento dos dividendos obrigatórios. A contabilização dessa reserva ficará: D – Lucros ou prejuízos acumulados C – Reserva estatutária 2.2 Reserva para contingências A reserva para contingência está prevista no art. 195 da Lei n. 6.404/1976, que determina: Art. 195. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado. § 1º A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista e justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva. § 2º A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda. (Brasil, 1976) O objetivo da reserva para contingências é reservar uma parte do lucro que não será distribuído para utilização futura em provável perda, como a redução do lucro ou até mesmo prejuízo. Dessa forma, no momento em que ocorrer a perda, essa reserva é revertida para a conta de lucros acumulados. A constituição dessa reserva é opcional e a proposta da administração deverá indicar a causa da perda prevista e justificar a constituição da reserva. A contabilização dessa reserva ficará: D – Lucros ou prejuízos acumulados C – Reserva para contingências A reversão da reserva, quando necessária, será contabilizada: D – Reserva para contingências C – Lucros ou prejuízos acumulados 2.3 Retenção de lucros para constituição de reservas de lucros para expansão ou reservas de planos de investimentos A retenção de lucros está prevista no art. 196 da Lei n. 6.404/1976, que dispõe o seguinte: 7 Art. 196. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamente aprovado. § 1º O orçamento, submetido pelos órgãos da administração com a justificação da retenção de lucros proposta, deverá compreender todas as fontes de recursos e aplicações de capital, fixo ou circulante, e poderá ter a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de execução, por prazo maior, de projeto de investimento. § 2o O orçamento poderá ser aprovado pela assembleia-geral ordinária que deliberar sobre o balanço do exercício e revisado anualmente, quando tiver duração superior a um exercício social (Brasil, 1976). A referida reserva tem a finalidade de separar parte do lucro apurado, com intuito de manter tais recursos na companhia, para aplicação em projetos de expansão. A criação dessa reserva é baseada nos orçamentos de capital aprovados pela assembleia geral. Tal reserva não poderá ser constituída em prejuízo da distribuição de dividendo obrigatório. A contabilização dessa reserva ficará assim: D – Lucros ou prejuízos acumulados C – Reserva de lucros para expansão A reversão dessa ficará escriturada: D – Reserva de lucros para expansão C – Lucros ou prejuízos acumulados A capitalização ficará: D – Reserva de lucros para expansão C – Capital social 2.4 Reserva de lucros a realizar A reserva de lucro a realizar está prevista no art. 197 da Lei n. 6.404/1976, que prevê o seguinte: Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar (Brasil, 1976) O objetivo dessa reserva é a não distribuição de dividendos obrigatórios quando a entidade ainda não tiver apurado tais lucros financeiramente. 8 Sabemos que a escrituração contábil é realizada considerando fatos econômicos e por competência. Dessa forma, é possível que a contabilidade apure resultado positivo, sem que a companhia possua caixa suficiente para distribuí-lo. A contabilização dessa reserva poderá ser: D – Lucro do exercício C – Reserva de lucros a realizar TEMA 3 – RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS A reserva de incentivos fiscais foi criada pela Lei n. 11.638/2007, que adicionou à Lei n. 6.404/76 o art. 195-A o seguinte: A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei). (Brasil, 2008) Incentivos podem ser dados por meios financeiros ou mesmo por dedução de tributos devidos. Complementarmente, a Lei n. 11.638/2007 revogou a reserva de capital – doações e subvenções para investimentos, provocando a necessidade de alteração no tratamento contábil que era dispensado às doações e subvenções. A partir do exercício social de 2008, conforme o Pronunciamento Técnico CPC 07 – Subvenção e Assistência Governamentais (2010), as doações e subvenções recebidas pela companhia devem transitar pelo resultado, e terão seus registros contábeis determinados em função das condições estabelecidas para recebimento dessas doações e subvenções. Apesar de transitarem pelo resultado do exercício, não serão computadas na determinação do lucro, desde que sejam registradas como reserva de incentivos fiscais, que somente poderá ser utilizada para absorção de prejuízos, desde que anteriormente já tenham sido totalmente absorvidas as demais reservas de lucros, com exceção da reserva legal; ou então para aumento do capital social. 