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SEVERINO TCC - FINAL (2) (1)

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TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA (TCO) LAVRADO 
PELAS POLÍCIAS MILITARES DO BRASIL 
 
CIRCUMSTANCED TERM OF OCCURRENCE (TCO) DRAWN 
BY THE BRAZILIAN MILITARY POLICE 
Severino Ferreira Amorim Neto1 
 
RESUMO 
 
Com a entrada em vigor da Lei nº 9.099/95, iniciaram-se as discussões sobre a 
competência da Policia Militar na condução dos artigos detalhados (TCOs), os 
quais foram recentemente resolvidos pelo Supremo Tribunal Federal, decidindo 
sobre sua constitucionalidade. As referidas leis que prevêem os juizados 
especiais e os tribunais criminais sofreram uma grande mudança conceitual no 
exame da competência das autoridades policiais e da polícia judiciária. Além do 
disposto no artigo 4º, desde então um novo conceito foi inserido no artigo 4º do 
Código de Processo Penal da constituição federal, que concede especificamente 
os poderes da polícia civil à polícia judiciária. A nova Lei nº 9.099/95, em seu 
artigo 69, prevê o conceito de juizados especiais cíveis e criminais, trazendo, 
assim, um novo conceito de poder de polícia, que vem sendo aceito pela maior 
parte da jurisprudência de diversos estados da federação, reconhecendo como 
autoridade policial. Qualquer funcionário civil ou militar da área de segurança 
pública capaz de intervir em um incidente envolvendo um membro da 
comunidade. A partir deste novo momento, o atendimento à população torna-se 
mais eficiente, pois o procedimento é realizado pela Policia onde ocorre o fato 
ajudando a reduzir a impunidade porque é mais rápido; as autoridades da Policia 
Militar gastam menos tempo em ocorrências; menos ocorrências são levadas para 
a delegacia civil, liberando a equipe para lidar com outras ocorrências maiores; a 
comunidade não é desprotegida devido ao desvio de viaturas da polícia militar 
para a delegacia, e há outras coisas que ajudam a diminuir estes fatores de 
criminalidade. 
Palavras-chave: Termo Circunstanciado; Polícia Militar; Eficiência. 
 
. 
 
 
 
1Severino Ferreira Amorim Neto concludente do Curso de Bacharelado em Direito, da Faculdade 
do Cerrado Piauiense-FCP, E-mail: 
2 Orientador de Conteúdo deste artigo. Graduado em Letras,Economia e Direito. Especialista em 
Gestão Pública.Mestre em Educação.Doutora em Letras .Professora de disciplinas jurídicas e 
metodológicas no centro universitário Maurício de Nassau/Teresina-PI e Faculdade do Cerrado 
Piauiense/Corrente-PI. Avaliadora do Mec.Revisora de itens do Enade.. E-mail:. 
 
2 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
With the entry into force of Law No. 9,099/95, discussions began on the 
competence of the Military Police to conduct the detailed articles (TCOs), which 
were recently resolved by the Federal Supreme Court, deciding on their 
constitutionality. The aforementioned laws that provide for special courts and 
criminal courts have undergone a major conceptual change in the examination of 
the competence of police authorities and the judicial police. In addition to the 
provisions of article 4, a new concept has since been inserted in article 4 of the 
Criminal Procedure Code of the federal constitution, which specifically grants the 
powers of the civil police to the judicial police. The new Law nº 9.099/95, in its 
article 69, provides for the concept of special civil and criminal courts, thus 
bringing a new concept of police power, which has been accepted by most of the 
jurisprudence of several states of the federation, recognized as a police authority. 
Any civil or military public safety official capable of intervening in an incident 
involving a member of the community. From this new moment, service to the 
population becomes more efficient, as the procedure is carried out by the Police 
where the fact occurs, helping to reduce impunity because it is faster; Military 
Police authorities spend less time on incidents; fewer incidents are taken to the 
civil police station, freeing up staff to deal with other, larger incidents; the 
community is not unprotected due to the diversion of vehicles from the military 
police to the police station, and there are other things that help to reduce these 
criminality factors. 
Keywords: Detailed Term; Military police; Efficiency. 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1-INTRODUÇÃO 
 
