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Malária: Agente Etiológico, Ciclo de Vida e Tratamento

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MALÁRIA 
 Plasmodium 
❖ Endemia parasitária mais importante do mundo; 
❖ 109 países em situação de risco para transmissão da malária – 40% da população 
mundial exposta ao risco; 
❖ Plasmodium: esporozoário; 
❖ 300 a 500 milhões de novos casos/ano; 
❖ Brasil – Região Amazônica; 
❖ Mosquito gênero: Anopheles; 
❖ Concentrada principalmente no continente africano. 
❖ Ciclo heteroxêmico: 
 - HD: mosquito (reprodução sexuada); 
 - HI: Homem (reprodução assexuada). 
 
AGENTE ETIOLÓGICO 
❖ Plasmodium falciparum: febre terça maligna. 
 - Acesso febril (calafrio, febre alta e sudorese) de 48 horas (tempo que o 
parasito leva para se reproduzir no glóbulo vermelho, causando hemólise que coincide com a 
febre [causa anemia]); 
 - Mais patogênica; 
 -Parasita hemácias de qualquer idade; 
 - Ciclo hepático mais rápido; 
 - Quantidade maior de parasitas no fígado e nas hemácias; 
 - Pode causar a formação de trombos nos vasos sanguíneos; 
 - Leva a citoaderência: o glóbulo vermelho parasitado se adere a parede do vaso 
(roseta) formando o trombo que vai causar isquemia; 
 - Infecta glóbulo vermelho. 
❖ Plasmodium vivax: febre terça benigna. 
 - Acesso febril de 48 horas (intervalo de 48h entre uma febre e outra); 
 - Mais comum (76% dos casos no Brasil); 
 - Pode levar a recaída (quando essa espécie está passando pelo fígado, ela forma 
uma estrutura latente [inativa] no hepatócito, chamada de hipnozoíta [responsável pela 
recaída]). 
❖ Plasmodium ovale: febre terça benigna. 
 - Acesso febril de 48 horas; 
 - Transmissão na África. 
❖ Plasmodium malariae: febre quartã. 
 - Acesso febril de 72 horas. 
 
 
CICLO DE VIDA 
Duas etapas: 
❖ Ciclo pré-eritrocítico: 
 - Ocorre antes do glóbulo vermelho; 
 - Ocorre no fígado (hepatócito); 
 - Quem chega: esporozoíto; 
 - Quem saí: merozoíto. 
❖ Ciclo eritrocítico: 
 - Infecta glóbulos vermelhos. 
 
TRANSMISSÃO 
❖ Picada de mosquitos anofelinos (fêmeas) parasitadas com esporozoítos em suas 
glândulas salivares – saliva ação anticoagulante. 
❖ Quando o anopheles está infectado, ele vai conter o parasito na sua glândula salivar. 
❖ Esporozoíto (está no mosquito): 
 - Chega no fígado em 30 minutos, invade o hepatócito e se reproduz; 
 - Forma infectante. 
CICLO DE VIDA 
Anopheles (fêmea) ----> Hematofagismo ----> Esporozoítas ----> 1 hora ----> Fígado ----> Se 
multiplica assexuadamente por esquizogonia ----> Dá origem aos merozoítos ----> lise do 
hepatócito 8 – 15 dias ----> Circulação ----> Glóbulos vermelhos ----> Trofozoíto jovem ----> 
Trofozoíto maduro ----> esquizonte ----> Hemólise (libera IL 1 [pirogênio endógeno, causa 
febre], merozoítos, pigmento malárico [o parasito degrada a hemoglobina e excreta o 
pigmento malárico]) ----> Penetram nos glóbulos vermelhos novamente (o ciclo no fígado só 
ocorre uma vez). 
OU 
Merozoíto ----> Glóbulo vermelho ----> Gametócitos feminino (vira macrogameta) ou 
masculino (vira microgameta) (gametócito é a forma que infecta o mosquito) ----> Mosquito 
----> Reprodução sexuada ----> Esporozoítos (que vai para a glândula salivar do mosquito). 
 
 
 
 
 
ASPECTOS CLÍNICOS 
❖ Sangue: 
• Anemia e formação de trombos. 
 
❖ Fígado e baço: 
• Hepatoesplenomegalia e depósito de pigmento malárico. 
 
❖ Medula óssea: 
• Glóbulos vermelhos parasitados; 
• Hiperplasia do SMF e reação eritroblástica. 
 
❖ Cérebro: 
• Coma. 
 
SINTOMAS 
❖ Calafrios; 
❖ Sensação de calor; 
❖ Sudorese. 
 
 
 
Alta parasitemia ----> Hemólise ----> Anemia ----> Hipóxia ----> Glicólise anaeróbica ----> 
Produção de ácido láctico. 
 
DIAGNÓSTICO 
❖ Clínico. 
❖ Epidemiológico. 
❖ Laboratorial: 
 -Exame parasitológico do sangue; 
 - Teste rápido: detecta proteína nas hemácias, utilizando anticorpos monoclonais. 
 
TRATAMENTO 
❖ Cloroquina: formas assexuadas sanguíneas; 
❖ Primaquina: forma hepática e gametócitos; 
❖ Pirimetamina: forma hepática e gametócitos; 
❖ Quinina. 
 
PROFILAXIA 
❖ Medidas Individuais (viajantes): 
- Uso de repelentes / roupas adequadas 
- Uso de telas e mosquiteiros em portas e janelas 
- Quimioprofilaxia (mefloquina) 
- Evitar a aproximação às áreas de risco após o 
entardecer e logo ao amanhecer. 
❖ Medidas Coletivas: 
- Combate ao vetor adulto 
- Combate as larvas: larvicidas, aterros, controle biológico 
e medidas de saneamento básico 
- Vacinas (em estudos) 
- Diagnóstico e tratamento

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