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COMPLETO-RESUMO DE DIREITO APLICADO À GESTÃO

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RESUMO DE DIREITO APLICADO À GESTÃO CAPS 1 AO 3 ATÉ PÁG 119
UNIDADE 1 – EMPRESA, EMPRESÁRIO E ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
O NOVO CÓDIGO CIVIL ENTROU EM VIGOR EM 2003 – TROUXE MUDANÇAS NAS QUESTÕES DE DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE ECONÔMICA A PARTIR DE SEU ARTIGO 966 (conceitos de empresa, empresário e estabelecimento empresarial).Começou a ser
elaborado em 1975.
“MORAL” CONSISTE EM UM CONJUNTO DE REGRAS DE CONDUTA DO INDIVÍDUO enquanto membro de uma sociedade, sendo cumprida de maneira espontânea e sofrendo variações conforme o processo de evolução de cada agrupamento social. As transgressões das normas morais recebem apenas uma resposta imediata dos membros do grupo, como por exemplo, a crítica, o isolamento, o afastamento, etc.
Para Georg Jelinek, “o Direito representa apenas o mínimo de Moral declarado obrigatório para que a sociedade possa sobreviver”. Essa linha de pensamento deu origem à TEORIA DO MÍNIMO ÉTICO, que pode ser reproduzida através da imagem de dois círculos concêntricos, sendo o círculo maior o da Moral, e o círculo menor, o do Direito.
TEORIA DA COERCIBILIDADE, criada por Hans Kelsen, na qual “o Direito é uma ordenação coercitiva da conduta humana”.Segundo esta Teoria, aquele que desrespeita certa norma jurídica, será COAGIDO pelo Estado a fazer algo, ainda que contra sua própria vontade, como por exemplo, indenizar alguém que lesou ou até mesmo ser preso. Ex: motorista correto, mas atropela um transeunte.
COAÇÃO em dois sentidos:
1 – Sinônimo de violência praticada contra alguém.
O assaltante que exerce violência está coagindo a vítima a entregar os seus pertences.
2 – A manifestação do poder estatal utilizado em defesa do cumprimento do direito ou,nas palavras de Miguel Reale, “quando a força se organiza em defesa do cumprimento do Direito mesmo é que nós temos a segunda acepção da palavra coação”.
Delação coercitiva.
A TEORIA DA EMPRESA NO DIREITO BRASILEIRO:
O surgimento do Direito Empresarial ocorreu há longa data, mais precisamente com a publicação do Código Comercial, através da Lei nº. 556, de 25 de junho de1850.
Foi embasado no Código Comercial Francês, de1808, e foi tão bem elaborado que somente com a publicação do novo CódigoCivil, em 2002, que o Código Comercial brasileiro deixou de ser fonte do Direito.
Se aquele código era excepcional, qual a razão de ter sido revogado pelo Novo Código Civil? A resposta é bastante simples: em 1850 não havia diversas atividades econômicas como nos dias de hoje.
A falha do O Código Comercial - restringia o registro apenas aospraticantes dos atos de comércio. Mas, o que são atos decomércio?Foi publicado o Regulamento 737, de 1850 que dizia serem exercentes dos atos de comércio, o próprio comerciante, o banqueiro, o dono de empresas de seguro e os industriais.
Está vigente hoje no Brasil o Código Civil criado pela LEI Nº 10.406,DE 10 DE JANEIRO DE 2002, disciplinando no Livro II, de sua Parte Especial, a partir doARTIGO 966, O CHAMADO DIREITO DE EMPRESA.
IMPORTANTE:
O BRASIL ADOTA A TEORIA DA EMPRESA PARA REGULAMENTAR AS RELAÇÕESEMPRESARIAIS, PASSEMOS AO ESTUDO DO CONCEITO DE EMPRESÁRIO E DE SUAS OBRIGAÇÕES.
REGIME JURÍDICO EMPRESARIAL: AS OBRIGAÇÕES GERAIS DOS EMPRESÁRIOS.
EMPRESA É uma organização devidamente estabelecida para produzir produtos ou prestar serviços.
EMPRESÁRIO se entende o proprietário da empresa.
Pelo CCB.Art. 966. Considera-se empresário QUEM exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Importante:
Empresário, segundo o citado artigo, não significa o dono da empresa, mas QUEM exerce a atividade econômica.Resta, portanto, compreender o sentido da palavra QUEM, utilizada pelo legislador.Naturalmente, QUEM se refere à PESSOA e por assim ser, empresário é tanto a
pessoa FÍSICA, que nasce, natural e a pessoa JURÍDICA ente jurídico criado para fins de se realizar, coletivamente, atividades econômicas ou não.
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL (anteriormente denominado FIRMAINDIVIDUAL, sem sócios); já o fazendo com outras pessoas – sócios – constituirá a chamada SOCIEDADE.
EMPRESA tornou-se sinônimo de ATIVIDADEECONÔMICA, quer dizer, empresa é o fim social, a atividade desenvolvida pelo empresário.
Expressões empresa e empresário sempre no sentido jurídico.	
OBRIGAÇÕES DO EMPRESÁRIO,lembrando que não se está referindo ao dono da empresa, mas ao exercente da atividade econômica.
1ª. OBRIGAÇÃO: REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL. (proteger o patrimônio pessoal em caso de crise, mas só em sociedades- individual não). Atualmente, o Código Civil trouxe uma inovação sobre o assunto, contida no Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. (grifos nossos).
Exceção: É conferido apenas ao exercente de atividade agrária a FACULDADEdo registro, como dito no artigo .Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art.968 e seus parágrafos, requerer a inscrição no registro público de empresas mercantis da respectiva sede...
EXERCENTE DE ATIVIDADE AGRÁRIA: 
TÍPICA – Agricultura, Extrativismo, Pecuária e Hortigranjearia;
ATÍPICA – Agroindústria;
CONEXA – Comércio e Transporte.
QUAL A CONSEQUÊNCIA DO NÃO REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL?
Código Civil:Art. 986. “ Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.”
1- Os sócios poderão vir a responder com o seu próprio patrimônio, por todas as obrigações da sociedade.
2- A sociedade empresária irregular não tem legitimidade ativa para o pedido de falência de outro comerciante e não pode impetrar pedido de recuperação judicial ou extrajudicial
3- Aplicação de sanções de natureza fiscal e administrativa. Assim, o descumprimento da obrigação comercial acarretará a impossibilidade de inscrição da pessoa jurídica no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), e nos cadastros estaduais e municipais; também impossibilitará a matrícula do empresário no Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS). Aliás, são simultâneos o registro na Junta e a matrícula no INSS (Lei n. 8.212/92, art. 49, 1). A falta do CNPJ, inclusive, além de dar ensejo à incidência de multa pela inobservância da obrigação tributária instrumental, impede o empresário de entabular negócios regulares.
Órgãos específicos pararegularizar e orientar os interessados.
a) DNRC – Departamento Nacional de Registro do Comércio (www.dnrc.gov.br)
Trata-se de órgão federal, componente do Ministério doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
1 – Normatizar:normas sobreregistro de empresas, visando suprimir lacunas da legislação ou dúvidas existentes, menos assunto contido no Código Civil;
2 – Cadastrar: compete-lhe, ainda, criar e manter o Cadastro Nacional deEmpresas Mercantis;
3 – Supervisionar:fiscalizar os atospraticados pelas Juntas Comerciais.
b) Junta Comercial (em cada Estado) – busca na web: “Junta Comercial” + a sigla do Estado desejado
Finalidade: executar todas as tarefas ligadas à criação, existência e encerramentodos empresários no Brasil; executar procedimentospreviamente criados por lei, atos normativos, enfim, por todo o ordenamentojurídico aplicável ao caso.
JUNTAS COMERCIAIS SÃO ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO DE PROCEDIMENTOS, QUE PASSAMOS A ANALISAR A SEGUIR:
Funções Executivas:
1- Matrícula:possui competência para expedir carteiraspara diversos profissionais, dentre eles leiloeiros, tradutores de documentos de
constituição, alteração e encerramento de sociedades, trapicheiros (proprietáriosde atacadistas) e também diretores de atacadistas, atc.
2- Arquivamento:tanto das empresas nacionais como as estrangeiras.Atravésde minuciosa análise, consegue impedir a criação de empresas fictícias, o usoindevido de documentos de terceiros, entre tantas outras situações ilícitas ouilegais. Documentação correta, aJunta Comercialfará o Arquivamento do documento que lhe foi entregue, viaprotocolo.
Tipos de Documentação:
DOCUMENTO DE CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADE EMPRESÁRIA pode ser tanto o contrato social(das sociedades Limitadas, ComanditasSimples e Em Nome Coletivo) ou o estatuto social (sociedades Anônimas eas Comanditas por Ações). 
DOCUMENTO DE ALTERAÇÃO, podemos citar a Alteração Social para Admissão de Novo Sócio; falecimento decerto sócio; aumentar oureduzir o capital social, paraalterar endereço, criar ou fechar filiais, enfim, toda mudança significativa que altereo estatuto ou contrato social deve ser informada à Junta Comercial.
DOCUMENTO DE ENCERRAMENTOé aquele que trata da extinção dasociedade, seja por pretensão dos sócios ou por determinação judicial.
Todo ato de constituição, alteração ou encerramento do empresário,deverá ser arquivado na Junta Comercial.
3- Autenticação:manterdocumentada a sua vida contábil. O empresário deve escriturar, através das normas contábeis vigentes, sua contabilidade, em livros próprios que serão levados para autenticação na Junta Comercial onde está sediada a sociedade, que não avaliará o que está nos livros, mas somente oformato do lançamento dos dados neles.
2ª OBRIGAÇÃO: ESCRITURAÇÃO DOS LIVROS OBRIGATÓRIOS
O lançamento destes dados e informações acerca do patrimônio e faturamentoda sociedade somente pode ser realizado por profissional habilitado, qual seja, ocontabilista ou contador, segundo CCB, podendo ser responsabilizado, civile criminalmente, por equívocos contidos nos citados livros.
A contabilidade da sociedade empresária é umdocumento UNILATERAL, pois sua realização se dá por lançamento feito exclusivamente pela própria sociedade, através de profissional habilitado. Quer sedizer com isto que não há participação ou fiscalização da redação da contabilidade,o que propicia lançamentos fraudulentos e/ou incorretos.
