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1- Exame Clínico Odontológico (resumo) (1)

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– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução: 
Quando o paciente nos procura na clínica, muitas vezes nossa 
primeira reação é perguntarmos qual o problema que o trouxe e, 
assim, rapidamente tentarmos resolvê-lo. Esta é uma conduta 
errada, justificada apenas em casos de urgências que, na 
Odontologia, correspondem a hemorragia, infecção e dor, quando 
então devemos realizar o exame clínico o mais rápida e 
objetivamente possível. 
• De maneira geral, o exame clínico deve ser completo e 
ter uma sequência apropriada de modo que não se omita 
ou se esqueça nenhum detalhe; 
• Um exame clínico completo requer tato, habilidade e 
paciência. 
• Tradicionalmente, o exame clínico divide-se em anamnese 
(exame subjetivo) e exame físico (exame objetivo). O 
primeiro tem como objetivo coletar sintomas e o 
segundo, estudar os sinais. O exame físico divide-se em 
geral e regional e este subdivide-se em extra e intrabucal. 
• O exame clínico marca o início do relacionamento 
concreto e leal entre o profissional e o paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anamnese: 
É importante que o profissional compreenda que a etapa de coleta 
de dados é fundamental para toda a sequência de elaboração do 
diagnóstico, propiciando um percurso mais rápido e seguro até o 
diagnóstico final e consequente tratamento. 
• A recepção que o profissional faz ao paciente é o início 
da consulta e uma de suas fases críticas, pois é 
necessário perceber a história do paciente com os olhos, 
ouvidos e coração. 
 
 
 
 
 
• O profissional deve estar atento em utilizar sempre uma 
linguagem acessível, pois a comunicação deve ocorrer de 
fato. 
 
 
Exame clínico Odontológico: 
Abordagem do paciente 
Queixa principal 
História da doença atual 
História médica e odontológica 
Exame físico 
ANAMNESE 
• Revisão das informações 
• Diagnóstico diferencial • Testes clínicos 
 • Testes laboratoriais • Estudo por imagens 
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO 
ANAMNESE 
EXAME 
FÍSICO 
EXAME 
CLÍNICO 
SINTOMAS SINAIS 
Frequentemente, o paciente mostra-se ansioso para o 
início do exame físico pois acredita que este é o caminho 
mais rápido para o diagnóstico. Nesses casos, é necessário 
que o profissional seja claro, acalme o paciente e o torne 
colaborador. 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
• As informações podem ser obtidas de duas maneiras: 
1. O paciente completa um questionário antes da consulta 
(na recepção); 
2. O cirurgião-dentista obtém a história por meio de um 
interrogatório direto do paciente (contribui para um 
melhor relacionamento entre o CD e o paciente). 
A identificação do paciente deve contemplar: 
• Nome completo; 
• Sexo; 
• Idade; 
• Raça (etnia ou cor); 
• Naturalidade: 
• Estado civil; 
• Nacionalidade; 
• Profissão; 
• Endereço. 
• O paciente é questionado sobre a razão que o levou a 
procurar o consultório. 
• Neste tópico, interessa apenas o motivo da consulta e 
há quanto tempo o paciente queixa-se do problema. 
Deve-se perguntar: 
1. O QUE VOCÊ ESTÁ SENTINDO? 
2. POR QUE VOCÊ ESTÁ AQUI? 
3. QUAL O MOTIVO QUE TE TROUXE ATÉ MIM? 
 
 
 
 
• Devemos anotar todos os dados desde o momento em 
que o paciente notou a presença da lesão ou do fato que 
o trouxe à consulta. Passo a passo: 
1. Descrição do início do sintoma; 
2. Duração do sintoma; 
3. Se o sintoma é agudo, crônico ou cíclico; 
4. Natureza da queixa (queimação, ardor, prurido..); 
5. Qual a gravidade que o paciente acredita que o sintoma 
ou sintomas podem ter. 
 
