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Transportes - Meios e Evolução

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TRANSPORTES - MEIOS DE 
TRANSPORTE - MODAIS 
 As pessoas e as mercadorias se locomovem entre a 
cidade e o campo, entre várias cidades e entre países 
através dos meios de transporte. A ausência ou 
deficiência de transporte causa perdas econômicas e 
dificulta as relações sociais das populações. Sem 
dúvida, países de pequena extensão geográfica 
resolvem com mais facilidade o problema da 
montagem de uma rede de transporte. Para as 
nações extensas territorialmente, a criação de 
transportes eficientes é um grande desafio. 
 A análise do sistema de transportes de um país é um 
indicador do nível de seu desenvolvimento. Esse 
estudo deve atentar não só para o que se transporta 
mas, principalmente, para como se transporta. 
 O estudo dos transportes deve responder a algumas 
questões. Que meio de transporte é o dominante? 
Como se distribui a circulação de mercadorias pelos 
diferentes meios de transporte? Qual a evolução que 
cada um dos tipos de transporte tem apresentado? 
 
Evolução dos transportes 
 A história dos transportes se inicia com a própria história 
da humanidade, pois para sobreviver, o homem sempre teve 
de transportar objetos e produtos e conseguir se deslocar pela 
superfície terrestre. 
 De início, o homem utilizava as vias naturais, como os rios, 
as áreas de topografia plana e as regiões de formações 
herbáceas: áreas que apresentavam poucos obstáculos ao 
deslocamento de pessoas e objetos. A base do transporte era a 
tração humana. Inicialmente, o homem usava seu próprio 
corpo como meio de transporte e, a seguir, equipamentos 
associados ao corpo, como cestas, varas e carroças. Com o 
passar do tempo, novos recursos foram adotados como meios 
de transporte. À medida que houve desenvolvimento 
econômico, o homem passou a construir estradas, ainda que 
precárias, e a utilizar transporte de tração animal. 
 
 Após a Revolução Industrial, a expansão econômica 
acelerada de alguns países, graças ao aumento da produção de 
bens industrializados, gerou a necessidade de um grande 
consumo de matérias primas. Assim, aumentou a necessidade 
de transportar mercadorias – em maior quantidade e de 
forma mais rápida. 
 O desenvolvimento técnico-científico que acompanhou a 
Revolução Industrial possibilitou a implantação de novos 
meios de transporte com maior capacidade – ferrovias, 
hidrovias e rodovias – e a construção imediata de novas vias 
de transporte. Assim, a nova tecnologia permitiu que se 
ultrapassem obstáculos naturais, que até então freavam a 
circulação de produtos. Isso deu origem a uma nova fase do 
comércio: o comércio em escala mundial. 
 
Os transportes em países desenvolvidos e 
em desenvolvimento 
 Os meios de transporte de um país refletem seu nível 
de desenvolvimento econômico e tecnológico. 
 O transporte é fundamental para a integração 
econômica, social e cultural de uma 
comunidade. Com efeito, as pessoas e as mercadorias 
se locomovem entre a cidade e o campo, entre várias 
cidades e entre países através dos meios de transporte. A 
ausência ou deficiência de transporte causa perdas 
econômicas e dificulta as relações sociais das populações. 
Sem dúvida, países de pequena extensão geográfica 
resolvem com mais facilidade o problema da montagem 
de uma rede de transporte. Para as nações extensas 
territorialmente, a criação de transportes eficientes é um 
grande desafio. 
 
 Nos países desenvolvidos, a evolução dos 
transportes decorreu da expansão econômica. Este é 
o motivo pelo qual há um alto grau de integração 
inter-regional e nacional e a eficiência e 
disponibilidade dos diferentes meios de transporte 
nesses países. 
 Por outro lado, nos países subdesenvolvidos, cuja 
economia sempre dependeu do mercado externo, as 
redes de transporte são quase sempre isoladas e 
convergem para os portos exportadores. Há uma escassez 
e ineficiência de uma rede de transportes. 
 Os principais meios de transporte e vias de circulação 
estão concentrados nas regiões mais desenvolvidas: 
Estados Unidos, Europa Ocidental, Japão etc. Nessas 
áreas, o transporte de bens e de pessoas é bastante 
intenso. A distribuição e densidade de transportes nessas 
regiões é significativamente maior que nas regiões 
subdesenvolvidas, como América do Sul e África. 
 