O escopo principal deste estudo é fazer uma análise da possibilidade da 
lavratura do termo circunstanciado de ocorrência (TCO) pela Polícia Militar no 
Brasil, buscando combinar suas nuances com sua importância na eficácia judicial, 
aderindo aos princípios especiais do direito judiciário e garantias de segurança 
pública. 
Primeiramente, este estudo busca estudar a Lei nº 9.099/95, analisando o 
procedimento aplicável ao período específico de ocorrência, e da mesma forma, 
procura esclarecer quem é a autoridade competente para realizar o 
procedimento. Observou-se que, atualmente, as autoridades policiais que 
realizam tais atos costumam atuar como representantes da polícia civil, que 
preencherá tais documentos e os encaminhará ao Juizado Especial Criminal para 
uso no processo. Embora essa autoridade seja geralmente atribuída às 
representantes da polícia civil, algumas doutrinas e jurisprudências nacionais 
questionam se tal função pode ser direcionada contra o público, especialmente a 
policiais militares. 
Nesse caso, pode-se deduzir que é possível que o TCO seja decretado 
pelos policiais militares, sem que tal ato fosse considerado tentativa de usurpar 
funções públicas? 
O objetivo Geral do presente trabalho é buscar de forma embasada, 
oferecer um debate dos transtornos que causam na categoria, de forma que, a 
partir de uma análise sobre os resultados provocados pelas Polícias Militares e 
Bombeiros Militares em atendimentos a ocorrências dessa modalidade, possam 
fazer uma reflexão da importância e da existência dessas ações para que 
possamos chegar a um entendimento jurídico seguro, eficaz e legal. 
Objetiva-se de modo específico buscar mecanismos jurídicos legais nos 
quais as Polícias Militares e Bombeiros Militares, ao realizarem a lavratura dos 
Termos Circunstanciados de ocorrência (TCO), de conformidade com a Lei 
9.099/95, transmitam, segurança jurídica legal para o Juizado Especial Criminal, 
o qual tem a responsabilidade de analisar e executar as ocorrências que 
gerarem os procedimentos, mas também para as partes envolvidas nos 
procedimentos, de forma que não se crie uma disputa de legalidade junto às 
Polícias Civis para saber de quem é a competência para lavratura de tal 
4 
 
procedimento. Este trabalho busca também analisar quais os mecanismos 
usados por alguns estados da federação brasileira em suas polícias por ainda 
não estarem confeccionando o referido procedimento (TCO). 
Será se estão prevaricando ao não cumprirem uma decisão do STF, 
aonde, na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3.807, decidem por 
votação dividida que a lavratura de tal procedimento não é exclusividade da 
Polícia Judiciária?Sabe-se que no Brasil os acúmulos de atividades decorrentes 
de procedimentos e investigações aumentam vertiginosamente a cada dia, 
sendo que, na maioria das instituições policiais civis o efetivo tem diminuído, 
ocasionando superlotação de processos, dos quais, boa parte deixa de ser 
concluída por falta de material humano. 
 
Embora as Polícias Militares e Bombeiros Militares do Brasil buscam a 
cada concurso de ingresso na corporação, aperfeiçoar o conhecimento dos seus 
profissionais com cargas horárias e nas matérias adicionadas, constata-se que 
uma guarnição policial militar, se depara com uma ocorrência que gera uma 
lavratura de T.C.Os, a mesma acaba por desviar de seu papel principal que é o 
de Policiamento ostensivo, como está previsto na Carta Magna (CF/1988), no 
seu Art. 144 § 5º. 
Assim sendo, entende-se que a prerrogativa de direito e obrigações são 
estritamente de competência da Polícia Judiciária (Polícia Civil), nas Delegacias 
de PolíciaCivil sejam eles lavrados por Delegados bacharelados e de agentes 
policiais profissionalmente qualificados para tais atividades. 
Por fim, o trabalho utilizará do método A metodologia de cunho 
bibliográfico, e se utilizará do estudo da literatura, relatos de profissionais; A 
pesquisa tem caráter qualitativo. Para a realização do projeto, foi feito 
levantamento de referências teóricas, publicadas por meios escritos e 
eletrônicos, e páginas de web sites, que possibilitam recolher informações 
relacionadas ao tema em tela. 
 
 
 
 
 
5 
 
2- O Termo Circunstanciado de Ocorrência: seu conceito e evolução 
 
 
Rangel enfatiza que o Termo Circunstanciado de Ocorrência é: 
[...] registro de ocorrência minucioso, detalhado onde se qualificam as 
pessoas envolvidas - autor(es) do(s) fato(s), vítima(s) e testemunha(s); 
faz-se um resumo de suas versões; menciona-se data, horário e local do 
fato; descrevem-se os objetos usados no crime (apreendidos ou não); 
colhe-se assinatura das pessoas envolvidas; quando a lei determinar, 
expõe-se a representação do ofendido e demais dados necessários a 
uma perfeita adequação típica do fato pelo Ministério Público. (RANGEL, 
2003, p. 166). 
 