9 3.1 Subvenção condicional Subvenção é uma espécie de incentivo dado pelo órgão público, podendo ser em transferência financeira, por exemplo, para custeio de uma operação, ou até mesmo por incentivo fiscal, que é a redução de algum tributo. Se a subvenção tiver contraprestação da empresa para com a administração pública, a empresa deverá atender a todas as condições previstas para então reconhecer tal rendimento no resultado. Dessa forma, se uma empresa recebe uma subvenção de uma prefeitura na forma de um terreno a ser utilizado para a construção de uma fábrica, e a legislação e/ou contratação dizem que esse terreno será da empresa unicamente depois de passados dez anos, e desde que ela gere pelo menos 1.000 novos empregos, a entidade deverá então contabilizar o terreno no seu imobilizado assim que adquirir sua posse, seu controle e puder utilizá-lo para as finalidades negociadas (não a sua propriedade, que ainda não será transferida) (Gelbcke et al., 2018). Dessa conta será feita a transferência ao resultado da empresa tão somente quando forem eliminadas todas as restrições que impeçam a plena e final incorporação desse terreno ao patrimônio da companhia. Assim, se ao final do décimo ano a empresa não houver cumprido, por exemplo, a exigência da contratação dos 1.000 novos empregados, não poderá reconhecer a receita, a não ser que haja perdão dessa cláusula por quem de direito. (Gelbcke et al., 2018, p. 393) 3.2 Subvenção incondicional Segundo Gelbcke et al. (2018, p. 393), se a entidade receber subvenções ou outros tipos de incentivos e não houver absolutamente nenhuma obrigação adicional a cumprir, oreconhecimento como receita será imediato. Assim, por exemplo, se a empresa destina um pedaço do seu imposto de renda nas quotas de um fundo por conta de um incentivo fiscal, e desde que, ao efetuar o pagamento do imposto, não haja obrigações, ou tenha cumprido a última de suas obrigações, nesse momento reconhecerá essa parcela como receita de subvenção (Gelbcke et al., 2018). Se o imposto for apropriado por competência a um período, mas o pagamento se der em outro, a despesa será lançada como antes se fazia, 10 quando do registro dos resultados que a geraram, e a receita com a subvenção será reconhecida apenas no período em que cumprida a última das obrigações para fazer jus a esse incentivo. Não poderá a empresa, quando do reconhecimento da despesa com o imposto de renda, registrar um ativo relativo a um direito a ser exercido no futuro, contra o resultado, já que não cumpriu ainda com todas as suas obrigações (Gelbcke et al., 2018). 3.3 Benefícios em forma de redução ou isenção tributária Quando o incentivo é dado pelo não pagamento do imposto (redução, isenção etc.), quando da existência de lucro que normalmente exigiria tal tributo, não havendo compromissos de investimento e outros que já terão sido cumpridos pela entidade (Gelbcke, et al., 2018). Nesse caso, registra-se a despesa do imposto que deveria ser pago, mas, imediatamente após, registra-se como redução dessa despesa uma receita pela subvenção. Isso faz com que sejam devidamente evidenciados, na demonstração do resultado, a todos os usuários, que há um resultado incentivado a compor o desempenho da empresa (Gelbcke et al., 2018). Anteriormente, o procedimento adotado evidenciava uma despesa com o tributo, como se esse tributo fosse efetivamente ser pago, e o crédito era no patrimônio líquido, distorcendo-se o desempenho da entidade. 3.4 Constituição da reserva de incentivos fiscais A Lei n. 11.941/2009 deliberou no sentido de evitar que as empresas sejam prejudicadas, do ponto de vista tributário, por conta da nova forma de registro contábil das doações e subvenções, fazendo isso da seguinte forma: permitindo que a entidade registre, em cada exercício em que reconhecer esse tipo de receita, a transferência da conta de lucros acumulados para a conta de reserva de incentivos fiscais o exato valor de tal receita, de forma a não distribuir esse valor como lucros ou dividendos aos sócios. Esse controle deverá ser efetuado com a utilização do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) para que a empresa possa ajustar seu lucro tributável, tanto para fins de cálculo do imposto de renda quanto da contribuição social sobre o lucro líquido (Gelbcke et al., 2018). 