O empresário deve seatentar para fazê-lo (registro nos livros)	 seguindo duas espécies de requisitos: intrínsecos e extrínsecos.Os primeiros estão ligados à forma de realização da inserção dos dados,enquanto os extrínsecos se referem às regras exigidas e analisadas pelas JuntasComerciais.
REQUISITOS
	INTRÍNSECOS 
	EXTRÍNSECOS
	Dados inseridos em ordem
cronológica;
Valores em moeda nacional
(em R$ atualmente);
Informações sempre em
língua portuguesa;
proibição de rasuras,
espaçamentos, entrelinhas,
folhas em branco;
	Termo de abertura (carimbo que a
Junta Comercial providencia no livro);
Termo de encerramento (carimbo feito
pela Junta Comercial);
Autenticação: ao analisar os livros
contábeis, a Junta Comercial observa
se os dados foram dispostos seguindo
os requisitos INTRÍNSECOS de
lançamento; em caso afirmativo, é feita
a autenticação.
Caso eventual fiscalização feita pelas Receitas Federal,Estadual ou Municipal identificar equívocos contidos na contabilidade que FORA
AUTENTICADA pela Junta Comercial, evidenciando sonegação fiscal, este órgão(Junta Comercial) NÃO será responsabilizado, uma vez que não é
de sua competência analisar a veracidade das informações existentes nos livros.
AS REGRAS RELATIVAS AO DIREITO DE ANÁLISE DOS LIVROS CONTÁBEIS
De acordo com a Constituição Federal, tais livros são paravisualização dos próprios administradores e sócios da sociedade empresária.
A legislação autoriza que os fiscais das Receitas Federal, Estadual, Distrital e Municipaltenham acesso à contabilidade da empresapara, em comparação com a documentação existente na sociedade, identificar se está havendo recolhimento tributário devido. Tal atribuição também é estendidaaos fiscais da Previdência Social.
Há possibilidade de se requerer judicialmente, através do Poder Judiciário, via ação própria, a exibição dos livros para se esclarecer questões diretamente ligadas ao patrimônio e ou faturamento da sociedade.
QUANTO VALE A EMPRESA TODA?
Suponha que ofalecido detinha 20% (vinte por cento) do capital social, ou seja, era dono de umquinto da empresa e, portanto, seus herdeiros receberão 20% do valor total dasociedade.
A sociedade possui patrimônio físico, como veículos, imóveis,móveis e utensílios, enfim, diversos bens materiais, que, em tese, são fáceis deserem avaliados, em tese, pois esses avaliações podem ser discrepantes de acordo com quem avalia.
Imaginemos que pelos 20% departicipação deixada pelo finado, tenham os herdeiros recebido R$100.000,00 (cemmil reais). Segundo esta conta, o valor total de empresa seria R$500.000,00.Discordando os herdeiros de tais valores, poderão questionar na Justiça, através deação própria, nova avaliação da sociedade e, consequentemente, revisão do valorque lhes fora pago.
Os livros contábeis poderão serapresentados, por ordem judicial, em processos cuja resolução depende de suaanálise e para serem usados em favor da empresa precisam estar regulares na JC segundo requisitos intrínsecos (à forma de realização da inserção dos dados) e extrínsecos (regras da JC).
QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DECORRENTES DA FALTA DE ESCRITURAÇÃO, UMA VEZ QUE SUA REALIZAÇÃO E MANUTENÇÃO SÃO OBRIGATÓRIAS.
De um lado há as CONSEQUÊNCIAS denominadas SANCIONADORASe de outro, asMOTIVADORAS, que devem ser entendidas da seguinte forma:
a) Sancionadoras: se dividem em duas:
1- Civil: presunção de veracidade dos fatos alegados pela parte contrária.
2- Penal: tipificação de crime falimentar - o fato de não ter escrituração, por sisó, não é crime; no entanto, em caso de processo de falência da sociedade, quandohouver determinação do juiz para apresentação de certo livro contábil e este nãoexistir, configura-se crime falimentar.
b) Motivadoras: pelas consequências abaixo, a sociedade deixa de terbenefícios que, por vezes, são essenciais à sua continuidade.
1- Inacessibilidade à Recuperação de Empresas: sem escrituração fica impedida de requerer pedido de recuperação de empresas,antiga Concordata.
2- Ineficácia probatória: sem escrituração, fica impossibilitada de fazer prova em seu favor, no sentido de comprovar determinadamovimentação financeira, alteração patrimonial, eventual prejuízo, etc.
3- Impossibilidade parcial de verificação da conta: um processo de falência éo levantamento do ativo e passivo da empresa. Não dispondo a sociedade de suacontabilidade, fica impedida de comprovar sua movimentação financeira.
3ª OBRIGAÇÃO: REALIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (elaboraçãodos balanços contábeis).
Toda a escrituração contida em diversos livroscontábeis é sintetizada em algumas poucas páginas, facilitando a pesquisa deinformações e a visualização da situação da sociedade.
As sociedades empresárias em geral devemelaborar o balanço, ao menos, UMA VEZ POR ANO.
Outras sociedades devem fazê-lo a cada SEIS MESES. Trata-se dasSociedades Anônimas com previsão em seu estatuto social, bem como as
instituições financeiras (interessadosacompanhem a situação patrimonial, econômica e financeira dos Bancos,Financeiras).
Seguindo as regras jurídicas (que diferem das contábeis), há três espécies debalanços:
1 – Ordinário:é o balanço obrigatório, que deve ser feito anual ousemestralmente, como vimos acima. O critério deelaboração desta espécie gera divergências entre o valor real dos bens e o contidono balanço.
2 – Especial: o critério de elaboração e os dados são os mesmos do balançoordinário, com a diferença de que neste, o MOMENTO da realização é diverso. Não é obrigatório, só se houver necessidade. São realizados apedido de pessoa que pretende adentrar na sociedade para conhecer a situação da empresa, bem como a sócios que estão se retirando, ou herdeiros de sócio falecido para apuração de dados.
3 – De Determinação: Não é obrigatório, é realizado por empresasespecializadas de consultoria ou auditoria, que fazem a reavaliação de todo opatrimônio da sociedade.Obalanço de determinação é aquele que mais se aproxima da verdadeira situação em que a sociedade empresária se encontra.
CONSEQUÊNCIAS ADVINDAS DA FALTA DE REALIZAÇÃO DOS BALANÇOS, QUE PODEM SER ENUMERADAS DA SEGUINTE FORMA:
Proibição de participar de licitações públicas
Proibição de requerer a recuperação da empresa(antiga concordata) - deve ser juntados balanços dos três últimos anos que antecederam à crise da sociedade, sem eles impossível.
ELEMENTOS DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL:
Segundo o Código Civil, oCONJUNTO DE BENS, TANTO MATERIAIS COMO IMATERIAIS, é denominado ESTABELECIMENTO.
Os bens adquiridos de forma lícita pela sociedade passam aintegrar o seu estabelecimento.
Para iniciar a atividade econômica pretendida, os sócios contribuem com recursos próprios que são transferidos para a sociedade,sendo o total destes recursos denominado de Capital Social, cujo valor constará do contrato ou estatuto social.
O estabelecimento empresarialpertence à sociedade empresária e não aos seus sócios. Estes, pelos recursosparticulares que transferiram na constituição da sociedade, recebem em trocaparticipação societária: um percentual (%) proporcional ao capital social.
Supondo que um sócio transfira um veículo que lhe pertencia para a sociedade,este bem agora é propriedade da organização e, em caso de retirada deste sócio,não há nenhuma regra que obrigue a sociedade a “devolver-lhe” o automóvel; oretirante terá direito a receber valor equivalente ao seu percentual de participaçãona sociedade.
O estabelecimento empresarial é composto por todos os bens pertencentes à sociedade empresária, que os administra, os aliena, os dá em garantia, enfim, dá-lhes a destinação adequada parao bom desenvolvimento de sua atividade econômica.O estabelecimento empresarial é composto por bens MATERIAIS(bem móveis e imóveis) e IMATERIAIS(ponto comercial, a marca, o nome empresarial, o título do estabelecimento, a invenção.).
Outro assunto que merece destaque quando se estuda o estabelecimentoempresarial é o denominado FUNDO DE EMPRESA (ou fundo de comércio),visualizado como o VALOR AGREGADO atribuído ao negócio.
QUANDO SE VENDE O NEGÓCIO MAIS CARO DO QUE SE COMPROU SE OS BENS DA EMPRESA DESVALORIZARAM:
O que fez o negócio como um todo ter valor adicional éexatamente o fundo de empresa, valor que agrega ao estabelecimento em virtude
de um conjunto de fatores, como boa administração, marketing, conquista declientela, possibilidade de faturamento condizente, dentre tantos outros. São os Bens Imateriais valorizados em decorrência do “bom nome que a empresa conquistou no mercado”.
BENS IMATERIAIS DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA:Lei nº 8.245∕91
1 – Ponto Comercial
Local onde a empresa é desenvolvida,não importando se o imóvel pertence ou não à própria sociedade.
Quando o imóvel pertencente à sociedadenão há, sob a ótica do Direito Empresarial, questões de grande relevância, salvo asligadas ao Direito da Concorrência.
Quando o ponto comercial deriva de contrato de locação, a legislaçãobrasileira tratou de disciplinar a relação locatícia, visando permitir que oproprietário do imóvel e o empresário obtenham o resultado esperado quandofirmaram a negociação, evitando reajustes absurdos caso o proprietário note a prosperidade do locatário. Por esta razão, o Estado passou a criar normas protetivas para o inquilino,sendo que, atualmente, está vigente a Lei nº 8.245∕91 que trata tanto da locaçãopara fins residenciais e não-residenciais.
LOCAÇÃO chamada de EMPRESARIAL, aquela emque o inquilino (locatário) é necessariamente sociedade empresária e que exercerá,no imóvel locado, sua atividade.
O inquilino-empresário deve obter os seguintes requisitos:
1 – contrato escrito e com prazo determinado;
2 – prazo mínimo de 5 anos ininterruptos; e
3 – prazo mínimo de exercício da mesma atividade por 3 anos ininterruptos.