Gonçalves (1998, p. 19) coloca que “o objetivo do termo circunstanciado é 
igual a do inquérito policial, mas o termo é realizado de modo menos formal e sem 
a exigência de coleta acurada de provas”. Portanto, ficam claro que a introdução 
do período de ocorrência detalhado visa dar eficiência nos aspectos expeditos, 
simples e informais dos crimes menos lesivos, que não requerem o uso de 
instrumentos investigativos, mas simplesmente refletem os fatos e os submetem a 
julgamento. o juizado especial, criminal. 
O direito administrativo é responsável pela organização da ação pública, e 
a ação pública é responsável por regular o aparelho estatal por meio de regras e 
normas, além de características específicas, como discricionariedade, 
autoaplicação e coerção, para proporcionar um bem melhor. com esses atributos, 
público O poder executivo tem a autoridade da polícia e suas competências são 
voltadas para o benefício da sociedade como um todo, com o objetivo de bem-
estar geral. Portanto, esse poder só pode ser exercido por quem é capaz de 
exercê-lo, pois o exercício da polícia é inerentemente limitado. 
Como afirma Di Pietro (2007), o Direito Administrativo é parte do Direito 
Público e possui como objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas 
administrativas que integram a Administração Pública, atividade jurídica não 
contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus 
fins, de natureza pública. 
Nas palavras de Bandeira de Melo (2006, p. 221): 
A atividade da Administração Pública, expressa em atos normativos ou 
concretos, de condicionar, com fundamento em sua supremacia geral e 
na forma da lei, a liberdade e a propriedade dos indivíduos, mediante 
ação, ora fiscalizadora, ora preventiva, ora repressiva, impondo 
coercitivamente aos particulares um dever de abstenção (non facere), a 
6 
 
fim de conformar-lhes os comportamentos aos interesses sociais 
consagrados no sistema normativo. 
 
Claro que o poder público é detentor de atividade exclusiva para disciplinar 
ou limitar interesses individuais, ou ainda, a liberdade do cidadão em defesa do 
interesse público, seja no âmbito dos costumes, mercado, ou mesmo na 
segurança. Assim, a força coercitiva do poder estatal é para a defesa dos 
interesses sociais coletivos previstos na Constituição Federal Brasileira, a qual 
estabelece em seu artigo 144 os órgãos que compõem a segurança pública: a 
Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, a Polícia 
Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiro Militar, e cada uma destas 
instituições detém função específica a ser exercida. 
Com vistas a agilidade dos processos, e com base nos princípios da 
oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, foram 
criados os Juizados Especiais, Lei nº 9.009/95, para resolução dos crimes de 
menor potencial ofensivo, aqueles crimes e contravenções penais cuja pena 
privativa de liberdade cominada de até dois anos, cumulativa ou não com multa. 
Neste contexto, surge a figura do Termo Circunstanciado de Ocorrência, 
documento redigido pela autoridade policial ao se deparar com infrações penais 
de menor potencial, conforme conceito supracitado. 
O entendimento sobre qual o alcance e a necessidade do Termo 
Circunstanciado de Ocorrência (TCO) perpassa esclarecer sobre o embasamento 
normativo a que ele se ancora. A princípio, cabe salientar que a expressão pode 
ser desmembrada. Quando se diz que algo é feito a termo, indica-se que aquilo 
que fora dito é oficialmente registrado, documentado; circunstanciado refere-se ao 
detalhamento, à descrição pormenorizada da ocorrência, do fato ilícito-típico. 
Assim, tem-se que o Termo Circunstanciado de Ocorrência é o registro 
documental dos fatos narrados à autoridade policial, com a finalidade de prestar 
informações sobre o fato penalmente relevante. Como afirma Tourino Filho (2000, 
p. 78), o TCO precisa conter a qualificação dos envolvidos e de possíveis 
testemunhas, com uma súmula de suas versões e o compromisso que das partes 
comparecem perante o Juizado. 
Neste diapasão, ressalta-se que a Constituição Federal de 1988 previa que 
a União, Estados e Distrito Federal deveriam criar os Juizados Especiais cuja 
finalidade seria julgar crimes de menor potencial ofensivo, dando maior agilidade 
7 
 
aos procedimentos, por meio de um rito sumaríssimo, com alicerce nos princípios 
supracitados. Como afirma Tourino Filho (2000, p. 78), o TCO precisa conter a 
qualificação dos envolvidos e de possíveis testemunhas, com uma súmula de 
suas versões e o compromisso que das partes comparecem perante o Juizado. 
 
Como se pode verificar no artigo 98 da Constituição Federal (BRASIL, 
1988): 
 
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados 
criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e 
leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de 
causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor 
potencial ofensivo, mediante o procedimento oral e sumaríssimo, 
permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de 
recursos por turmas de juízes de primeiro grau. 
 
