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Plano de Intervenção para Hipertensão e Diabetes

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DA FAMÍLIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AMANDA SOUZA NOBRE 
 
 
 
 
 
 
 
ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES PARA DIMINUIÇÃO 
DAS MORBIMORTALIDADES POR HIPERTENSÃO E 
DIABETES NO TERRITÓRIO DAS ESF DA UAPS 
VILA IDEAL, NA CIDADE DE JUIZ DE FORA/MG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSELHEIRO LAFAIETE – MINAS GERAIS 
2014 
 
 
 
 
AMANDA SOUZA NOBRE 
 
 
 
 
 
 
ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES PARA DIMINUIÇÃO 
DAS MORBIMORTALIDADES POR HIPERTENSÃO E 
DIABETES NO TERRITÓRIO DAS ESF DA UAPS 
VILA IDEAL, NA CIDADE DE JUIZ DE FORA/MG 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso 
de Especialização em Atenção Básica em Saúde da 
Família, Universidade Federal de Minas Gerais, para 
obtenção do Certificado de Especialista. 
 
 Orientador: Prof. Bruno Leonardo de Castro Sena 
 
 
 
 
 
CONSELHEIRO LAFAIETE – MINAS GERAIS 
2014 
 
 
 
 
 
 
AMANDA SOUZA NOBRE 
 
 
 
 
ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES PARA DIMINUIÇÃO 
DAS MORBIMORTALIDADES POR HIPERTENSÃO E 
DIABETES NO TERRITÓRIO DAS ESF DA UAPS 
 VILA IDEAL, NA CIDADE DE JUIZ DE FORA/MG 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso 
de Especialização em Atenção Básica em Saúde da 
Família, Universidade Federal de Minas Gerais, para 
obtenção do Certificado de Especialista. 
 
Orientador: Prof. Bruno Leonardo de Castro Sena 
 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
Prof. Bruno Leonardo de Castro Sena (Orientador) 
Profª. Ângela Cristina Labanca de Araújo (Examinadora) 
Aprovado em Belo Horizonte, em 22/03/2014. 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus, que é a fonte maior de minha existência, e sem Ele 
eu não estaria vencendo mais esta etapa em minha vida. 
Agradeço imensamente à minha mãe, Cristina, que me incentivou a todo momento a 
lutar contra o desânimo, não fraquejar e não desistir. Você foi minha “musa inspiradora”, pela 
grande profissional e pessoa maravilhosa que você é. Sou sua fã! 
Ao meu pai, Cláudio, pelo amor, apoio e incentivo para concluir este curso. 
Ao meu namorado, Samuel, pelo amor, paciência, compreensão, carinho, apoio e 
ajuda. Te amo! 
Às equipes da UAPS Vila Ideal, pelo convívio, pela troca de conhecimentos, pelo 
apoio e momentos compartilhados. Em especial, à enfermeira Érika, que me ajudou muito 
durante o curso, e por ser um exemplo de profissional. 
À tutora Kátia, pelos ensinamentos e paciência comigo. 
Ao meu orientador, Bruno Sena, pela paciência e compreensão, e por não ter desistido 
de mim: muito obrigada! 
E a todos, que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Nem tudo que se enfrenta pode ser modificado, mas nada pode 
ser modificado até que seja enfrentado” 
 
ALBERT EINSTEIN 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
No Brasil, as doenças do aparelho circulatório constituem hoje a principal causa de morte. O diabetes 
é outro importante problema de saúde pública. Valores elevados de pressão arterial contraindicam 
alguns procedimentos odontológicos. Pacientes diabéticos descompensados têm maior risco de 
desenvolver infecções. Por conta disso, o conhecimento da saúde geral do paciente é de extrema 
importância para os cirurgiões-dentistas. Para a elaboração da proposta do plano de intervenção, foram 
realizadas três etapas: o diagnóstico situacional em saúde, a revisão de literatura e a elaboração do 
plano de ação. O objetivo deste trabalho foi propor um plano de intervenção para organizar ações que 
diminuam as morbimortalidades por doenças crônicas, hipertensão e diabetes, de modo a melhorar a 
qualidade de vida dos usuários da Unidade de Atenção Primária à Saúde de Vila Ideal, além de 
facilitar o trabalho do cirurgião-dentista e diminuir os riscos durante o tratamento odontológico. 
Utilizou-se artigos encontrados nas bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), sites científicos 
(SCIELO, LILACS), sites institucionais (Ministério da Saúde), Google Acadêmico, além de livros e 
revistas que fazem referência sobre o tema proposto, módulos do CEABSF e a Biblioteca Virtual do 
Nescon-Programa Ágora, o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), além de fichas de 
cadastro das Equipes de Saúde da Família. O plano de intervenção foi realizado de acordo com o 
Planejamento Estratégico Situacional. Após a identificação dos principais problemas e suas causas, foi 
selecionado como prioritário o risco cardiovascular aumentado, elaborando ações para solucionar os 
nós críticos do problema. O impacto das ações propostas no plano poderá ser avaliado através do 
acompanhamento da execução do plano operativo. Conclui-se que mudanças de hábitos e estilo de 
vida são fundamentais na prevenção de agravos decorrentes de hipertensão e diabetes. Além disso, 
ações intersetoriais são de extrema importância para que sejam somados esforços para se enfrentar os 
problemas a serem solucionados, e espera-se com isso que o objetivo deste trabalho seja alcançado. 
 
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde. Diabetes. Hipertensão Arterial. Odontologia. 
Planejamento em Saúde. 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
In Brazil, circulatory diseases are now the leading cause of death. Diabetes is another important public 
health problem. High blood pressure contraindicates some dental procedures. Decompensated diabetic 
patients have higher risk of developing infections. Because of this, knowledge of the patient's general 
health is of utmost importance to dentists. For the formulation of the proposed intervention plan, three 
steps were taken: the situational diagnosis in health, literature review and drafting of the action plan. 
This study aimed to propose an action plan to organize actions to reduce morbidity and mortality from 
chronic diseases, hypertension and diabetes, to improve the quality of life for users Unidade de 
Atenção Primária à Saúde de Vila Ideal, in addition to facilitating the work of the dentist and reduce 
risks during dental treatment. Were used as sources of bibliographic research articles found in the 
database Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), scientific sites (SCIELO, LILACS), institutional sites 
(Ministério da Saúde), Google Scholar, as well as books and magazines that make reference to the 
theme, modules of CEABSF and virtual library of Nescon-Programa Ágora, the Sistema de 
Informação da Atenção Básica – SIAB (Information System Primary Care), in addition to the 
registration forms of Family Health Teams. The intervention plan was carried out according to the 
Situational Strategic Planning. After identifying the main problems and their causes, was selected as a 
priority the increased cardiovascular risk, developing actions to solve the critical problems. The 
impact of the proposed actions in the plan can be assessed by monitoring the implementation of the 
operational plan. We conclude that changes in habits and lifestyle are key in preventing aggravated 
results from hypertension and diabetes. Furthermore, intersectoral actions are extremely important to 
face the problems to be solved, and it is expected that the objective of this work to be achieved. 
 
Keywords: Primary Health Care. Diabetes. Hypertension. Dentistry. Health Planning. 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 Classificação de prioridades para os problemas identificados no 
diagnóstico situacional da UAPS Vila Ideal, do município de Juiz de 
Fora – MG............................................................................................ 
 
 
27 
Quadro 2 Descritores do problema “risco cardiovascular aumentado” na UAPS 
Vila Ideal, do município de Juiz de Fora – MG..................................... 
 
28 
Quadro 3 Desenho das operações para os nós críticos...........................................29 
Quadro 4 Recursos críticos para o desenvolvimento das operações definidas 
para o enfrentamento dos “nós” críticos do problema “risco 
cardiovascular aumentado”.................................................................... 
 
