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Direito Penal 1 2 3 Porti correcao

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Respostas
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Desafio – Penas
Para cada delito cometido, o ordenamento jurídico prevê uma pena ao criminoso. As penas seguem diretrizes principiológicas que devem ser observadas tanto na sua aplicação quanto na sua execução.
Pablo mora na fronteira do Brasil com o Paraguai e costumava praticar contrabando de produtos, crime tipificado no art. 334-A do Código Penal.Pablo foi preso na última semana e, embora o referido artigo preveja pena de 2 a 5 anos de reclusão em caso de condenação por contrabando, ele está com medo de perder a nacionalidade brasileirae ser obrigado a morar no Paraguai.
Você é o advogado contratado para defender Pablo e, ao conversar com ele pela primeira vez, que informações você poderá repassar a Pablo sobre a perda da nacionalidade brasileira como consequência da prática criminosa?
De acordo com o artigo 12, § 4º, da Constituição Federal, será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II-adquirir outra nacionalidade, salvo no casos:
de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.
Assim, nos termos do artigo 12, § 4º, inciso II da Constituição Federal, combinado com os artigos 249 e 250 do Decreto nº 9.199/2017, o brasileiro que voluntariamente adotar outra nacionalidade, ou seja, em desacordo com as exceções previstas no texto constitucional, poderá ser objeto de procedimento administrativo de perda da nacionalidade brasileira. No curso do processo, instaurado no âmbito do Ministério da Justiça e Segurança Pública, são garantidos aos brasileiros nesta situação os princípios do contraditório e da ampla defesa. Não restando comprovado ter ocorrido umas das hipóteses de exceção permitidas pela Constituição Federal, a perda da nacionalidade brasileira poderá ser decretada. Não se trata de processo automático, mas que pode vir a ser instaurado pelas autoridades do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos.
§ 1º Incorre na mesma pena quem:
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando;
II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização de órgão público competente;
III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à exportação;
IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira;
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira.
§ 2º Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências.
§ 3º A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.”
Resumindo: Pablo não está suscetível à perda da nacionalidade brasileira e a consequente mudança para o Paraguai, tendo em vista que o art. 5.º, XLVII, alínea “d”, prevê a proibição da aplicação da pena de banimento pelo ordenamento jurídico brasileiro. Trata-se de referência ao princípio da humanidade, cujo objetivo é proteger o respeito à dignidade da pessoa humana e à integridade física e moral do condenado, resguardando o seu direito de ser brasileiro.
https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2017258/a-lei-pode-estabelecer-distincao-entre-brasileiros-natos-e-naturalizados-denise-cristina-mantovani-cera
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13008.htm
Desafio - Lei de execuções penais – LEP
Um dos pontos importantes trazidos pela Lei de Execução Penal é o da garantia dos direitos do condenado e do internado, conforme rege o seu art. 3.º. Para tanto, traz como instrumentos de proteção os seguintes direitos: a possibilidade de trabalho, a autorização de saída, a remissão da pena, o livramento condicional e a suspensão condicional da pena. 
Marcos está preso, condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Cumprindo pena em regime fechado, ele recebeu a notícia do falecimento de seu avô, um famoso político brasileiro. Você é o agente penitenciário responsável pela ala na qual Marcos está recolhido e, ao comentar com você sobre o falecimento, ele lhe pergunta se seria possível sair da prisão para prestar as últimas homenagens ao avô.
Conhecendo a Lei de Execução Penal, o que você responderia para Marcos?
Artigo 120 da Lei nº 7.210 de 11 de Julho de 1984 Institui a Lei de Execução Penal .
SUBSEÇÃO I Da Permissão de Saída
Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos:
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão;
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do artigo 14).
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o preso.
Resumindo - A Lei de Execução Penal, no art. 120, prevê a possibilidade de que o condenado saia do estabelecimento, mediante escolta, como, por exemplo, com o falecimento de um ascendente. Trata-se de uma permissão de saída, a qual deve ser deferida pelo diretor do estabelecimento prisional. Assim sendo, Marcos tem resguardado o direito de deixar a prisão para comparecer ao sepultamento de seu avô. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm
https://www.jusbrasil.com.br/busca?q=art.+120+da+lei+de+execu%C3%A7%C3%A3o+penal#:~:text=120%20da%20Lei%20de%20Execu%C3%A7%C3%A3o%20Penal%20%2D%20Somente%20se%20reconhece%20a,da%20Lei%20de%20Execucoes%20Penais%20.