Após a promulgação da Lei nº 9.099, a Assembléia Nacional promulgou a 
Lei nº 9.099 e a efetivação da Lei nº 9.099, e o plano de ação específico da Lei nº 
9.099 foi formulado na Lei Especial nº 19.099. Esses mecanismos de busca 
procuram casos de conflito menos agressivos e menos graves. Como ponto de 
destaque, as regras ilustram a racionalização, agregando política. 
A lei detalha a ocorrência do crime, antes do prazo para que as autoridades 
o mencionem, instrumento que já mencionou os princípios e foi bem recebido 
pelos tribunais, especialmente os mencionados princípios de poder e processual. 
Sabe-se que em quase 100% dos casos os policiais militares têm medo de fazer o 
primeiro contato com a vítima ou o crime, desta vez, se for levado em conta o 
relato detalhado da vítima, desta vez é menos provável um ataque, tudo requisitos 
necessários, é natural que a policia militar decrete, porém, os entraves e 
equívocos da lei incidem sobre a possibilidade de decretar o TCO apenas na 
polícia civil. 
 
 
2.1. A Polícia Militar e a Lavratura do Termo Circunstanciado de Ocorrência 
 
A organização da ação pública é de responsabilidade do direito 
administrativo, que regula o aparelho estatal por meio de regras e normas, além 
de atribuições específicas como discricionariedade, autoaplicação e coerção, para 
8 
 
proporcionar o bem coletivo maior. Diante desses atributos, a administração 
pública tem poderes de polícia e suas capacidades visam beneficiar a sociedade 
como um todo, com vistas ao bem-estargeral. Portanto, esse poder só pode ser 
exercido por quem é capaz de exercê-lo, pois o exercício da polícia é 
inerentemente limitado. 
O principal entendimento dos instrutores e da jurisprudência baseia-se na 
noção de que, para fins de desenvolvimento de disposições detalhadas, as 
autoridades policiais são entendidas não apenas em uma única imagem de 
representação policial, mas também em atividades restritas. da Polícia Civil, 
assim sendo, cabe a policia militar a competência para lavratura do Termo 
Circunstanciado, pois depois de tomar conhecimento a cerca de um fato 
delituoso, deve a autoridade policial tomar as decisões necessárias. 
 
 
De acordo a visão de Jesus: 
 
A finalidade da atividade policial não desnatura a condição de quem a 
exerce. A autoridade decorre do fato de o agente ser policial, civil ou 
militar. [...] O policial militar, ao tomar conhecimento da prática de uma 
contravenção penal ou de um crime de menor potencial ofensivo, poderá 
registrar a ocorrência de modo detalhado, com a indicação e qualificação 
das testemunhas, e conduzir o suspeito diretamente ao Juizado Especial 
Criminal. (JESUS, 2002, p. 43). 
 
O conceito de infracção menos agressiva limita-se às contravenções 
penais e infracções para as quais a lei prevê pena máxima não superior a 2 (dois) 
anos, com ou sem multa. 
A doutrina conceitua o que vem a ser crime de menor potencial ofensivo, 
segundo Bitencourt, “as contravenções penais que por vezes são chamados de 
crimes-anões, são condutas que apresentam menor gravidade em relação aos 
crimes, por isso sofrem penas mais brandas”. 
Assim, crimes com potencial menos agressivo continuarão a constituir 
crimes quando a conduta do infrator não causar maior dano à vítima e a conduta 
não resultar em maiores conseqüências .Portanto, de acordo com o artigo acima, 
o TCO é o procedimento aplicável no caso previsto em lei, sendo que o autor foi 
preso no local e encaminhado à Delegacia de Polícia, onde a matéria era 
superficial. A análise dos fatos determinará os autos do TCO, o autor dos fatos 
9 
 
assinará termo de compromisso para comparecer em audiência preliminar 
marcada no Juizado Especial Criminal e será liberado. É importante ressaltar que 
a teoria da atividade se aplica à determinação da competência do juizado 
especial, ou seja, da jurisdição do foro onde ocorreu a infração penal. 
 
 
 
 
 
 
2.2. A Autoridade Competente para a Lavratura do Termo Circunstanciado 
de Ocorrência. 
 
O artigo 69 da Lei 9.099/95, dispõe: 
Art.69 - A autoridade policial que tomar conhecimento do ocorrência 
lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao 
Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as 
requisições dos exames periciais necessários. 
 