 
 
 
 
 
• Todos os sintomas devem ser anotados e pesquisados. 
De todos eles, a dor é o mais frequente; assim, devemos 
obter detalhes como: 
1. Localização e irradiação; 
2. Caráter e intensidade; 
3. Evolução; 
4. Relação com funções orgânicas; 
5. Fatores atenuantes ou de cessação. 
Além da dor existem muitos outros sintomas que devem ser 
levados em conta, tais como: ardor, adormecimento, 
formigamento, queimação, coceira, alterações do paladar etc. 
 
 
 
 
• Exemplos: 
 
→ QUEIXA PRINCIPAL: “Dor e inchaço da gengiva” 
→ HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: A dor foi notada 
inicialmente há 1 semana e o inchaço estava presente há 
três dias. O paciente descreve a dor como constante e 
com episódios lancinantes desencadeados pelo frio. O 
nível do estado estacionário da dor é brando a moderado, 
enquanto os episódios agudos são intensos. 
 
 
→ QUEIXA PRINCIPAL: “Boca seca” 
→ HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: O ressecamento foi 
inicialmente notado há aproximadamente 9 meses e há 
dois meses tornou-se muito mais evidente. O 
ressecamento é mais problemático no início do dia e o 
paciente pensa que o problema possa estar associado 
com o uso de medicamento antidepressivo administrado 
antes do início dos sintomas. 
 
 
 
OBS: ESCREVER EXATAMENTO COMO O PACIENTE 
RESPONDEU E COLOCAR ENTRE ASPAS NO PRONTUÁRIO. 
Dor aguda: repentina e devido a algum estímulo; 
Dor crônica: está sempre presente e persiste; 
Dor cíclica: varia durante o dia, aparece em um momento 
específico 
Devemos lembrar que a dor é uma vivência exclusiva do 
paciente, diferenciada entre semelhantes de acordo com 
suas condições físicas, emocionais, bagagem cultural, 
suporte familiar e social. 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
• Neste momento nos interessam a história médica, os 
hábitos e os vícios do paciente e quaisquer outros dados 
que acreditemos serem relevantes. 
• Pode não contribuir ou pode existir uma condição 
sistêmica associada com a queixa principal do paciente. 
Pontos importantes: 
1. Investigam-se o estado de saúde habitual e as doenças 
anteriores, órgãos e sistemas, a ocorrência de diabetes 
e cardiopatias. 
2. Pesquisam-se cirurgias anteriores, suas razões e 
sequelas, bem como algum acidente ocorrido. 
3. Uso de medicamentos; 
4. Presença de alergias; 
5. Vacinações; 
6. Aspectos pesicológicos; 
7. Perfil socioeconômico; 
8. Doenças da infância; 
9. Hábitos e vícios (tabagismo, etilismo, uso de drogas, 
onicofagia, etc). 
10. Hábitos sexuais; 
11. Antecedentes familiares (investigar a ocorrência de 
patologias de ordem genética). 
12. Revisão dos sistemas. 
Terminada a anamnese, o profissional deve ler suas anotações 
para o paciente, de modo a determinar se estão corretas e 
completas. 
• Cáries desenvolvidas; 
• Procedimentos dentários restauradores; 
• Doença periodontal; 
• Próteses; 
• Cirurgias orais; 
• Higiene oral; 
• Hábitos. 
Exame físico: 
• O exame físico constitui-se como importante 
ferramenta ao raciocínio clínico. 
• É a etapa que se segue à anamnese e cujos resultados 
apresentam-se mais significativos em função da história 
do paciente. 
• O exame físico geral oferece uma ideia sintética do 
organismo, e com ele notamos, além da expressão 
fisionômica, as proporções do corpo, postura, situação 
nutricional, estado mental etc. 
 
• Utiliza-se recursos semiotécnicos: inspeção (visão), 
palpação (tato), Auscultação (audição) e Olfação (olfato). 
 
• Sentido da visão; 
• Para fazer a observação, necessita-se de um ambiente 
adequado: campo limpo; 
• Material e instrumental adequados; 
• Iluminação adequada; 
• Remoção de próteses removíveis; 
• Posicionamento adequado do paciente. 
Há métodos que aprimoram o diagnóstico através da inspeção: 
• Transiluminação por fibra ótica (FOTI) – diagnóstico de 
cáries e fraturas dentárias. Consiste em direcionar uma 
luz aos dentes para visualizá-los melhor. As regiões de 
fratura e de cárie ficam mais escuras, facilitando a 
identificação. 
 
