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Biodireito e Transplante de órgãos e tecidos

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A integridade física e os direitos sobre o corpo:
A ordem jurídica, para garantir o direito sobre o corpo, restringe os efeitos da
vontade da pessoa sobre ele, ou seja, não asseguram a ampla liberdade para decidir sobre
o que fazer com o seu corpo, ao contrário, restringem-na enormemente.
Na lição de Tereza Rodrigues Vieira:
O direito civil consagra de um lado a inviolabilidade do corpo humano, tutelando o
direito do indivíduo à integridade do seu corpo – arts. 13 e 14 do Código Civil – e de outro
admite, com reservas, a liberdade de disposição do homem sobre o seu corpo.
Para Maria Helena Diniz:
O corpo é disponível dentro de certos limites e ainda para salvaguardar interesses
superiores, atendendo a um estado de necessidade, ou seja, visando a proteção da saúde e
conservação da vida, pode-se proceder à ablação de determinada parte do corpo que esteja
comprometida seriamente (necrosada), mesmo que essa parte não seja regenerável.
Define Daisy Gogliano que:
“Transplante é o ato ou o efeito de transplantar, ou seja, mudar de um lugar para
outro, uma porção de tecido corporal ou órgão, para enxertar em outra parte do mesmo
indivíduo ou em outrem”.
Os transplantes de órgãos e tecidos humanos
Na nova legislação civil, poderá este ser realizado de acordo com as disposições da
lei específica, Lei nº 9.434/97, modificada pela Lei nº 10.211/01, desde que não
comprometa a integridade física do doador. Essa cessão de órgãos forçosamente deve ser
feita gratuitamente.
O transplante de órgãos e tecidos inter vivos
À luz do disposto na Lei nº 9.434/97 e o Dec. nº 2.268/97, admite a doação
voluntária de órgãos e tecidos, feita preferencialmente por escrito e na presença de duas
testemunhas, por pessoa juridicamente capaz.
Requisitos:
•Capacidade do doador;
•Autorização judicial;
•Justificativa médica;
•Vínculo familiar entre doador e receptor.
•O art. 13 do Código Civil preconiza: “Salvo por exigência médica, é defeso o ato de
disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física
ou contrariar os bons costumes.
•Parágrafo único: O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na
forma estabelecida em lei especial.”
Transplantes de órgãos e tecidos post mortem
Requisitos:
•Deve ser feita a remoção depois da morte;
•Objetivo científico ou altruístico;
•Deve haver autorização do doador ou de sua família.
•O art. 14 do Código Civil atual preconiza: “É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a
disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
•Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.”
POR ANA LUISA NASCIMENTO SILVA

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