11 O LALUR é utilizado para calcular o imposto de renda devido pela empresa, quando esta tiver tributação pelo lucro real. Esse livro é utilizado, pois o lucro tributável (real) não é o lucro apurado pela contabilidade, mas sim o ajustado neste livro, para que as receitas que não sejam tributadas possam ser retiradas do resultado, assim como as despesas que não forem dedutíveis possam ser adicionadas. TEMA 4 – AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL O ajuste de avaliação patrimonial é uma conta contábil que faz parte do patrimônio líquido. Essa conta foi introduzida na contabilidade brasileira por meio da Lei n. 11.638/2007 e tem o objetivo de receber as contrapartidas de aumentos e reduções de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, quando da sua avaliação a valor justo, enquanto não forem computados no resultado do exercício, considerando o regime de competência. De acordo com Viceconti e Neves (2013, p. 199) Valor justo é definido pela estrutura conceitual da contabilidade como o valor pelo qual um ativo pode ser negociado ou um passivo liquidado entre partes interessadas, conhecedoras do assunto e independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. Podemos então dizer que o valor justo é o valor de mercado de um bem, em que as partes concordam em pagar e receber em uma operação de venda. O ajuste de avaliação patrimonial é, portanto, um ajuste ao valor do ativo ou passivo, fazendo com que estes aproximem-se ao seu valor real. Alguns exemplos de ajuste de avaliação patrimonial são: a. Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis; b. Instrumentos financeiros; c. Combinação de negócios; d. Estoques de produtos agrícolas com origem em ativos biológicos; e. Recomposição do custo do imobilizado (deemed cost). É importante observarmos que, apesar de a conta do ajuste de avaliação patrimonial fazer parte do PL, ela não pode ser confundida com uma reserva, 12 uma vez que seus valores não transitam pelo resultado, o que somente ocorrerá na medida da realização dos ativos e dos passivos que os geraram. Vejamos a seguir alguns exemplos para ajuste a valor justo e criação da conta de ajuste de avaliação patrimonial. 4.1 Variação cambial Para investimentos no exterior, faz-se necessária a realização de uma avaliação a valor justo em cada encerramento de período, de forma que tal avaliação reflita o valor justo do investimento. Seguindo o exemplo de Rios e Marion (2017), a empresa UNT realizou investimentos no exterior, no valor de US$ 10.000, em janeiro de X1; a cotação o dólar nesta data era de R$ 1,95. Dessa forma, o investimento em reais correspondia a R$ 195.000, ficando escriturado assim: D – Investimentos no exterior – R$ 195.000 C – Disponibilidade – R$ 195.000 Em dezembro do ano X1, a empresa UNT fez uma avaliação do seu investimento. Como este está representado em moeda estrangeira, no caso, o dólar, faz-se necessária a verificação da taxa de câmbio na data do encerramento do período. O valor do dólar nessa data é R$ 1,89. Ao calcularmos, teremos US$ 100.000 x R$ 1,89 = R$ 189.000. Portanto podemos observar que houve uma redução, tendo então um ajuste contábil representado da seguinte forma: D – Ajuste de avaliação patrimonial (PL) – R$ 6.000 C – (-) Variação cambial (redutor do investimento) – R$ 6.000 A transferência do valor da conta de ajuste de avaliação patrimonial para o resultado do exercício só ocorrerá na realização do investimento. No caso de alienação. Ao admitirmos a venda do investimento pelos R$ 189.000, teremos: D – Disponibilidade – R$ 189.000 D – (-) Variação cambial (redutor do investimento) – R$ 6.000 C – Investimento no Exterior – R$ 195.000 13 O lançamento da conta de ajuste (PL) para o resultado, será: D – Variação Cambial (resultado) – R$ 6.000 C – Ajuste de avaliação patrimonial (PL) – 6.000 4.2 Recomposição do custo do imobilizado (deemed cost) O Comitê de Pronunciamentos Contábeis permitiu, por meio do ICPC, que as entidades realizassem, avaliação do seu imobilizado pelo valor justo, entretanto somente na adoção inicial dos pronunciamentos contábeis (regras internacionais) De acordo com a Interpretação Técnica ICPC 10, no momento da adoção inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 27 – Ativo Imobilizado, CPC 37 – Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade, e CPC 43 (R1) – Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 41, a entidade pode detectar itens do ativo imobilizado ainda em operação, capazes de proporcionar geração de fluxos de caixa futuros, que