Meios de transporte 
Existem quatro modalidades de transporte: terrestre 
(ferroviário, rodoviário e metroviário), aquaviário 
ou hidroviários (marítimo, fluvial e lacustre), 
aéreo e dutoviário. 
 
 
 
 O transporte terrestre é realizado em ônibus, carros, 
motocicletas e caminhões que se deslocam em ruas, 
estradas e rodovias. Outro tipo de transporte 
terrestre é o ferroviário, realizado em trens que se 
movimentam sobre trilhos. 
 O transporte aquaviário é caracterizado pelo 
deslocamento em lagos, rios, mares e oceanos. As 
pessoas e/ou mercadorias são transportadas em 
canoas, bancos, navios, etc. Essa é uma alternativa 
muito utilizada para o transporte de cargas entre 
países de diferentes continentes (transporte 
marítimo). 
 O transporte aéreo é considerado o meio de 
transporte mais rápido e sofisticado do mundo. Ele é 
extremamente importante para quem deseja realizar 
viagens em curto tempo, pois o avião atinge 
velocidades elevadíssimas se comparado aos outros 
meios de transporte. Além dos aviões, o transporte 
aéreo também pode ser feito em helicópteros ou 
balões. 
 A outra modalidade de transporte é o dutoviário, 
realizado em tubos ou dutos que transportam 
substâncias gasosas (gasodutos), líquidas (oleodutos) 
ou sólidas (minerodutos). 
 
O Brasil, juntamente com a Bolívia, possui um 
gasoduto responsável pelo transporte de gás natural 
da Bolívia (fonte produtora) para alguns estados 
brasileiros (consumidores). 
 Nos países desenvolvidos, o transporte de mercadorias é 
feito predominantemente por ferrovias e hidrovias. No 
Brasil e em outros países subdesenvolvidos, predomina o 
transporte rodoviário. Muitos países desenvolvidos de 
grande extensão e deficitários em combustíveis fósseis 
deveriam expandir seus meios de transporte ferroviário e 
hidroviário, não rodoviário. Isto porque estes tipos de 
transporte , além de possuírem maior capacidade de carga, 
são mais econômicos. Por outro lado, o transporte 
rodoviário, além de transportar menor quantidade de 
carga, consome muito combustível e é dependente do 
petróleo. A recente crise de petróleo, que atingiu países 
desenvolvidos e subdesenvolvidos, é mais um sinal de que 
o transporte rodoviário não é economicamente eficiente. 
 
OS TRANSPORTES TERRESTRES 
TRANSPORTE FERROVIÁRIO 
 Durante o século XIX, o trem foi o principal meio de 
transporte e se expandiu mundialmente até a segunda 
metade do século XX. Em países de grandes extensões 
territoriais, como os Estados Unidos e o Canadá, foram 
construídas ferrovias transcontinentais que cruzavam o 
território de leste a oeste, ligando os oceanos Atlântico e 
Pacífico. Na ex-União Soviética, foi construída a 
Transiberiana – a maior ferrovia do mundo, com 9.280 
quilômetros, ligando Moscou a Vladivostok, no litoral do 
Pacífico. Essas ferrovias tiveram papel preponderante na 
ocupação territorial e no crescimento econômico e 
comercial desses países. 
 
 Entre 1940 e 1960, muitas ferrovias foram desativadas. O 
motivo disso foi a expansão das estradas de rodagem. A 
partir de 1970, devido à crise do petróleo, o transporte 
sobre trilhos foi reativado, principalmente em países 
desenvolvidos. Outros fatores que reativaram o setor 
foram o desenvolvimento tecnológico com trens 
modernos e mais velozes, o sistema de metrô e uma 
expansão populacional que necessitava do transporte de 
massa. 
 Em países desenvolvidos, o transporte ferroviário 
concorre com o aéreo, mesmo em questão de velocidade. 
Há trens ultravelozes na Europa que chegam a 
velocidades entre 200 km/h e 500 km/h. 
 