 
31 
Quadro 5 Plano Operativo do planejamento: responsáveis e prazos..................... 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
AINES – Anti-inflamatórios Não Esteróides 
BVS – Biblioteca Virtual de Saúde 
CEABSF – Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família 
DCNT – Doenças Crônicas Não Transmissíveis 
DM – Diabetes Mellitus 
ECA – Enzima Conversora da Angiotensina 
ESF – Estratégia Saúde da Família 
HA – Hipertensão Arterial 
HIPERDIA – Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos 
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano 
LADA – Latent Autoimmune Diabetes in Adults 
OMS – Organização Mundial de Saúde 
PA – Pressão Arterial 
PAD – Pressão Arterial Diastólica 
PAS – Pressão Arterial Sistólica 
PES – Planejamento Estratégico Situacional 
PNAD – Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio 
SIAB – Sistema de Informação da Atenção Básica 
SUS – Sistema Único de Saúde 
UAPS – Unidade de Atenção Primária à Saúde 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 08 
2 JUSTIFICATIVA............................................................................................... 11 
3 OBJETIVOS....................................................................................................... 12 
 3.1 Objetivo Geral........................................................................................... 12 
 3.2 Objetivos Específicos................................................................................ 12 
4 METODOLOGIA............................................................................................... 13 
5 REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................... 14 
 5.1 Atenção Básica.......................................................................................... 14 
 5.2 Hipertensão............................................................................................... 15 
 5.3 Diabetes...................................................................................................... 16 
 5.4 Hipertensos na odontologia...................................................................... 18 
 5.5 Diabéticos na odontologia........................................................................ 21 
6 PLANO DE INTERVENÇÃO........................................................................... 26 
 6.1 Objetivos do plano.................................................................................... 26 
 6.2 Definição dos problemas.......................................................................... 27 
 6.3 Descrição do problema............................................................................. 28 
 6.4 Explicação do problema........................................................................... 28 
 6.5 Desenho das operações............................................................................. 29 
 6.6 Identificação dos recursos críticos........................................................... 31 
 6.7 Plano operativo......................................................................................... 32 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 34 
REFERÊNCIAS........................................................................................................ 36 
 
 
8 
 
 
 
 1 INTRODUÇÃO 
 
As doenças crônicas não transmissíveis, segundo a Organização Mundial de Saúde 
(OMS), são atualmente a principal causa de mortalidade no mundo. No Brasil, as doenças do 
aparelho circulatório constituem hoje a principal causa de morte (SILVA et al., 2006). 
 
A hipertensão arterial, além de ser um dos principais problemas de saúde no 
Brasil, eleva o custo médico-social, principalmente pelas complicações que 
causa, como as doenças cerebrovasculares, arterial coronariana, vascular de 
extremidades, insuficiência cardíaca e insuficiência renal crônica (MION et 
al., 2002a apud SILVA et al., 2006, p.181). 
 
O diabetes é outro importante problema de saúde pública, pois a falta de 
acompanhamento e controle dos níveis glicêmicos pode levar a complicações, chegando a 
casos de amputação, cegueira, dentre outros. Além disto, em diabéticos o risco de desenvolver 
hipertensão arterial (HA) é duas vezes maior que na população em geral, e têm maior 
incidência de doença coronariana, doença arterial periférica e doença vascular cerebral 
(SILVA et al., 2006). 
Diversos estudos têm mostrado que o controle rigoroso da glicemia e da pressão 
arterial é capaz de reduzir as complicações tanto da diabetes quanto da hipertensão arterial 
(SILVA et al., 2006). 
Estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que as doenças crônicas 
não transmissíveis (DCNT) já são responsáveis por 58,5% de todas as mortes ocorridas no 
mundo e por 45,9% da carga global de doenças. No Brasil, em 2008, as DCNT responderam 
por 62,8% do total das mortes por causa conhecida e séries históricas de estatísticas de 
mortalidade indicam que a proporção de mortes por DCNT aumentou em mais de três vezes 
entre as décadas de 30 e de 90 (BRASIL, 2011). 
No Brasil, o diabetes e a hipertensão constituem a primeira causa de hospitalizações 
no sistema público de saúde. A Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio – PNAD de 2008 
mostrou que 14,0% e 3,6% da população geral referiram hipertensão e diabetes 
respectivamente (ARAÚJO, 2001; BRASIL, 2011). 
Valores elevados de pressão arterial (PA) contraindicam alguns procedimentos 
odontológicos, principalmente o cirúrgico. Dessa forma, o cirurgião-dentista pode prevenir 
qualquer complicação inerente a HA durante seu atendimento (LUCINDA et al., 2010). 
9 
 
 
 
Pacientes diabéticos descompensados têm aumento de 80% no risco de desenvolver 
infecções (ALVES et al., 2006). 
Por conta disso, o conhecimento da saúde geral do paciente é de extrema importância 
para os cirurgiões-dentistas, visto que alterações sistêmicas podem influenciar o tratamento 
odontológico (FERRAZ et al., 2007). 
De acordo com dados obtidos na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Juiz de 
Fora, há 8.257 pessoas com Diabetes e 36.790 pessoas com Hipertensão Arterial, de um total 
de 265.895 pessoas cadastradas no ano de 2013, nas Unidades de Atenção Primária à Saúde 
(UAPS) de Juiz de Fora (JUIZ DE FORA, 2013). 
O foco deste trabalho é a Unidade de Atenção Primária à Saúde de Vila Ideal situada 
na cidade de Juiz de Fora/MG, cuja população é de 516.247 habitantes, predominantemente 
urbanizada, condições de vida superiores à média nacional e estadual, com Índice de 
Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,778, principalmente pelos componentes longevidade e 
educação, e as principais atividades econômicas são a indústria e serviços (IBGE, 2010). 
A área total do município é de 1.435,664 km
2
, com concentração habitacional 
predominantemente na área urbana. Sua densidade demográfica é de 359,59 hab/km
2
. A taxa 
de escolarização do município é de 90,3% (IBGE, 2010). 
A UAPS Vila Ideal conta com a assistência de duas equipes de Estratégia Saúde da 
Família (ESF) que respondem pela área 05 e 12 (Solidariedade e Vila Ideal). 
A Unidade conta com o sistema Siga Saúde, que é um conjunto de ferramentas de 
informatização para dar apoio à gestão da saúde no município. Este sistema visa informatizar 
os dados dos pacientes cadastrados nas unidades de saúde da rede pública municipal, 
disponibilizando todas as informações referentes aos tratamentos que o paciente tenha 
recebido, quando e onde foi tratado, quaismedicamentos está fazendo uso, qual o diagnóstico 
e o encaminhamento dado, além de outras informações sobre seu histórico de saúde. O Siga 
Saúde está em implantação desde março de 2012 e tem a intenção de proporcionar maior 
agilidade no atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde - SUS. 
Através da análise do levantamento de dados dos consolidados, conclui-se que há 
906 famílias cadastradas na área 05, número variável devido à migração das famílias; 918 
famílias cadastradas na área 12; total de 1824 famílias cadastradas em ambas as áreas (JUIZ 
DE FORA, 2012). 
10 
 
 
 
Deste total de famílias cadastradas, haviam 2955 pessoas cadastradas na área 05, 
sendo 52,2% do sexo feminino e 47,8% do sexo masculino; e 3117 pessoas cadastradas na 
área 12, sendo 53,44% do sexo feminino e 46,56% do sexo masculino (JUIZ DE FORA, 
2012). 
As faixas etárias predominantes na área de abrangência da equipe 05 são: de 20 a 39 
anos, que corresponde a 32,2% da população cadastrada, seguida pela faixa etária de 40 a 49 
anos - 13,8% do total, e de 60 anos ou mais, representando 13% dos cadastrados. Já na área 
12, as faixas etárias predominantes são: de 20 a 39 anos, que corresponde a 30,3% da 
população cadastrada, seguida pela faixa etária de 60 anos ou mais – 17,8% do total, e de 40 a 
49 anos ou mais, representando 13,8% dos cadastrados, sendo que 3,01% da população da 
área de abrangência possui plano de saúde na área 05 e 12,83% na área 12 (JUIZ DE FORA, 
2012). 
Quanto à situação de saúde/doença da população, há 104 Diabéticos cadastrados na 
área 05 e apenas 59,6% fazem acompanhamento com as equipes, e 163 Diabéticos 
cadastrados na área 12 e apenas 78,5% fazem acompanhamento com as equipes; 396 
Hipertensos cadastrados na área 05, 49,8% destes em acompanhamento, e 585 Hipertensos 
cadastrados na área 12, sendo 72,82% destes em acompanhamento (JUIZ DE FORA, 2012). 
Dentre os problemas identificados pelas equipes na área de abrangência, os de maior 
relevância são: grande número de pacientes hipertensos e/ou diabéticos, violência, gravidez 
indesejada, mau planejamento das equipes. 
Porém, de acordo com os critérios de governabilidade, urgência e impacto, o 
problema eleito como prioridade foi o risco cardiovascular aumentado, devido ao grande 
número de hipertensos e/ou diabéticos existentes na área de abrangência. 
Sendo assim, o objetivo deste trabalho será a elaboração de uma proposta de 
intervenção para organizar ações que diminuam as morbi-mortalidades destas doenças 
crônicas, HA e diabetes, de modo que melhore a qualidade de vida dos usuários da UAPS 
Vila Ideal, além de facilitar o trabalho do cirurgião-dentista e diminuir os riscos durante o 
tratamento odontológico. 
 