estejam reconhecidos no balanço por valor consideravelmente inferior ou superior ao seu valor justo. Nesses casos, entende-se que a prática mais adequada a ser adotada é empregar o valor justo como custo atribuído(deemedcost) para ajustar os saldos iniciais possivelmente subavaliados ou superavaliados. (Gelbcke et al., 2018, p. 249) A adoção inicial às normas internacionais de contabilidade iniciou em 2008 e 2015, após a publicação das Lei n. 11.634/2007 e n. 11.941/2009. Nada diz a legislação sobre aquelas empresas que, por algum motivo, não aderiram às normas internacionais de contabilidade. O objetivo é a recomposição do valor dos ativos, mesmo nos casos em que estes estejam totalmente depreciados, mas que ainda se encontrem em plena atividade operacional. O ajuste nesse caso funciona como se fosse uma reavaliação desses ativos. Vejamos um exemplo prático dessa avaliação no imobilizado, seguindo como base o exemplo trazido por Rios e Marion (2017). A empresa VIX, ao adotar os pronunciamentos do CPC no ano X, resolve rever o valor do seu imobilizado, mensurando-o pelo valor justo, possuindo apenas três ativos relevantes, sendo: Ativo Custo original (_) Depreciação Valor contábil Valor Justo Máquina 1 325.000 97.500 227.500 415.000 Máquina 2 715.000 107.250 607.750 680.000 Máquina 3 2.000.000 400.000 1.600.000 1.750.000 Totais 3.040.000 604.750 2.435.250 2.845.000 14 As diferenças geradas pela avaliação a valor justo são as seguintes: Ativo Valor contábil Valor Justo Diferença Máquina 1 227.500 415.000 187.500 Máquina 2 607.750 680.000 72.250 Máquina 3 1.600.000 1.750.000 150.000 Totais 2.435.250 2.845.000 409.750 Os lançamentos contábeis serão: D – Máquina 1 (Imobilizado) – R$ 187.500 D – Máquina 1 (Imobilizado) – R$ 72.250 D – Máquina 1 (Imobilizado) – R$ 150.000 C – Ajuste de avaliação patrimonial (PL) – R$ 409.750 À medida que os bens forem sendo realizados, ou pela venda ou pela depreciação, o saldo constante na conta de ajuste de avaliação patrimonial deverá ser transferido para o resultado. 4.3 Reavaliação Com a publicação da Lei n. 11.638/2007, foi eliminada a possibilidade, descrita até então na Lei n. 6.404/1976, de uma empresa avaliar os ativos por seu valor de mercado quando este fosse superior ao custo (Brasil, 2007). De acordo com Gelbcke et al. (2018), essa eliminação está em desacordo com as normas internacionais, as quais permitem esse tipo de procedimento. No entanto, o principal motivador para essa impossibilidade no Brasil foi o mau uso desse mecanismo. Com a edição das normas internacionais, tivemos a possibilidade de realizar o ajuste de avaliação patrimonial, que é uma espécie de “reavaliação”, no entanto tal ajuste somente poderia ocorrer quando da adesão pela entidade às normas internacionais de contabilidade, conceito este que deve ser respeitado pelas entidades. TEMA 5 – DIVIDENDOS Os dividendos correspondem à parcela do lucro que é distribuída aos sócios/acionistas como forma de remuneração. A Lei n. 6.404/1976 dispõe ainda: 15 Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas: I - metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores: a) importância destinada à constituição da reserva legal (art. 193); e b) importância destinada à formação da reserva para contingências (art. 195) e reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores; II - o pagamento do dividendo determinado nos termos do inciso I poderá ser limitado ao montante do lucro líquido do exercício que tiver sido realizado, desde que a diferença seja registrada como reserva de lucros a realizar (art. 197); III - os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subseqüentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a realização (Brasil, 1976) Gelbcke et al. (2018) esclarecem que, antes do dividendo obrigatório, já existiam o dividendo mínimo e o dividendo fixo, ambos atualmente previstos no art. 17 da Lei das S/As (Brasil, 1976). Nas sociedades limitadas não existe exigência para pagamento de dividendo mínimo. Nessa natureza societária, há liberdade para que as próprias empresas determinem suas políticas de pagamento de dividendos. Já nas sociedades anônimas há exigências mínimas que devem ser seguidas e que podem, inclusive, constar no estatuto social da companhia. Segundo Viceconti e Neves (2013), a Companhia somente poderá pagar dividendos à conta de lucro líquido do exercício, lucros acumulados e de reservas de lucros. No caso de ações preferenciais, pode-se utilizar a conta de reserva de