 O transporte ferroviário não possui a mesma 
flexibilidade que o rodoviário,mas apresenta muitas 
vantagens. Pode utilizar várias fontes de energia (vapor, 
diesel, gasolina, eletricidade), tem grande capacidade no 
transporte de carga e de pessoas, consegue atingir altas 
velocidades e estimula o desenvolvimento de indústrias 
de base. Embora o custo da construção de ferrovias exija 
altos investimentos, é um econômico meio de transporte, 
pois desloca grandes cargas de passageiros e de 
mercadorias por grandes distâncias a baixo custo. 
 Os Estados Unidos possuem a maior rede ferroviária do 
mundo. É possível atravessar o país de leste a oeste ou de 
norte a sul por trem. 
 
 VEÍCULOS UTILIZADOS- o trem e o metrô 
(composição ferroviária urbana somente para 
passageiros, tendo a vantagem da rapidez). 
 VANTAGENS DO TRANSPORTE 
FERROVIÁRIO- embora o custo da construção de 
ferrovias exija altos investimentos, é um econômico 
meio de transporte, pois desloca grandes cargas de 
passageiros e de mercadorias, por grandes distâncias 
a baixo custo. 
 
TRANSPORTE RODOVIÁRIO 
 O automóvel tem sido utilizado como meio de 
transporte desde o início do século XX. Com a 
Primeira Guerra Mundial, aumentou 
significativamente a produção e a diversificação dos 
tipos de veículos: carros de passeio, caminhões, 
ônibus, tratores, etc. 
 Inicialmente, o transporte rodoviário 
complementava o ferroviário. Com o passar do 
tempo, passou a concorrer com as ferrovias, inclusive 
resultando na desativação de muitas delas, que se 
tornaram deficitárias. 
 Há vários motivos por que alguns países decidiram 
utilizar a rede rodoviária, e não a ferroviária, para o 
transporte de mercadorias: maior flexibilidade e 
facilidade de acesso a diversos lugares, simplificação das 
operações de carga e descarga, etc. Sem dúvida, desde o 
início do século XX, o transporte rodoviário cresceu de 
forma espetacular. 
 A desvantagem do transporte rodoviário é o fato de ser 
mais caro que o ferroviário, pois transporta menor 
quantidade de carga. Ao longo da história do Brasil, 
quase todos os governos incentivaram o transporte 
rodoviário. Isso resultou no aumento dos preços das 
 
 mercadorias, já que os caminhões não podem competir 
com os trens quanto à quantidade de carga transportada. 
 Outras desvantagens do transporte rodoviário são a 
poluição que gera, causando aumento de doenças e 
prejudicando o meio ambiente, os acidentes de tráfego e 
a crise do transito urbano. 
 Em países desenvolvidos, as rodovias são normalmente 
autopistas, estradas muito bem pavimentadas, contando 
com socorro mecânico a qualquer hora e telefones pouco 
distantes, um dos outros. 
 
 VEÍCULOS UTILIZADOS- ônibus, caminhões e 
carros. 
 DESVANTAGEM - o transporte rodoviário é mais 
caro que o ferroviário, pois transportam menor 
quantidade de carga. 
 
MEIOS DE TRANSPORTE NO BRASIL 
 O Brasil enfrenta uma série de desafios em seus 
setores de infraestrutura e transporte. As rodovias e 
ferroviais do país se encontram em estado precário. 
Os aeroportos brasileiros possuem pequena 
capacidade para transporte de cargas. Além disso, os 
terminais portuários são ineficientes e operam com 
excesso de burocracia. O estado precário do sistema 
de transportes brasileiro, que se deve à falta de 
investimentos em infraestrutura nas últimas duas 
décadas, limita o crescimento e a expansão da 
economia nacional. 
 O sistema de transportes é indispensável para a 
exportação, o abastecimento da população e o acesso 
a matérias-primas. Os setores de transportes e 
infraestrutura viabilizavam todos os outros setores 
da economia. Um sistema de transportes precário e 
ineficiente limita a movimentação de pessoas e de 
produtos. 
 
 Como ilustra o gráfico a seguir, o Brasil fica na 
posição 114 no ranking mundial de qualidade de 
infraestrutura, na posição 120 na qualidade de 
estradas e na posição 131 na qualidade de portos. É, 
inegavelmente, um ranking lamentável para o país 
que possui a sétima maior economia do mundo 
(2014). 
 Para o Brasil se tornar um país de fato desenvolvido, 
precisa corrigir os gargalhos em sua infraestrutura 
que limitam a competitividade do país. O Brasil tem 
urgência em recuperar, modernizar e aumentar a 
capacidade de sua infraestrutura. Isso é fundamental 
para permitir o crescimento sustentado de sua 
economia. 
 
