Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 BOLETIM MATINAL COVID-19 FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Nº 449 16 de Julho 5 Agora estamos nas redes sociais! Siga-nos para atualizações diárias em qualquer lugar Não esqueça de deixar seu feedback e compartilhar com os amigos! Disclaimer: este conteúdo é produzido por alunos da Universidade Federal de Minas Gerais sob orientação de professores da instituição. Não deve ser utilizado como recomendação. Esta publicação é de domínio público. É proibido o seu uso comercial. Instagram @ufmgboletimcovid Facebook Página ufmgboletimcovid Telegram t.me/ufmgboletimcovid Google Groups https://bit.ly/UFMGBoletimCovid Twitter @ufmgboletimcov2 Toque nos ícones https://twitter.com/ufmgboletimcov2 https://www.facebook.com/ufmgboletimcovid/ https://bit.ly/UFMGBoletimCovid https://t.me/ufmgboletimcovid https://www.instagram.com/ufmgboletimcovid/?hl=pt-br 2 BOLETIM MATINAL COVID-19 1 16 de Julho DESTAQUES DA EDIÇÃO ● N° de casos confirmados em BH (15/07): 248.971 ● Notícias: Anvisa diz que não há estudo conclusivo sobre 3ª dose e que autorizou 2 pesquisas. ● Editorial: COVAX: more than a beautiful idea. Destaques da PBH ● N° de casos confirmados: 248.971 | 872 novos (15/07)¹ ● N° de óbitos confirmados: 6.013 | 12 novos (15/07)¹ ● N° de recuperados: 237.989 (15/07)¹ ● N° de casos em acompanhamento: 4.969 (15/07)¹ ● NÍVEL DE ALERTA GERAL: AMARELO Link¹: bit.ly/3kpEh5A http://bit.ly/3kpEh5A 2 BOLETIM MATINAL COVID-19 2 16 de Julho Destaques da SES-MG ● N° de casos confirmados: 1.888.402 (15/07)² ● Nº de casos novos (24h): 7.883 (15/07)² ● N° de casos em acompanhamento: 64.171 (15/07)² ● N° de recuperados: 1.775.718 (15/07)² ● N° de óbitos confirmados: 48.513 (15/07)² ● Nº de óbitos (24h): 163 (15/07)² Link:2 bit.ly/2UTdZh2 Destaques do Ministério da Saúde ● N° de casos confirmados: 19.262.518 (15/07)3 ● Nº de casos novos (24h): 52.789 (15/07)3 ● N° de óbitos confirmados: 538.942 (15/07)3 ● Nº de óbitos (24h): 1.548 (15/07)3 Link³: https://bit.ly/3Ak1E61 Destaques do Mundo ● N° de casos confirmados: 188.727.755 (15/07)4 ● Nº de casos novos (24h): 540.400 (15/07)4 ● N° de óbitos confirmados: 4.062.496 (15/07)4 ● Nº de óbitos (24h): 8.698 (15/07)4 Link4: https://bit.ly/356HCNN http://bit.ly/2UTdZh2 https://bit.ly/3Ak1E61 https://bit.ly/356HCNN 4 BOLETIM MATINAL COVID-19 3 16 de Julho Editorial ''COVAX: more than a beautiful idea” “COVAX: mais que uma bela ideia” A COVAX foi comparada, por Ann Usher, com um navio que estava sendo construído ao partir. Os desafios dessa construção, embora descritos com detalhes imprecisos, de fato levaram a sérios contratempos. Porém essa comparação não considera que a COVAX é um navio que ainda está navegando. Apesar dos desafios, a COVAX está no caminho para cumprir com sua promessa original de 2,2 bilhões de doses de vacinas contra a Covid-19 entregues até janeiro de 2022. Tal distribuição irá diminuir a terrível inequidade na oferta de vacinas contra Covid-19 pelo mundo, visto que um pequeno grupo de países ricos adquiriu primeiro o suprimento de vacinas, atrasando o fornecimento, para além da situação epidemiológica na Índia e suas repercussões em um de nossos maiores fornecedores primários. A negociação com nações de alta renda foi necessária para a construção de um consenso de fornecimento global e equitativo, além de levantar os fundos necessários para garantir as doses. A maioria das doses da COVAX será destinada para países de baixa renda, e o restante para países de renda média-alta e alta renda. Sem a COVAX, mais de 200 países estariam tentando negociar com uma miríade de fabricantes – o que provavelmente manteria as desigualdades sustentadas. Link: https://bit.ly/3wRvegp https://bit.ly/3wRvegp 4 BOLETIM MATINAL COVID-19 4 16 de Julho Destaques do Brasil: Os pacientes com covid longa que enfrentam dezenas de