A grande discussão girou em torno de um termo usado pelos legisladores, 
as autoridades policiais, que se entende para se referir aos representantes da 
polícia que só têm autoridade para estabelecer procedimentos de TCO. 
A controvérsia oriunda da autoridade competente que redigiu o TCO dividiu 
os principais juristas, alguns dos quais entendem que o artigo 69 da Lei 9.099/95 
deve e os deputados federais e a Policia Militar. 
De acordo com JESUS: 
A finalidade da atividade policial não desnatura a condição de quem a 
exerce. A autoridade decorre do fato de o agente ser policial, civil ou 
militar. [...] O policial militar, ao tomar conhecimento da prática de alguma 
contravenção penal ou de um crime de menor potencial ofensivo, poderá 
registrar a ocorrência de modo detalhado, com a indicação e qualificação 
das testemunhas, e conduzir o suspeito diretamente ao Juizado Especial 
Criminal. 
 
No mesmo sentido, DINAMARCO, “impõe se interpretar o art. 69 no sentido 
de que o termo só será lavrado e encaminhado com os sujeitos ao juizado, pela 
autoridade, civil ou militar, que em primeiro lugar haja tomado conhecimento do 
fato”.Por ter o rito sumaríssimo, o TCO objetiva simplificar o procedimento no ato 
de sua formalização, busca desburocratizar e agilizar a apuração do ato delituoso 
10 
 
praticado, buscando com base nos seus princípios informadores, a efetivação da 
aplicação da lei. 
 
Diferentemente de crimes mais complexos que exigem investigação 
policial, com a entrada em vigor da Lei 9.099/95, ficou evidente a intenção dos 
legisladores de privilegiar a celeridade, a informalidade e a economia processual, 
concretizando procedimentos de TCO para lidar com crimes de menor potencial. . 
 
 
 
3- Poder de Polícia 
 
Os deveres da Policia militar incluem salvaguardar a segurança pública, 
defender a vida e combater a criminalidade, bem como respeitar os direitos 
individuais e garantir a sua inviolabilidade.Além dos deveres atribuídos à polícia, 
também é necessário compreender seus limites, ou seja, até que ponto a 
atividade policial pode agir e qual o limite de interferência na vida dos indivíduos. 
De acordo com Lazzarini (1999, p.37): 
 
Polícia designa, em sentido estrito, o conjunto de instituições, fundadas 
pelo estado, para que, segundo as prescrições legais e regulamentares 
estabelecidas, exerçam vigilância para que se mantenham a ordem 
pública e se assegure o bem-estar coletivo, garantindo-se a propriedade 
e outros direitos individuais. 
 
As atividades policiais são exercidas por meio do poder de polícia, 
atribuição do poder público que nomeia agentes para exercer o controle sobre as 
atividades de pessoas físicas ou jurídicas, capazes de interferir em suas 
liberdades em benefício da coletividade. O Código Tributário Nacional conceitua o 
poder de polícia em seu art. 78. 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública 
que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a 
prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público 
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina 
da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas 
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à 
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos 
individuais ou coletivos. (BRASIL, 1966) 
 
11 
 
O poder de polícia tem a finalidade de assegurar a ordem pública e limitar o 
exercício de liberdades e direitos individuais em prol do bem coletivo e da 
convivência social, de acordo com Meirelles (2011, p.135) é “a faculdade de que 
dispõe a Administração Pública 15 para condicionar e restringir o uso e gozo de 
bens, atividades, direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio 
Estado.” Porém esse poder deve obedecer aos limites legais sob pena de se 
tornar arbitrário, de acordo com Lazzarini, (1999, p.38), o poder de polícia “não é 
ilimitado, não é carta branca para quem exerce atividade de Administração 
Pública fazer ou deixar de fazer alguma coisa ao seu alvedrio, ao seu arbítrio”. 
Estes limites devem ser observados para garantia dos direitos individuais, 
de acordo com Meirelles (2011, p.139) “os limites do poder de polícia 
administrativa são demarcados pelo interesse social em acordo com os direitos 
fundamentais do sujeito assegurados na Constituição da República em seu artigo 
(art. 5º)”. O poder de polícia tem por objetivos a garantira do interesse público 
sobre o particular, para isso detém algumas características inerentes à 
administração pública como a discricionariedade, autoexecutoriedade e a 
coercibilidade. 
 De acordo com Meirelles (2011) discricionariedade, é a possibilidade de 
escolha pela administração pública de exercer seu poder de polícia de acordo 
com a oportunidade e conveniência, bem aplicar sanções e empregar os meios 
necessários para alcançar o interesse público. 
A autoexecutoriedade, de acordo com Di Pietro (2010), é a possibilidade de 
a administração executar suas decisões sem necessidade de autorização prévio 
do Poder Judiciário. A coercibilidade é o poder que a Administração tem de imporsuas medidas de forma imperativa. 
Conforme Meirelles (2011, p.142): 
Realmente, todo ato de polícia é imperativo (obrigatório para seu 
destinatário), admitindo até o emprego da força pública para seu 
cumprimento, quando resistido pelo administrado. Não há ato de polícia 
facultativo para o particular, pois todos eles admitem a coerção estatal 
para torná-los efetivos, e essa coerção também independe de 
autorização judicial.Realmente, todo ato de polícia é imperativo 
(obrigatório para seu destinatário), admitindo até o emprego da força 
pública para seu cumprimento, quando resistido pelo administrado. Não 
há ato de polícia facultativo para o particular, pois todos eles admitem a 
coerção estatal para torná-los efetivos, e essa coerção também 
independe de autorização judicial. 
 