Se, antes do término do contrato, o proprietário não demonstrar interesse em renová-lo, ou exigir valor discrepante do valor de mercado, poderá o inquilino ajuizar Ação Renovatória, cuja finalidade é dar ao inquilino a possibilidade de continuar a exercer sua atividade no imóvel locado, preservando seu pontocomercial e pagando aluguel justo (deve estar adimplente com suas obrigaçõescontratuais, como pagamento de IPTU, seguro de incêndio, aluguéis, etc), mostrando proposta justa do valor que pretende pagar ao juiz.
2- Nome Empresarial:
Identifica o empresário,a atividade que desenvolve e o produto ou serviço que comercializa ou presta.É o nome da pessoajurídica contido no contrato ou estatuto social. Trata-se do nome que será utilizadoem contratos e em processos, ou seja, É O NOME DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA. Porexemplo: Banco do Brasil S.A.
Seu registro se dá na Junta Comercial, tendo, apenas,proteção estadual, o que significa dizer que poderão existir dois nomes empresariais IGUAIS, pertencentes a proprietários diversos, desde que em Estadosbrasileiros diferentes, mas em cada Estado brasileiro somente pode haver um único nomeempresarial, independentemente do ramo de atividade. O fato é que a legislação permite tal situação, já que as empresas possuem CNPJ distintos,endereços próprios, etc., mas, sem dúvida alguma, gera grande confusão.
Ao se registrar qualquer sociedade na Junta Comercial, faz-se a chamada buscaprévia do nome pretendido, pois, já tendo o nome sido registrado, tornar-se-áimpossível novo registro.
A legislaçãoproíbe a criação de nome empresarial que induza em erro. A finalidade, desta norma, é evitar a utilização de nomes depessoas ou marcas conhecidas por terceiros. Ex. Abílio Diniz, dono do Pão de Açúcar, e a Abílio Diniz Comércio de Máquinase Implementos Agrícolas Ltda.
3 – Marca:
Sinal distintivo utilizado para distinguir certo produto ou serviço, toda e qualquer palavra, letras, algarismos,desenhos, logomarcas e formas criadas pelo seu titular para permitir que oconsumidor identifique o produto ou serviço.
O registro da marca deve ser feito no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual – INPI – e após sua concessão, seu titular possui proteção em todo oterritório nacional.
A criação da marca segue algumas regras.
NovidadeRelativa – duasou mais marcas iguais, porém associadas a produtos ou serviços diferentes, avaliadas pelos cadastros do INPI (Veja).
No Brasil, pode haver mais de um titular (proprietário) para a mesmamarca, SALVO se for marca de ALTO RENOME, como Petrobras ou Havaianas.
Outra regra conhecida como não colidência com marca notória visa impedirque se cause dúvida ao consumidor. Ocorre quando se pretende utilizar marca comcaracterísticas similares a de outra marca relativamente conhecida do público. Exemplo: BARMERINDO X BAMEDINDUS.
4 – Título 
Expressão utilizada na fachadado ponto comercial, para ser mais bem localizado pela clientela.Como a marca, o título pode ser composto por
palavras, algarismos e desenhos.
Não possui órgão para seu registro e consequente proteção. Esta falta de legislação permite aexistência de inúmeros títulos iguais, utilizados por empresários diferentes. Exemplo: Diversas “CHURRASCARIA GAÚCHA”
A MARCA E A PROTEÇÃO AO TÍTULO DO ESTABELECIMENTO:
A estratégia adotada pela maioria dos empresários brasileiros éregistrar a expressão que utiliza como título do estabelecimento como marca, uma
vez que a marca é protegida em todo o território nacional. Exemplo: Posto I3R e Posto BR (indução ao erro é proibido).
EXERCÍCIOS DA UNIDADE 1 1. A 2. C 3. C 4. B 5. D 6. C 7 E 8 E
1. Sabe-se que o empresário possui algumas obrigações determinadas por lei.Dentre essas obrigações, estão as abaixo descritas, EXCETO:
a) Abertura, encerramento e arquivamento dos livros.
b) Escrituração regular e sucessiva dos livros.
c) Registro da atividade econômica na Junta Comercial.
d) Elaboração anual do balanço ordinário para os empresários em geral.
e) Autenticação dos livros contábeis.
2. Analise as informações.
1. A clientela é elemento corpóreo pertencente ao estabelecimentoempresarial.
2. O não registro da atividade gera a Sociedade em Comum.
3. Estabelecimento empresarial é a denominação que se dá ao conjuntode bens do empresário.
4. A falta de escrituração é considerada crime no processo falimentar;porém, a falta de escrituração por si só, não é considerada crime.
A seguir marque a alternativa CORRETA:
Xc) há somente três frases corretas3. Nos termos da legislação vigente, considera-se empresário:
c) quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
4. Sobre as obrigações do empresário, é CORRETO afirmar que:
a) o empresário não é obrigado a promover a sua inscrição no Registro Públicode Empresas Mercantis, ou seja, na Junta Comercial.
Xb) a Junta Comercial é o único órgão do Registro Público de Empresas Mercantis autorizado a recebera inscrição dos empresários.
c) o empresário deve proceder à escrituração, salvo quando declara que não iráfazê-la, no ato de sua inscrição.
d) o empresário pode se negar a apresentar os livros contábeis, ainda que para osfiscais da Receita ou do INSS.
e) a autenticação dos livros é uma faculdade do empresário.
5. Marque a alternativa INCORRETA.
a) Os livros contábeis poderão ser exibidos em processo judicial por ordem dojuiz, de forma parcial ou total (CORRETA).
b) O fundo de empresa é o valor agregado à sociedade empresária.(CORRETA).
c) A Teoria da Empresa foi adotada por reduzir o rol de atividades protegidas peloDireito de Empresa.(CORRETA).
Xd) As associações e fundações podem ser registradas como sociedades empresárias, pois possuem fins lucrativos.
e) O empresário individual é obrigado a registrar sua atividade econômica naJunta Comercial.(CORRETA).
6. Assinale a alternativa CORRETA.
a) A proteção da marca decorre de registro no INPI e o direito de exclusividadede exploração abrange todas as classes de produtos ou serviços, salvo em setratando de marca de alto renome. (INCORRETA)
b) O título de estabelecimento identifica os bens imóveis do empresário.(INCORRETA)
c) O estabelecimento é um conjunto de bens pertencentes à sociedade empresária.
d) O conjunto de recursos destinados à formação da sociedade empresária échamado de contrato social.(INCORRETA)
e) São bens componentes do estabelecimento, dentre outros, o estoque, amarca, os móveis e os imóveis e os empregados.(INCORRETA)
7. Em termos jurídicos, é INCORRETO afirmar que:
a) o empresário é a pessoa física ou jurídica exploradora da atividade econômica.(CORRETA).
b) a Sociedade Empresária e Empresário Individual são espécies de Empresário. (CORRETA).
c) a Sociedade Empresária é a pessoa jurídica que explora uma empresa. (CORRETA).
d) o Empresário Individual é a pessoa física que explora uma empresa. (CORRETA).
Xe) a Empresa é a organização que explora certa atividade econômica, utilizando-se dos meios de produção para atingir seu fim.
8. A falta de registro da atividade econômica acarreta as seguintes consequências,EXCETO:
a) perda da proteção do patrimônio pessoal dos sócios. (CONSEQUENCIA)
b) impossibilidade de registrar a sociedade em órgãos públicos, como na ReceitaFederal e no INSS.(CONSEQUENCIA)
c) cria a Sociedade em Comum, subdividida em “De Fato” e “Irregular”.(CONSEQUENCIA)
d) proíbe a sociedade de requerer a recuperação judicial.(CONSEQUENCIA)
Xe) impede a sociedade de exercer sua atividade econômica.
9 - Ferdinando e Antonieta constituíram a “Irmãos da Fé Ltda.” que atua no ramode comercialização de bíblias, livros e CDs religiosos, investindo R$ 30.000,00 cadano negócio. Registraram o negócio na Junta Comercial e em sua fachada lê-se “ACasa da Fé”. Fiscais da receita estadual estiveram no referido estabelecimento e, aoanalisarem a escrituração apresentada, notaram que houve imensa sonegaçãofiscal, elaborando, de imediato, auto de infração fiscal no valor de R$ 16.000,00.Com base nesses dados, responda as seguintes questões:
Cite, com base no texto, considerando os termos jurídicos, o nome da sociedadeempresária, dos sócios e da empresa.
RESP:SOCIEDADE EMPRESÁRIA: Irmãos da Fé Ltda.SÓCIOS: Ferdinando e Antonieta.Empresa: comercialização de bíblias, livros e CDs religiosos.
10. Salim e Geni resolveram produzir e comercializar comida árabe. Exerciam aatividade na casa de Salim e vendiam a produção para restaurantes e lanchonetes.Após alguns meses, passaram a se dedicar exclusivamente à produção de quibesno palito, o produto que lhes dava maior retorno financeiro. Decidiram então locarum imóvel comercial e na fachada do imóvel escreveram QUIBELEZA. Passaram acomercializar o produto, mesmo sem ter cumprido as formalidades legais deabertura de sociedade empresária, dentre elas, não registraram essa empresa naJunta Comercial e não mantinham entre si nenhum documento. Após algunsmeses de trabalho, a “sociedade” acumulou um patrimônio, composto porequipamentos e mercadorias em estoque, de aproximadamente R$20.000,00.
Combase nestas informações e nas figuras abaixo, responda e JUSTIFIQUE:Qual a denominação jurídica que recebe a expressão QUIBELEZA e como deve serfeita sua proteção para evitar que outras pessoas a utilizem? Justifique suaresposta.
RESP:A expressão QUIBELEZA é o TÍTULO DO ESTABELECIMENTO, ou seja, o sinaldistintivo utilizado pelo empresário na fachada de seu estabelecimento paraidentificar-se perante sua clientela. Em virtude da falta de legislação específica,para proteger o título do estabelecimento os empresários estão registrando-oscomo marca, no INPI.