sintomas, exames, remédios e consultas Estudos apontam que 1 em cada 10 pacientes apresentam complicações pós Covid-19. Não há dados precisos sobre o Brasil, mas, no Reino Unido, por exemplo, mais de 2 milhões de pacientes enfrentaram sintomas associados à Covid-19 por mais de 12 semanas. E não há exatamente um padrão. O quadro, que é conhecido por nomes como "síndrome pós-covid", "covid longa", "covid persistente" ou "covid de longa distância” pode afetar tanto pacientes assintomáticos como os que tiveram formas leves ou graves da doença. Link: https://bbc.in/3B41u3b Anvisa diz que não há estudo conclusivo sobre 3ª dose e que autorizou 2 pesquisas As vacinas Pfizer e AstraZeneca receberam a liberação da Anvisa para investigar os efeitos e a necessidade de uma dose extra contra a Covid-19. A agência afirma que 'todas as vacinas autorizadas no Brasil garantem proteção contra doença grave e morte'. Sobre os estudos de terceira dose, a Pfizer investiga os efeitos, a segurança e o benefício de uma dose de reforço da sua vacina, a Comirnaty. O imunizante extra será aplicado em pessoas que tomaram as duas doses completas há pelo menos seis meses. Em relação a AstraZeneca, a farmacêutica desenvolveu uma segunda versão da vacina que está em uso no país, buscando proteção contra a variante beta. Parte do ensaio clínico prevê que uma dose da nova versão da vacina (AZD2816) seja aplicada em pessoas que receberam as duas doses da versão atual da AstraZeneca (AZD1222). Link: https://glo.bo/3xLoBNE https://bbc.in/3B41u3b 4 BOLETIM MATINAL COVID-19 5 16 de Julho Destaques do Brasil: Covid: com variante de Manaus dominante, quase 20% de jovens internados morreram no Brasil em 2021 A segunda onda de Covid-19 no Brasil foi muito mais grave, em todos os sentidos, do que a primeira, revela um estudo que acaba de ser publicado no periódico científico Lancet Respiratory Medicine. Os pesquisadores analisaram 1,18 milhão de internações entre fevereiro de 2020 e o final de maio de 2021 para comparar a primeira onda, em 2020, e a segunda, neste ano e que teve um pico de mortes no final de março. As internações aumentaram em 59%, e a mortalidade entre pacientes internados subiu em todas as faixas etárias depois que a variante Gama se espalhou pelo país. Mais de 40% das pessoas com Covid-19 que deram entrada num hospital em 2021 morreram e, no pico da epidemia, no ano passado, eram 33%. Dos jovens de 20 a 39 anos que precisaram de internação esse ano, quase 20% morreram. Link:https://bbc.in/2USskub 8 6 16 de Julho COVID-19 BOLETIM MATINAL Destaques do Mundo: Por que Alemanha recomenda misturar vacinas contra Covid-19? O ministro da saúde alemão, Jens Spahn, afirma que as pessoas que tomaram a primeira dose da vacina AstraZeneca, receberão a segunda dose da BioNtech/Pfizer ou Moderna. A estratégia segue a recomendação da Comissão Permanente de Vacinação da Alemanha (STIKO), um comitê independente composto por membros indicados pelo Ministério da Saúde. O comitê justificou que o posicionamento se deve à preocupação com a variante delta e às evidências científicas de que a combinação de imunizantes gera uma resposta imunológica significativa – e que não há indícios de que esta combinação faria mal. Link: https://bit.ly/36BW01h Pandemia frustra expectativa japonesa de ver economia crescer na esteira das Olimpíadas de Tóquio O Japão, dono do terceiro maior PIB do mundo, contava com o empurrão dos Jogos Olímpicos para reativar sua atividade econômica mas uma nova onda da Covid-19 obriga o país a realizar as provas sem público, impondo mais prejuízos que vitórias. Link: https://bit.ly/2TjKDs4 4 BOLETIM MATINAL COVID-19 7 16 de Julho Destaques do Mundo: Mortes por Covid no país mais afetado: 'Perdi 15 familiares em um mês' A Namíbia, cuja população chega a 2,5 milhões de habitantes, tem atualmente a maior média de novas mortes por Covid no mundo, em torno de 