11 
 
 
 
2 JUSTIFICATIVA 
 
As doenças crônicas não transmissíveis são atualmente a principal causa de 
mortalidade no mundo. No Brasil, as doenças do aparelho circulatório constituem hoje a 
principal causa de morte, sendo o diabetes outro importante problema de saúde pública 
(SILVA et al., 2006). 
Valores elevados de PA contraindicam alguns procedimentos odontológicos, 
principalmente o cirúrgico. Dessa forma, o cirurgião-dentista pode prevenir qualquer 
complicação inerente a HA durante seu atendimento (LUCINDA et al., 2010). 
Pacientes diabéticos descompensados têm aumento de 80% no risco de desenvolver 
infecções (ALVES et al., 2006). 
Por conta disso, o conhecimento da saúde geral do paciente é de extrema importância 
para os cirurgiões-dentistas, visto que alterações sistêmicas podem influenciar o tratamento 
odontológico (FERRAZ et al., 2007). 
Em Juiz de Fora, especificamente na área de abrangência da UAPS Vila Ideal, há um 
elevado número de pacientes cadastrados com hipertensão e diabetes, mostrando uma 
necessidade de conhecer mais sobre estas doenças e propor ações no controle deste grupo, 
para diminuir as morbi-mortalidades por complicações decorrentes destas, além de ser de 
suma importância durante o tratamento odontológico que tais pacientes portadores destas 
disfunções estejam controlados, para permitir que o tratamento com o cirurgião-dentista seja 
realizado com segurança tanto para o paciente quanto para o profissional, evitando 
complicações provenientes de tratamentos em pacientes descompensados. 
 
12 
 
 
 
3 OBJETIVOS 
 
3.1 Objetivo geral 
 
Elaborar uma proposta de intervenção para organizar ações para diminuição das 
morbi-mortalidades por hipertensão arterial e diabetes no território das equipes de ESF da 
UAPS Vila Ideal, situada no município de Juiz de Fora/MG. 
 
3.2 Objetivos Específicos 
 
 Trabalhar em parceria com as equipes de ESF, na prevenção e controle do diabetes e 
hipertensão da população adscrita. 
 Realizar avaliação periódica dos portadores de hipertensão e diabetes, principalmente 
dos estratificados como de maior risco. 
 Encaminhar os pacientes classificados como de maior risco para atendimento na 
Atenção Secundária (Centro HIPERDIA). 
 Reduzir as internações e complicações decorrentes da hipertensão e diabetes. 
 Reduzir os riscos no atendimento odontológico em pacientes hipertensos e diabéticos. 
 
13 
 
 
 
4 METODOLOGIA 
 
Para a elaboração da proposta do plano de intervenção, foram realizadas três etapas: 
o diagnóstico situacional em saúde, a revisão de literatura e a elaboração do plano de ação 
propriamente dito. 
O Diagnóstico Situacional realizado em 2012 embasou-se no método da Estimativa 
Rápida que, segundo Campos, Faria e Santos (2010), constitui um modo de se obter 
informações sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o seu 
enfrentamento, num curto período de tempo e sem altos gastos, constituindo importante 
ferramenta para apoiar um processo de planejamento participativo. Seu objetivo é envolver a 
população na identificação das suas necessidades e problemas e também os atores sociais, que 
controlam recursos para o enfrentamento dos problemas. 
O embasamento teórico para a realização do presente trabalho foi a partir de artigos 
encontrados nas bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), sites científicos 
(SCIELO, LILACS), sites institucionais (Ministério da Saúde), Google Acadêmico, além de 
livros e revistas que fazem referência sobre o tema proposto. Foram utilizadas também como 
fontes da pesquisa bibliográfica, módulos do CEABSF e a biblioteca virtual do Nescon-
Programa Ágora. O Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) foi outra fonte de 
consultas, além das fichas de cadastro das equipes de ESF. 
Os critérios de inclusão dos artigos foram: artigos publicados a partir do ano 2000 e 
que abordassem a temática explicitada. Para a pesquisa foram utilizados os seguintes 
descritores: “atenção primária à saúde”, “diabetes”, “hipertensão arterial”, “odontologia”, 
“planejamento em saúde”. 
As equipes priorizaram o problema do risco cardiovascular aumentado no território 
das equipes de ESF da UAPS Vila Ideal, elaborando um plano de intervenção na tentativa de 
minimizar o problema, seguindo o método de Planejamento Estratégico Situacional (PES) 
estudado no módulo sobre Planejamento e Avaliação das Ações em Saúde do CEABSF, que 
consiste na identificação e priorização dos problemas a serem enfrentados através de um 
processo participativo e elaboração das soluções para o enfrentamento destes problemas 
através de estratégias viáveis para alcançar os objetivos propostos. 
14 
 
 
 
5 REVISÃO DE LITERATURA 
 
5.1 Atenção Básica 
 
Segundo descrito na revista Cadernos de Atenção Básica - Saúde Bucal, do Ministério 
da Saúde, a Atenção Básica constitui: 
 
Um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual ou coletivo, que 
abrange a promoção e proteção da saúde, a prevenção de agravos, o 
diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde, situadas 
no primeiro nível de atenção do sistema de saúde. É desenvolvida por meio 
do exercício depráticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, 
sob a forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem 
delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a 
dinamicidade existente no território em que vivem essas populações 
(BRASIL, 2006a, p.08). 
 
Aspecto fundamental para a efetivação da Atenção Primária é a promoção de saúde, 
que é uma estratégia que objetiva a melhoria na qualidade de vida e a redução da 
vulnerabilidade e dos riscos à saúde, por meio da construção de políticas públicas saudáveis, 
que levem a população a ter melhorias no modo de viver: condições de trabalho, habitação, 
educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais (BRASIL, 2006a). 
Durante muitos anos, no Brasil, a inserção da saúde bucal e das práticas odontológicas 
no SUS deu-se de forma paralela e afastada do processo de organização dos demais serviços 
de saúde. Atualmente, essa tendência vem sendo revertida, observando-se o esforço para 
promover uma maior integração da saúde bucal nos serviços de saúde em geral, a partir da 
conjugação de saberes e práticas que apontem para a promoção e vigilância em saúde, para 
revisão das práticas assistenciais que incorporam a abordagem familiar e a defesa da vida 
(BRASIL, 2006a). 
Com a inserção das equipes de saúde bucal na Estratégia Saúde da Família (ESF) em 
2000, o Sistema Único de Saúde (SUS) prevê a evolução do modelo assistencial centrado na 
doença e demanda espontânea para o modelo de atenção integral à saúde, no qual devem se 
articular ações de promoção e proteção ao lado daquelas de recuperação propriamente ditas. 
Além da implantação das equipes de Saúde Bucal, o lançamento do programa “Brasil 
15 
 
 
 
Sorridente” e a publicação da Política Nacional de Saúde Bucal têm possibilitado a ampliação 
do acesso aos cuidados em saúde bucal no país (JACCOTTET et al., 2012). 
Em janeiro de 2004, o Ministério da Saúde elaborou o documento “Diretrizes da 
Política Nacional de Saúde Bucal, que apontam para uma reorganização da atenção em saúde 
bucal em todos os níveis de atenção e para o desenvolvimento de ações intersetoriais, tendo o 
conceito do cuidado como eixo de reorientação do modelo, respondendo a uma concepção de 
saúde não centrada somente na assistência aos doentes, mas sobretudo na promoção da boa 
qualidade de vida e intervenção nos fatores que a colocam em risco, incorporando ações 
programáticas de uma forma mais abrangente. Destaca-se, entre outras ações, o 
desenvolvimento de ações complementares e imprescindíveis voltadas para as condições 
especiais de vida como saúde da mulher, saúde do trabalhador, portadores de necessidades 
especiais, hipertensos, diabéticos, entre outras (BRASIL, 2006a; MINAS GERAIS, 2012). 
 
5.2 Hipertensão 
 
Segundo a Linha Guia – Atenção à Saúde do Adulto: Hipertensão e Diabete, a 
hipertensão arterial é definida pela persistência dos níveis de pressão arterial sistólica (PAS) 
maior ou igual a 140mmHg e pressão arterial diastólica (PAD), maior ou igual a 90mmHg, 
em indivíduos que não estão fazendo uso de medicação anti-hipertensiva (MINAS GERAIS, 
2007; NASCIMENTO et al., 2011). 
Admite-se como pressão arterial ideal, condição em que o indivíduo apresenta o 
menor risco cardiovascular, PAS menor que 120mmHg e PAD menor que 80mmHg 
(BRASIL, 2001). 
Trata-se de uma patologia de início silencioso, com repercussões clínicas importantes 
para os sistemas cardiovascular e renovascular, acompanhadas frequentemente de co-
morbidades de grande impacto para os indicadores de saúde da população (MINAS GERAIS, 
2007). 
De acordo com os Cadernos de Atenção Básica – Hipertensão Arterial Sistêmica em 
Brasil (2006b), a classificação da pressão arterial para adultos com mais de 18 anos é: 
 Normal: PAS < 120mmHg e PAD < 80mmHg 
 Pré-hipertensão: PAS 120-139mmHg e PAD 80-89mmHg 
 Hipertensão estágio 1: PAS 140-159mmHg e PAD 90-99mmHg 
16 
 
 
 
 Hipertensão estágio 2: PAS ≥ 160mmHg e PAD ≥100mmHg 
Segundo a Linha Guia – Atenção à Saúde do Adulto: Hipertensão e Diabete em Minas 
Gerais (2007), esses são alguns dos fatores de risco para hipertensão: 
 Idade: > idade > risco 
 Raça: mulheres afrodescendentes > risco que mulheres caucasianas 
 Nível sócio econômico: menor nível maior a chance de desenvolver a hipertensão 
 Consumo de sal: > consumo > risco 
 Obesidade: mais obesos > risco 
 Sedentarismo: < atividade física > risco. 
 