CAPÍTULO 2 –DIREITO SOCIETÁRIO:
Teoria Geral do Direito Societário:
O Direito Societário é o ramo do Direito que estuda aspessoas jurídicas de direito privado que têm finalidade lucrativa.
Em nosso país, chama-se Direito Societário a subdivisão do Direito aplicado à gestão que estuda as espécies de sociedades existentes, suas regras deconstituição, funcionamento e encerramento.
A SOCIEDADE, dentre as pessoasjurídicas existentes, é a única com fim lucrativo, diferente da Associação e Fundação, que apesar de serem pessoas jurídicas não possuem fins lucrativos.
Código Civil, em seu artigo 981, o conceito de sociedade:“Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados”.
As estatísticas apresentadas pelo Sebrae evidenciam que a políticaeconômica, aliada à falta de planejamento, bem como a elevada carga tributária eo excesso de normas trabalhistas e previdenciárias têm levado ao fracassoempreendimentos iniciados em todo o território nacional.
Além de perder ocapital investido no negócio que não prosperou, o sócio poderá ainda terseu patrimônio pessoal afetado por dívidas oriundas da sua sociedade que“naufragou”?
NÃO há no Brasilsociedade composta por UM ÚNICO sócio, mas sim, possuindo, ao MENOS, DOISSÓCIOS.
Em virtude do falecimento de um deles, momentaneamente poderáficar a sociedade com apenas um sóciopor período específico.
O princípio da AUTONOMIA PATRIMONIAL visa trazer SEGURANÇA aosinvestidores, pois faz uma separação entre o patrimônio da sociedade e o dossócios.
Isto se deve ao fato de que há dois grandes benefícios concedidos aosempresários constituídos como Sociedades Empresárias, quais sejam:separação do patrimônio da sociedade em relação ao dos sócios eaplicabilidade da Lei de Falências.
Ex: Se tenho 300.000,00 e invisto 50.000,00 e a empresa quebra, só perco esse valor, mantendo os 250.000,00 restantes intactos.
Mas, aplicação do referidoprincípio sofre diversas EXCEÇÕES.
A permissão para que isto ocorra decorre de diversas leis pertencentes a outrosramos do direito, mas plenamente aplicáveis às sociedades, como é o caso doDireito Tributário, Trabalhista, Previdenciário e do Consumidor.
No entanto, assim como a legislação evoluiu para impedir a criação desociedades com fins fraudulentos, ilegais ou ilícitos, através da punição de seussócios, também surgiram novos artifícios utilizados por criminosos, como o uso de“laranjas” no quadro de sócios.
Acerca do Princípio da Autonomia Patrimonial, resta-nos esclarecerque existe separação entre o patrimônio da sociedade em relação ao dos seussócios, mas que sofre limitações em virtude do uso fraudulento dassociedades.
Há uma regra que facilita compreender quando o princípio se aplicaou não. Basta entender a origem da dívida para saber se afetará apenas o
patrimônio da sociedade ou também o de seus sócios. Sea obrigação surgiuatravés de negociação, afetará apenas os bens da sociedade. Já sendo dívidanão negociada pela sociedade, poderá também afetar o patrimônio de seussócios.
Por outro lado, em caso de sonegação fiscal, como por exemplo, nãopagamento de Imposto de Renda Pessoa Jurídica, o fisco (Receita Federal) poderáafetar o patrimônio de sócio (ou sócios), para ver garantida a quitação do débito, porser este oriundo de dívida não negociada!
Por outro lado, em caso de sonegação fiscal, como por exemplo, nãopagamento de Imposto de Renda Pessoa Jurídica, o fisco (Receita Federal) poderá
afetar o patrimônio de sócio ou sócios, para ver garantida a quitação do débito, porser este oriundo de dívida não negociada!
REGRAS QUE LHES SÃO COMUNS E QUE ABORDAM TEMAS CONSTANTEMENTE QUESTIONADOS.
1- Para ser sócio, podendo exercer todos os seus direitos, a pessoa deve ter 18 anos completos (antes, eram 21 anos) e estar em condições físicas e mentais deexternar suas vontades.Se necessário, poderá ser feita a emancipação para sócios com idade entre 16e 18 anos (o pai falece e o filho assume), deverá estar devidamente representado pelos seus responsáveislegais, não podendo exercer a administração da empresa.
2- A sociedade cujos sócios sejammarido e mulher. Na legislação anterior não havia impedimento, sendo que o atualCódigo Civil permite desde que não sejam casados sob o regime da comunhão universal ou separação obrigatória.
Após constituída a sociedade, havendo quaisquer das alterações a seguirrelacionadas, deverão ser formalizadas e encaminhadas ao órgão de registro das empresas (Junta Comercial ou Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas):
Nomeação ou destituição ou renúncia de Administrador;
Redução de capital social;
Cessão de cotas;
Atas da assembléia ou reunião;
Dissolução da Sociedade; e
Venda de Estabelecimento: venda de toda a empresa.
Destes atos, os seguintes também devem ser publicados no Diário Oficial da União ou do Estado e em jornal de grande circulação:
Redução de capital social;
Renúncia de Administrador;
Convocação de assembléias;
Dissolução da Sociedade;
Venda de Estabelecimento: todo complexo de bens organizado paraexercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária(art. 1.142).
TIPOS DE SOCIEDADES:
Segundo o Código Civil brasileiro, as sociedades existentes dividem-se em doisgrandes grupos: aquelas que não possuem personalidade jurídica, denominadasde Não Personificadas e as que detêm personalidade jurídica, chamadas dePersonificadas. As primeiras se subdividem da seguinte forma: (ver fluxogramas da página 60 e 61)
Em relação às sociedades com personalidade jurídica, temos a seguinteclassificação:
Há atualmente dez espécies societárias vigentes no Brasil.Asduas espécies mais adotadas pelos empreendedores brasileiros são a Anônima
(S.A.) e a Limitada (Ltda) e, como veremos adiante, a preferência decorre daproteção jurídica que ambas fornecem a todos os seus sócios, bem como asinúmeras possibilidades de se regulamentar, de forma sábia, a relação entre os seussócios.
SOCIEDADES SIMPLES: Art. 966, do CC
É tanto gênero quanto espécie.Do gênero Sociedade Simplesdecorrem duas espécies, Sociedade Simples e Cooperativa.A cooperativa fora inserida no Código Civil; no entanto, suas regras estãocontidas na Lei n. 5.764, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1971.“Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas, e dá outras providências”.
A Sociedade Simples, disciplinada pelo Código Civil, é inovação no direitobrasileiro, pois tal modalidade não era prevista em nosso ordenamento jurídico;asociedade mais importante contida no Código Civil, suas leis servem de base para as outras.
A constituição desta modalidade de sociedade não decorre de mera opção dosseus fundadores; ao contrário, somente é permitida sua criação para os casosprevistos no parágrafo único do artigo 966 do Código Civil:“Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística,ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”.
A composição desta espécie societária depende daunião de pessoas reunidas em prol da obtenção de lucro através daexploração de atividade econômica de caráter intelectual, desde que possuanatureza científica, literária ou artística.
Ao criarem tal sociedade, seus fundadores assumem a responsabilidade decompor o patrimônio social (da sociedade) através da TRANSFERÊNCIA DE BENS OUSERVIÇOS que até então lhes pertencia para, em retribuição, dividirem os lucrosadvindos do negócio explorado, nos termos dos artigos 981 e 982 do Código Civil.
Nota:A escolha da sociedade simples advém da finalidade da empresa, qual seja,atividade intelectual. Desta forma, se dois ou mais contadores se unem para“montar” escritório de prestação de serviços contábeis, assumindo risco epartilhando os lucros, deverão constituir sociedade simples, já que a atividadeexercida decorre de sua capacidade intelectual (assim como agremiação de outros profissionais, como os analistas de sistemas, engenheiros deprodução e administradores).A sociedade pode contar com o auxílio de colaboradores (contratar secretária, auxiliar administrativo).
Ao contribuir com a formação do patrimônio dasociedade, os sócios podem integralizar o capital social em recursos e/ou em
serviços.Por recursos devemos entender as contribuições feitas em dinheiro (emespécie), bens (materiais ou imateriais) e créditos (cheques, notas promissórias,créditos decorrentes de contratos, etc.)
A formalização da criação desta sociedadedecorre da elaboração de Contrato Social, que apósser assinado pelos sócios, deverá ser levado a registro em CARTÓRIO DE REGISTRO DAS PESSOAS JURÍDICAS, no prazo de até 30 dias a contar da sua assinatura. Observe,portanto, que diferentemente das sociedades empresárias, A SOCIEDADE SIMPLES NÃO É REGISTRADA NA JUNTA COMERCIAL.
Os sóciosprotegem seu patrimônio em relação às dívidas feitas pela própria sociedade,através do princípio da autonomia patrimonial. No entanto, tal regra não seaplica às sociedades simples, pois A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS É ILIMITADA, podendo atingir os bens pessoais.
Criada a sociedade, todos os sócios titularizam o direito de participar noslucros, sendo proibida a inserção de cláusula no contrato social em sentidocontrário. Esta participação nos lucros é proporcional à quantidade de cotas que cada sócio possui.
IMPORTANTE:
A PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIAdecorre dos recursos que cada sócio transferiu para a sociedade; assim, se o CAPITAL SOCIALfor de R$ 20.000,00, havendo apenas doissócios que contribuíram com R$10.000,00 cada, a participação será de 50%. Aoassumirem a responsabilidade de compor o capital social, seja integralizando-oimediatamente (à vista) ou futuramente (a integralizar), todos os sócios assumem a obrigação de “bancar” a inadimplência do sócio que deixou de contribuir no momento combinado. Denominamos esta obrigação de RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. Sociedade é igual a casamento, a obrigação de um atinge a todos!
Após a constituição da sociedade, qualquer sócio pode alienar (vender) suaparticipação societária, porém o sócio cedente (vendedor) das cotas continuasolidário para com o cessionário por até 2 anos a contar da alteração contratualaverbada em Cartório. Isto significa que, mesmo após sua saída da sociedade, suaresponsabilidade ainda perdura por mais dois anos.