capital. A contabilização dos dividendos, poderá ser feita da seguinte forma: D – Lucros acumulados (PL) C – Dividendos a pagar (PC) Veja que inicialmente há a criação de uma obrigação de dividendos a pagar e, em seguida, há o efetivo pagamento, baixando o saldo do passivo contra disponibilidade. Esse valor pode ainda voltar ao PL da entidade, na forma de aumento de capital, conforme opção e acordo entre sócios/acionistas. Viceconti e Neves (2013) nos ensinam que o estatuto da companhia pode fixar política de distribuição de dividendos que melhor se ajuste às suas particularidades. Podemos ainda visualizar de forma resumida a tipologia de dividendos, com base na Lei n. 6.404/1976. 16 Quadro 2 – Tipologia dos dividendos 1. Quanto à ordem de distribuição 1.1 Prioritários Quando existe prioridade no recebimento de dividendos, normalmente concedida aos acionistas detentores de ações preferenciais. 1.2 Não prioritários Quando não existe prioridade na distribuição de dividendos aos acionistas (acionistas detentores de ações ordinárias) 2. Quanto ao direito ao seu recebimento – dividendo: 2.1 Cumulativo Quando o acionista tiver direito ao recebimento do dividendo no exercício em que não houver lucros suficientes para sua distribuição ou quando não for possível distribuí-lo no exercício social, seu montante será acumulado e distribuído em exercício futuro. 2.2 Não cumulativo Quando os acionistas perdem o direito ao recebimento do dividendo quando os lucros forem insuficientes ou quando não for possível distribuí-lo no exercício social. 3. Quanto à forma de distribuição dos lucros 3.1 Mínimo Quando possibilita aos acionistas participar da distribuição dos lucros remanescentes, ou seja, após todas as distribuições previstas no estatuto e, no mínimo, em igualdade de condições com os acionistas detentores de ações ordinárias. 3.2 Fixo Quando a ação não participa nos lucros remanescentes, ou seja, quando o montante a ser recebido a título de dividendo é, normalmente, prefixado. Nessa hipótese, caso o montante dos lucros possibilitasse a distribuição de importância superior os acionistas com direito a dividendo fixo não participam dessa distribuição. 3.3 Obrigatório Quando o estatuto for omisso, os acionistas terão o direito de receber os dividendos na forma estabelecida pelo artigo 202 da lei 6.404/76, ou seja, 50% do lucro ajustado. Fonte: Vicenconti; Neves, 2013, p. 192. 5.1 Juros sobre o capital próprio – JPC Os juros sobre o capital próprio (JCP) refere-se a uma espécie de “correção monetária” paga ao sócio ou acionista sobre o valor que este investiu naquela empresa (capital social). Não há obrigatoriedade de pagamento desses juros aos sócios ou acionistas, sendo isso uma opção feita por meio de acordo entre os participantes do capital. A norma brasileira permite que as empresas remunerem seus sócios/acionistas com o chamado juros (ou remuneração) sobre o capital próprio. Essa regrafoi instituída pela Lei n. 9.249/1995, permitindo então que os sócios ou acionistas recebam um valor pelo capital investido na empresa. Os juros sobre o capital próprio, além de serem mais uma forma de remunerar os sócios/acionistas de uma entidade, são ainda uma forma de planejamento tributário, já que o valor pago a título de JCP pode ser dedutível na apuração do imposto de renda pelo lucro real, desde que o montante dos juros remuneratórios não ultrapasse o maior entre os seguintes valores: (i) 50% 17 (cinquenta por cento) do lucro líquido do exercício antes da dedução dos juros, caso estes sejam contabilizados como despesa; ou (ii) II - 50% (cinquenta por cento) do somatório dos lucros acumulados e reservas de lucros. Vejamos a previsão do JCP descrito na Instrução Normativa da Receita Federal n. 1.700/2017: Art. 75. Para efeitos de apuração do lucro real e do resultado ajustado a pessoa jurídica poderá deduzir os juros sobre o capital próprio pagos ou creditados, individualizadamente, ao titular, aos sócios ou aos acionistas, limitados à variação, pro rata die, da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e calculados, exclusivamente, sobre as seguintes contas do patrimônio líquido: I - capital social; II - reservas de capital; III - reservas de lucros; IV - ações em tesouraria; e V - prejuízos acumulados. Observem que o valor dos juros sobre o capital é calculado, em regra, pela TJLP e sua base de cálculo é o saldo do patrimônio líquido, com exceção da conta de ajuste de avaliação patrimonial, que deve ser desconsiderada para realização