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SEMINÁRIO SOB DIABETES E HIPERTENSAO

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2
Claudiane Lopes da Silva
Hérica Cristina Silva
Jéssica Duarte Mota
Ketlyn Jamili Carreiro Martins
Leydiana Cristina chave
Michelly aparecida de souza
THATIANE RAMOS DO PRADO
O PROGRAMA DE políticas de atenção à saúde do adulto
PROFESSORA: Ludmila Calixto de Morais
DISCIPLINA: SAÚDE DO ADULTO
	
rondonópolis 
2019
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	3
1.1	OBJETIVO	3
2.	DESENVOLVIMENTO	4
2.1	A HIPERTENSAO ARTERIAL E A DIBETES	4
3.	O PROGRAMA HIPERDIA	7
3.1	O PROGRAMA HIPERDIA EM RONDÓNOPOLIS	8
3.2	A SAÚDE DO HOMEM	13
3.2.1	Novembro Azul	14
3.3	PROJETO ACADEMIA	15
CONSIDERAÇÕES FINAIS	17
REFERÊNCIAS	18
1. INTRODUÇÃO
A hipertensão arterial e a diabete tem sido estudadas nos mais diversos âmbitos e perspectivas com foco no desenvolvimento de uma prática profissional que proporcione uma prevenção ou controle através das mudanças do estilo e hábitos de vida. A mesma é considerada uma das maiores doenças propicias as doenças cardiovasculares, com características elevadas da pressão arterial.
Apesar de ser uma doença crônico-degenerativa, o seu controle é um desafio para os pacientes em virtude das alterações de rotina, mudança de vida e aos profissionais da saúde que possui sua ação respaldada no cuidado contínuo a esses indivíduos.
Dessa forma se faz necessário o desenvolvimento de estratégias de cuidado que contemplem os diversos elementos abrangidos no processo de adoecimento da hipertensão arterial, as expressivas alterações de rotina, abrangendo emocional, familiar, social e econômica, considerando que existe uma parcela desses hipertensos e diabéticos cadastrados do Sistema Único de Saúde – SUS. O presente trabalho busca adentrar aos programas como a HIPERDIA, ofertando o conhecimento do mesmo, e suas estratégias de melhoria para a vida dos usuários.
1.1 OBJETIVO
Expor a Hipertensão Arterial a Diabetes inseridas no programa HIPERDIA, abordando a metodologia de controle e a eficácia do programa na prevenção de ambas doenças.
1.2 JUSTIFICATIVA
A educação em saúde é dada como uma pratica intrínseca ao projeto assistencial em todos os âmbitos de atenção à saúde, permitindo uma estratégia organizacional individual e coletiva para o enfrentamento de problemas no processo das doenças. O tratamento para o controle da hipertensão arterial e a diabetes abrange uso de medicamento, mudanças e transformações dos hábitos do indivíduo o que resulta em uma reestruturação de toda uma vida.
As medidas de controle da hipertensão arterial e de diabetes se situam principalmente no comportamento da vida da pessoa, adotando novos hábitos, incluindo a abolição de vícios como tabaco e álcool, incluindo atividades físicas e mudanças alimentares. A enfermagem então é considerada uma ciência que é o cuidado ao ser humano nas mais diversas formas: individual, família, comunidade e coletiva desenvolvimento formas autônomas e/ou em equipe. 
Dessa forma o projeto se justifica na análise da doença da hipertensão arterial e da diabetes, em ocorrer na maioria da população, que seu crescimento é dado a vários fatores de riscos que permitem o seu aparecimento. Assim busca compreender não somente as causas da doença e sim os programas de controle e prevenção. 
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 A HIPERTENSAO ARTERIAL E A DIBETES
 
Doenças crônicas não transmissíveis são aquelas doenças adquiridas, normalmente por hábitos e formas de se levar a vida (má alimentação, sedentarismo, consumo de álcool, drogas, tabaco etc) e que possuem tratamentos a médio e longo prazo, podendo persistir, muitas vezes, por toda a vida. Não são transmitidas de pessoa para pessoa e são responsáveis, também, por desencadear outros problemas de saúde na pessoa. As doenças crônicas podem ser silenciosas ou sintomáticas, mas todas comprometem, de alguma forma, a qualidade de vida da pessoa, em diferentes graus, conforme cada situação. Em casos mais graves e se não tratadas corretamente, podem levar à morte.