5.3 Diabetes 
 
De acordo com a definição da Linha Guia – Atenção à Saúde do Adulto: Hipertensão e 
Diabete, Diabetes Mellitus (DM) é um quadro de hiperglicemia crônica, acompanhado de 
distúrbios do metabolismo de carboidratos, de proteínas e de gorduras, caracterizado por 
hiperglicemia que resulta de uma deficiente secreção de insulina pelas células beta, resistência 
periférica à ação da insulina ou ambas, cujos efeitos crônicos incluem dano ou falência de 
órgãos, especialmente rins, nervos, coração e vasos sanguíneos (MINAS GERAIS, 2007). 
Segundo descrito nos Cadernos de Atenção Básica – Hipertensão Arterial Sistêmica e 
Diabetes Mellitus – Protocolo, o Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome de etiologia 
múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina exercer 
adequadamente seus efeitos (BRASIL, 2001). 
Os tipos de diabetes mais frequentes são o diabetes tipo 1, anteriormente conhecido 
como diabetes juvenil, que compreende cerca de 10% do total de casos, e o diabetes tipo 2, 
anteriormente conhecido como diabetes do adulto, que compreende cerca de 90% do total de 
casos. Outro tipo de diabetes encontrado com maior frequência e cuja etiologia ainda não está 
esclarecida é o diabetes gestacional, que em geral, é um estágio pré-clínico de diabetes, 
detectado no rastreamento pré-natal. Outros tipos específicos de diabetes menos frequentes 
podem resultar de defeitos genéticos da função das células beta, defeitos genéticos da ação da 
insulina, doenças do pâncreas exócrino, endocrinopatias, efeito colateral de medicamentos, 
infecções e outras síndromes genéticas associadas ao diabetes (BRASIL, 2001; BRASIL, 
2006c). 
17 
 
 
 
Com relação ao diabetes tipo 1, o termo “tipo 1” indica destruição da célula beta que 
eventualmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de 
insulina é necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte. O desenvolvimento do diabetes 
tipo 1 pode ocorrer de forma rapidamente progressiva, principalmente, em crianças e 
adolescentes (pico de incidência entre 10 e 14 anos), ou de forma lentamente progressiva, 
geralmente em adultos (LADA, latent autoimmune diabetes in adults; doença autoimune 
latente em adultos). Esse último tipo de diabetes, muitas vezes é erroneamente classificado 
como tipo 2 pelo seu aparecimento tardio. Estima-se que 5-10% dos pacientes inicialmente 
considerados como tendo diabetes tipo 2 podem, de fato, ter LADA (BRASIL, 2006c). 
A respeito do diabetes tipo 2, o termo "tipo 2" é usado para designar uma deficiência 
relativa de insulina. A administração de insulina nesses casos, quando efetuada, não visa 
evitar cetoacidose, mas alcançar controle do quadro hiperglicêmico. A maioria dos casos 
apresenta excesso de peso ou deposição central de gordura. Em geral, mostram evidências de 
resistência à ação da insulina e o defeito na secreção de insulina manifesta-se pela 
incapacidade de compensar essa resistência (BRASIL, 2006c). 
Já o diabetes gestacional, é a hiperglicemia diagnosticada na gravidez, de intensidade 
variada, geralmente se resolvendo no período pós-parto, mas retornando anos depois em 
grande parte dos casos (BRASIL, 2006c). 
A hiperglicemia pode causar alterações funcionais ou patológicas por um longo 
período antes que o diagnóstico seja estabelecido. Os sintomas clássicos de diabetes são: 
poliúria, polidipsia, polifagia e perda involuntária de peso (os "4 Ps"). Outrossintomas que 
levantam a suspeita clínica são: fadiga, fraqueza, letargia, prurido cutâneo e vulvar, 
balanopostite e infecções de repetição. Algumas vezes o diagnóstico é feito a partir de 
complicações crônicas como neuropatia, retinopatia ou doença cardiovascular aterosclerótica. 
(MINAS GERAIS, 2007; BRASIL, 2006c). 
No Brasil, estima-se que cerca de cinco milhões de indivíduos adultos com diabetes 
desconheçam o diagnóstico e, portanto, a doença será identificada frequentemente pelo 
aparecimento de uma de suas complicações (MINAS GERAIS, 2007). 
Testes de rastreamento são indicados em indivíduos assintomáticos que apresentem 
maior risco da doença, apesar de não haver ensaios clínicos que documentem o benefício 
resultante e a relação custo-efetividade ser questionável. Fatores indicativos de maior risco 
são: idade >45 anos; sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC >25); obesidade central 
18 
 
 
 
(cintura abdominal >102 cm para homens e >88 cm para mulheres, medida na altura das 
cristas ilíacas); antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes; hipertensão arterial (>140/90 
mmHg); colesterol HDL de 35 mg/dL e/ou triglicerídeos de 150 mg/dL; história de 
macrossomia ou diabetes gestacional; diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos; 
doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida (BRASIL, 2006c; 
CARVALHO, 2002). 
Indivíduos de alto risco requerem investigação diagnóstica laboratorial com glicemia 
de jejum e/ou teste de tolerância à glicose. Alguns casos serão confirmados como portadores 
de diabetes, outros apresentarão alteração na regulação glicêmica (tolerância à glicose 
diminuída ou glicemia de jejum alterada), o que confere maior risco de desenvolver diabetes 
(BRASIL, 2006c). 
Indivíduos em alto risco (com tolerância à glicose diminuída) podem prevenir, ou ao 
menos retardar, o aparecimento do diabetes tipo 2. Mudanças de estilo de vida reduziram 58% 
da incidência de diabetes em 3 anos. Essas mudanças visavam discreta redução de peso (5-
10% do peso), manutenção do peso perdido, aumento da ingestão de fibras, restrição 
energética moderada, restrição de gorduras, especialmente as saturadas, e aumento de 
atividade física regular. Intervenções farmacológicas, p.ex., alguns medicamentos utilizados 
no tratamento do diabetes, como a metformina, também foram eficazes, reduzindo em 31% a 
incidência de diabetes em 3 anos. Esse efeito foi mais acentuado em pacientes com IMC > 35 
kg/m2 (BRASIL, 2006c). 
Cerca de 80% dos casos de diabetes tipo 2 podem ser atendidos predominantemente na 
atenção básica, enquanto que os casos de diabetes tipo 1 requerem maior colaboração com 
especialistas em função da complexidade de seu acompanhamento. Em ambos os casos, a 
coordenação do cuidado dentro e fora do sistema de saúde é responsabilidade da equipe de 
atenção básica (BRASIL, 2006c). 
 