12 
 
Portanto, o poder de polícia é o ato do poder público social de proteger direitos e 
impor obrigações na premissa do cumprimento de leis e dispositivos 
constitucionais. Um dos direitos protegidos pelo poder de polícia é a segurança 
pública, que é a base da manutenção da ordem social e da vida.Assim explica 
Silva (1998, p.740): 
Segurança Pública é o afastamento, por meio de organizações próprias, 
de todo perigo, ou de todo mal, que possa afetar a ordem pública, em 
prejuízo da vida, da liberdade, ou dos direitos de sociedade do cidadão. 
A segurança pública, assim, limita as liberdades individuais, 
estabelecendo que a liberdade de cada cidadão, mesmo em fazer aquilo 
que a lei não lhe veda, não pode ir além da liberdade assegurada aos 
demais, ofendendo-a. 
 
 A Lei de Segurança Pública estipula que a segurança pública é 
responsabilidade de todos e obrigação do Estado. Artigo 144 da Constituição da 
República Federativa do Brasil de 1988, que deve exercer a manutenção da 
ordem pública e a segurança de pessoas e bens, o mesmo artigo estabelece que 
a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Ferroviária Federal, a 
Polícia Civil, Policia Militar e Corpo de Bombeiros do Exército. (BRASIL, CRFB 
1988). Dentre os órgãos descritos, a Polícia Militar atua de forma mais efetiva 
junto aos conflitos sociais e estabelecimento da ordem pública. 
 
 
 
3.1. Questionamento da legalidade da atividade judiciária e sua validade 
jurídica. 
 
O índice de criminalidade no Brasil cresceu de forma alarmante nos 
últimos anos, de modo que tanto as delegacias quanto os tribunais civis estão 
sobrecarregados com casos de todos os tipos. Para os crimes menos agressivos 
elencados na Lei nº 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais), 
focamos nos mais diversos crimes praticados frequentemente por aqueles que na 
maioria das vezes desconhecem a conduta criminosa de tais crimes. Crimes que, 
se julgados e condenados, possam resultar em sua vida, por crimes menos 
agressivos, uma vez cometidos, suas penas são brandas até 02 (dois) anos de 
prisão e a pena ainda é conversível em trabalho social. 
13 
 
A Lei 9.099/95 é informativa, verbal, informal, de economia processual e 
célere, teoricamente, caso não seja resolvida, em casos de instância superior, 
pode reduzir a demora na tomada de decisões e processos gerados. O custo está 
na sua origem Comarca. 
Nesse sentido, os ministros do Supremo Tribunal Federal entenderam que o 
Termo Circunstanciado de Ocorrência. Deverá ser lavrado na Delegacia de 
Polícia mais próxima , caso o cidadão a procure em casos de atendimento no próprio 
local onde se ocorreram os fatos, de maneira que poderá ser lavrado pelo policial 
que estiver responsável pelo a atendimento da ocorrência (seja civil ou militar), 
em concordância com o artigo 69 da Lei 9.099/95. 
Em face de análise da referida ação, também trouxe o seu 
posicionamento a Advocacia Geral da União pelo não reconhecimento da mesma, 
haja vista que não compreendem que a simples lavratura de um TCO pela Polícia 
Militar causaria ofensa às atribuições da Polícia Civil, nem tampouco ocorre em 
um contexto investigatório. 
[…] 6. A Advocacia-Geral da União manifestou-se pelo não 
conhecimento da ação e, no mérito, pela improcedência do pedido: 
“Administrativo e procedimento em matéria processual penal. 
Disposições do Decretos nº 17.999/2018 e nº 18.089/2019, do Estado do 
Piauí, que permitem a lavratura de Termo Circunstanciado de Ocorrência 
(TCO) por policiais militares, para encaminhamento aos Juizados 
Especiais. Preliminar. Atos normativos que conferem interpretação ao 
artigo 69 da Lei 9.099/95. Ofensa reflexa à Constituição da República. 
Precedentes específicos pelo não conhecimento. Mérito. Inexistência de 
vício formal. O conjunto normativo impugnado provê regulamentação 
adicional aos procedimentos previstos na Lei 9.099/1995, os quais 
antecedem a formalização do processo judicial. Improcedente a 
alegação de ofensa à competência privativa da União para legislar sobre 
processo penal, nos termos do artigo 22, inciso I, da Constituição. A 
lavratura de termo circunstanciado não ocorre em contexto investigatório, 
nem possui as solenidades típicas do inquérito policial, razão pela qual 
não se insere no âmbito de privatividade da polícia judiciária. Não 
caracterizada a suposta violação ao artigo 144, §§ 4º e 5º, da Lei Maior. 
Manifestação pelo não conhecimento da presente ação direta e pela 
improcedência do pedido” […] (BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADI 
6201/PI. Relatora: ministra Cármen Lúcia. Diário Judiciário Eletrônico- 
DJe, 23 fev. 2021). 
 