As principais doenças crônicas não transmissíveis são:
· Doenças metabólicas - diabetes e obesidade.
· AVC - Acidente Vascular Cerebral.
· Câncer.
· Doenças cardiovasculares.
· Doenças respiratórias crônicas - bronquite, asma, rinite.
· Hipertensão.
Dentre essas, ressalta-se a relevância da HAS e do DM por serem importantes fatores de risco para a morbimortalidade cardiovascular e representarem um desafio para o sistema público de saúde, que é garantir o acompanhamento sistemático dos indivíduos identificados como portadores desses agravos, assim como o desenvolvimento de ações referentes à promoção da saúde e à prevenção dessas doenças.
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), é considerada uma doença de origem multifatorial, crônica e não transmissível dada ao seu surgimento a partir da complexidade e dos aspectos etiológicos, caracterizado pela elevação do sistema nervoso, associada as elevações e alterações metabólicas hormonais e outros inúmeros fatores de risco, como o sedentarismo, tabagismo, obesidade e outros. (CHAVES et a., 2006).
Santos et al. (2012), relata que a HAS é considerada um grande fator de risco no sistema cardiovascular alterando a anormalidade no funcionamento de estruturas cárdicas e vasculares com lesões no coração, cérebro, rins e artérias levando até a mortalidade. Devido a incapacidade pela invalidez, aposentaria precoce, existe altos custos relacionados a internação da doença, onde 17% das internações são decorrentes a mesma. Atualmente, no século XXI, a hipertensão arterial é considerada um grande problema de saúde pública, sendo frequentemente assintomática, silenciosa e em sua maioria de diagnostico tardio, pois quando se apresenta os sintomas se associa ao agravo dos órgãos levando o indivíduo a dependência física e o comprometimento funcional.
O paciente que apresenta a hipertensão deve ser abordado pelos profissionais com atenção, diagnósticos, prevenção e tratamento. A taxa de morbimortalidade devido a doença ser alta, constitui-se em 17 milhões de Brasileiros, sendo 35% da população na faixa etária de 40 anos ou mais (SOUZA; SILVA, 2003).
A prevalência da HAS aumenta a ponto que a população envelhece, constituindo na doença crônica mais elevada e prevalecente na população idosa, atingindo cerca de 50% da população acima dos 65 anos aumentando em sete vezes o número de insuficiência cardíaca e acidentes vasculares cerebral (CABRERA; JOBEM, 2007).
Ressalta-se que 30% dos hipertensos atuam com controle e tratamento efetivo. Para o não controle da HAS, considera-se devido a relação de forma direta e a pouca adesão ao tratamento por parte dos hipertensos, como comodismo, falta de vontade, cobrança da família, preguiça e outros. Para que o tratamento seja eficaz e tenha resultados positivos, todo o tratamento deve ser embasado aos cuidados tanto de assistência a enfermagem, quanto ao uso dos medicamentos e a mudança dos hábitos de vida, considerado este o índice de maior dificuldade e de maior resultado para uma melhora na qualidade de vida do hipertenso (MOURA; BRAGA, 2003).
O diabetes é uma doença crônica não transmissível que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o corpo não consegue mais utilizar de maneira eficaz a insulina que produz. A insulina é o hormônio que regula a glicose no sangue e é fundamental para manutenção do bem-estar do organismo, que precisa da energia dela para funcionar. No entanto, altas taxas de glicose podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode levar à morte.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional. A melhor forma de prevenir é praticando atividades físicas regularmente, mantendo uma alimentação saudável e evitando consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Comportamentos saudáveis evitam não apenas o diabetes, mas outras doenças crônicas, como o câncer.
A assistência da enfermagem é a aplicabilidade dada peloo enfermeiro ao processo de enfermagem para realizar um conjunto de cuidados e medidas que visam o atendimento as necessidades básicas do ser humano. Um dos meios que o enfermeiro dispõe para aplicar os seus conhecimentos caracterizados pela prática profissional e promovendo o cuidado ao paciente (HENRIQUE et al., 2007).