5.4 Hipertensos na Odontologia 
 
A hipertensão arterial é a doença sistêmica mais frequente nos consultórios 
odontológicos e pode ser diagnosticada precocemente pela aferição da pressão arterial de 
forma habitual. A visita regular do paciente ao cirurgião-dentista faz deste um profissional 
19 
 
 
 
fundamental na detecção precoce da doença, visto que comumente é assintomática 
(NASCIMENTO et al., 2011; OLIVEIRA; SIMONE; RIBEIRO, 2010). 
As alterações bucais relacionadas ao uso crônico de medicamentos anti-hipertensivos 
são: xerostomia, reações liquenoides, crescimento gengival e, em menor escala, redução ou 
perda do paladar, sensação de gosto metálico, angioedema (lábio ou língua), glossite e úlceras 
(NASCIMENTO et al., 2011). 
Pacientes com elevações leves a moderadas da pressão arterial sistólica ou diastólica 
são riscos aceitáveis para tratamento odontológico, incluindo o uso de anestésicos locais com 
vasopressores. Os pacientes hipertensos devem ter sua pressão arterial monitorizada a cada 
consulta e devem ser tratados de acordo com a recomendação mais recente (SANTOS et al., 
2009). 
O uso de anestésicos locais sem vasoconstritor produz vasodilatação - aumentando a 
sua absorção, aumentando sua toxicidade e diminuindo a duração e a efetividade da ação 
anestésica local e aumentando o risco de hemorragias. A ausência do vasoconstritor também 
reduz a duração da ação do anestésico e aumenta a possibilidade da dor, podendo induzir ao 
estresse e, por conseguinte, ao aumento da pressão sanguínea, causando um dilema ao 
profissional e obrigando-o a ter conhecimento sobre a quantidade e o tipo de anestésico a ser 
empregado. Os cirurgiões-dentistas em geral encontram dificuldades em tratar pacientes 
hipertensos, quando estes têm que se submeterem ao uso de anestésicos locais, porque temem 
que o uso destes anestésicos, que contêm vasoconstritores, provoque alterações significativas 
na pressão arterial a ponto de colocá-los em risco de vida (NASCIMENTO et al., 2011; 
SILVA NETO, 2010). 
Os vasoconstritores associados aos anestésicos locais não produzem efeitos 
farmacológicos, além da constrição arteriolar localizada. Como contraindicação do uso de 
vasoconstritores, cita-se: Infarto do miocárdio recente (menos de 6 meses), hipertensão grave 
não controlada, acidente vascular cerebral recente, entre outros (SILVA NETO, 2010). 
A quantidade de adrenalina (epinefrina) exógena injetada deveria estar entre 18µg a 
58µg, o que corresponderia a até três tubetes (5,4ml) de anestésico que contenha uma 
concentração deste vasoconstritor de 1:100.000, evitando a administração intravascular. Com 
isso é possível beneficiar o paciente com uma anestesia eficaz, reduzindo o efeito da liberação 
de adrenalina endógena, a evitar a sintomatologia dolorosa e prolongando a duração da 
anestesia (OLIVEIRA; SIMONE; RIBEIRO, 2010). 
20 
 
 
 
É preferível evitar administrar altas concentrações de vasoconstritores nos casos de 
doença cardiovascular significativa, em virtude do aumento do risco de desenvolvimento de 
resposta adversa. Recomenda-se a utilização de drogas alternativas que não estejam 
contraindicadas, como anestésicos locais com concentrações de adrenalina (epinefrina) de 
1:200.000 ou 1:100.000, ou mepivacaína a 3%, ou prilocaína a 4% (bloqueio de nervos). 
Também são citados: Citanest 3% - Cloridrato de prilocaína 30mg; Octapressin 0,03 u.i.; 
Citocaína – Cloridrato de prilocaína 30 mg com Felipressina 0,03 u.i. (SANTOS et al., 2009). 
Embora a incidência de reações adversas para anestesia local seja baixa, os 
procedimentos cirúrgicos podem causar estresse para o sistema cardiovascular, especialmente 
em pacientes com doença cardíaca estabelecida (SANTOS et al., 2009). 
Durante o tratamento odontológico, a resposta hemodinâmica está relacionada, além 
da ansiedade, à presença ou não de dor. A dor é um potente mecanismo acionador do sistema 
nervoso simpático. O tratamento realizado sem anestesia traz efeitos hemodinâmicos mais 
acentuados que aqueles realizados com anestésico e vasoconstritor, devido à dor, que 
funciona como desencadeador das modificações hemodinâmicas (SANTOS et al., 2009). 
O uso de norepinefrina ao invés de epinefrina acentua ainda mais as modificações 
hemodinâmicas, daí seu uso ter se tornado obsoleto na odontologia. Ainda nestes pacientes, é 
muito importante a redução do estresse aplicando todas as estratégias do protocolo de redução 
de ansiedade, mas também complementando com uma pré-medicação ansiolítica (SANTOS et 
al., 2009). 
Os pacientes com PAS em repouso (mínimo de 5 minutos de repouso) maior do que 
200 mmHg ou diastólica superior a 115 mm Hg correm riscos significativos e não devem ser 
submetidos a qualquer tratamento odontológico eletivo invasivo, até que seu problema clínico 
mais importante da hipertensão arterial seja corrigido. Os pacientes com doença 
cardiovascular grave podem correr grande risco no tratamento odontológico eletivo 
(SANTOS et al., 2009). 
Quanto à medicação prescrita aos pacientes hipertensos,há a contraindicação do uso 
de anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), que diminuem a síntese de prostaglandinas, 
essenciais à metabolização de agentes hipertensivos. Desta forma, a prescrição de AINEs a 
pacientes hipertensos provoca a retenção de sódio, com consequente aumento do volume de 
líquido intravascular e elevação da pressão arterial. Há restrições também quanto ao uso de 
analgésicos, como o AAS, para pacientes que utilizam anticoagulantes, bem como nos 
21 
 
 
 
pacientes que utilizam anti-hipertensivos do grupo dos inibidores da ECA (enzima conversora 
da angiotensina - ex. Captopril) (NASCIMENTO et al., 2011). 
 
5.5 Diabéticos na Odontologia 
 
Entre as principais manifestações bucais dos pacientes diabéticos não controlados, 
estão a xerostomia, glossodinia, distúrbios de gustação e doença periodontal. É comum a 
modificação da flora bucal com tendência à candidíase oral e à queilite angular. 
Especialmente em crianças, a doença está associada à perda de cálcio pelo organismo, 
podendo levar a descalcificação óssea alveolar e hipoplasia de esmalte. Alterações menos 
frequentes são: a tumefação da glândula parótida, aftas recidivantes e focos de infecções. 
Ocorrem, ainda, distúrbios no processo de cicatrização, e aterosclerose cerebrovascular, 
cardiovascular e de vasos periféricos (TERRA, GOULART, BAVARESCO, 2011; SOUSA et 
al., 2003). 
Grande parte dos pacientes com DM2 desconhece a sua doença. Portanto, o cirurgião-
dentista deve estar atento para suspeitar dos casos não diagnosticados, encaminhando para o 
médico assistente aqueles indivíduos que apresentem sintomatologia oral (candidíase, 
xerostomia) ou sistêmica sugestiva de DM1 (poliúria, polidipsia, polifagia, perda de peso) ou 
DM2 (obesidade, dislipidemia, hipertensão) (ALVES et al., 2006; TERRA, GOULART, 
BAVARESCO, 2011; SOUSA et al., 2003; SILVA NETO, 2010). 
Em longo prazo, a hiperglicemia pode causar disfunção e falência de diversos órgãos, 
e dentre as complicações sistêmicas, incluem-se as alterações bucais, com destaque para a 
doença periodontal, considerada por alguns como a sexta complicação crônica do DM 
(ALVES et al., 2006; TERRA, GOULART, BAVARESCO, 2011). 
Indivíduos com DM estão mais propensos a desenvolver infecções e abscessos na 
cavidade bucal, o que pode agravar o controle metabólico. A susceptibilidade para infecções 
orais, a exemplo da candidíase oral, é favorecida pela hiperglicemia, diminuição do fluxo 
salivar e alterações na composição da saliva, através de modificações em proteínas 
antimicrobianas como lactoferrina, lisozima e lactoperoxidase (ALVES et al., 2006; SOUSA 
et al., 2003). 
A susceptibilidade e a progressão da doença periodontal, no paciente diabético, está 
associada ao descontrole metabólico, à presença de complicações, ao espessamento dos vasos 
22 
 
 
 
sanguíneos, à redução da quimiotaxia dos neutrófilos, à glicosilação (ligação de glicose a 
proteínas) de proteínas estruturais, formando produtos avançados de glicosilação (AGEs), 
função reduzida dos fibroblastos e alterações genéticas, como herança de determinados 
antígenos de histocompatibilidade (ALVES et al., 2006; SOUSA et al., 2003). 
Um estudo mostrou prevalência de 9,8% de doença periodontal em pacientes com 
DM1, quando comparados a 1,6% em não diabético. No DM2, o risco de doença periodontal é 
três vezes maior do que na população em geral. A manifestação inicial é gengivite 
(sangramento, recessão gengival), que, se não cuidada, progride para doença periodontal 
severa, com formação de bolsas periodontais ativas, abscessos periodontais, osteoporose 
trabecular e destruição do suporte periodontal, além de cicatrização lenta do tecido 
periodontal (ALVES et al., 2006; SOUSA et al., 2003; SILVA NETO, 2010). 
Algumas hipóteses consideram uma associação bidirecional entre diabetes e doença 
periodontal. Nessas hipóteses, o diabetes alteraria a resposta imunológica e metabólica do 
organismo, favorecendo e exacerbando a doença periodontal, e ela contribuiria para o mau 
controle dos níveis glicêmicos. Assim, a manutenção da saúde dos tecidos periodontais 
contribui para um melhor controle metabólico, reduzindo as necessidades de insulina e os 
níveis de hemoglobina glicosilada (ALVES et al., 2006; SILVA NETO, 2010). 
Existe evidência científica que relaciona a doença periodontal como um empecilho 
para se obter um adequado controle metabólico no paciente diabético. A presença de 
infecções como a doença periodontal leva à estimulação da resposta inflamatória resultando 
em situação de estresse, que aumenta a resistência dos tecidos à insulina, piorando o controle 
do diabetes (TERRA, GOULART, BAVARESCO, 2011; SOUSA et al., 2003). 
Nos pacientes com diagnóstico prévio, o dentista deve se informar sobre o tipo da 
doença (DM1, DM2,), duração da enfermidade, terapia (dieta, insulina, hipoglicemiantes, 
horário da última dose desses medicamentos), horário da última refeição, controle metabólico 
(HbA1c), complicações (nefropatia, neuropatia, retinopatia), sintomas de hipoglicemia, 
história de hospitalização e cetoacidose, infecções sistêmicas (febre, mal-estar, uso de 
antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos) e medicamentos para tratar complicações 
associadas ao DM. Os anti-hipertensivos podem causar desidratação, os antidepressivos e 
benzodiazepínicos podem levar à hiposalivação, os anti-inflamatórios não-esteróides (AINES) 
podem potencializar os efeitos dos hipoglicemiantes orais, aumentando o risco de 
hipoglicemia, e os corticóides podem agravar a hiperglicemia. Também é importante 
23 
 