O contrato social deve especificar se a sociedade terá prazo determinado ouindeterminado (mais usada)
No caso do EXERCÍCIO DO DIREITO DE RETIRADAde qualquer sócio, ou seja, estenão pretende mais continuar na sociedade nem vender sua participação,recebendo da sociedade valor equivalente à sua participação societária; em setratando de sociedade com prazo indeterminado, basta que seja dado aviso prévio de 60 dias comunicando sua saída, porém, sendo a sociedade constituída por prazo determinado, a retirada do sócio somente poderá ocorrer judicialmente, através doajuizamento de açãojustificando as razões da saída do sócio (por isso quase não se determina o prazo).
Toda pessoa jurídicadepende de uma pessoa física para praticar seus atos. No CASO DAS SOCIEDADES,chama-se ADMINISTRADOR quem exerce, em nome da sociedade, todo equalquer ato e segundo a lei, este deve gerir o negócio como se fosse seu (bônus e ônus).
Nomeia-se o administrador, escolhido entre os sócios pessoas físicas,através de cláusula do contrato social, ou em instrumento separado quedeverá ser averbado no Cartório para ter validade perante terceiros.
Dentre suas atribuições está o compromisso de prestar contas detalhadas de sua administração aos sócios, fazendo-o através de inventário anual, balançopatrimonial e de resultado econômico.
SEGUNDO O CÓDIGO CIVIL, EM SEU ARTIGO 1.010, as DECISÕES SOBRE OS NEGÓCIOS DA EMPRESA SERÃO TOMADAS POR MAIORIA DE VOTOS DOS SÓCIOS, de acordo com aparticipação societária, sendo que em caso de empate, a decisão caberá ao maior número de sócios ou, não sendo possível, através de processo judicial, o juiz resolverá a situação.Exemplo: Caso dos 4 sócios, o carro, tribunal.
Votação paraque se procedam alterações do contrato social, já que deverá haverUNANIMIDADE dos sócios. Desta forma, tem-se que, para modificar qualquer dosassuntos contidos no artigo 997, todos os sócios devem ser favoráveis.
Por último, ainda sobre a morte de sócio, outra saída que pode ser inserida nocontrato social tange à possibilidade de os herdeiros substituírem o sócio falecido,ou seja, se o finado tinha esposa e dois filhos e era dono de 20% da sociedade,estes três juntos ocuparão seu lugar na sociedade.
SEGUNDO O CÓDIGO CIVIL, QUATRO RAZÕES QUE JUSTIFICAM AEXPULSÃO DO SÓCIO, A SABER (art.1.033 do CódigoCivil.):
Falência do sócio; Liquidação da quota para pagamento de credor: caso qualquer sócioendivide-se e não possua patrimônio para pagar o credor, sairá dasociedade; Sócio remisso: considera-se remisso o sócio que não integralizou suaparticipação no capital social; Ação proposta por falta grave ou incapacidade superveniente (perda da capacidade de exercer o direito civil).
Motivos de sua dissolução, previstos no artigo 1.033 do CódigoCivil.Vamos dividir as hipóteses sobre duas óticas: de um lado, os motivosdecorrentes de pleno direito e de outro, em virtude de processo judicial.
1- PLENO DIREITO:
Fim do prazo de duração: se a sociedade foi constituída com prazodeterminado, chegando o dia estipulado, a sociedade deverá serencerrada. No entanto, vencido o prazo e não iniciado oprocedimento de liquidação e não havendo oposição de qualquerdos sócios, a sociedade tornar-se-á por prazo indeterminado.
Consenso dos sócios: os sócios podem decidir pelo encerramento dasociedade por prazo determinado antes da chegada do diaestipulado, porém deve haver unanimidade dos sócios.
Falta de pluralidade de sócios (dois ou mais e nocaso de falecimento, há tempo estipulado para que se ordene novo sócio).
Falta de autorização para a sociedade funcionar - Compete ao representante do Ministério Público(Promotor de Justiça) providenciar a liquidação de sociedade simplesque não tiver autorização para funcionar, caso os sócios não aprovidenciarem nos 30 dias que se seguirem à ocorrência que amotivou.
2-Processo judicial
A ser ajuizado por qualquer dos sócios nas seguintes situações:
em qualquer fato contratualmente previsto como permissivo dadissolução;
em vício que possa anular sua constituição;
na perda do fim social, ou seja, não há atividade a ser desenvolvidapela sociedade;
no fato do fim social não poder ser executado.
Em qualquer dos casos acima, ocorrerá a dissolução da sociedade eposteriormente, será feita sua liquidação da seguinte forma:
apuração do ativo e do passivo; e
distribuição do acervo entre os sócios, conforme participaçãosocietária.
COOPERATIVA (sociedade simples desde 2003 pelo CC) - do Código Civilartigo 1.094 e Lei nº.5.764, de 16 de dezembro de 1971
o seu capital social poderá ser variável ou inexistente;
deve observar número mínimo desócios para compor a administração da sociedade, sem limitação denúmero máximo;
em seu documento de constituição, denominado estatuto social,será feita a limitação do valor da soma de quotas do capital social;
as decisões a serem tomadas, diferentemente das sociedades emgeral, considerarão o número de sócios presentes à reunião;
a distribuição dos resultados será feita de forma proporcional aovalor das operações efetuadas pelo sócio com a sociedade;
por fim, a responsabilidade dos sócios poderá ser limitada ouilimitada conforme previsão em seu estatuto social.
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS:
Há cinco espécies de sociedades empresárias (veja no fluxograma anterior),sendo a Sociedade Limitada eleita como a preferida dos empreendedores.
NÃO é o tamanho do empreendimento quedistingue as sociedades, e sim, suas regras de constituição, funcionamento eencerramento.
SOCIEDADE LIMITADA (LTDA)
Seu registro é feito na Junta Comercial.
Diferentemente da sociedade simples, o objeto (atividade econômica) a serexplorado na sociedade limitada pode ser a produção ou circulação de bensou serviços(indústria, atacadista, supermercadista,imobiliária, serviços,etc.). Lembre-se que, na simples, o objeto somente pode ser decorrente da prestação de serviços de caráter intelectual.
O primeiro ponto que tornou a “limitada” a preferida dos brasileiros éexatamente a abrangência de seu objeto, como vimos no parágrafo anterior, mas aquestão fundamental está contida na proteção patrimonial que esta traz aosseus sócios.
O princípio da autonomia patrimonial tem plena aplicabilidade,gerando segurança aos seus sócios, pois,em caso de dívida criada pela sociedade com credor com quem mantevenegociação, não correrão riscos de perder parte ou todo seu patrimônio pessoal (o que não ocorre na Soc. Simples).
Ocredor deverá satisfazer seu crédito, identificando e indicando bens dasociedade e caso esta não possua o suficiente, o credor não receberá omontante total de sua dívida.
OBS: credor deverá se precaver, exigindo garantias, como, por exemplo, a prestação de aval, cujo avalista pode ser sócio possuidor de patrimônio suficiente para pagar adívida assumida pela sociedade.
QUANTO À CONTRIBUIÇÃO DOS SÓCIOS:
Diferente da simples, nalimitada, não pode haver contribuição através da prestação de serviços, ouseja, os sócios podem participar da constituição do capital social transferindodinheiro, bens ou créditos.Recebem os sócios a participação societária (%),chamada de quotas (ou cotas), iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas acada sócio, sendo que a responsabilidade destes é restrita ao valor de suas quotas;portanto, possuem responsabilidade LIMITADA.
A responsabilidade dos sócios pelas dívidas da empresa se limita ao valor queprometeu investir e que efetivamente transferiu para a composição do capitalsocial.
Ainda sobre o capital social, devemos alertar que os sócios são devedoressolidários pela sua integralização.
IPC: Se “B” deixar de pagar a segunda prestação assumida, “A” torna-se devedorsolidário, podendo inclusive ser compelido, através de processo judicial, a quitar odébito, podendo, posteriormente, ajuizar ação de regresso contra “B” pararecuperar o valor que este deveria ter pago e se “B” não possuir patrimônio passívelde penhora, “A” nada receberá.
Os sócios respondem solidariamente pela exata estimação de bens conferidosao capital social até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade.
A sociedade será administrada por uma ou mais pessoas - podendo ser sóciosou não-sócios - designados no contrato social ou em ato separado. A escolha do administrador é feitaem votação por deliberação dos sócios2/3, registrado na Junta Comercial
Todas as deliberações dos sócios ocorrerão em reunião (sociedade com até 10sócios) e em assembléia para sociedades com mais de dez sócios.
É OBRIGATÓRIO o feitio de assembléia anual nos 4 primeiros mesesde cada exercício social, especialmente para aprovação das contas, do balanço e doresultado do exercício findo.
A composição do seu nome empresarialdeverá estar relacionadacom a atividade econômica da empresa, acrescida dapalavra “limitada” ou sua abreviatura Ltda, podendo ser criado nome fantasia ounome ou parte deste dos seus sócios.
Ao invés de se usar a palavra “Limitada” ou Ltda, pode-se também substituí-lapor Companhia ou Cia., DESDE que NÃO seja a primeira palavra do nome. Assim, oprimeiro exemplo acima ficaria, Agropecuária Terra Roxa Companhia (poucos se utilizam desta expressão).
SOCIEDADE ANÔNIMA - Prevista no Código Civil, mas regida por lei própria, qual seja, Lei nº 6.404, de15 de dezembro de 1976
A formalização do nascimento da S.A. decorre daelaboração de ESTATUTO SOCIAL e seu devidoregistro na Junta Comercial.
Todos os bancos e Instituições financeiras são fundados como tais. Considerando-se que há mais de 200 (duzentos) bancosno Brasil e, somando-se seu fabuloso faturamento, somente estas sociedadesanônimas faturam mais que milhares de sociedades limitadas!
Formação do CAPITAL SOCIAL É DIVIDIDO EM AÇÕES,enquanto naquelas, em quotas.
A entrada ou saída de sócios é menos complexa, podendo haver maiorflexibilidade em seu estatuto social.
Falecendo este acionista, seus herdeiros tornam-se acionista daempresa, nas outras recebem o valor do capital social do falecido.
Sociedade anônima terá SEMPRE caráter empresarial.