Com foco na redução das complicações, as unidades de atenção básica ofertam programas de prevenção e controle de doenças crônicas, como o HIPERDIA, que é o cadastramento de pacientes diabéticos e hipertensos, que atende de caráter exclusivo os pacientes com HAS e Diabetes. O programa é desenvolvido através de palestras educativas e consultas mensalmente, bimestrais e trimestrais. Existe também a entrega de medicamentos para os dois tipos de diabetes e que promovem que o paciente se sinta mais estimulado a fazer o autocontrole.
O enfermeiro age como integrante da equipe de saúde, assumindo a corresponsabilidade das ações e do cuidado para a promoção da saúde e a prevenção dos riscos e agravos da doença, como no controle e acompanhamento do portador de HAS. Através dos conhecimentos adquiridos por ele, o mesmo possui a possibilidade de instrumentalizar o portador da doença para o tratamento, melhorando sua qualidade de vida (SOUZA; SILVA, 2003).
3. O PROGRAMA HIPERDIA
O programa HIPERDIA se destina ao cadastro e ao acompanhamento dos portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus atendidos na rede ambulatorial do Sistema único de Saúde – SUS, permitindo gerar informações para aquisição, dispensação e distribuição dos medicamentos de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados. O sistema então, envia dados para o Cartão Nacional de Saúde, funcionando de forma garantida da identificação única dos usuários do SUS.
Os benéficos deste programa garantem aos gestores públicos a adoção de estratégias de intervenção, permitindo conhecer o perfil epidemiológico da hipertensão arterial e da diabetes mellitus na sociedade. É de forma funcional pois garante o cadastro e o acompanhamento da situação dos portadores de ambas intervenções de saúde em todo o país. Gera informações essenciais e fundamentos para os gerentes locais, gerentes das secretarias e para o Ministério da Saúde, disponibilizando informações de acesso a sociedade com exceção da identificação do portador.
O HIPERDIA constitui um sistema de cadastramento e acompanhamento de hipertensos e diabéticos, em que os profissionais de saúde são responsáveis pelo atendimento aos usuários e preenchimento de dados. Visa ao monitoramento dos pacientes captados no Plano Nacional de Reorientação da Atenção à HAS e ao DM e à geração de informação para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos regular e continuamente.
Os profissionais de saúde atuantes na Estratégia Saúde da Família (ESF) devem programar e implementar atividades de investigação e acompanhamento dos usuários. Ademais, a educação em saúde precisa ser incorporada às suas práticas cotidianas, por meio de palestras, visitas domiciliares, reuniões em grupos e atendimento individual, em consultas médicas e de enfermagem, o que favorece a adesão ao tratamento, na medida em que o sujeito é percebido como protagonista do processo (CARVALHO; CLEMENTINO; PINHO, 2008).
3.1 O PROGRAMA HIPERDIA EM RONDÓNOPOLIS
Toda sexta-feira de cada mês, é considerado um dia especial para cuidar da saúde. Por conta disso os pacientes hipertensos e diabéticos na unidade ESF Caic, do Jardim Gramado, são recebidos pela equipe para participar do hiperdia, que é voltado a realização, manutenção e acompanhamento do tratamento de saúde dos pacientes do Caic. O horário de atendimento acontece das 7h às 17h.
Uma equipe médica e de enfermagem do ESF Caic atende atualmente 380 hipertensos e 99 diabéticos e espera todos participem deste Hiperdia que vai contar também com atendimento odontológico. De acordo com a enfermeira responsável pela unidade, Vivian Adelaira da Silva, toda última sexta-feira do mês, o ESF Caic realiza esse encontro com os pacientes para fazer uma pré-avaliação de como eles estão, mesmo muitos tendo retorno agendado a cada três, ou seis meses.
A enfermeira Vivian ressalta que: “Os pacientes são orientados para que cheguem na unidade de jejum para poder fazer o teste de nível de glicemia, medir a pressão arterial e também fazer a pesagem e a medição da altura. Os casos dos exames que apresentam alguma alteração, a médica que atende na unidade reavalia o quadro do paciente e verifica, por exemplo, se ele precisa trocar de medicação ou não, e aqueles que precisam de consulta a médica solicita os exames de acompanhamento, que são feitos a cada seis meses”.
Os pacientes que tiverem acima do peso poderão fazer a avaliação antropométrica que identifica o percentual de gordura no corpo, e também aprender mais sobre alimentação saudável com uma palestra ministrada por uma nutricionista do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) juntamente com uma fisioterapeuta que vai falar sobre atividades físicas.
