Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Vetores → São segmentos de reta orientados, responsáveis pela caracterização das grandezas definidas como vetoriais. É importante salientar que a palavra vetor assume significados diferentes dependendo do contexto em que é aplicada. → Tudo aquilo que pode ser medido é considerado como sendo uma grandeza. As grandezas são classificadas em dois grupos: escalares e vetoriais. → Escalares: Tipo de grandeza que é definida apenas a partir da informação do seu valor numérico (módulo), seguido de uma unidade de medida. Massa, temperatura e energia são exemplos de grandezas escalares; → Vetoriais: Tipo de grandeza que possui, além do valor numérico (módulo), direção e sentido. Força, velocidade e aceleração são exemplos de grandezas vetoriais. → Os vetores representam as grandezas vetoriais e indicam seu módulo, direção e sentido. → O módulo é o valor numérico do vetor seguido da unidade de medida que define a grandeza vetorial. A direção é a reta onde o vetor está localizado, e as direções possíveis são: diagonal, horizontal e vertical. O sentido trata-se de para onde o vetor atua de acordo com sua direção, assim, os sentidos podem ser para a direita, para a esquerda, para cima, para baixo, para o leste, para o norte, etc. → O vetor representa uma força que atua na horizontal, para a direita e que possui módulo igual a 50 N. → O vetor possui o mesmo módulo do vetor anterior (valor numérico), porém sua direção é diagonal, com sentido para cima e para esquerda. Operações vetoriais → As operações vetoriais não são realizadas da mesma forma que as operações algébricas. Os módulos de dois vetores serão somados ou subtraídos somente se suas direções forem iguais. → O módulo do vetor C será a soma dos módulos dos vetores A e B, pois eles possuem a mesma direção e o mesmo sentido. Caso os sentidos fossem opostos, os módulos dos vetores deveriam ser subtraídos, e o vetor resultante teria o mesmo sentido do maior vetor da operação, que nesse caso é o vetor A. → Se as direções forem diferentes, deve-se aplicar as regras do polígono e paralelogramo, que determinarão as características do vetor resultante. A decomposição vetorial é uma operação realizada com vetores para definir suas componentes horizontal e vertical. Multiplicação → Dado o vetor v = (a,b), o produto do número real k por v é dado pela expressão: → k·v = k·(a,b) = (k·a, k·b) → Em outras palavras, para multiplicar um número real por um vetor, deve-se multiplicar o número real por cada uma de suas coordenadas. → Geometricamente, a multiplicação de um vetor por um número real aumenta o tamanho do vetor linearmente: → O vetor u possui coordenadas (2,2), e o vetor u·k possui coordenadas (4,4). Resolvendo a equação (4,4) = k(2,2), pode-se concluir que k = 2. Adições → Dados dois vetores u = (a,b) e v = (c,d), a soma entre eles será obtida por meio da expressão: → u + v = (a + c, b + d) → Em outras palavras, basta somar as coordenadas correspondentes de cada vetor. Essa operação é expansível para soma de 3 ou mais vetores com 3 ou mais dimensões. → Geometricamente, partindo do ponto final do vetor u, desenha-se um vetor v' paralelo ao vetor v. Partindo do vetor v, desenha-se um vetor u' paralelo ao vetor u. Esses quatro vetores formam um paralelogramo. → O vetor u + v é a seguinte diagonal desse paralelogramo: Subtração → Para subtrair vetores, considere subtração como soma entre um vetor e o oposto de outro. Por exemplo, para subtrair o vetor v do vetor u, escreve-se: u – v = u + (-v). → O vetor -v é o vetor v, porém, com os sinais das coordenadas invertidos. → Dados os vetores u, v e w e os números reais k e l, ● i) (u + v) + w = u + (v + w) ● ii) u + v = v + u ● iii) existe um vetor 0 = (0,0) tal que v + 0 = v ● iv) Existe um vetor -v tal que v + (-v) = 0 ● v) k(u + v) = ku + kv ● vi) (k + l)v = kv + lv ● vii) kl(v) = k(lv) ● viii) 1v = v Norma de um vetor → A norma de um vetor é o equivalente ao módulo de um número real, ou seja, a distância entre um vetor e o ponto (0,0) ou, dependendo do referencial, o comprimento do vetor. → A norma do vetor v = (a,b) é denotada por ||v|| e pode ser calculada por meio da expressão: → ||v|| = √(a2 + b2) Produto interno →Produto interno é comparável ao produto entre vetores. Note que o produto já citado anteriormente é o produto entre um vetor e um número real. Agora, o “produto” em questão é entre dois vetores. Contudo, não se deve dizer “produto entre dois vetores”, mas, sim, “produto interno entre dois vetores”. O produto interno entre os vetores v = (a,b) e u = (c,d) é denotado por <v,u> e pode ser calculado da seguinte maneira: ● <v,u> = a·c + b·d ● Também é costume utilizar a seguinte notação: ● <v,u> = <(a,b),(c,d)> ● Observe que, utilizando a norma do vetor v = (a,b), podemos relacionar norma e produto interno. ● ||v|| = √(a2 + b2) = √(a·a + b·b) = √(<v,v>) Decomposição vetorial →A decomposição vetorial é uma das operações realizadas com vetores e pode ser definida como a determinação dos componentes de um vetor escritos sobre os eixos x e y do plano cartesiano. A figura abaixo traz uma força, grandeza vetorial, com seus componentes: → Os vetores FXe FY são os chamados componentes do vetor F projetados nos eixos x e y do plano cartesiano. A decomposição vetorial consiste na determinação de seus valores. Para isso, podemos reorganizar os vetores da figura acima apenas mudando a posição do vetor FYde forma que um triângulo retângulo seja formado. → Partindo das definições de seno e cosseno e tendo o ângulo θ formado entre o vetor F e a componente do eixo X, temos: → Podemos escrever que o vetor F é a soma vetorial dos vetores FXe FY. Sendo assim, temos: Exemplo → Imagine uma força F de módulo 100N que faz um ângulo de 30° com o eixo X. Determine as componentes FXe FY do vetor F. Fx = F. cosθ ● Fx = 100 .cos30° ● Fx = 100. √3/2 ● Fx = 50 √3 N ● FY = F. senθ ● FY = 100 . sen30° ● FY = 100 . 0,5 ● FY = 50N → Repare que a soma algébrica dos valores dos componentes FXe FYnão corresponde ao valor da força F. Não podemos confundir operações algébricas com operações vetoriais. Somando vetorialmente os valores dos componentes, obteremos o valor de F. Veja: Regra do paralelogramo ● 1.º Junte as origens dos vetores. ● 2.º Trace uma linha paralela a cada um dos vetores, formando um paralelogramo. ● 3.º Some a diagonal do paralelogramo. ● Importa referir que nesta regra podemos somar apenas 2 vetores de cada vez. Regra da poligonal ● 1.º Junte os vetores, um pela origem, outro pela extremidade (ponta). Faça assim sucessivamente, conforme o número de vetores que precisa somar. ● 2.º Trace uma linha perpendicular entre a origem do 1.º vetor e a extremidade do último vetor. ● 3.º Some a linha perpendicular. ● Importa referir que nesta regra podemos somar vários vetores por vez.
Compartilhar