Matriz do Transporte de Cargas 
 O setor de transportes desempenhou papel 
fundamental no crescimento econômico e na 
integração do território brasileiro. Mas essa 
integração é um fenômeno relativamente recente, 
pois até a década de 1970, as regiões Norte e Centro-
Oeste ficavam bastante isoladas das outras regiões 
do país. 
 A matriz de transportes no Brasil é dominada 
por rodovias. Isso é prejudicial para a economia 
brasileira, pois a dependência em rodovias e a falta 
de investimentos em ferrovias e hidrovias resultam 
em custos mais elevados de transporte. Para muitas 
empresas, o que é gasto em transporte representa 
uma fração significativa de seus custos. O consumo 
de petróleo e de outros combustíveis utilizados por 
rodovias encarece os preços dos produtos 
transportados. Portanto, a dependência nessa forma 
de transporte eleva o custo de deslocamento da 
produção nacional. 
 
*TKU - toneladas transportadas por quilômetro útil 
Modal Milhões Tku* Partic.% 
Rodoviário 485.625 61,10 
Ferroviário 164.809 20,70 
Aquaviário 108.000 13,60 
Dutoviário 33.300 4,20 
Aéreo 3.169 0,40 
Total 794.903 100,00 
Fonte: Revista CNT no.217 outubro – 2013 
 Os custos dos produtos brasileiros aumentam devido à 
ineficiência e à falta de infraestrutura adequada. Isso 
torna a cadeia produtiva mais cara e menos competitiva. 
É fundamental que o Brasil melhore sua infraestrutura e 
reduza os custos associados à armazenagem, à logística 
para transporte e ao escoamento da produção. Também 
existe o preço da burocracia e da corrupção. Um exemplo 
é a perda de tempo na liberação de cargas nos portos. 
Isso causa uma redução na exportação de gêneros 
agrícolas. 
 Para o Brasil se tornar um país de fato desenvolvido, 
precisa corrigir os gargalhos em sua infraestrutura. 
 
 Os problemas enfrentados na hora de escoar a safra são o 
que mais pesam nos custos da produção e o que previne o 
agronegócio brasileiro de se tornar ainda mais 
competitivo. O Brasil é um país extenso, as distâncias são 
vastas e o território nem sempre é interligado. É evidente 
a desigualdade no desenvolvimento das vias de 
transporte entre as regiões do Brasil. Os custos de 
deslocamento incidem sobre os custos das matérias-
primas e dos produtos finais nos mercados. 
 Em Estados no interior do Brasil, a situação é ainda mais 
crítica. Por exemplo, em Sorriso, um município do Mato 
Grosso que produz um milhão de hectares de soja e 
milho, a produção necessita percorrer mais de 2000 km 
em rodovias para alcançar o Porto de Paranaguá (PR). O 
Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária 
(IMEA) estima que o custo desse frete é de US$ 100, 
enquanto a produção paraense chega ao porto por US$ 20. 
 A solução para Estados como o Mato Grosso, que se 
localizam longe da costa brasileira e, consequentemente 
dos portos, é ampliar a extensão ferroviária e direcionar 
o escoamento para as estruturas portuárias do norte do 
Brasil. 
 Também é necessário corrigir os gargalos institucionais, 
como as leis defasadas e as leis tributárias. 
 