Desafio Suspensão condicional da pena
Sabe-se que uma das formas de liberdade sob condições é a suspensão condicional da pena, ou sursis.
 Veja a seguinte situação:
Erick foi condenado à pena de 1 ano e 8 meses pelo crime de calúnia, previsto no artigo 138 do Código Penal. Ele já possui uma condenação transitada em julgado pelo crime de calúnia, além de ser réu por um processo por homicídio culposo e, em outro , é réu por violência doméstica.
Em conversa com o seu advogado , ele foi informado que seria pedido o benefício de suspensão condicional da pena, tendo em vista que é um direito de todo o condenado.
O sursis não poderá ser concedido a Eric porque ele não atende aos requisitos do artigo 77 do Código Penal, quais sejam: não reincidência em crime doloso, bons antecedentes e boa conduta social e não cabimento de penas restritivas de direitos, nos termos do artigo 44 do Código Penal.
Ainda que a pena atribuída a Eric seja inferior a dois anos, os antecedentes criminais e a reincidência em crime doloso (responde por violência doméstica e condenado pelo crime de calúnia, que é crime doloso por natureza) impedem a concessão da suspensão condicional da pena.
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631078/artigo-77-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9714.htm
Livramento condicional
Código penal
        Requisitos do livramento condicional
        Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que:  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        II - cumprida mais da metade se o condenadofor reincidente em crime doloso;  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto;  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração;    (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
       Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Resumindo
Nos termos do artigo 83 do Código Penal, Paulo atende ao requisito subjetivo de manter bom comportamento na prisão, bem como atende ao requisito objetivo de reparar o dano causado.
Ele não atende, porém, ao requisito objetivo de ter cumprido mais da metade da pena, considerando que é reincidente em crime doloso. Sendo assim, Paulo não poderá ser beneficiado com o livramento condicional até que cumpra metade da pena que lhe foi imposta. 
https://www.legjur.com/legislacao/art/dcl_00028481940-83#:~:text=83%20%2D%20O%20indiv%C3%ADduo%20sujeito%20a,se%20lhe%20assegure%20a%20cust%C3%B3dia.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1980-1988/l7209.htm
Efeitos da condenação
A vítima deverá primeiramente buscar um advogado e aguardar o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
É possível ajuizar a ação sem o título executivo extrajudicial, todavia sua presença instrumentaliza a ação de forma efetiva, uma vez que se trata de decisão considerada título executivo judicial, consoante inciso VI do art. 515 do Código de Processo Civil.
A vítima poderá então pleitear na esfera cível o ressarcimento pelos gastos com dentista e demais procedimentos realizados advindos do ilícito, conforme o caso exposto.
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28891828/artigo-515-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
Medidas de Segurança
a) Se eu fosse o juiz da condenação, não iria alterar o cumprimento do regime, uma vez que apenas uma solicitação e depoimentos simples não têm o condão de convencer o juízo. Seria necessária uma prova técnica, como um laudo. Apenas os doentes mentais assim diagnosticados/comprovados necessitam do tratamento proporcionado pela medida de segurança, por meio de internação clínica, por exemplo. 
b) Caso o condenado venha a desenvolver alguma doença durante o cumprimento da pena, apresentando diagnóstico clínico de distúrbios mentais, por exemplo, poderá assim o juiz vir a substituir a pena por internação para o tratamento que se fizer necessário (art. 183 da LEP). Se isso ocorrer, quando for verificada a recuperação do interno, ele deverá retornar ao presídio e continuar a cumprir sua pena.
c) No tocante ao tempo cumprido em internação, este será contado como tempo de cumprimento de pena. Por exemplo: no caso de um condenado que tem três anos de pena a cumprir, se ele cumpre a pena por um ano e adoece, permanecendo um ano em tratamento, resta-lhe cumprir mais um ano após o tratamento.
http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/presos/parte910.htm
https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00072101984-183
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/8536/Medida-de-seguranca-principios-e-aplicacao

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