As taxas da pressão arterial consideradas saudáveis ficaram mais rígidas. Antes, a pessoa para ser considerada hipertensa o resultado tinha que mostrar números acima de 140 por 90 milímetros de mercúrio (mmHg). Atualmente, a forma de considerar se a pressão está alta, mudou. A pessoa que for conferir e o resultado der 130 por 80 (o popular 13 por 8), ela já é considerada um sinal de alerta com pré-disposição para a doença.
Cuidados com a alimentação devem ser tomados pelo paciente, mas sempre com a orientação de um nutricionista. A prática de atividade física ajuda a controlar a pressão, os profissionais da saúde recomendam caminhadas com pelos trinta minutos por dia.
Alguns critérios de acompanhamento devem ser respeitados como:
Hipertensos leves (estágio 1): Agendamento com intervalo de 3 meses para consulta médica e aferição da PA, avaliação das intercorrências e fornecimento da medicação mensalmente pela equipe de saúde; 
Hipertensos moderados (estágio 2): Agendamento com intervalos menores, de acordo com a evolução paciente; 
Hipertensos severos (estágio 3): Garantia de atendimento de referência e contra referência para as especialidades inerentes ao acompanhamento dos internos. 
Garantia de parecer ou referência dos internos com nível 2 de difícil controle e dos internos com nível 3 e/ou com lesão de órgão-alvo para unidades de maior complexidade. 
Se o interno apresentar sinais de crise hipertensiva: brusca elevação da pressão arterial (PAD acima de 120-130 mmHg) associadas a sintomas como cefaleia, alterações visuais, após medicação, devem ser encaminhadas para uma unidade de maior complexidade. 
Da Diabetes Mellitus - DM se tem,
Organização do serviço:
1- Controle de fluxo interno e externo / Porta de entrada.
2- Cadastramento no(s) programa(s). 
3- Agendamento das consultas e encontros com a equipe multiprofissional.
4- Investigação clínico-laboratorial: 
-História clínica;
-Exame físico;
-Exames complementares.
O tratamento pode ser tanto medicamentoso quanto não medicamentoso.  O profissional responsável pelo cadastro, informará ao paciente sobre o programa, seus objetivos, o agendamento e a importância do tratamento a fim de prevenir ou reduzir sequelas. Somente após a confirmação diagnóstica, a equipe de enfermagem deverá inscrever o interno no livro do Programa de DM e/ou HAS, recebendo um número que constará em sua ficha. 
O Livro dos Programas deverá conter os seguintes dados: nº de inscrição, RG, nome, nome da mãe, data de nascimento, data da inscrição no programa, transferência, rubrica e matrícula do servidor. A ficha de arquivo será acrescida com os seguintes dados: altura, cor, peso, PA, glicemia capilar, data de início no programa e retorno.
A anamnese do portador de hipertensão deve ser orientada para os seguintes pontos: 
· Hábito de fumar, uso exagerado de álcool, ingestão excessiva de sal, aumento de peso, sedentarismo, estresse, antecedentes pessoais de diabetes, gota, doença renal, doença cárdio e cerebro-vascular; 
· Utilização de anticoncepcionais,corticosteróides, antiinflamatórios nãohormonais, estrógenos, descongestionantes nasais, anorexígenos (fórmulas para emagrecimento), ciclosporina, eritropoetina, cocaína, antidepressivo tricíclico e inibidores da monoamino-oxidase; 
· Sinais ou sintomas sugestivos de lesão em órgãos-alvo e/ou causas secundárias de hipertensão arterial; 
· Tratamento medicamentoso anteriormente realizado, seguimento efetuado e reação às drogas utilizadas; 
· História familiar de hipertensão arterial, doenças cárdio e cerebro-vasculares, morte súbita, dislipidemia, diabetes e doença renal. Deve-se estar atento para algumas possibilidades de causa secundária de hipertensão arterial – para as quais um exame clínico bem conduzido pode ser decisivo. 