Todos esses problemas afetam a competitividade de 
produtos brasileiros. 
 Um exemplo 
No Brasil, a matriz de transporte é composta por rodovias 
(58%) e ferrovias (25%). Nos Estados Unidos, nosso 
principal concorrente, o modal ferroviário é o principal 
meio de escoamento. Um comparativo do custo final de um 
produto exportado para a China pelos dois países revela 
que o Brasil se encontra em desvantagem competitiva. 
“Enquanto o produtor americano desembolsa cerca de U$ 
98 pelo transporte total da tonelada de soja até a China, o 
brasileiro paga U$ 180. Dentro das fazendas brasileiras a 
toneladade soja custa U$ 234, enquanto em terras 
americanas, U$ 373. 
Pondo na ponta do lápis, o produto brasileiro chega ao 
mercado chinês cerca de U$ 40 mais caro. Dados do 
United States Department of Agriculture (USDA) 
revelam que nos EUA, a participação do custo do frete 
no valor final da tonelada do grão é de 26% e no Brasil, 
44%.” (Fonte: www.ibralog.org.br) 
 Segundo a revista Exame e Paulo Resende, do Centro de 
Estudos para Infraestrutura e Logística de Belo 
Horizonte, os problemas de logística no Brasil consomem 
12% do PIB. As estradas são o maior motivo de 
reclamações de empresários. 
 Aqueles que trabalham com comércio exterior são 
obrigados a lidar com um nível precário de via de 
transportes. Isso vale também para portos e aeroportos. 
O sistema de transportes brasileiro está longe de 
conseguir atender a extensão de seu imenso território. 
Há falta de linhas aéreas e contêineres, há excessivo 
gasto no deslocamento da produção e há perdas 
ocorridas por avarias no transporte. 
 
 Além disso, existe a distorção da matriz de 
transportes: como explicado acima, há uma 
sobrecarga do modal rodoviário. 
Considerações Gerais dos tipos de 
transporte 
Vantagens das Ferrovias Vantagens das Rodovias Vantagens das Hidrovias 
- Grande capacidade de carga 
- Baixo consumo 
- Longa vida dos veículos 
- Indicadas para longas distâncias 
- Versatilidade 
- Transporte direto: origem - destino 
- Fácil penetração em regiões pioneiras 
- Indicado para curtas distâncias 
- Baixo custo de transporte 
- O Brasil apresenta grandes 
possibilidades para hidrovias 
Transporte Ferroviário 
 Transporte ferroviário é o realizado sobre linhas 
férreas para transportar pessoas e mercadorias. As 
mercadorias transportadas neste modal são de baixo 
valor agregado e em grandes quantidades como: 
minério, produtos agrícolas, fertilizantes, carvão, 
derivados de petróleo, etc. No Brasil, a presença de 
bitolas diferentes em uma mesma região acaba 
provocando a elevação do custo do transporte 
aumentando o tempo de viagem. 
 
 As ferrovias apresentam diversas vantagens: é capaz 
de transportar grandes cargas para grandes 
distâncias e consome menos combustível por 
quantidade de carga transportada. Portanto, polui 
menos. Mesmo que o custo de implantação seja alto, 
requer um baixo custo de manutenção e oferece um 
baixo custo de transporte. Além disso, é mais seguro 
que o modal rodoviário: ocorrem muito menos 
acidentes, furtos e roubos. 
 
 Histórico 
 A estrada de ferro no Brasil desenvolveu-se baseada na 
cafeicultura. Consequentemente, o traçado é carente em 
linhas de integração entre as várias regiões. O seu traçado 
ligava as áreas cafeeiras até o porto de Santos. Em 1854, por 
iniciativa do Barão de Mauá, foi inaugurada a primeira 
estrada de ferro do Brasil, com 14 km de extensão, ligando a 
Baía da Guanabara à raiz da Serra de Petrópolis. 
 De 1870 a 1920, houve um grande desenvolvimento de 
ferrovias no país. Esse período foi denominado de Era das 
Ferrovias, quando a extensão das ferrovias passou de 745 
km para 28.535 km. 
 
 As ferrovias influenciaram a colonização de 
imigrantes europeus no Brasil, pois deram acesso aos 
cafezais de regiões cada vez mais distantes do porto 
de Santos. 
 Entre 1920 e 1960, a rede cresceu menos de 10 mil 
km, principalmente devido à crise da cafeicultura. A 
partir de 1960, com a eliminação de vários ramais 
antieconômicos, a malha ferroviária diminuiu de 
38.280 km para 29.283 km, em 2011, que respondia 
por apenas 21% da carga transportada no país. 
 