 
 
questionar sobre hipertensão arterial, uso de álcool (causa de hipoglicemia) e tabagismo 
(ALVES et al., 2006; SOUSA et al., 2003; CARVALHO, 2002). 
O médico assistente deverá ser consultado no caso de pacientes com complicações 
crônicas, para discutir possíveis modificações no plano terapêutico, principalmente se 
procedimentos cirúrgicos forem necessários. Nas diabéticas grávidas, é fundamental se 
informar dos cuidados em relação ao uso de medicamentos e exposição aos raios X (ALVES 
et al., 2006). 
Aqueles com diagnóstico prévio de DM deverão ter sua glicemia capilar avaliada antes 
do inicio do procedimento, para identificar e tratar uma possível hipoglicemia ou 
hiperglicemia (ALVES et al., 2006; CARVALHO, 2002). 
Radiografias de unidades dentárias específicas e radiografias panorâmicas estão 
indicadas para complementar o exame físico, quando da avaliação de doença periodontal, 
inserção óssea, tratamentos endodônticos, abscessos, lesões cariosas e comprometimento 
ósseo (ALVES et al., 2006). 
Pacientes bem controlados, sem complicações crônicas, com boa higiene bucal e 
acompanhamento médico regular podem ser tratados sem necessidade de cuidados especiais, 
uma vez que eles respondem de forma favorável e da mesma forma que não-diabéticos. 
Naqueles com descompensação metabólica e (ou) múltiplas complicações, o tratamento 
odontológico será paliativo e indicado em situações de urgência, como presença de dor e 
infecções. A terapia definitiva será adiada até estabilização das condições metabólicas. 
Pacientes com glicemia, em jejum, acima de 230 mg/dL, têm um aumento de 80% no risco de 
desenvolver infecção (ALVES et al., 2006; TERRA, GOULART, BAVARESCO, 2011). 
Jejum e horário do atendimento: no dia que precede a consulta odontológica, a dieta 
será de acordo com o padrão usado pelo paciente. Em caso de necessidade de jejum 
prolongado, ou antecipação de redução na ingestão alimentar após o procedimento, poderá ser 
necessária a redução ou a omissão de doses dos hipoglicemiantes orais ou da insulina. O 
jejum desnecessário é um dos fatores precipitantes para hipoglicemia. O atendimento 
odontológico pode ser feito em qualquer horário do dia (ALVES et al., 2006; SOUSA et al., 
2003). 
É importante que o cirurgião-dentista possua um glicosímetro para checar a glicemia 
capilar antes daconsulta ou durante a mesma, caso se suspeite de hipoglicemia ou 
hiperglicemia (ALVES et al., 2006). 
24 
 
 
 
Ajustes nas doses de insulina e hipoglicemiantes orais: ajustes nas doses de 
medicamentos estão indicados quando houver necessidade de jejum prolongado, uso de 
AINES ou corticoides, realização de procedimentos invasivos e antecipação de dor ou estresse 
importante. Os hipoglicemiantes orais podem ter seu efeito potencializado pelo uso 
concomitante de AINES, que deslocam os hipoglicemiantes do seu sítio de ligação, 
aumentando o efeito hipoglicemiante, enquanto os corticosteróides têm efeito 
hiperglicemiante. Assim, a prescrição desses dois medicamentos deve ser criteriosa, sendo 
necessário entrar em contato com o médico responsável, para ajustar sua posologia. A não ser 
nessas situações, os pacientes devem ser instruídos a manter a dose usual de seus 
medicamentos (ALVES et al., 2006). 
Ansiedade e medo: esses sintomas devem ser controlados, pois levam à liberação de 
adrenalina, causando aumento na glicemia. Os benzodiazepínicos usados para tratar ansiedade 
(diazepan, lorazepan), embora possam causar hiposalivação, não são contraindicados 
(ALVES et al., 2006). 
A dor pode ser controlada com analgésicos simples (acetaminofeno, dipirona) e 
AINES (nimesulida, ibuprofeno, diclofenaco). Nos casos graves, usar preparações com 
codeína. A inflamação pode ser controlada com AINES. Evitar corticóides pelo risco de 
hiperglicemia (ALVES et al., 2006). 
A terapêutica antimicrobiana para pacientes com bom controle glicêmico é semelhante 
ao de não-diabéticos, ou seja, só deve ser realizada quando existirem sinais e sintomas 
sistêmicos de infecção. Nos pacientes com doença mal controlada, mesmo na ausência de 
sinais e infecção, preconiza-se profilaxia antibiótica nos procedimentos que geram bacteremia 
importante. Caso seja necessária a prescrição curativa, podem ser usados: penicilinas 
(amoxicilina, ampicilina), cefalosporinas (cefalexina) ou macrolídeos (azitromicina, 
claritromicina) (ALVES et al., 2006; TERRA, GOULART, BAVARESCO, 2011; SILVA 
NETO, 2010). 
Não existe consenso sobre o tipo de anestésico local a ser usado no tratamento 
odontológico do diabético. Em pacientes compensados, os anestésicos locais com adrenalina 
ou noradrenalina podem ser usados sem problemas. Os anestésicos de longa duração não 
constituem a melhor escolha, porque têm influência no miocárdio. Em pacientes com 
descontrole metabólico, a indicação de anestésico com adrenalina é controversa. Alguns 
autores recomendam evitar uso de soluções com vasoconstrictores à base de adrenalina e 
25 
 
 
 
noradrenalina, pois essas promovem a quebra de glicogênio em glicose, aumentando ainda 
mais os níveis de glicose circulante. Nesses casos, eles recomendam usar preparados 
sintéticos (felipressina), ou usar anestésicos sem vasoconstritores. A lidocaina 2%, 
mepivacaína 2%, articaína 4% associados à adrenalina 1:100.000, prilocaína 3% com 
felipressina a 0,03 UI/mL, ou mepivacaína 3% (sem vasoconstritor) são opções de anestésicos 
locais usados em pacientes com DM (ALVES et al., 2006; SOUSA et al., 2003; 
CARVALHO, 2002). 
 
 
26 
 
 
 
6 PLANO DE INTERVENÇÃO 
 
O diagnóstico situacional da Unidade de Atenção Primária à Saúde de Vila Ideal foi 
realizado através do método da estimativa rápida. 
A estimativa rápida constitui um modo de se obterem informações sobre um conjunto 
de problemas e dos recursos potenciais para o seu enfrentamento, num curto período de tempo 
e sem altos gastos, constituindo importante ferramenta para apoiar um processo de 
planejamento participativo (CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2010). 
Uma vez realizado e discutido o diagnóstico situacional da área de abrangência da 
UAPS Vila Ideal, foi construído o plano de ação para enfrentamento do problema escolhido a 
partir do diagnóstico realizado pelo método PES (Planejamento Estratégico Situacional). 
 