 
 
 
 
 
• Vitropressão/Diascopia: utilizado em lesões pigmentadas 
(arroxeadas, escuras). Utiliza-se uma lâmina de vidro para 
pressionar a lesão. 
▪ Vitropressão positiva: ocorre uma diminuição na 
intensidade da coloração e no tamanho da lesão 
após a vitropressão – significa que trata-se de 
uma lesão de origem vascular. O que acontece 
é que o sangue que ta dentro dos vasos sai e 
alesão fica menor e mais pálida. Exemplo: 
hemangioma (neoplasia benigna de vasos 
sanguíneos) – a proliferação de vasos 
sanguíneos acarretou o aparecimento dessa 
lesão. 
 
 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
▪ Vitropressão negativa: quando a lesão continua 
com a mesma coloração e o mesmo tamanho 
– significa que trata-se de uma lesão 
pigmentada sem envolvimento vascular, com 
origem endógena (melanina) ou exógena (prata 
do amálgama). Exemplos: nevo, melanoma, 
tatuagem por amálgama. 
 
 
 
 
• Sentido do tato; 
• Percepção de alterações mais profundas; 
• Avaliação de consistência; 
• Alterações de textura superficial; 
• Sensibilidade à palpação (quando o paciente sente dor 
apenas à palpação); 
• Elevação de temperatura; 
• Linfadenomegalias – aumento de volume dos linfonodos 
(os linfonodos saudáveis não são palpáveis); 
• Delimitação – Verificar se as lesões estão separadas ou 
infiltradas (característico de lesões malígnas); 
• Mobilidade. 
Tipos de palpação: 
• Bimanual – com duas mãos (ATM e linfonodos cervicais); 
• Bidigital – com dois dedos (língua, palato); 
• Digitopalmar – palma da mão e o dedo, utilizando o 
indicador para palpação e a palma da outra mão como 
anteparo (mucosa jugal); 
• Unilateral – Apenas um lado; 
• Bilateral – dois lados ao mesmo tempo; 
• Direta – palpando diretamente a mucosa; 
• Indireta – utilizando algum instrumental. 
• Sentido da audição: 
▪ Sons emitidos pela ATM; 
▪ Roçar de fragmentos de uma fratura. 
• Sentido do olfato; 
• Pouco usado; 
• Halitoses; 
 
• Cheiro de álcool e tabaco; 
• Odor cetônico de diabéticos descompensados (cetona – 
compostos químicos que caracterizam esse odor, hálito 
adocicado); 
• Odor fétido de tecidos necrosados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exame físico geral: 
Exame físico inicia-se com a simples presença do paciente, 
identificando: 
• Sexo; 
• Estado geral de saúde; 
• Idade aparente; 
• Estatura; 
• Biotipo; 
• Tegumento visível; 
• Postura; 
• Motricidade; 
• Maneira de dar a mão; 
• Vestimenta; 
• Higiene pessoal; 
• Odores; 
• Expressões faciais; 
• Afeto; 
• Reação às pessoas presentes; 
• Fala; 
• Níveis de percepção e consciência; 
• Se vem só ou acompanhado. 
 
EXAME 
FÍSICO 
GERAL LOCORREGIONAL 
EXTRA-ORAL INTRA-ORAL 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
Sinais vitais: 
São aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da 
função corporal. Dentre os inúmeros sinais que são utilizados na 
prática diária para o auxílio do exame clínico, destacamos: pressão 
arterial (PA), pulso, temperatura corporal e respiração. 
A pressão ou tensão arterial é um parâmetro de suma importância 
na investigação diagnóstica; relacionando-se com o coração, traduz 
o sistema de pressão vigente na árvore arterial. É medida com a 
utilização do esfigmomanômetro e do estetoscópio. 
• A pressão arterial é determinada pela relação PA = DC 
× RP, em que DC é o débito cardíaco e RP significa 
resistência periférica, e cada um desses fatores sofre 
influência de vários outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Partes do esfigmomanômetro: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A. Manguito 
B. Pêra 
C. Válvula 
D. Manômetro 
Partes do estetoscópio: 
 