O que mais destaca esta sociedade das demais é a possibilidadede constituí-la para oferecer suas ações aos investidores interessados,geralmente através da venda na bolsa de valores.
Isto porque HÁ DUAS ESPÉCIES DE SOCIEDADE ANÔNIMA: ABERTA E FECHADA. Aprimeira permite a venda de ações no mercado de capitais, enquanto a fechada não traz esta possibilidade.
OS ACIONISTAS POSSUEMRESPONSABILIDADE LIMITADA, protegendo seu patrimônio pessoal em relação àsdívidas da sociedade.
Para se constituir sociedade anônima de capital aberto é necessária aaprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão governamental.
Os sócios recebem ações pelo valor queinvestiram na sociedade anônima, que podem ser de três modalidades:ordinárias; preferenciais; de fruição.
Regrasacerca da administração das S.A., cujos encontros ocorrem através deASSEMBLEIAS, em que se analisam o desempenho da sociedade, deliberam sobreassuntos especificados no estatuto social nas Extraordinárias (A.G.E.), verificam o volume de negociações ena Assembléias Especiaiso faturamento, entre vários outros assuntos. As Assembléias Gerais Ordinárias (A.G.O.) são convocadas para abordar temas cotidianos, como, por exemplo,apresentação do resultado através de balanço.
A administração da S.A. é feita porÓRGÃOS, cujos nomes e atribuições seguem:1 - CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO; 2 – DIRETORIA; 3 - CONSELHO FISCAL.
O nome empresarial a ser utilizado, tanto pode adotar nomefantasia como nome ou parte dos nomes de seus fundadores, acrescidos da
expressão Sociedade Anônima ou sua abreviatura - S.A. - em qualquer parte donome ou, ainda, a expressão Companhia ou Cia., desde que seja a primeira palavra.Exemplos: Banco do Brasil S.A.; Martins Comércio e Serviço de Distribuição deProdutos S.A.
SOCIEDADE EM NOME COLETIVO: caíramem desuso no Brasil - Código Civil em seus artigos 1.039 até 1.044
Os sóciospossuem responsabilidade ILIMITADA
Constitui-se através de contrato social, registrado na Junta Comercial, sendoque seus sócios devem ser, obrigatoriamente, pessoas físicas.
Sua administração é exercida exclusivamente por seus sócios, sendo proibida acontratação de pessoa estranha ao quadro de cotistas.
Na morte de sócio é feita a liquidação de suas cotas com respectivopagamento aos herdeiros,a não ser que o contrato social disponha de formadiversa.
SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES:Código Civil em seus artigos 1.045 até 1.051
Esta sociedade possui dois tipos de sócios: 
os COMANDITÁRIOS - pessoas físicas ou jurídicas, possuem responsabilidadeLIMITADA e NÃO participam da administração da sociedade e 
osCOMANDITADOS - são obrigatoriamente pessoas físicas, comresponsabilidade ILIMITADA.
O contrato social que deve ser registrado na JuntaComercial.
Em virtude de morte de sócio COMANDITADO é feita a liquidação de suascotas com respectivo pagamento aos herdeiros; já no falecimento deCOMANDITÁRIO, seus herdeiros assumem sua participação, passando a compor oquadro de sócios, salvo se que o contrato social dispor de forma diversa.
A composição de seu nome empresarial poderá ser utilizada onome de sócios comanditados e, em se usando nome de comanditário, este setorna comanditado.
SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES:Lei de Sociedades por Ações (LSA), e nos artigo 1.090 a 1.092 do Código Civil
É constituída através deESTATUTO SOCIAL, registrado na Junta Comercial, em que seus sócios sãodenominados acionistas e recebem ações em troca do investimento realizado.
Seus sócios possuem responsabilidade LIMITADA, exceto os queparticipam da administração, através da Diretoria, cuja responsabilidade éILIMITADA.
O nome empresarial deve adotar o(s) nome(s) do(s) sócio(s) diretores.
EXERCÍCIOS DA UNIDADE 2: 1. D 2. C 3. D 4. B 5. D 6. A 7 C 8 E
1. O Direito Societário tem por objetivo primordial o estudo do seguinte ente jurídico:
a) Associação.
b) Organização Não-Governamental.
c) Fundação.
Xd) Sociedade Empresária.
e) Partido Político.
2. Em relação às sociedades empresárias.
1. Todas as espécies existentes possuem fins lucrativos.
2. Todas as espécies existentes exigem em sua composição inicial pelomenos dois sócios.
3. Os sócios têm o direito de partilharem, entre si, o lucro gerado.
4. Em termos jurídicos, empresa é sinônimo de sociedade empresária.
Agora marque a alternativa CORRETA:
a) há somente uma frase correta.
b) há somente duas frases corretas.
Xc) há somente três frases corretas.
d) há quatro frases corretas.
e) todas estão incorretas.
3. Em relação ao princípio da autonomia patrimonial, é INCORRETO dizer:
a) que visa proteger o patrimônio pessoal de cada sócio. (CORRETO)
b) que visa impedir que o patrimônio do sócio seja afetado em consequência dedívida da sociedade.(CORRETO)
c) que visa impedir que o patrimônio da sociedade seja afetado emconsequência de dívida de sócio.(CORRETO)
Xd) que atualmente, impede todo e qualquer credor de afetar o patrimônio de sócio.
e) que deixou de ser aplicado quando a sociedade foi criada com finsfraudulentos, ilícitos ou ilegais.(CORRETO)
4. Acerca da condição do sócio é INCORRETO afirmar:
a) que pode ter 17 anos de idade, sendo dispensado ter representante legal, sefor emancipado.(CORRETO)
Xb) que participa livremente da sociedade, sem representante legal, o sócio com,no mínimo, 21 anos de idade.
c) que em toda espécie de sociedade, podem existir sócios homens e mulheres.(CORRETO)
d) que todo sócio é obrigado a contribuir com bens na composição do capitalsocial.(CORRETO)
e) que para exercer seus direitos e deveres, o sócio deve estar em boas condiçõesfísicas e mentais para exprimir suas vontades.(CORRETO)
5. São consideradas sociedades não personificadas, EXCETO:
a) Sociedade Irregular. (CONSIDERADA)
b) Sociedade de Fato. (CONSIDERADA)
c) Sociedade em Conta de Participação.(CONSIDERADA)
d) Sociedade em Comandita por Ações.
e) Sociedade em Comum (CONSIDERADA)
6. Há duas espécies de sociedades personificadas:
a) Sociedade Simples e Sociedade Empresária.
7. São espécies de sociedades simples:
c) Cooperativa e Sociedade Simples.
8. São consideradas SOCIEDADES EMPRESÁRIAS:
a) Sociedade Anônima e Sociedade Limitada. (É CONSIDERADA SOC. EMPRESÁRIA)
b) Sociedade em Comandita Simples e Sociedade em Comandita por Ações. (É CONSIDERADA SOC. EMPRESÁRIA)
c) Sociedade em Nome Coletivo e Sociedade Limitada. (É CONSIDERADA SOC. EMPRESÁRIA)
d) Sociedade Anônima e Sociedade em Nome Coletivo. (É CONSIDERADA SOC. EMPRESÁRIA)
e) Todas são espécies de sociedades empresárias.
9. Dois engenheiros agrônomos, “A” e “B’’, e dois engenheiros florestais “C” e “D”, seunem para explorar uma empresa de licenciamento ambiental sendo que cada umdos engenheiros investiu R$ 10.000,00. “C” pretende alterar o contrato social, paraquea responsabilidade dos sócios seja solidária. Nesse contexto, responda:
Qual o valor total do capital social e qual a porcentagem da participação societáriade cada sócio?
RESP:O valor total do capital social é de R$40.000,00 (quarenta mil reais),pois é o total dos recursos investidos por cada sócio. No caso, são 4(quatro) sócios que investiram R$10.000,00 cada
10. O alicerce do Direito Societário é constituído pelo princípio da autonomiapatrimonial. Qual o seu significado e sua relevância para as sociedades e seussócios?
RESP:O princípio da autonomia patrimonial simboliza a separação existente entre opatrimônio da sociedade e o de seus sócios, ou seja, à medida que cada sóciotransfere recursos para a sociedade, estes passam a pertencer à própria sociedade eseus sócios recebem em troca a participação societária.Trata-se, portanto, de medida preventiva, tanto para a sociedade como para seussócios. A sociedade se vê protegida, pois sabe que as dívidas PESSOAIS de seussócios, decorrentes de contratos feitos por eles, não afetarão o patrimônio dasociedade. O mesmo ocorre com os sócios, pois sabem que as dívidas constituídaspela sociedade não atingirão seus bens pessoais, salvo em casos de algumasdívidas específicas, como decorrentes de multas tributárias, previdenciárias, decondenações trabalhistas e do consumidor.
UNIDADE 3 – ASPECTOS JURÍDICOS DO DIRETO CONCORRENCIAL – Lei nº 8.884∕94
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA LIVRE INICIATIVA:
Aqui no Brasil, já em 1946, foi utilizada a expressão “abuso de poder econômico”, evidenciando a política de desenvolvimento econômico planejadapor Getúlio Vargas com vistas à preservação dos interesses coletivos.
Outra conquista importante ocorreu em 1962 com a criação de órgão da Administração Pública Federal até hoje existente e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, costumeiramente apresentado ao público através da imprensapor sua sigla CADE.
Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência(SBDC), a Secretaria de Direito Econômico (SDE) e a Secretaria deAcompanhamento Econômico (SEAE).
Compete ao CADE-Conselho Administrativo de Defesa Econômica, analisar e, se necessário, punir, a prática deatos atentatórios à legislação concorrencial, cuja decisão decorre de ProcessoAdministrativo.
Existe a possibilidade da parteinteressada e insatisfeita com a decisão do CADE acionar o Poder Judiciário paranova análise da situação.
Ato de Concentração – outraatuação do CADE consiste no julgamento das fusões ou incorporações que possam desrespeitar as regras mínimas de concorrência,trazendo prejuízo ao consumidor final do produto ou serviço.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS,dispostos no artigo 170 da Constituição Federal:
1º. Soberania nacional - o Estado dispõe de meios legais para obrigar aquelesque descumpriram certa regra a ressarcirem o dano causado, através da imposiçãode penas para a proteção da coletividade, ainda que alguns particulares sejamdiretamente prejudicados.