6.1 Objetivos do Plano 
 
O objetivo do plano de intervenção é organizar ações para diminuição das morbi-
mortalidades por hipertensão arterial e diabetes no território das equipes de ESF da UAPS 
Vila Ideal, situada no município de Juiz de Fora/MG, trabalhando em parceria com as equipes 
da ESF, na prevenção e controle do diabetes e hipertensão da população adscrita, realizando 
avaliação periódica dos portadores de hipertensão e diabetes, principalmente dos 
estratificados como de maior risco, encaminhando os pacientes classificados como de maior 
risco para atendimento na Atenção Secundária (Centro HIPERDIA), e como consequência, 
reduzir as internações e complicações decorrentes da hipertensão e diabetes. Com isso, há 
também uma redução dos riscos no atendimento odontológico em pacientes hipertensos e 
diabéticos, permitindo assim que o tratamento com o Cirurgião-Dentista seja realizado com 
segurança tanto para o paciente quanto para o profissional, evitando complicações 
provenientes de tratamentos em pacientes descompensados. 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
6.2 Definição dos Problemas 
 
Os principais problemas de saúde identificados na área de abrangência da UAPS Vila 
Ideal foram: grande número de pacientes hipertensos e/ou diabéticos, violência, gravidez 
indesejada, mau planejamento das equipes. 
Os problemas foram identificados, analisados e selecionados (Quadro 1) quanto à 
prioridade segundo os seguintes critérios: 
 Atribuindo um valor “alto, médio ou baixo” para a importância do problema; 
 Distribuindo pontos conforme sua urgência; 
 Definindo se a solução do problema está dentro, fora ou parcialmente dentro da 
capacidade de enfrentamento da equipe responsável pelo projeto; 
 Numerando os problemas por ordem de prioridade a partir do resultado da 
aplicação dos critérios de seleção. 
 
Quadro 1: Classificação de prioridades para os problemas identificados no diagnóstico 
situacional da UAPS Vila Ideal, do município de Juiz de Fora - MG. 
Problema Importância Urgência Capacidade de 
Enfrentamento 
Escore Seleção 
Risco 
cardiovascular 
aumentado 
(grande nº de 
hipertensos 
e/ou 
diabéticos) 
3 3 1 7 1° 
Violência 3 2 0 5 4° 
Gravidez 
indesejada 
3 2 1 6 3° 
Mau 
planejamento 
das equipes 
3 3 1 7 2° 
Fonte: Autoria Própria (2014). 
 
De acordo com os critérios de importância, urgência e capacidade de enfrentamento, 
foi priorizado o problema do risco cardiovascular aumentado (grande número de pacientes 
hipertensos e/ou diabéticos). 
 
28 
 
 
 
6.3 Descrição do Problema 
 
Para descrever o problema, as equipes utilizaram alguns dados fornecidos pelo SIAB, 
conforme mostra o Quadro 2: 
 
Quadro 2: Descritores do problema “risco cardiovascular aumentado” na UAPS Vila Ideal, 
do município de Juiz de Fora – MG. 
DESCRITORES VALORES FONTES 
Hipertensos cadastrados 981 SIAB 
Hipertensos acompanhados 
conforme protocolo 
623 SIAB 
Diabéticos cadastrados 267 SIAB 
Diabéticos acompanhados 
conforme protocolo 
190 SIAB 
Fonte: Autoria Própria (2014). 
 
6.4 Explicação do Problema 
 
Após a descrição do problema selecionado pela equipe, o próximo passo foi entendê-
lo e explicá-lo melhor. Para isso, seria necessário conhecer as suas causas para então planejar 
ações para melhorar a qualidade de vida da população adscrita. 
As causas (nós críticos) do risco cardiovascular aumentado (hipertensão e/ou diabetes) 
seriam: 
 Hábitos e estilo de vida não saudáveis; 
 Pressão social (desemprego e violência, por exemplo) que gera estresse; 
 Nível de informação sobre o problema de saúde, influenciando na forma de o 
indivíduo lidar com ele e também, na adesão ao tratamento; 
 A estrutura dos serviços de saúde, para receber e atender o paciente, 
solucionando da melhor forma seu problema, evitando complicações; 
 Processo de trabalho da equipe de saúde, afetando a qualidade do cuidado 
prestado e a eficácia do mesmo. 
 
 
 
29 
 
 
 
6.5 Desenhodas Operações 
 
Com o problema bem explicado e identificado as causas consideradas mais 
importantes, torna-se necessário pensar soluções e estratégias para o enfrentamento do 
problema, iniciando a elaboração do plano de ação propriamente dito (CAMPOS; FARIA; 
SANTOS, 2010). 
A partir da explicação do problema é que será elaborado um plano de ação, entendido 
como uma forma de sistematizar propostas de solução para enfrentar os problemas que estão 
causando o problema principal. 
 
Quadro 3: Desenho das operações para os nós críticos 
NÓ CRÍTICO OPERAÇÃO/ 
PROJETO 
RESULTADOS 
ESPERADOS 
PRODUTOS 
ESPERADOS 
RECURSOS 
NECESSÁRIOS 
Hábitos e estilos 
de vida 
inadequados 
Mudança de 
Hábito 
Modificar hábitos 
e estilos de vida 
Diminuir em no 
mínimo 25% o 
número de 
sedentários, 
tabagistas e 
obesos no prazo 
de doze meses 
Programa de 
caminhada 
orientada; 
Distribuição de 
panfletos com 
orientações sobre 
alimentação, 
prática de 
exercícios físicos 
e hábitos 
saudáveis 
Organizacional – 
para organizar as 
caminhadas; 
Cognitivo – 
informação sobre 
o tema e 
estratégias de 
comunicação; 
Financeiro – para 
aquisição de 
recursos 
audiovisuais, 
folhetos 
educativos, etc. 
Pressão social Paz e emprego 
Aumentar a oferta 
de emprego; 
incentivar a paz 
entre as pessoas 
Diminuir o 
desemprego e a 
violência 
Programa de 
geração de 
emprego e renda; 
Programa de 
incentivo à paz 
Cognitivo – 
informação sobre 
o tema, 
elaboração e 
gestão de projetos 
de geração de 
emprego e renda e 
de enfrentamento 
da violência; 
Político – 
mobilização 
social em torno 
das questões, 
articulação 
30 
 
 
 
NÓ CRÍTICO OPERAÇÃO/ 
PROJETO 
RESULTADOS 
ESPERADOS 
PRODUTOS 
ESPERADOS 
RECURSOS 
NECESSÁRIOS 
intersetorial e 
aprovação de 
projetos; 
Financeiro – 
financiamento de 
projetos 
Nível de 
informação 
Saiba mais 
Aumentar o nível 
de informação da 
população sobre 
os riscos 
cardiovasculares 
Comunidade mais 
informada sobre 
os riscos 
cardiovasculares 
Avaliação do 
nível de 
informação da 
população sobre 
risco 
cardiovascular; 
campanha 
educativa na 
UAPS; Programa 
de Saúde Escolar; 
capacitação dos 
ACS e de 
cuidadores 
Cognitivo – 
conhecimento 
sobre o tema e 
sobre estratégias 
de comunicação e 
pedagógicas; 
Organizacional – 
organização da 
agenda; Político – 
articulação 
intersetorial 
(parceria com o 
setor educação) e 
mobilização 
social 
Estrutura dos 
serviços de saúde 
Mais estrutura 
Melhorar a 
estrutura do 
serviço para o 
atendimento dos 
portadores de 
risco 
cardiovascular 
aumentado 
Garantir os 
medicamentos e 
exames previstos 
nos protocolos 
para 80% dos 
diabéticos e 
hipertensos 
Capacitação de 
pessoal; 
contratação de 
compra de 
exames e 
consultas 
especializadas; 
compra de 
medicamentos 
Políticos – 
decisão de 
aumentar os 
recursos para 
estruturar o 
serviço; 
Financeiros – 
aumento da oferta 
de exames, 
consultas e 
medicamentos; 
Cognitivo – 
elaboração do 
projeto de 
adequação 
Processo de 
trabalho da equipe 
de Saúde da 
Família 
inadequado para 
enfrentar o 
problema 
Linha de 
cuidado 
Implantar a linha 
de cuidado para 
risco 
cardiovascular 
aumentado, 
Cobertura de 80% 
da população com 
risco 
cardiovascular 
aumentado 
Linha de cuidado 
para risco 
cardiovascular 
implantada; 
protocolos 
implantados; 
recursos humanos 
Cognitivo – 
elaboração de 
projeto da linha 
de cuidado e de 
protocolos; 
Político – 
articulação entre 
31 
 
 
 
NÓ CRÍTICO OPERAÇÃO/ 
PROJETO 
RESULTADOS 
ESPERADOS 
PRODUTOS 
ESPERADOS 
RECURSOS 
NECESSÁRIOS 
incluindo os 
mecanismos de 
referência e 
contrarreferência 
capacitados; 
regulação 
implantada; 
gestão da linha de 
cuidado 
implantada 
os setores da 
saúde e adesão 
dos profissionais; 
Organizacional – 
adequação de 
fluxos (referência 
e 
contrarreferência) 
Fonte: Autoria Própria (2014). 
 