 
 
 
 
 
 
A. Olivas 
B. Haste 
C. Conexão da haste 
D. Tubo de conexão 
E. Campânula 
F. Diafragma 
Técnica para verificar a pressão: 
• O paciente deve ficar em repouso por pelo menos cinco 
minutos, em abstenção de fumo ou cafeína nos últimos 
30 minutos; o braço selecionado deve estar livre de 
vestimentas, relaxado e mantido no nível do coração; com 
o paciente sentado, coloca-se o braço sobre uma mesa; 
a pressão arterial poderá estar falsamente elevada caso 
a artéria braquial fique abaixo do nível do coração. 
• A bolsa inflável deve ser centralizada sobre a artéria 
braquial, sendo que a margem inferior do manguito deve 
permanecer 2,5 cm acima da prega antecubital; prende-
se o manguito e posiciona-se o braço de modo que fique 
levemente fletido. 
• Coloca-se o diafragma do estetoscópio suavemente 
sobre a artéria braquial; insufla-se o manguito até o nível 
previamente determinado (30 mmHg acima da pressão 
arterial máxima verificada pelo método palpatório) e em 
seguida desinsufla-se lentamente, a uma velocidade de 2 
a 3 mmHg por segundo. 
• Verifica-se o nível no qual os ruídos (de Korotkoff) são 
auscultados, o que corresponde à pressão arterial 
máxima. Continua-se baixando a pressão até o 
abafamento das bulhas e a seguir o desaparecimento 
Débito cardíaco: é resultante do volume sistólico (VS) 
multiplicado pela frequência cardíaca (FC), sendo que o 
volume sistólico é a quantidade de sangue expelida do 
ventrículo cardíaco em cada sístole (contração); as 
variações do débito cardíaco são grandes, sendo em média 
de 5 a 6 ℓ por minuto, podendo chegar a 30 ℓ por minuto 
durante um exercício físico. 
 
Resistência periférica: é representada pela 
vasocontratilidade da rede arteriolar, sendo este fator 
importante na regulação da pressão arterial mínima ou 
diastólica; ela é dependente das fibras musculares na 
camada média dos vasos, dos esfíncteres pré-capilares e 
de substâncias humorais tais como angiotensina e 
catecolamina. 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
completo dos ruídos de Korotkoff, o que corresponde à 
pressão arterial mínima. 
• . A diferença entre a pressão arterial máxima e mínima 
é chamada de pressão de pulso. Durante a ausculta dos 
ruídos (de Korotkoff) pode existir uma ausência 
temporária destes, sendo este fenômeno chamado de 
hiato auscultatório, comum em hipertensos graves e em 
patologias da válvula aórtica. 
• A pressão ideal é aquela menor que 120 sistólica e 80 
diastólica. 
Variações fisiológicas: 
• Idade: em crianças é nitidamente mais baixa do que em 
adultos. 
• Sexo: na mulher, a pressão é um pouco mais baixa do que 
no homem, porém na prática adotam-se os mesmos 
valores. 
• Sono: durante o sono ocorre uma diminuição de cerca de 
10% tanto na sistólica como na diastólica. 
• Emoções: provocam elevação principalmente da sistólica. 
• Exercício físico: provoca intensa elevação da PA, devido 
ao aumento do débito cardíaco. 
• Alimentação: após as refeições, há discreta elevação, 
porém sem significado prático. 
• Mudança de posição: a resposta normal quando uma 
pessoa fica em pé ou sai da posição de decúbito inclui 
uma queda da PA sistólica de até 15 mmHg e uma leve 
queda ou aumento da diastólica de 5 a 10 mmHg., 
Classificação da pressão arterial: 
Classificação Pressão sistólica Pressão diastólica 
Ótima < 120 < 80 
Normal < 130 < 85 
Limítrofe 130 - 139 85 - 89 
Hipertensão 
estágio 1 
140- 159 90 - 99 
Hipertensão 
estágio 2 
160 - 179 100-109 
Hipertensão 
estágio 3 
≥ 180 ≥ 110 
Hipertensão 
sistólica isolada 
≥ 140 < 90 
 
