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Mariana Marques – T29 PARASITOZES - PROTOZOÁRIOS Malária INTRODUÇÃO ▪ Doença: Malária ▪ É uma infecção causada por protozoário ▪ Parasitas pertencem ao Filo Apicomplexa (complexo apical – estruturas importantes para a penetração e invasão celular) ▪ Agentes etiológicos: Plasmodium spp • Plasmodium falciparum: causa febre terçã maligna – em 10% dos casos, os parasitas atingem o SNC, com 80% de morte • Plasmodium vivax: causa febre terçã benigna (Brasil – 70 a 80% dos casos) • Plasmodium malarie: causa febre quartã • Plasmodium ovale: causa febre terçã benigna (somente continente africano) CARACTERÍSTICAS GERAIS ▪ É uma doença negligenciada e de notificação compulsória ▪ É uma doença infecciosa não contagiosa ▪ Os plasmódios são parasitas das células vermelhas do sangue que exigem dois hospedeiros: • Hospedeiro intermediario: homem e outros animais (reprodução assexuada) • Hospedeiro definitivo: mosquitos hematófagos (fêmeas) → Gênero: Anopheles darlingi → Hábitos crepusculares e noturnos; → Realizam ovoposição em água limpa, sombreada e parada; → Possuem boa capacidade de voo e podem ser domésticos ou silvestres ▪ Transmissão: • Ocorre principalmente através da inoculação de esporozoítos pelo inseto vetor fêmea do gênero Anopheles • Outras formas: transfusão sanguínea, acidentes de laboratório, compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas ▪ Aspectos biológicos do parasito (morfologia): • Esporozoítos (Infectante) • Esquizonte (Replicação) • Hipnozoíto (P. vivax) • Merozoíto • Trofozoíto Imaturo • Trofozoíto maduro • Gametócitos • Oocisto Mariana Marques – T29 PARASITOZES - PROTOZOÁRIOS CICLO BIOLÓGICO ▪ No mosquito: • Uma fêmea do mosquito Anopheles se alimenta em uma pessoa com malária e ingere sangue contendo gametócitos • Os gametócitos dentro do mosquito se reproduzem sexualmente, desenvolvem-se em oocistos e liberam esporozoítas infectados, que migram para as glândulas salivares. • Quando o mosquito se alimenta de novo em uma pessoa, esporozoítas são inoculados e rapidamente atingem o fígado infectando os hepatócitos ▪ Fase hepática ou Exoeritrocítica: • Ao chegarem ao fígado, os esporozoitos amadurecem em esquizontes teciduais dentro dos hepatócitos • Cada esquizonte produz de dez a trinta mil merozoítas, que são liberados na circulação sanguínea, quando os hepatócitos se rompem ▪ Fase eritrocítica: ▪ Cada merozoíta pode invadir um eritrócito e então se transformar em um trofozoíta, que crescem e se transformam em esquizontes eritrocitários, responsáveis por produzir novos merozoítas que depois romperá os eritrócitos, sendo liberados no plasma • Esses merozoítas invadem novos eritrócitos, repetindo o ciclo • Alguns trofozoítas se desenvolvem em gametócitos, os quais são ingeridos pelo mosquito Anopheles Mariana Marques – T29 PARASITOZES - PROTOZOÁRIOS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ▪ Patogenia: • Só ocorre na fase eritrocítica, ocorrendo destruição das hemácias parasitadas e das hemácias sadias (adsorvem metabólitos e são fagocitadas) – causa anoxia nos tecidos • Anemia: não se correlaciona somente com a pasitemia, mas também com o sistema imunológico do indivíduo (destruição de eritrócitos sadios, disfunção da medula óssea por ação de citocinas, anticorpos com afinidades para o parasito e para o eritrócito) • Febre: resultante da toxicidade das citocinas, levando à constrição e dilatação de capilares, causa alteração na circulação (malária pulmonar e renal) • Alterações na membrana das hemácias: ciitoaderência, o antígeno de superfície do parasita, causa obstrução da microcirculação (tecido cerebral, hepático e renal) → ocorrem focos hemorrágicos ▪ Sintomas: • Sintomas comuns às 4 espécies na fase aguda: debilidade física, dor de cabeça, náuseas, dores musculares • Acesso malárico: forte sensação de frio (15 min a 1h), febre alta (41ºC – 2 a 6h) e sudorese e diminuição da temperatura – alívio dos sintomas • Aumento do baço (aumento de degradação de hemácias) e fígado e diminuição de leucócitos • P. falciparum: Malária cerebral – 10% dos casos (80% vão à obito) • Forte dor de cabeça, dor na nuca, convulsões, coma • Anemia grave ▪ Resposta imune: • Inata: pouco efetiva • Adaptativa: resposta humoral e celular (específica, temporária não protetora, aquisição lenta) DIAGNÓSTICO ▪ Clínico: • Anamnese: epidemia e áreas de difícil acesso → febre → portadores de malária ▪ Laboratorial: • Parasitológico: método da gota espessa ou esfregaço: pesquisa do parasita no sangue • Imunológicos: Imunocromatografia • Sorologicos: ELISA e Imunofluorescencia TRATAMENTO ▪ Acabar com o ciclo reprodutivo do parasita: remissão da doença clinica e para evitar complicações ▪ Eliminar os gametócitos: interrupção da transmissão em áreas endêmicas. ▪ Fármacos: cloroquina, primaquina, mefloquina, quinina, artemisinina PROFILAXIA ▪ Combate ao vetor: uso de inseticidas (borrifação intradomiciliar) ▪ Saneamento básico ▪ Educação em saúde ▪ Medidas de proteção individual: • Uso de mosquiteiros, repelentes e telas • Manter distância das áreas de risco ao anoitecer Observação: Não existe vacina contra a malária
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