6.6 Identificação dos Recursos Críticos 
 
O processo de transformação da realidade sempre consome, com mais ou com menos 
intensidade, algum tipo de recurso. Portanto, a dimensão dessa transformação vai depender da 
disponibilidade de determinados recursos, a favor ou contra as mudanças desejadas 
(CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2010). 
A identificação dos recursos críticos a serem consumidos para execução das operações 
constitui uma atividade fundamental para analisar a viabilidade de um plano (CAMPOS; 
FARIA; SANTOS, 2010). A partir do Quadro 3, foram identificados os recursos críticos de 
cada operação e resumidos em outro quadro (QUADRO 4). 
 
Quadro 4: Recursos críticos para o desenvolvimento das operações definidas para o 
enfrentamento dos “nós” críticos do problema “risco cardiovascular aumentado”. 
OPERAÇÃO/PROJETO RECURSOS CRÍTICOS 
Mudança de Hábito Financeiro – para aquisição de recursos 
audiovisuais, folhetos educativos, etc. 
Paz e emprego Organizacional – mobilização social em torno 
das questões do desemprego e da violência; 
Político – articulação intersetorial e aprovação de 
projetos; Financeiro – financiamento do projeto. 
Saiba mais Político – articulação intersetorial. 
Mais estrutura Político – decisão de aumentar os recursos para 
estruturar o serviço; Financeiro – recursos 
necessários para a estruturação do serviço 
(custeio e equipamentos). 
Linha de cuidado Político – articulação entre os setores da saúde e 
adesão dos profissionais. 
Fonte: Autoria Própria (2014). 
32 
 
 
 
6.7 Plano Operativo 
 
O Plano Operativo mostra de forma prática, as ações necessárias para alcançar os 
objetivos propostos, os responsáveis por elas e o prazo definido para execução (QUADRO 5). 
 
Quadro 5: Plano Operativo do planejamento: responsáveis e prazos. 
OPERAÇÕES RESULTADOS PRODUTOS AÇÕES 
ESTRATÉGICAS 
RESPONSÁVEL PRAZO 
Mudança de 
Hábito 
Modificar hábitos 
e estilos de vida 
Diminuir em no 
mínimo 25% o 
número de 
sedentários, 
tabagistas e 
obesos no prazo 
de doze meses 
Programa de 
caminhada 
orientada; 
Distribuição de 
panfletos com 
orientações 
sobre 
alimentação, 
prática de 
exercícios 
físicos e hábitos 
saudáveis 
Não é necessária Enfermeiras, 
médicos, dentistas 
e ACS 
Três meses para 
o inicio das 
atividades e 
avaliação anual 
Paz e emprego 
Aumentar a oferta 
de emprego; 
incentivar a paz 
entre as pessoas 
Diminuir o 
desemprego e a 
violência 
Programa de 
geração de 
emprego e 
renda; Programa 
de incentivo à 
paz 
Apresentar o 
projeto/Apoio das 
Associações; 
Apresentar o 
projeto/Apoio das 
Associações 
Todos os 
profissionais das 
equipes de ESF da 
UAPS Vila Ideal 
Apresentar o 
projeto em seis 
meses; início 
das atividades 
em doze meses 
Saiba mais 
Aumentar o nível 
de informação da 
população sobre 
os riscos 
cardiovasculares 
Comunidade mais 
informada sobre 
os riscos 
cardiovasculares 
Avaliação do 
nível de 
informação da 
população sobre 
risco 
cardiovascular; 
campanha 
educativa na 
UAPS; 
Programa de 
Saúde Escolar; 
capacitação dos 
ACS e de 
cuidadores 
Não é necessária Enfermeiras, 
médicos, dentistas 
e ACS 
Inicio em quatro 
meses e término 
em sete meses; 
inicio em sete 
meses; inicio 
em seis meses, 
avaliações a 
cada semestre; 
inicio em três 
meses e término 
em cinco meses 
Mais estrutura 
Melhorar a 
estrutura do 
serviço para o 
atendimento dos 
portadores de 
risco 
Garantir os 
medicamentos e 
exames previstos 
nos protocolos 
para 80% dos 
diabéticos e 
hipertensos 
Capacitação de 
pessoal; 
contratação de 
compra de 
exames e 
consultas 
especializadas; 
Apresentar projeto 
de estruturação da 
rede 
Enfermeiras Cinco meses 
para 
apresentação do 
projeto e dez 
meses para 
aprovação e 
liberação dos 
33cardiovascular 
aumentado 
compra de 
medicamentos 
recursos e seis 
meses para 
compra dos 
equipamentos; 
início em cinco 
meses e 
finalização em 
dez meses 
Linha de 
cuidado 
Implantar a linha 
de cuidado para 
risco 
cardiovascular 
aumentado, 
incluindo os 
mecanismos de 
referência e 
contrarreferência 
Cobertura de 80% 
da população com 
risco 
cardiovascular 
aumentado 
Linha de 
cuidado para 
risco 
cardiovascular 
implantada; 
protocolos 
implantados; 
recursos 
humanos 
capacitados; 
regulação 
implantada; 
gestão da linha 
de cuidado 
implantada 
Não é necessária Médicos Início em três 
meses e 
finalização em 
doze meses 
Fonte: Autoria Própria (2014). 
34 
 
 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
As doenças crônicas não transmissíveis, segundo a Organização Mundial de Saúde 
(OMS), são atualmente a principal causa de mortalidade no mundo. No Brasil, as doenças do 
aparelho circulatório constituem hoje a principal causa de morte (SILVA et al., 2006). 
No Brasil, o diabetes e a hipertensão constituem a primeira causa de hospitalizações 
no sistema público de saúde. A Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio – PNAD de 2008 
mostrou que 14,0% e 3,6% da população geral referiu hipertensão e diabetes respectivamente 
(ARAÚJO, 2001; BRASIL, 2011). 
Em Juiz de Fora, especificamente na área de abrangência da UAPS Vila Ideal, há um 
elevado número de pacientes cadastrados com hipertensão e diabetes, mostrando uma 
necessidade de conhecer mais sobre estas doenças e propor ações no controle deste grupo, 
para diminuir as morbi-mortalidades por complicações decorrentes destas, sendo que também 
é de suma importância durante o tratamento odontológico que tais pacientes portadores destas 
disfunções estejam controlados. 
Espera-se com este estudo e esta proposta de plano de intervenção, contribuir para a 
diminuição das morbi-mortalidades por hipertensão arterial e diabetes no território das 
equipes de ESF da UAPS Vila Ideal, trabalhando em parceria com as equipes de ESF, na 
prevenção e controle do diabetes e hipertensão da população adscrita, realizando avaliação 
periódica dos portadores destas doenças crônicas, principalmente dos estratificados como de 
maior risco, encaminhando-os para atendimento na Atenção Secundária (Centro HIPERDIA). 
Como consequência disso, espera-se reduzir as internações e complicações decorrentes da 
hipertensão e do diabetes. Com isso, pretende-se também uma redução dos riscos no 
atendimento odontológico em pacientes hipertensos e diabéticos, permitindo assim que o 
tratamento com o cirurgião-dentista seja realizado com segurança tanto para o paciente quanto 
para o profissional, evitando complicações provenientes de tratamentos em pacientes 
descompensados. 
Após este estudo, pode-se concluir que para se atingir os objetivos propostos são 
pontos importantes: 
 O conhecimento da área de abrangência onde se atua é de fundamental 
importância, pois é mais fácil se planejar as ações quando se conhece a 
realidade de determinada população; 
35 
 
 
 
 Toda a equipe de saúde juntamente com a população deve ser mobilizada para 
que a implantação do plano de intervenção proposto consiga resultados 
favoráveis; 
 Mudanças de hábitos e estilo de vida são fundamentais na prevenção de 
agravos decorrentes de hipertensão e diabetes; 
 Investimentos na estrutura dos serviços de saúde e em recursos humanos na 
área da saúde para que se tenha um atendimento mais humanizado e mais 
resolutivo; 
 Ações intersetoriais são de extrema importância para que sejam somados 
esforços para se enfrentar os problemas a serem solucionados; 
 A abordagem familiar é muito importante, de forma que as famílias tenham 
uma participação ativa no controle destas doenças; 
 Aumentar a oferta de emprego e incentivar a paz entre as pessoas diminuindo a 
pressão social (desemprego e violência, por exemplo) que gera estresse; 
 Aumentar o nível de informação da população sobre os riscos cardiovasculares 
e outros problemas de saúde, influenciando na forma de o indivíduo lidar com 
eles e também, na adesão ao tratamento; 
 Implantar a linha de cuidado para risco cardiovascular aumentado, incluindo os 
mecanismos de referência e contrarreferência, melhorando o processo de 
trabalho da equipe de saúde, e com isso influenciando na qualidade do cuidado 
prestado e a eficácia do mesmo. 
 
36 
 
 
 
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