Exame físico extra-oral: 
O exame extrabucal inicia-se pela observação do pescoço e 
paulatinamente dirige-se à boca. 
• Estuda as estruturas da cabeça e do pescoço. 
São observados os seguintes aspectos: 
• Coloração: cianótica (pele azulada), ruborecida 
(avermelhada) ou empalidecida; 
• Alterações pigmentares: vitiligo, albinismo, pigmentações 
melânicas, icterícia (pele amarela, causada pelo acúmulo 
de bilirrubina no sangue); 
• Distribuição de pelos cutâneos: hipertricose, epilação; 
• Sudorese; 
• Alterações da textura – normal, lisa, áspera e enrugada; 
• Distribuição do panículo adiposo (camada de gordura 
existente logo abaixo da pele); 
• Temperatura: normal, aumentada ou diminuída; 
• Lesões; 
• Olhos; 
• Nariz; 
• Ouvidos. 
Linfonodos são pequenas estruturas ovais ou riniformes que na 
região da cabeça e do pescoço são aproximadamente em número 
de 500 e compreendem cerca de 30% do total de linfonodos do 
corpo humano. Nos adultos geralmente não são palpáveis, exceto 
em indivíduos extremamente magros. 
• Muitos deles apresentam-se aumentados por diversos 
processos patológicos que atingem estruturascervicais, 
da cabeça, da boca e das regiões próximas, podendo ser 
acometidos em processos infecciosos e tumorais. 
• Os linfonodos saudáveis não são palpáveis; 
• Palpação com musculatura relaxada e com todos os 
dedos exceto o polegar; 
• Principais cadeias linfáticas que drenam a boca: 
▪ Submandibular; 
▪ Mentoniana; 
▪ Bucinatória; 
▪ Pré e pós-auricular; 
▪ Cervical anterior, posterior e transversa. 
Palpação submentoniana: 
 
 
 
 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Palpação submandibular Palpação pré-auriculares 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palpação cervical 
Características inflamatórias Características tumorais 
Aumento de volume Aumento de volume 
Consistência fibrosa Consistência pétrea 
Contorno definido Contorno não definido 
Móvel ou fugaz Aderido a planos profundos 
Superfície lisa Superfície rugosa ou globosa 
Dolorido à palpação Indolor à palpação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Linfonodo com características tumorais em paciente com 
carcinoma espinocelular em assoalho de boca. 
A avaliação de sua função consiste nos seguintes elementos: 
• Palpação da ATM: a região pré-auricular deve ser 
firmemente palpada com a polpa dos dedos anular e 
médio com a musculatura em repouso e durante o 
fechamento. A presença de dor é indicação clara de 
inflamação da ATM. 
O examinador deve ficar atrás do paciente. Realizar palpação 
bilateral e simultânea. Dedos cerca de 1 cm anteriormente ao 
trágus. Solicita-se ao paciente que abra e feche a boca. 
 
Exame físico intra-bucal: 
A cavidade bucal tem de ser minuciosamente examinada e, para 
isso, é fundamental que o profissional conheça com propriedade 
as características de cada uma de suas partes e principalmente 
reconheça a infinidade de variações anatômicas. 
Não existe uma sequência “mais correta”. A avaliação deve 
compreender todas as estruturas, ser ordenada, metódica e 
completa. A inspeção sempre precede a palpação. 
• Palpação bidigital com o dedo indicador e polegar: 
▪ Lábio externo – superior e inferior; 
▪ Mucosa labial – superior e inferior; 
▪ Fundo de sulco vestibular – formado pela 
mucosa labial e mucosa alveolar; 
▪ Mucosa alveolar – entre o fundo de sulco e 
gengiva inserida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
1. mucosa alveolar; 
2. linha mucogengival; 
3. gengiva; 
4. freio labial 
São examinadas as porções extra e intrabucais sob os seguintes 
parâmetros: 
• Presença de lesões: vermelhão do lábio e mucosas devem 
apresentar-se hígidos; 
• Pápulas submucosas é normal e denota a presença de 
glândulas salivares menores; 
• Modificações de volume: presente em processos 
inflamatórios e de origem alérgica, entre outros; 
• Alterações de forma e simetria; 
• Coloração: a porção extrabucal apresenta-se geralmente 
rósea pálida homogênea; a intrabucal, rosa intenso 
próximo ao vermelhão; 
• Alterações da rima labial: a palpação bidigital deve 
percorrer inteiramente lábios superior e inferior. 
 