· Pacientes com relato de hipertensão arterial de difícil controle e apresentando picos tensionais graves e freqüentes, acompanhados de rubor facial, cefaléia intensa e taquicardia, devem ser encaminhados à unidade de referência secundária, para pesquisa de feocromocitoma;
· Pacientes nos quais a hipertensão arterial surge antes dos 30 anos ou de aparecimento súbito após os 50 anos, sem história familiar para hipertensão arterial, também devem ser encaminhados para unidade de referência secundária, para investigação das causas, principalmente renovasculares Exame físico O exame físico do portador de HAS deve avaliar: 
· Os pulsos carotídeos (inclusive com ausculta) e o pulso dos 4 membros;
· A pressão arterial - PA em ambos os membros superiores, com o paciente deitado, sentado e em pé (ocorrência de doença arterial oclusiva e de hipotensão postural); 
· O peso (atual, habitual e ideal) e a altura, com estabelecimento do IMC – Índice de Massa Corporal; ♦ Fácies, que podem sugerir doença renal ou disfunção glandular (tireóide, supra-renal, hipófise) – lembrar o uso de corticosteróides;
· O pescoço, para pesquisa de sopro em carótidas, turgor de jugulares e aumento da tireóide; 
· O precórdio, anotando-se o ictus (o que pode sugerir aumento do ventrículo esquerdo) e possível presença de arritmias, 3ª ou 4ª bulhas e sopro em foco mitral e/ ou aórtico; 
· O abdome, pela palpação (rins policísticos, hidronefrose, tumores) e ausculta (sopro sugestivo de doença renovascular); ♦ O estado neurológico e do fundo-de-olho; 
· Ao examinar uma criança ou adolescente com hipertensão arterial, deve-se sempre verificar os pulsos nos membros inferiores, que quando não presentes orientam o diagnóstico para coarctação da aorta. 
Avaliação laboratorial tem por objetivo a investigação laboratorial do portador de hipertensão arterial são: confirmar a elevação da pressão arterial; avaliar lesões em órgãos-alvo (LOA); identificar fatores de risco para doença cardiovascular e co-morbidades; diagnosticar a etiologia da hipertensão. 
Quando possível, conforme o III Consenso Brasileiro de HAS, a avaliação mínima do portador de HAS deve constar dos seguintes exames: 
· Exame de urina (bioquímica e sedimento);
· Creatinina sérica; 
· Potássio sérico; 
· Glicemia sérica; 
· Colesterol total; 
· Eletrocardiograma de repouso.
Anamnese da Diabetes deve questionar sobre: 
· Sintomas (polidipsia, poliúria, polifagia, emagrecimento), apresentação inicial, evolução, estado atual, tempo de diagnóstico; 
· Exames laboratoriais anteriores; 
· Padrões de alimentação, estado nutricional, evolução do peso corporal; 
· Tratamento(s) prévio(s) e resultado(s); 
· Prática de atividade física;
· Intercorrências metabólicas anteriores (cetoacidose, hiper ou hipoglicemia, etc.); 
· Infecções de pés, pele, dentária e geniturinária; 
· Úlceras de extremidades, parestesias, distúrbios visuais; 
· IAM ou AVE no passado; 
· Uso de medicações que alteram a glicemia; 
· Fatores de risco para aterosclerose (hipertensão, dislipidemia, tabagismo, história familiar); 
· História familiar de DM ou outras endocrinopatias; 
· Histórico gestacional; 
· Passados cirúrgico. Exame físico 
· Peso e altura - excesso de peso tem forte relação causal com o aumento da pressão arterial e da resistência insulínica. Uma das formas de avaliação do peso é através do cálculo do índice de massa corporal (IMC), dividindo o peso em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Esse indicador deverá estar, na maioria das pessoas, entre 18,5 e 25,0 kg/m2. 
· Palpação da tireóide. 
· Circunferência da cintura e do quadril para cálculo da RCQ – Relação Cintura-Quadril, (RCQ normal: homens, até 1m; mulher, até 0,80 m).
· Exame da cavidade oral (gengivite, problemas odontológicos, candidíase). 
· Avaliação dos pulsos arteriais periféricos e edema de MMII (membros inferiores). 
· Exame dos pés: lesões cutâneas (infecções bacterianas ou fúngicas), estado das unhas, calos e deformidades.
· Exame neurológico sumário: reflexos tendinosos profundos, sensibilidade térmica, táctil e vibratória. 
· Medida da PA, inclusive em ortostatismo. 
· Exame de fundo-de-olho com pupila dilatada.