Problemas das Ferrovias Brasileiras 
 A decadência do transporte ferroviário no Brasil 
decorre de vários fatores: falta de investimentos, 
administração ineficiente, material rodante obsoleto 
e, acima de tudo, a concorrência com o ramo 
rodoviário. As ferrovias não integram as regiões 
brasileiras, não foram estruturas para atender com 
eficiência a realidade industrial do país e resultam em 
morosidade no transporte de pessoas e de 
mercadorias. O transporte rodoviário é considerado 
lento e com alto custo de implantação. 
 No Brasil, a malha férrea é pequena e atinge pontos 
isolados do território nacional. A grande maioria dos 
investimentos é feito pelo setor privado e com 
interesse próprio. O governo brasileiro deveria 
investir no modal ferroviário, pois possui um dos 
menores custos para o transporte de mercadorias e 
poderia aumentar o nível de competitividade do 
Brasil. 
 
 A tabela abaixo apresenta dados sobre as principais 
ferrovias de carga no Brasil. 
 
 
 Ao observar a tabela, verifica-se que as empresas 
controladoras são também as principais usuárias 
desse tipo de transporte. 
 
O transporte multimodal 
O transporte multimodal 
 O transporte multimodal é a articulação entre vários 
modos de transporte, de forma a tornar mais rápidas e eficazes 
as operações de transbordo. O Transporte Multimodal é aquele 
em que serão necessários mais de um tipo de veículo para 
conduzir a mercadoria até ao seu destino final, deste modo 
serão utilizados desde camiões, navios, aviões ou outro tipo de 
condução necessário para a entrega (Cos et al., 2000, p. 509). 
Assim para a mercadoria chegar até ao seu destino final ela 
necessitará de passar por mais de um tipo de transporte, 
podendo contratar uma empresa que faça essas mudanças, 
sem que o importador ou exportador se envolva nessas trocas. 
 A multimodalidade, apesar de defendida pelos ambientalistas 
e alguns especialistas de transporte de mercadorias, implica a 
acumulação de custos pela utilização de interfaces modais, tais 
como, transbordo, handling entre outros (Dias, 2005, p. 210). 
http://dicionario.sensagent.com/Transporte/pt-pt/
http://dicionario.sensagent.com/Navios/pt-pt/
http://dicionario.sensagent.com/Avi%C3%B5es/pt-pt/
http://dicionario.sensagent.com/Exportador/pt-pt/
 Requisitos 
 Para um transporte ser considerado como multimodal, é 
necessário que (Rodrigues, 2002, p. 103): 
 Seja realizado, pelo menos, por dois modos de transporte; 
 Exista um único responsável perante o dono da carga (OTM); 
 Exista um único contrato de transporte entre o Transportador 
e o dono da mercadoria; 
 Exista um conhecimento único (Multimodal Bill of Lading ), 
válido para todo o percurso; 
 Sejam utilizadas cargas unitizadas indivisíveis; 
 Sejam feitas inspecções fiscais apenas na origem e no destino. 
 
http://dicionario.sensagent.com/Mercadoria/pt-pt/
 Intermodalidade 
A intermodalidade pode ser descrita como a não 
ocorrência de quebra da carga quando o transporte da 
mercadoria se faz, no mínimo, por dois modos 
diferentes de tracção (transporte combinado), desde o 
momento da carga até à descarga. Por outras palavras, 
a intermodalidade é um transporte combinado, mas 
sem ruptura do modo de tracção bem como da carga 
(Dias, 2005, p. 217). 
 
 Interconectividade 
A interconectividade nos transportes engloba não só a 
multimodalidade, isto é, a utilização no mesmo 
processo de transportes, com ou sem quebra da carga, 
de pelo menos dois transportes, mas também a 
intermodalidade, processo já referido anteriormente 
(Dias, 2005, p. 216). 
 