 
 
 
 
Inspecionam-se as mucosas desde a região retrocomissural até 
seu limite posterior. Observa-se: 
• Lesões e coloração; 
• Próximo à região de molares superiores visualiza-se uma 
pápula que representa a desembocadura do ducto 
parotídeo – carúncula parotídea; 
• Ocasionalmente: observa-se uma placa papulosa 
representando os grânulos de Fordyce; 
• Alterações de forma e simetria; 
 
 
 
 
 
 
 
Afastam-se os lábios e a mucosa jugal. O estudo deve abranger as 
faces vestibulares e linguais. Observam-se: 
• Presença de lesões e contorno; 
• Alterações de cor e textura: a gengiva, geralmente 
rósea, pode apresentar pigmentações acastanhadas de 
origem racial; 
• A gengiva livre contorna os dentes de maneira uniforme, 
sem apresentar sangramentos ou secreções; 
O paciente deve inclinar a cabeça ligeiramente para baixo, abrir 
bem a boca e colocar o ápice da língua em palato; depois, ao 
comando do examinador, encostá-la nas faces linguais dos molares 
superiores. Para melhor detalhamento, seca-se a região com gaze. 
Observam-se: 
• Lesões e coloração: a mucosa é íntegra, de coloração 
rósea clara e vasos de maior calibre podem estar 
presentes; 
• Modificação de volume; 
• Textura da mucosa: a superfície deve ser lisa e brilhante; 
• Palpam-se as glândulas salivares e seus ductos, que não 
devem apresentar nódulos endurecidos.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
O estudo abrange o dorso, o ventre e as bordas laterais. Utiliza-se 
uma gaze para apreensão da língua. Observam-se: 
• Lesões, coloração e textura; 
• Apresenta coloração homogênea e textura 
uniformemente rugosa, composta por papilas filiformes, 
fungiformes e circunvaladas; 
• É possível que ocorram outras alterações de cor tais 
como: língua de framboesa (sinal de escarlatina), roxa 
(policitemia), amarela (icterícia), cianótica (deficiência do 
complexo B); 
• Forma e tamanho: microglossia e macroglossia, língua 
bífida, língua fissurada, geográfica; 
• Mobilidade: verificada pelos movimentos laterais, 
verticais e circulares.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O paciente deve ficar com a cabeça ligeiramente fletida para trás. 
Observam-se: 
• Lesões, coloração e textura: a mucosa apresenta-se 
com coloração rosa clara com matiz cinza-azulado 
homogêneo e rugosidades em seu terço anterior; 
• Forma: arqueada, em pacientes respiradores bucais ou 
ogival, na sífilis congênita; 
• A palpação digital encontra consistência firme; nas 
porções laterais é levemente compressível.. 
 
 
 
 
 
 
 
O paciente deve ficar com a cabeça ligeiramente fletida para trás. 
O abaixamento da língua frequentemente é necessário. Observam-
se: 
• Lesões, coloração e textura: apresenta coloração róseo-
avermelhada e superfície lisa; 
• Em pacientes mais velhos pode apresentar-se mais 
amarelada em consequência da proporção aumentada de 
tecido adiposo na submucosa; 
• Mobilidade: a elevação funcional do palato mole e úvula é 
visível ao solicitar ao paciente para protrair a língua e 
dizer “aah”; 
• A palpação raramente é utilizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
KIGNEL, Sergio. Estomatologia: bases do diagnóstico 
para o clínico geral. 3. ed. Rio de Janeiro: Santos 
Editora, 2020. 
Aula teórica de Clínica de Semiologia. Faculdade 
Maurício de Nassau, odontologia, 2021.

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