O tratamento do DM e HAS inclui as seguintes estratégias: educação, modificações dos hábitos de vida e, se necessário, medicamentos. O tratamento concomitante de outros fatores de risco cardiovascular é essencial para a redução da mortalidade cardiovascular. 
O paciente deve ser continuamente estimulado a adotar hábitos saudáveis de vida (manutenção de peso adequado, prática regular de atividade física, suspensão do hábito de fumar, baixo consumo de gorduras e de bebidas alcoólicas). 
A mudança nos hábitos de vida pode ser obtida se houver uma estimulação constante em todas as consultas, ao longo do acompanhamento. O tratamento dos portadores de HAS e DM deve ser individualizado, respeitando-se as situações de idade do paciente; presença de outras doenças; capacidade de percepção da hipoglicemia; estado mental do paciente; uso de outras medicações; dependência de álcool ou drogas; cooperação do paciente e restrições financeiras.
3.2 A SAÚDE DO HOMEM 
O Ministério da Saúde (MS) instituiu, em 2009, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH)1 com o intuito de propor ações humanizadas e resolutivas, e de capacitar os profissionais de saúde para o atendimento ao homem, por meio da proposição de estratégias de promoção da equidade para distintos grupos sociais.
Em 2008, Cuiabá apresentava números alarmantes relativos aos índices de mortalidade masculina, que já se configurava como um problema de saúde pública no município. Frente a tal situação, a capital do estado de Mato Grosso foi uma das cidades selecionadas pelo MS como município piloto para a implantação da PNAISH, considerando que, do total de mortes ocorridas por causas externas, por neoplasias e por doenças do aparelho circulatório 72,35% correspondia a óbitos de homens na faixa etária de 20 a 59 anos de idade (DATASUS, 2013), dado que por si demonstra a importância da implantação da Política no município, como estratégia na tentativa de mudança desse panorama.
A Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem (PNAISH) tem como diretriz promover ações de saúde que contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos, respeitando os diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão de Estados e Municípios.
Para atingir o seu objetivo geral, que é ampliar e melhorar o acesso da população masculina adulta – 20 a 59 anos – do Brasil aos serviços de saúde, a Política Nacional de Saúde do Homem é desenvolvida a partir de cinco (05) eixos temáticos:
· Acesso e Acolhimento: objetiva reorganizar as ações de saúde, através de uma proposta inclusiva, na qual os homens considerem os serviços de saúde também como espaços masculinos e, por sua vez, os serviços reconheçam os homens como sujeitos que necessitam de cuidados.
· Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva: busca sensibilizar gestores(as), profissionais de saúde e a população em geral para reconhecer os homens como sujeitos de direitos sexuais e reprodutivos, os envolvendo nas ações voltadas a esse fim e implementando estratégiaspara aproximá-los desta temática.
· Paternidade e Cuidado: objetiva sensibilizar gestores(as), profissionais de saúde e a população em geral sobre os benefícios do envolvimento ativo dos homens com em todas as fases da gestação e nas ações de cuidado com seus(uas) filhos(as), destacando como esta participação pode trazer saúde, bem-estar e fortalecimento de vínculos saudáveis entre crianças, homens e suas (eus) parceiras(os).
· Doenças prevalentes na população masculina: busca fortalecer a assistência básica no cuidado à saúde dos homens, facilitando e garantindo o acesso e a qualidade da atenção necessária ao enfrentamento dos fatores de risco das doenças e dos agravos à saúde.
· Prevenção de Violências e Acidentes: visa propor e/ou desenvolver ações que chamem atenção para a grave e contundente relação entre a população masculina e as violências (em especial a violência urbana) e acidentes, sensibilizando a população em geral e os profissionais de saúde sobre o tema.
3.2.1 Novembro Azul
Novembro é o mês de conscientização sobre os cuidados integrais com a saúde do homem. Saúde mental, infecções sexualmente transmissíveis, doenças crônicas (diabetes, hipertensão) entre outros pontos devem ser sempre observados pela população masculina. Todos os anos, nesse período, 21 países, incluindo o Brasil, preparam campanhas sobre prevenção e diagnóstico do câncer de próstata, além de levar informações sobre a prevenção e promoção aos cuidados integrais com o cuidado da saúde masculina. 