28 a cada 1 milhão de pessoas, segundo a plataforma Our World in Data, da Universidade de Oxford. Em seguida, estão Tunísia (13) eColômbia (10). O Brasil ocupa a nona posição neste ranking, com média móvel de 5,95 mortes. A média móvel é uma média das notificações registradas ao longo de sete dias. Para tentar conter o avanço de infecções, hospitalizações e mortes, o governo da Namíbia montou hospitais de campanha para receber pacientes. Mas, apesar disso, o sistema de saúde do país não tem dado conta da demanda por leitos. Link:https://bbc.in/3iiXKSA https://bbc.in/3iiXKSA 4 BOLETIM MATINAL COVID-19 8 16 de Julho Indicações de artigos “Study Suggests Lasting Immunity After Covid-19, With a Big Boost From Vaccination” “Estudo sugere imunidade duradoura após Covid-19, com um grande aumento da vacinação” Um estudo publicado na revista Nature sugere que, depois de uma infecção com Sars-CoV-2, a maioria das pessoas - mesmo aquelas com infecções leves - parece ter alguma proteção contra o vírus por pelo menos um ano. Além do mais, esta e outras pesquisas demonstram que a vacinação desses indivíduos aumenta substancialmente sua resposta imunológica e confere forte resistência contra variantes preocupantes, incluindo a variante B.1.617.2 (delta). Foi avaliada a imunidade de grupo de pacientes adultos recuperados cerca de 1 mês e 6 meses após o início dos sintomas de Covid-19, os quais foram acompanhados por 12 meses. O intuito era entender como a imunidade evolui após a infecção. A equipe descobriu que os anticorpos contra o Sars-CoV-2 continuam a evoluir até um ano após a infecção. Em relação ao papel da vacinação nessa resposta, aqueles que receberam pelo menos 1 dose apresentaram anticorpos plasmáticos contra o domínio de ligação ao receptor do vírus no plasma mais elevados e um aumento de quase 50 vezes na atividade neutralizante, em comparação com os participantes não vacinados. Sendo assim, as vacinas aumentam os anticorpos de memória que se desenvolvem após a infecção, melhorando a resposta imunológica. Quanto às pessoas que não foram infectadas anteriormente, mas foram vacinadas, a equipe sugere que a vacina de mRNA provavelmente gera uma resposta bastante durável e ampla e, a menos que o vírus sofra uma mutação que permita o escape da resposta imunológica, não serão necessários reforços da vacina a curto prazo. Link: https://bit.ly/3ida079 https://doi.org/10.1038/s41586-020-2456-9 https://doi.org/10.1038/s41586-021-03207-w 4 BOLETIM MATINAL COVID-19 9 16 de Julho Indicações de artigos “Covid-19 hospital admissions: Brazil's first and second waves compared” “Internações hospitalares por Covid-19: comparação da primeira e segunda ondas do Brasil” O Brasil é um dos países mais afetados pela pandemia de Covid-19. O início de 2021 foi marcado por uma segunda onda pandêmica que apresentava características diferentes da primeira onda, com surtos simultâneos e explosivos de casos em diferentes regiões do país. O estudo em questão buscou fazer uma comparação entre as duas ondas, analisando o número de pacientes com hipoxemia, o uso de recursos (admissão à unidade de terapia intensiva e suporte respiratório) e a mortalidade hospitalar de pacientes hospitalizados com Covid-19. Comparando a primeira onda com a segunda, os números médios de admissões hospitalares por semana aumentaram 59% (14 220 vs 22 703), com um aumento 72% de pacientes com hipoxemia em (8606 vs 14.845), de 74% de pacientes que necessitaram de ventilação não invasiva (6746 vs 11 773) e de 53% que precisaram de ventilação mecânica invasiva (2452 vs 3747). Foi verificado que, embora mais pacientes requisitaram suporte respiratório avançado na segunda onda, não houve aumento na proporção de pacientes internados nas unidades de terapia intensiva, o que sugere uma limitação potencial no acesso aos cuidados intensivos. A progressão da segunda onda resultou em