do cálculo. Quadro 3 – Exemplo de apuração do JCP Patrimônio Líquido da entidade: CONTAS SALDO Capital Social 100.000,00 Reserva de Capital 35.000,00 Reserva Incentivos Fiscais 11.000,00 Reserva Legal 22.500,00 Ajuste de Avaliação Patrimonial 55.000,00 Reserva de Contingência 61.000,00 Reserva Estatutária 11.500,00 PL Total 296.000,00 Lucro do Exercício 250.000,00 TJLP 7,5% Valor dos juros sobre o capital a pagar aos sócios/acionistas pode ser de R$ 18.075,00 Cálculo: Total PL 296.000 (-) ajuste de avaliação patrim. (55.000) Saldo 241.000 TJLP x 7,5% Total JCP 18.075 18 TROCANDO IDEIAS Agora você precisa buscar uma demonstração financeira de alguma das empresas listadas na bolsa e identificar as contas do PL. Participe do fórum indicando quais são as contas de reserva que você identificou, leia as notas explicativas referente às reservas e conte para nós e para seus colegas a que se referem. Faça o mesmo com a conta de ajuste de avaliação patrimonial e nos diga qual é a conta do ativo ou do passivo que foi ajustada com base no valor justo. NA PRÁTICA É admitido pela legislação que as empresas do lucro real deduzam de sua apuração os juros pagos ou creditados individualmente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro-rata dia, da taxa de juros de longo prazo – TJLP. Diante disto, uma empresa apresentou o patrimônio líquido de acordo com os dados a seguir: Capital social 70.000,00 Reserva de capital 14.000,00 Reserva incentivos fiscais 5.000,00 Reserva legal 9.000,00 Ajuste de avaliação patrimonial 23.000,00 Reserva de contingência 6.000,00 Reserva estatutária 2.500,00 Considerando que a TJLP do período é de 7,5% e o lucro do exercício é R$ 180.000,00, calcule o valor do JCP devido ao sócio e indique qual é o valor passível de dedução na apuração do lucro real. Resolução: Total PL 129.500,00 (-) AAP (23.000,00) Base de cálculo 106.500,00 TJLP x 7,5% JCP 7.987,50 19 Dedutibilidade 50% Lucro líquido 90.000,00 50% Lucro acumulado + Reserva de lucro 11.250,00 O total de JCP pago é totalmente dedutível no lucro real. FINALIZANDO Nesta aula conhecemos um pouco mais sobre as contas do patrimônio líquido, especificamente as reservas de lucros, reserva de incentivos fiscais e ajuste de avaliação patrimonial. É importante destacar ainda que as reservas de lucros são partes do resultado da empresa, em regra geral, que foram transferidas às contas de reservas de acordo com a finalidade e estatuto da entidade. Já as reservas de incentivos fiscais referem-se a incentivos dados pelos órgãos públicos, como a subvenção, com o objetivo de incentivar uma atividade em um determinado local. Já a conta de ajuste de avaliação patrimonial é o ajuste do ativo ou do passivo, a valor justo, ou valor de mercado, para que o balanço apresente, de forma real, o saldo dos seus bens, direitos e obrigações. Por último, conhecemos também as regras de dividendos previstas na lei das sociedades anônimas, que podem ser aplicadas a empresas limitadas. Vimos ainda outra forma de remuneração dos sócios, os juros sobre o capital, que é bastante utilizada entre as empresas, muito mais com intuito de planejamento tributário. 20 REFERÊNCIAS ADRIANO, S. Manual dos pronunciamentos contábeis comentados. São Paulo: Atlas, 2018. ALMEIDA, M. C. Curso de contabilidade avançada em IFRS e CPC. São Paulo: Altas, 2014. ANDRADE FILHO, E. O. Imposto de renda das empresas. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2016. BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 11 jan. 2002. _____. Lei n. 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 17 dez. 1976. _____. Decreto n. 3.000, de 26 de março de 1999. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 29 mar. 1999 _____. Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2008. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 28 dez. 2008. BRASIL. Comissão de Valores Imobiliários. Instrução CVM 567. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 18 set. 2015. Disponível em: <http://www.cvm.gov.br/legislacao/instrucoes/inst567.html>. Acesso em: 4 jun. 2018. BRASIL. Receita Federal. Instrução Normativa RFB n. 1700, de 14 de março de 2017. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 16 mar. 2017. BORINELLI, M. L.; PIMENTEL, R. C. Contabilidade para gestores, analistas e outros profissionais. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2017. CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. 15 dez. 2011. 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