Dessa forma, compreende-se que o TCO se constitui como um procedimento 
mais simples, que não necessita das formalidades existentes em um inquérito policial: 
 
 
 
14 
 
 
 
4-RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
O Termo de Ocorrência Comprovada é um segmento rápido baseado na 
simplicidade e informalidade, baseado em relatos de participantes de incidentes, 
falta de resposta imediata, e é projetado para abordar rapidamente crimes e 
contravenções criminais com potencial para ofensas menores, consistente com a 
Seção 9.099/Artigos 69 e 61 da Lei nº 95 (Lei dos Tribunais Cíveis e Criminais), 
autoridades policiais competentes. 
Para conceitualizar a expressão autoridade policial e determinar a sua 
aptidão, ou ainda, apontar quais seriam as atribuições de cada autoridade 
elencada no artigo 144 da Constituição Federal, tem se as mais variadas 
correntes doutrinarias e entendimentos, desde correntes excessivamente 
conservadoras e limitadas, a aquelas modernas e amplas , as quais vem a cada 
dia recebendo mais adeptos e prestígio no cenário jurídico brasileiro. 
Nessa linha de intelecção segue Damásio Evangelista de Jesus 
defendendo tal designação de competência como uma exaltação ao princípio da 
celeridade e economia processual, mostrando benefícios a respectiva polícia em 
seu sentido mais vasto, furtando-se a um maior deterioração entre vítima e autor 
com uma condução indevida à Delegacia, causando assim uma perda de tempo 
importante que Polícia Civil deveria dedicar há outras ações como: investigações 
de outras infrações de maior potencial ofensivo que exigem uma análise mais 
minuciosa . 
Conseqüentemente ao fazer uma analise do termo a autoridade policial, 
evidencia divergências, em diversas ordenações do Direito, com ilustres 
preceptores que se atentam a uma designação mais tradicional, como a trazida 
por Nestor Távora, que mantém essa competência nas mãos da Polícia 
Judiciária, conforme fundamento de que o TCO pode também ser considerado 
uma instrumento de investigação preliminar. 
Portanto a determinação 18/2015 TJ-GO, mostrou-se como ferramenta 
jurídico/legal, eficiente e com grande capacidade de pacificar os ânimos que 
cercavam o termo “autoridade policial”, e nortear com uma abordagem moderna, 
o melhor caminho para a definição prática do termo em destaque, além de 
15 
 
explanar formas de lidar com a realidade vivenciada pelo judiciário, apontando 
ainda as diversas vantagens que guardam profunda consonância com o 
estabelecidopelos princípios basilares da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e 
Criminais. 
Desta forma a produção do TCO, pela Polícia Militar preserva inúmeros 
benefícios que estão rigorosamente relacionados com os efeitos mencionados no 
decorrer deste trabalho, especialmente aquelas direcionadas diretamente a 
sociedade. Destaca-se aqui como benefício ao corpo social a dispensa das partes 
no próprio local de ocorrido os fatos sem a exigência de um locomoção a uma 
Delegacia de Polícia Civil já tão lotadas de atribuições, evitando assim um 
estresse maior nas partes envolvidas ou mesmo a condução desnecessária dos 
envolvidos.Por conseguinte temos a liberação e conseqüente retorno da 
guarnição policial militar a atividade ostensiva de patrulhamento de forma 
imediata dando ainda mais sensação de segurança a sociedade. 
Assim como economia no tempo do serviço disponibilizado, do mesmo 
modo traz economia para de gastos públicos. A sociedade em geral também se 
beneficiará de forma ampla com a melhoria de um serviço de eficiência e rápido 
prestado pelos profissionais da Polícia Militar, deixando o foco da Polícia Civil 
voltados as investigações de crimes com maior potencial ofensivo. Os benefícios 
se concentram em aliviar a sensação de impunidade causada pelo crescente 
registro de ocorrências e a celeridade dos processos criminais que se seguem, a 
aplicação de sanções, a melhoria significativa dos serviços aos cidadãos e a 
garantia de menores crimes aos infratores em potencial liberdade 
Nesse sentido, é importante destacar os benefícios também para o 
judiciário, seguido da otimização dos serviços policiais, e o fato de boletins de 
ocorrência e TCOs produzidos serem documentos com quase os mesmos dados 
e passarão a ter um único procedimento. Há com isso a contemplação da 
celeridade visto que os procedimentos são levados à apreciação do juiz em um 
prazo muito curto do que o seria se toda ação descrita no Boletim de ocorrência 
da Polícia Militar, devesse ser novamente feito em uma Delegacia de Polícia Civil. 
Além de reduzir o número de crimes mais graves, devido à agilidade de 
atuação em crimes com menor potencial ofensivo, está intimamente relacionado à 
aplicação prática da teoria da janela quebrada. 
16 
 