um aumento da carga de casos graves. O sistema de saúde brasileiro já havia ficado sobrecarregado durante a primeira onda, o que resultou em uma segunda onda que exigiu recursos de um sistema colapsado, em um cenário de baixa adesão às intervenções não farmacológicas e dominância convergente de variantes de preocupação. Diante do exposto, verifica-se uma necessidade urgente de ações que contenham a transmissão. Com um sistema de saúde tão fragilizado, apenas a expansão da cobertura de vacinação e a melhora do atendimento crítico para Covid-19 podem impedir cenários ainda mais catastróficos. Link: https://bit.ly/3B0OpaN 4 BOLETIM MATINAL COVID-19 10 16 de Julho Indicações de artigos “Safety, Immunogenicity, and Efficacy of the BNT162b2 Covid-19 Vaccine in Adolescents” “Segurança, imunogenicidade e eficácia da vacina BNT162b2 Covid-19 em adolescentes” Embora crianças e adolescentes geralmente tenham quadros de Covid-19 mais brandos do que adultos, doenças graves podem ocorrer nesta população, especialmente naquelas com condições médicas subjacentes. Além disso, adolescentes podem desempenhar um papel importante na transmissão de Sars-CoV-2. Sendo assim, vacinas seguras e eficazes para populações mais jovens são primordiais. O estudo buscou analisar a segurança da vacina BNT162b2 (Pfizer – BioNTech) para crianças maiores de 12 anos. A vacina BNT162b2 (Pfizer – BioNTech) é um imunizante para Covid-19 contendo RNA mensageiro modificado com nucleosídeo que codifica a glicoproteína de pico da síndrome respiratória aguda grave causada por Sars-CoV-2. No geral, 2.260 adolescentes de 12 a 15 anos de idade receberam injeções; 1131 recebeu BNT162b2 e 1129 recebeu placebo. Como foi encontrado em outras faixas etárias, o BNT162b2 teve um perfil favorável de segurança e de efeitos colaterais, a maioria dos participantes queixou-se apenas de dor no local da injeção, fadiga e dor de cabeça. Não houve eventos adversos graves relacionados à vacina. A eficácia observada foi de 100% (95% CI, 75,3 a 100). Portanto, o imunizante teve um perfil de segurança favorável, produzindo uma resposta imunológica altamente eficaz contra Covid-19. Link: https://bit.ly/3xKyATk Tenha um ótimo dia! Gabriel Neves, Ana Guedes e Rafaela Teixeira. “Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas.” Mário Quintana 5 Disclaimer: Esta publicação é de domínio público. É proibido o seu uso comercial. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - FACULDADE DE MEDICINA Produção Ana Cláudia Froes Andrei Pinheiro Moura Bianca Curi Kobal Caio Miguel dos Santos Lima Caio Tavares Aoki Daniel Belo Pimenta Douglas Henrique Pereira Damasceno Fernanda Julia Silva Wiik Amaral Fernando Carvalho Pimenta Figueiredo Gabriel Mendes Diniz do Couto Gabriel Neves de Azevedo Germano Luis Marinho Henrique Moreira de Freitas Iara Paiva Oliveira Igor Carley Jean Felipe Cortizas Boldori Larissa Bastos Milhorato Lauanda Carvalho de Oliveira Letícia Costa da Silva Marina Lirio Resende Cerqueira Mariana Luchesi Faria de Melo Campos Maykon José da Costa Souza Murilo de Godoy Augusto Luiz Paul Rodrigo Santi Chambi Rafaela Teixeira Marques Rodrigo de Almeida Freimann Rachel Myrrha Ferreira Violeta Pereira Braga Divulgação Bruna Ambrozim Ventorim João Gabriel Malheiros Andrade de Carvalho Matheus Gomes Salgado Rafael Valério Gonçalves Coordenação Acadêmica Bruno Campos Santos – Médico Vitória Andrade Palmeira – DAAB Gabriel Rocha – DAAB Profa. Maria do Carmo Barros de Melo - Pediatra Editor Prof. Unaí Tupinambás - Infectologista Coordenadores de Conteúdo Profa. Maria do Carmo Barros de Melo - Pediatra Prof. Unaí Tupinambás - Infectologista Prof. Mateus Rodrigues Westin – Infectologista Profa. Lilian Martins Oliveira Diniz - Pediatra Profa. Priscila Menezes Ferri Liu – Pediatra Dr. Shinfay Maximilian Liu – Patologista Clínico Contato: boletimcovid@medicina.ufmg.br
Compartilhar