2º. Propriedade privada – Art. 5º da CF
A Constituição Federal inseriu em seu artigo 5º a propriedade privada,trazendo ao seu proprietário maior segurança jurídica no tangente à sua proteção. Em relação a sua definição e principais regras, o diploma legal disciplinadordo assunto é Código Civil.
O Direito de PROPRIEDADE permiteao proprietário usar, gozar e dispor livremente de seus bens, autorizando-lhe autilizar-se dos meios necessários para reaver a propriedade de quem a deter deforma injusta. Mas, há regras: O proprietário de um imóvel urbano, por exemplo, deve respeitar a vizinhança,não excedendo o limite de som estabelecido em lei; não o destinando a fins ilícitos;etc.
Cada Estado brasileirolimita o uso do imóvel a percentuais que visam proteger a natureza. Assim sendo,todo proprietário rural deve manter a chamada reserva legal, por imposição legal,visando a preservação do meio ambiente.
Outro aspecto merecedor de destaque é o fato de a Constituição Federal ter alargado a abrangência da propriedade aos bens IMATERIAIS, como as marcas epatentes, em caso de ameaça àpropriedade - tanto de bens materiais como imateriais -, seu proprietário encontratodo o respaldo e segurança jurídica que necessita para impedir a efetivação dodano.
3ª. Função Social da Propriedade - Estatuto da Terra de 1964
Cumprir a função social significa realizar negócios que sejam adequadospara ambas as partes contratantes e que, além disso, não sejam prejudiciaispara a sociedade como um todo, é utilizar seupatrimônio, material ou imaterial, de forma adequada e racional.
4º. Livre concorrência
Pelo princípio da livre concorrência, tem o Estado a obrigação derespeitar o livre desenvolvimento da atividade empresarial, atuando einterferindo somente se houver abuso do poder econômico por parte dequalquer organização atuante neste mercado que possa causarprejuízo àlivre concorrência.
5º. Defesa do consumidor
O empresariadodeve respeitar e proteger o interesse do consumidor, prestando-lhe asinformações necessárias para permitir o consumo adequado do produto ouserviço disponibilizado.
6º. Defesa do meio ambiente
A não-proteção do meio ambiente acarretaráa extinção de riquezas naturais e como consequência os produtos delaadvindos também não mais haverão de existir.
7º. Redução das desigualdades regionais e sociais
Os detentores dos meios de produção devem, segundo este princípio, seconscientizarem da importância que sua empresa exerce no contexto em queestão inseridos, visando, não apenas a geração de riquezas e a produção deempregos, mas também agir de forma a pensar na coletividade.
8º. Busca do pleno emprego
O empresário, enquanto empregador, deve pautar suas ações de forma aampliar constantemente seu quadro de empregados, de forma proporcionalao crescimento de sua empresa.
Dentre os princípios até aqui estudados, talvez seja este o que menos desperteesforços do empresariado; não por assim desejar, mas, principalmente, pelaconjuntura existente no cenário trabalhista.
Assim sendo, faz-se imperiosa uma reforma trabalhista em nosso país quepermita ao empresariado realmente ter condições de administrar seunegócio, pensando na geração de novos empregos ou será cada vez maiscrescente a substituição de empregados por máquinas, equipamentos ecomputadores.
9º. Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte
Compete, pois, ao governo estimular o desenvolvimento de novasatividades econômicas, permitindo às pequenas empresas o pagamento detributos de forma diferenciada, ou seja, reduzindo-lhes custos com impostos eencargos sociais, de tal forma que o produto final possa ser competitivo com odesenvolvido por outra grande empresa do mesmo setor.
CONCORRÊNCIA DESLEAL:Lei nº 8.884∕94, denominadaLei de Defesa da Concorrência.
Com o advento desta lei (e de suas alterações feitas pela Lei nº 9.021, de 30 demarço de 1995 e pela Lei nº 10.149, de 21 de dezembro de 2000), o Brasil organizouo Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC), através de órgãos de defesada concorrência, divididos por área de competência administrativa e atuação. Hátrês órgãos:
1. Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE)
Ao CADE competeorientar, fiscalizar e apurar abusos de podereconômico, podendo, para tanto, analisar e julgarempresários com poder de mercado denunciadospela possível prática de condutas ilegais.
2. Secretaria de Direito Econômico (SDE)
Este órgão é vinculado e pertencente aoMinistério da Justiça, tendo como principaisatribuições criar as regras pertinentes à proteção edefesa da ordem econômica, objetivando,principalmente, proteger os interesses dosconsumidores.
Note, portanto, que ao SDE NÃO compete julgar e punir, mas siminstaurar o procedimento administrativo, com a juntada da denúncia,documentos relativos ao caso e do seu parecer.
3. Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE)
Existente desde 1995 e componente do Ministério da Fazenda este órgãopromove e defende a concorrência; regula a economia e acompanha o cenário domercado empresarial como um todo.
SEAE é composta por 8coordenações-gerais:
Coordenação-Geral de Análise Econômica– COGAE;
Coordenação-Geral de Análise de Mercados – COGAM;
Coordenação-Geral de Comunicação e Mídia – COGCM;
Coordenação-Geral de Defesa da Concorrência – COGDC;
Coordenação-Geral de Economia da Saúde – COGSA;
Coordenação-Geral de Energia e Saneamento – COGEN;
Coordenação-Geral de Produtos Agrícolas e Agroindustriais –COGPA;
Coordenação-Geral de Transportes e Logística – COGTL
Pratica ato tipificado como concorrência desleal o empresárioque no afã de angariar novos clientes adota meios que induzem o consumidorem erro, via veiculação de publicidade enganosa e lesiva ao consumidor.
Pratica atoconsiderado de concorrência desleal o empresário que usa material dequalidade inferior em seus produtos e, ainda, aquele que sonega tributos.
INFRAÇÃO DE ORDEM ECONÔMICA:
CONCENTRAÇÃOHORIZONTAL, como ocorre, por exemplo, quando proprietários de postos degasolina combinam estabelecer valor “tabelado”
CONCENTRAÇÃO VERTICAL, entende-se a associação de dois ou maisempresários atuantes em níveis distintos da mesma cadeia produtiva, tendo porobjetivo dominar mercado ou eliminar a concorrência ou aumentararbitrariamente os lucros.
PREÇO PREDATÓRIOquando o agente econômico disponibiliza aos consumidores produtos ouserviços com preços abaixo do custo variável médio, neutralizando a ação dosconcorrentes impossibilitados de praticar valores similares
FIXAÇÃO DE PREÇOS DE REVENDA, o PRODUTOR e seus distribuidores e revendedores podem praticá-la, pois acaracterização do delito decorre do estabelecimento de preço de venda doproduto pelo revendedor ou distribuidor estabelecido pelo produtor.
RESTRIÇÕESTERRITORIAIS E DE BASE DE CLIENTES; 
ACORDOS DEEXCLUSIVIDADE, firmados entre vendedores e compradores de produtos, quese comprometem a não comercializar produtos de empresas concorrentes.
VENDA CASADA, Por esta, compreende-se a venda de um produto associada a outro, nãorestando outra alternativa ao consumidor ou adquirente senão adquirir ambos,ainda que não queira.
DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS.A ação aqui é praticada pelo produtor que manipula o preço do produto,vendendo-o por preços diferentes aos seus compradores, priorizando uns ediscriminando outros.A PARTE – LICITAÇÕES:A legislação brasileira obriga a administração pública adquirir produtos oucontratar serviços através de licitações públicas.
EXERCÍCIOS DA UNIDADE 3:1. E 2. B 3. C 4. B 5. A 6. C 7 C 8 A
1. SÃO MECANISMOS DEFINIDORES da concorrência, EXCETO:
a) predisposição do consumidor em buscar alternativas em outros locais. (É MECANISMO DEFINIDOR)
b) baixa distinção dos custos na busca de outros serviços ou produtos. (É MECANISMO DEFINIDOR)
c) incentivos à indústria local.(É MECANISMO DEFINIDOR)
d) mecanismos impeditivos da entrada de produtos externos.(É MECANISMO DEFINIDOR)
e) disponibilização de transporte municipal na busca de outros serviços.
2. São PRINCÍPIOS DE DEFESA DA ORDEM ECONÔMICA, EXCETO:
a) proteção ao consumidor.
Xb) cidadania.
c) função social da propriedade.
d) busca do pleno emprego.
e) livre concorrência.	
3. Constitui ABUSO DE PODER DOMINANTE:
a) redução de preços com intuito de beneficiar o consumidor.
b) redução de preços com o intuito de ganhar parcela significativa do mercado.
Xc) redução de preços com o intuito de impedir o crescimento de empresa concorrente.
d) aumento de preços com a finalidade de estabelecer fatia de mercadoespecífica para determinado produto.
e) nenhuma das respostas anteriores.
4. O ato de divulgar, explorar ou utilizar-se, sem autorização, de conhecimentos,informações ou dados confidenciais, utilizáveis na indústria, comércio ou prestaçãode serviços, excluídos aqueles que sejam de conhecimento público ou que sejamevidentes para um técnico no assunto, a que teve acesso mediante relaçãocontratual ou empregatícia, mesmo após o término do contrato, é considerado:
b) concorrência desleal por violação de segredo de empresa.
5. A conduta de dar ou prometer dinheiro ou outra utilidade a empregado deconcorrente, para que o empregado, faltando ao dever do emprego, lhe
proporcione vantagem é considerada:
a) concorrência desleal por violação de segredo de empresa.
6. CONFIGURA MODALIDADE DE CONCORRÊNCIA DESLEAL, EXCETO:
a) violação de segredo de empresa por sócio.
b) veiculação de publicidade enganosa e lesiva ao consumidor.
c) redução de custos de produção através de sonegação fiscal.
d) uso de material de excelente qualidade, gerando produto restrito a pessoas dealto poder aquisitivo.
e) nenhuma das respostas anteriores
7. Sobre o CADE, marque a alternativa correta.
c) É órgão pertencente à União.
8. Na COMPOSIÇÃO DO MERCADO RELEVANTE, são considerados DOIS FATORES:
a) produto e localização geográfica.