Entre as informações estão, por exemplo, dicas para manter alimentação saudável, evitar fumar e consumir bebidas alcoólicas, além de praticar atividades físicas. São atos simples que promovem o bem-estar e ajudam a manter mente e corpo em perfeito funcionamento, prevenindo doenças.
No Brasil é tradição que prédios e monumentos históricos recebam iluminação azul nesta época do ano, fazendo menção ao Novembro Azul. O objetivo é chamar atenção para o movimento global, trazendo informações e conscientização sobre o que deve ser feito em prol da saúde do homem.
O Novembro Azul é uma iniciativa criada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida. A ideia, desde o início, é promover uma mudança no conceito de ir ao médico, encorajando os homens a fazerem exames de rotina e a cuidarem da saúde constantemente. 
Exames básicos de rotina na prevenção e promoção da saúde do homem:
· Pressão arterial.
· Hemograma completo.
· Testes de urina.
· Teste de fezes.
· Teste de glicemia.
· Atualização da carteira vacinal.
· Verificação do perímetro abdominal.
· Teste de IMC.
3.3 PROJETO ACADEMIA
Através de atividade física proporcionaríamos condições que favoreceriam o condicionamento físico voltado para promoção da saúde, melhorando assim o tônus muscular, a flexibilidade, a resistência cardiorespiratória e a prevenção de quedas entre os idosos. Procura-se também, com tais atividades a diminuição dos índices de internações por AVC – Acidente Vascular Cerebral, complicações provocadas pelo Diabetes, e por fraturas de fêmur, além do tempo médio de permanência hospitalar do idoso no SUS.
Ressalte-se que o sedentarismo é fator de risco para o surgimento de doenças, não transmissíveis e de caráter crônico (hipertensão, a diabetes e a obesidade), que notoriamente, podem ser prevenidas, controladas e tratadas por meio de medidas simples, através da mudança no estilo de vida das pessoas, seja pela adoção de uma alimentação saudável, seja pela prática de atividades física.
Dessa forma, o projeto academia ao ar livre, é um dos projetos assistenciais do governo para que haja a melhoria da sociedade, em principal aqueles que precisam das mudanças de hábitos, de exercícios na rotina, incentivando os mesmos a executarem atividades físicas, mudando seus hábitos e melhorando a qualidade de vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Essas doenças constituem a principal causa de mortalidade na faixa etária de 30 a 69 anos e são responsáveis por 65% do total de óbitos, atingindo a população adulta em plena fase produtiva. Por esse motivo, a HAS e DM foram consideradas agravos de saúde pública, onde cerca de 60% a 80% dos casos podem ser tratados no âmbito de atenção básica, de acordo com o Caderno de Atenção Básica nº 07 do MS/2001. Dessa forma, evita-se o aparecimento e a progressão das complicações, reduz-se o número das internações hospitalares devido a esses agravos, bem como a mortalidade por doenças cardiovasculares.
O incentivo para uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas é prioridade do Governo Federal. O Ministério da Saúde adotou internacionalmente metas para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país. O País assumiu como compromisso deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional; reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta, até 2019; e ampliar pelo menos 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.
Os resultados esperados do programa HIPERDIA são, além da identificação precoce dos casos, evitar futuras complicações, melhorar a qualidade de saúde e reduzir gastos com hospitalizações, exames e medicações, além dos demais programas, como a academia ao ar livre, novembro azul, assistência à saúde do homem. Concluiu-se que a implementação do programa ocasionou a reorganização do serviço, o que culminou num aumento significativo na detecção dos casos e possibilitou a otimização do sistema de dispensação do arsenal terapêutico disponibilizado para o atendimento.
REFERÊNCIAS
AGORA MT. Matéria Sob HIPERDIA em Rondonópolis. Disponível em: <https://www.agoramt.com.br/2018/08/hiperdia-a-pacientes-com-diabetes-e-hipertensao-e-realizado-no-posto-caic/>. Acesso em mai. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus. Protocolo, Cadernos de Atenção Básica, 7. Brasília, 2001.
BRASIL. Ministério da Saúde. Normas Técnicas para o Programa Nacional de Educação e Controle de Hipertensão Arterial. Brasília: PNECHA, 1998. 
BRASIL. Portal do Ministério da Saúde. Apostila da Saúde de A a Z: Saúde do Homem. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-do-homem>. Acesso em mai. 2019.
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