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Tanatologia Forense

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Gustavo Moreno 19
Aula 03.1: Tanatologia Forense:
Vários aspectos → ponto de vista biológico
Mitologia Grega:
Deuses primordiais ou pré-olímpicos (explicação sobre a morte) → 1º Caos  (deus da confusão) → origem a 2 deuses Nix (deusa da noite - mulher) e érebo (deus da escuridão - homem) → esses dois deuses se relacionam e tiveram gêmeos → thanatos (deus do sono eterno / morte) e hypnos (deus do sono) → hypnos teve um filho: morfeu (deus dos sonhos)
Obs – egito antigo → “vida após a morte”
Tanatologia:
Estudo da morte – tanathos (morte) + logus (estudo)
Morte / morrer – mori
Cadáver – “caro data vermis” / carne dada aos vermes
Senet – jogo egípcio que se fazia para tentar conversar com os mortos → rainha Nefertari (jogo contro oponente que não se via)
Arte:
“A vida e a morte” → simboliza: tempo entre a vida e a morte → a vida surge da morte
“jogo da vida / morte”
Critérios atual para o diagnóstico de morte:
–Vega Dias: 1 segundo pode ser a unidade de tempo que faça de um sujeito vivo, um cadáver, mas também pode fazer da morte, um homicídio.
–Obs: Dx difícil; sinais de certeza da morte normalmente vem depois de 6 horas
–OMS: morte é o desaparecimento de todos os sinais de vida ou cessação das funções vitais, sem possibilidade de ressuscitar.
–Genival Veloso de França: O que morre é o conjunto que se associava para a integração de uma personalidade.
– CRM: Resolução 2.173/2017: considera como sendo a parada total e irreversível das
atividades encefálicas. É o que se denomina morte encefálica
–Hilário Veiga de Carvalho: “Juridicamente a morte pode ser entendida como o desaparecimento permanente de todo sinal de vida, em um momento qualquer depois do nascimento com vida”. Por esse motivo não se faz declaração de óbito para o natimorto
Morte encefálica:
Compromete de forma irreversível a vida de relação e a coordenação da vida vegetativa.
CFM ⇒ 3 pré-requisitos para constatação da morte encefálica:
–Coma com causa conhecida e irreversível
–Ausência de hipotermia, hipotensão ou distúrbio metabólico grave
–Exclusão de intoxicação exógena ou efeito de medicamentos psicotrópicos
É preciso que haja:
–Coma aperceptivo com ausência de atividade motora supra-espinhal e apneia persistente
–Ausência de atividade elétrica cerebral (ou)
–Ausência de atividade metabólica cerebral (ou)
–Ausência de perfusão sanguínea cerebral
1º Etapa para o diagnóstico ⇒ critérios para abertura, premissas ou pré-testes: 
–Presença de lesão encefálica de causa conhecida e irreversível
–Ausência de fatores tratáveis que confundiriam o diagnóstico
– Temperatura corporal > 35ºC
–Saturação arterial de acordo com critérios estabelecidos na tabela da resolução do CFM (> 94%)
–Tratamento e observação no hospital, pelo período mínimo de 6 horas
–Em caso de encefalopatia hipóxico-isquêmica ) observar e tratar por no mínimo 24h
2º Etapa para o diagnóstico ⇒ nível de consciência pela escala de coma de Glasgow
–Abertura ocular
–Capacidade verbal
–Capacidade motora
(3 indica coma)
3º Etapa para o diagnóstico ⇒ exame clínico neurológico e reflexos (devem estar ausente):
–Reflexo pupilar (ausência de resposta à luz)
–Reflexo córneo-palpebral (ausência de fechamento das pálpebras ao toque da córnea)
–Reflexo óculo-cefálico: ausência de movimento ocular com a movimentação rápida da cabeça
–Reflexo vestíbulo-ocular: ausência de desvio ocular ao inserir SF no ouvido do paciente
–Reflexo da tosse
4º etapa para o diagnóstico ⇒ teste da apneia
5º Etapa para o diagnóstico ⇒ exames complementares confirmatórios
1 dos confirmatórios:
–Eletroencefalograma (ou)
–Doppler transcraniano (ou)
–Arteriografia das carótidas (ou)
–Cintilografia (SPECT cerebral)
6º Etapa para o diagnóstico ⇒ 2º exame neurológico:
Deve ser feito por outro especialista que realizou o 1º teste e que não pertença a equipe que fará a retirada de órgãos para o transplante.
Intervalo entre os 2 exames clínicos varia de acordo com a idade/faixa etária
Obs: protocolo de morte encefálica contempla a execução de 2 exames clínicos + 1 teste de apneia + 1 exame complementar!!
Causa jurídica da morte:
Morte por causa natural:
–Decorre de uma doença ou perturbação congênita
–”morte morrida”
–Qualquer médico pode declarar o óbito
– IAM, cirrose hepática
Morte por causa externa:
–Violência
–”morte matada”
–3 formas ⇒ acidental, criminosa (homicídio) ou voluntária (suicídio)
–Declaração deve ser feita por um médico legista (IML)
–Morte de criança esmagada pela mãe enquanto ambos estavam dormindo
Morte suspeita:
–Casos que não pode dizer se foi por causa natural ou por causa externa
–Declaração deve ser feita por um médico legista (IML)
Ordem das mortes:
Comoriência: óbito simultâneo de participes do mesmo evento
–Código civil brasileiro art.8 diz que se 2 ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, deve-se presumir que a morte foi simultânea. 
– “Presunção”
–Ex: chega em um acidente de carro e todos do veículo estão mortos
Primoriência: quando houver possibilidade de determinar quem morreu primeiro
–Ex: chega em um acidente de carro e o motorista ainda está respirando e o passageiro não.
Docimasia pulmonar hidrostática de galeno:
Teste para ver se uma criança nasceu morta (natimorto) ou nasceu viva depois faleceu
Coloca-se os pulmões em um recipiente com água:
Se afundou → paciente nunca respirou, ou seja, nasceu morto
Se flutuou → Pulmão foi aerado, o paciente nasceu vivo, precisa fazer DO e ganha direitos legais.

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