9. Dois empresários atuantes no setor de comercialização de artigos esportivos,concorrentes entre si, são surpreendidos com os preços praticados por um outroconcorrente, recém-instalado na cidade. Notam que o novo concorrente vendeprodutos com preço bem abaixo do custo variável médio desde a abertura daempresa e tal situação já dura mais de seis meses, afetando diretamente odesempenho dos dois empresários já existentes. Estes decidem se unir empromoções conjuntas, duradouras e que lhes causarão prejuízo pelo prazo que fornecessário para liquidar o novo concorrente, pois acreditam que somenteconsegue vender tão barato por sonegar tributos. 
Considerando os dados citados,responda:A conduta do empresário recém-instalado é considerada ilícita?
RESP:Ao vender produtos com preços abaixo do custo variável médio por tempoprolongado e acumulando prejuízo, o empresário pode estar cometendo a infraçãodenominada PRÁTICA PREDATÓRIA, cujo intuito é destrutivo, uma vez que impede os concorrentes de se manterem no mercado. Por outro lado, se para praticar taispreços o empresário esteja sonegando tributos, enquadra-se também na prática deCONCORRÊNCIA DESLEAL.
10. Dentre os princípios constitucionais relativos à livre iniciativa, há o que obriga oEstado a adotar política de favorecimento às empresas de pequeno porte. Esteprivilégio pode ser considerado incompatível com outro princípio, o da livreconcorrência, uma vez que os empresários de médio e grande porte não possuemo mesmo tratamento tributário que o de pequeno porte? Justifique.
RESP:Aparentemente há incompatibilidade entre os princípios que regem a mesmaquestão, ou seja, a livre concorrência. Ao beneficiar a pequena empresa, nãoproporcionando aos empresários de médio e grande porte as mesmas vantagens, oEstado pretende atingir os fins concorrenciais propostos, quer dizer, melhorar aqualidade, quantidade e diversidade de produtos com preços cada vez mais baixos.O princípio do favorecimento às empresas de pequeno porte parte da regra de queestas não possuem as mesmas condições de negociação com seus fornecedoresque as de médio e grande porte possuem, pois compram em maior escala,conquistando menores preços na aquisição do produto. Assim, reduzindo a cargatributária das pequenas empresas, o Estado permite-lhes ter condições deconcorrer em igualdade com as demais.
UNIDADE 4 – O EMPRESÁRIO E OS DIREITOS DO CONSUMIDOR
RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO:
Em caso de descumprimento de qualquer norma jurídica, ocorrera a intervenção do Estado punindo o infrator com a severidade da pena cabível ao ato praticado.
O PRIMEIRO ELEMENTO DA RELAÇÃO JURÍDICA E O SUJEITO.
Sujeito ativo, o titular da relação. No caso da compra e venda o sujeito ativo e o vendedor(o quedará inicio a relação jurídica - pode ser pessoa física como jurídica)
Sujeito passivo, o devedor da prestação principal.
Estes sujeitos se relacionam em decorrência do Vínculo de atributividade, ouseja, e a ligação jurídica existente entre as partes.
Objeto, quer dizer, o elemento sobre o qual o vinculo de atributividade recai, podendo ser um bem (o imóvel, no contrato de compra e venda) ou uma prestação (como devedor de se pagar pensão alimentícia em decorrência de processo judicial).
A relação jurídica possui sujeitos e objeto,ligando-se entre si, através do vinculo de atributividade.
Encontra-sea responsabilidade do Estado acerca da proteção das normasconsumeristas no artigo 5o, inciso XXXII, da Constituição Federal ao estabelecer queo "Estado promoverá,na forma da lei, a defesa do consumidor", sendo certo aindaque o artigo 170, do mesmo diploma legal, ao cuidar dos princípios gerais daatividade econômica e financeira, determina que:(...) a ordem econômica, fundada na valorização do trabalhohumano e na livre iniciativa, te por fim assegurar a todosexistência digna, conforme os ditames da justiça social, observadosos seguintes princípios:(...)V- Defesa do consumidor.Os direitos do consumidor estão inseridos nacondição de direitos e garantias fundamentais na Constituição Federal, em 1988 antes do CDC, que é de 1990.
Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990– que versa sobre as relações de consumo. 
Tem caráter multidisciplinar, pois aborda assuntos pertencentes a outros ramos do Direito Publico e Privado.
O Código de Defesa do Consumidor e lei principiólogica e sintética que determina os preceitos gerais, que fixam os princípios fundamentais das relações de consumo e TODAS as outras LEIS que versarem sobre essa matéria deverão se submeter primeiro a ela.
O artigo 6º, garante DIREITO A INFORMAÇÃOacerca dos seguintes pontos:
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por praticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; III – a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características,composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra praticas e clausulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
O artigo 2ºCONCEITUA O CONSUMIDOR:
Consumidor e toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único - Equiparam-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
Consumidor somente e possível em sendo a pessoa destinatária final doproduto ou serviço ofertado	.
3 CONCEITOS SOBRE O CONSUMIDOR:
1 –Alguns autores entendem ser o consumidor apenas a pessoa que adquire,utiliza ou consome o produto (ou serviço) fornecido para si ou para a família, sem lhe dar destinação profissional bem como não utilizá-lo para obter resultado lucrativo.
2 –Outra corrente de autores — menos aceita — qualifica o consumidor comosendo qualquer pessoa que adquira produto ou serviço, INDEPENDENTEMENTE dodestino que lhe dará.
3 –Há ainda doutrinadores que concordam com a primeira interpretação acima citada, porem acrescerem à lista a pequena empresa ou profissional adquirente de produto com uso diverso de sua atividade fim ou com utilização. Porém deve estes comprovar sua condição de hipossuficiência, ou seja, em relação ao fornecedor não possuem a mesma condição, sujeitando-se a imposição daquele.
O artigo 3ºCONCEITUA O FORNECEDOR:
Fornecedoré toda pessoa física ou jurídica, publica ou privada,nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, quedesenvolvem atividades de produção, montagem, criação,construção, transformação, importação, exportação, distribuição oucomercialização de produtos ou prestação de serviços.
Fornecedor como a pessoa responsável pelo fornecimento ao mercado de produtos ou serviços, obtidos pela exploração de sua atividade-fim, significando dizer ser necessário o exercício do fornecimento de forma HABITUAL.
A faculdade atribuída ao consumidor de DESISTIR do contrato no prazo de sete dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicilio. Havendo valores eventualmente pagos, a qualquer titulo, serão devolvidos, de imediato, com correção monetária.
ESPÉCIES DE FORNECIMENTO:
O fornecedor pode desenvolver quaisquer das seguintes atividades:
produção: entendida como o processo de criação de certo produto através de sua fabricação. São exemplos de produção de produtos a fabrica de automóveis, de sorvete, etc.;
montagem: trata-se de atividade caracterizada pela junção das diversas partes que formam o todo do produto final.
criação: esta e a fase que da origem ao produto, decorrente do exercício da capacidade intelectual de seu criador
construção: considera-se também fornecedor a pessoa que trabalha com a construção de produtos, como navios, prédios e outros;
transformação: partindo-se da matéria-prima, seja de origem natural ou artificial, o fornecedor desenvolve certo produto final. Ex: O cacau
importação: o exercício da importação se configura com o ato de trazer produto existente em outros países para o território nacional.
exportação: nesta hipótese, ocorre o inverso da acima, ou seja, o produto parte do Brasil rumo a qualquer outro pais do mundo.
distribuição: o fornecedor exercente da atividade de distribuição e aquele que faz a logística e o envio de produtos para todas as partes do país. Cabe aqui uma ressalva importante: o fornecedor distribuidor NAO comercializa os produtos, apenas faz o sistema de sua distribuição.
comercialização: o ato de comercializar tem por característica principal a compra de produtos para sua revenda
prestação de serviços: esta expressão e extremamente ampla, significando o desenvolvimento de qualquer atividade decorrente do trabalho exercido por toda e qualquer pessoa, de forma habitual, ao destinatário do serviço, ou seja, o fornecedor.
A dúvida e se a relação entre BANCO e CLIENTE derivada da prestação de serviços bancários constitui relação de consumo e não relação comercial.
RELAÇÕES INTEREMPRESARIAIS E QUALIDADE DO FORNECIMENTO:
Segundo o artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor, o fornecedor é o responsável por qualquer vício de qualidade e quantidade do produto.
VICIO DE QUANTIDADE, sua ocorrência decorre da não entregado produto ou dos seus componentes como combinado, bastando para sua resolução que o fornecedor efetue a troca do produto, ou proceda ao abatimento no seu preço, ou complete a quantidade de acordo com que está escrito naembalagem, ou nos termos negociados, ou ainda faça a devolução do dinheiro com correção monetária, nos termos do artigo 19 do diploma legal em comento. Entra nesse vício o produto inapto para exercer a finalidade prometida ou que apresente defeito, tornando seu uso inseguro.
A ocorrência de dano ao consumidor em virtude de vicio de qualidade do produto ou serviço ofertado e tratada como ACIDENTE DE CONSUMO, gerando, mediante as devidas provas, o dever do fornecedor de indenizar a parte prejudicada.
O Código de Defesa do Consumidor adotou, em termos de responsabilidade do fornecedor, a chamada responsabilidade OBJETIVA, significando que o DEVER de indenizar surge com a simples ocorrência do dano, INDEPENDENTEMENTE de agir com CULPA!
Lembre-se: o dano poderá advir tanto do vicio de qualidade do produto ou serviço oferecido bem como da falta de informação sobre o uso correto dos mesmos, com advertência quanto aos possíveis riscos de acidente de consumo.
CASO DA COXINHA: Em processo como tais, a primeira coisa a ser feita e comprovar a existência da relação de consumo mantida com o fornecedor que, no caso, se deu pela apresentação da nota fiscal.
Pelo Código de Defesa do Consumidor são responsáveis pela indenização, o fabricante ouprodutor, o construtor e também o importador, além do exercente docomércio quando:
a) o fabricante, construtor, produtor ou importador não foremencontrados;
b) o produto não tiver a identificação clara do fabricante, produtor,construtor ou importador;
c) não conservar

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