Recorde-se o consequente aumento das transações criminais, permitindo 
assim uma resposta imediata às infrações penais cometidas no âmbito do Juizado 
Especial Criminal. 
Por fim, vale ressaltar que os interesses da própria policia militar foram 
comprovados, sendo possível investir na agência, pois a grande maioria dos 
procedimentos resulta em transações criminosas, e as multas impostas a eles 
podem ser restituídas à agência na aquisição de diversos equipamentos (como 
coletes, bafômetros, medidores de decibéis) e na adequação (reforma ou 
construção) de suas instalações, além de aumentar a credibilidade, trouxe o 
fortalecimento e empedramento das autoridades da policia militar, pois o 
problema é imediato. 
À medida que aumenta o registro de infrações penais menos agressivas 
pela Policia militar, o número desses crimes que não são registrados devido à 
burocracia e até atrasos no comparecimento às delegacias civis diminuirá 
significativamente. Dito isso, o TCO pronto para Policia militar oferece três 
benefícios, destacando aqueles que se estendem à sociedade, incluindo o 
judiciário e a própria Policia militar. 
 
 
5-CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O estudo foi elaborado para analisar a legalidade dos "períodos 
comprovados de ocorrência" estabelecidos pela policia militar, e considerou 
aspectos além de uma análise jurídica rigorosa, com ênfase tanto social quanto 
econômica. Os métodos utilizados no trabalho incluem a aplicação de métodos 
qualitativos. Os métodos qualitativos abrangem o estudo bibliográfico de 
conteúdos produzidos e publicados para um determinado período de ocorrência, 
como livros, trabalhos de conclusão de curso, artigos científicos, jurisprudência e 
legislação, o que facilita o estudo da análise dos dados. 
A análise do impacto econômico e social de uma decisão é essencial para 
definir os termos jurídicos e adotar a solução ideal para um caso concreto. Os 
"artigos de ocorrência detalhados" elaborados pela policia militar provocaram 
debate em todos os estados brasileiros sobre se a policia militar deveria emitir um 
TCO. A implantação do TCO foi constatada como realidade nos seguintes 
17 
 
estados: Acre, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, 
Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte Alemanha, Rio Grande do Sul, Rondônia, 
Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. 
A importância deste estudo para esclarecer a importância do termo 
"autoridade policial" no meio acadêmico e na sociedade como um todo, para 
abordar de uma vez por todas o alvoroço existente em reconhecer o direito da 
policia militar de decretar TCOs, e assim demonstrar o que é necessário para 
resolver tal divisão que atualmente é insuportável, todos os benefícios. 
Ao final, e por isso também conclui que a policia militar traz maior agilidade 
e eficiência no enfrentamento dos crimes menos agressivos na formulação de 
provisões circunstanciadas, pois ao realizar o policiamento ostensivo, tem 
conhecimento destes fatos no momento da ocorrência e acesso a mais detalhes 
podem levar a pessoa diretamente ao Juizado Especial Criminal, para que o caso 
seja resolvido mais rapidamente, dando mais confiança às pessoas na justiça e 
na própria polícia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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igualdade. 3ª ed. Malheiros. 2006. 
 
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Anotada. 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2002. 
 
LAZZARINI, Á. Estudos de Direito Administrativo. 2. ed. São Paulo: Revista 
dos Tribunais, 1999. 
 
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Malheiros, 2011. 
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MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Discricionariedade e Controle 
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RANGEL, Mary. Temas integradores da Supervisão Pedagógica, Orientação 
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SILVA, D. P. Vocabulário Jurídico. 14. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 
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TOURINHO FILHO, F. C. Comentários à Lei dos Juizados Especiais 
Criminais. São Paulo: Saraiva, 2000.

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