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ENUNCIADO: Imagine que a sociedade Trigo Dourado Ltda. produtora de trigo, esteja precisando de recursos financeiros para a aquisição de máquinas agrícolas que facilitará a colheita do trigo, reduzindo o tempo em ½ do tempo atualmente gasto. Como a sociedade não possui recursos, esta procura o seu maior cliente e propõe a emissão de uma Cédula de Produto Rural (CPR) com a promessa de entrega do produto, sua indicação e as especificações de qualidade e quantidade. Em contrapartida o valor das mercadorias seria paga imediatamente, o que possibilitaria a sociedade adquirir as máquinas necessárias. Como garantia à CPR foi dado em alienação fiduciária as máquinas que seriam adquiridas. Ato contínuo foram realizados os registros necessários nos cartórios competentes. Antes do vencimento do título o beneficiário endossou em preto a CPR à sociedade Bolos Caseiros Ltda. que passou a ser o legítimo portador. PERGUNTA: Na data do vencimento do título, de quem o legítimo portador poderá exigir a entrega dos produtos? Se os bens alienados fiduciariamente sofrerem perda, deterioração ou qualquer forma de diminuição de seu valor, o que o legítimo portador poderá exigir? Os bens dados em alienação fiduciária poderão ser penhorados? RESPOSTA: Na data em que o título tem seu vencimento em questão, a pessoa legitima para exigir que todos os produtos sejam entregues é o devedor principal, ressaltando a lei da cédula de produto rural, inclusive cabe destacar que, a sociedade Trigo Dourado LTDA, tem direito de pedir a concessão dos automóveis, inclusive a CPR – Cédula de Produto Rural, cita que, o avalista tem a responsabilidade com os bens. Na hipótese de danos de deterioração, perda parcial ou total dos bens alienados fiduciários o portador originário tem direito de pedir o montante do valor do título, inclusive a lei de cédula de produto rural cita que, apesar de o avalista ter o compromisso com os bens como citado anteriormente no paragrafo antecedente, ele não tem responsabilidade com o transporte dos produtos. O beneficiário poderá cobrar seus direitos apenas da Sociedade Trigo Dourado Ltda, excluindo o endossante. Não é cabível a penhora, isto é, os bens garantidos de origem de alienação fiduciária, eles não se enquadram no rol de patrimônio do devedor. O STJ em ação de execução REsp 1.766.182 entendeu que, um bem fiduciário pode ser penhorado desde que, pelo seu próprio credor.
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