Modo Rodoviário 
 Vantagens 
Manuseamento mais simples (cargas menores) 
Grande competitividade em distâncias curtas/médias 
Elevado grau de adaptação 
Baixo investimento para o operador 
Rápido e eficaz 
Custos mais baixos de embalagem 
Grande cobertura geográfica 
 Desvantagens 
Aumento do preço com a distância 
Espaço limitado 
Sujeito às condições atmosféricas 
Sujeito ao trânsito 
Sujeito à regulamentação (circulação, horários) 
 Melhorias Possíveis 
Melhoria nos contentores de modo a adaptarem-se a 
outros tipos de transporte (interface multimodal) 
Melhoria nos sistemas semi-automáticos de cargas e 
descarga 
Aumento no uso de contentores/pallets standard 
Implantação de sistemas de localização por coordenas 
geográficas 
Uso de sistemas de comunicação rádioModo ferroviário 
 Vantagens 
Ideal para grandes quantidades de carga 
Baixo custo para grandes distâncias 
Bom para produtos de baixo valor e alta densidade 
Pouco afetado pelo tráfico e condições atmosféricas 
Amigo do ambiente 
 Desvantagens 
Serviços e horários pouco flexíveis 
Pouco competitivo para distâncias curtas e cargas pequenas 
Grande dependência de outros transportes (nomeadamente 
rodoviário) 
Pouco flexível pois só para de terminal em terminal 
Elevados custos de manuseamento 
http://dicionario.sensagent.com/Custo/pt-pt/
Melhorias Possíveis 
 Aumento da velocidade de trajeto e das 
cargas/descargas 
 Comboios mais frequentes 
 Melhoria de equipamento dos terminais 
 Uso de sistemas de informação que permitam 
melhorar o controlo das frotas ferroviárias e 
programação de rotas 
 
Modo aéreo 
 Vantagens 
Bom para situações de "aperto" a larga distância 
Bom para mercadoria de elevado valor a grandes distâncias 
Boa fiabilidade e frequência entre cidades 
Velocidade de transporte 
 Desvantagens 
Pouco flexível, pois trabalha terminal a terminal 
Mais lento do que rodoviário para pequenas distâncias 
Elevado custo para grande parte dos produtos 
 Melhorias Possíveis 
Melhor adaptação ao multimodal, transportando partes de veículos 
rodoviários 
Sistemas informatizados mais sofisticados para a gestão das 
capacidades de transporte 
Melhoria de cargas e descargas em terminais 
 
Modo Aquaviário (dividio em transporte 
marítimo(mares), lacustre (lacustre)e fluvial(rios)) 
 Vantagens 
Competitivo para produtos de muito baixo custo (químicos 
industriais, ferro, cimento, petróleo, minerais e outros) 
 Desvantagens 
Velocidade reduzida 
Muito pouco flexível 
Limitados a zonas com orla marítima ou rios navegáveis 
 Melhorias Possíveis 
Associação a sistemas de armazenagem em terminal 
Melhor funcionamento sempre que inserido em 
plataformas multimodais 
http://dicionario.sensagent.com/Ferro/pt-pt/
http://dicionario.sensagent.com/Cimento/pt-pt/
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Modo Dutoviário 
 Vantagens 
Longa vida útil 
Pouca manutenção 
Baixa mão-de-obra 
Rápido 
Funciona pronto a pronto para líquidos ou gases(gás natural , 
químicos e outros) 
 Desvantagens 
Não se adapta a muitos tipos de produtos 
Investimento inicial elevado 
Melhorias Possíveis 
Sistemas de construção por módulos e mais rápidos 
Sistemas de controlo e observação de avarias 
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Organismos nacionais 
 Envio de mercadorias leves e com poucovolume; 
 Melhor maneira de fazer entregas urgentes; 
 Abrange uma maior quantidade de 
 mercados; 
 Ajuda a reduzir os custos de transporte de 
 uma carga; 
 Segurança no deslocamento dos produtos; 
 Crescimento das rotas que abrangem mais 
 lugares diferentes. 
Organismos internacionais 
 IATA (Internacional Air 
TransportAssociation): 
 A Associação de 
Transporte Aéreo Internacional é uma associação 
comercial fundada em Havana, Cuba, em 1945 por um 
grupo de companhias aéreas. Ela é responsável por 
representar, ser líder e auxiliar a indústria aérea, ou 
seja, trabalha lutando pelos interesses dascompanhias, 
dentre outros aspectos. 
 FAA(Administration Federal Aviation): 
 A Administração Federal da Aviação é uma entidade 
subordinada ao Departamento de Transportes dos 
EUA que regula as áreas a aviação civil e militar. É 
reconhecido 
mundialmente. 
 ACI(Airports Council International): O 
Conselho Internacional de Aeroportos é composto 
pelas principais companhias administradoras dos 
aeroportos. O Brasil é representado pela INFRAERO. 
 ICAO(InternationalCivilAviation 
Organization): 
 A Organização da Aviação Civil Internacional é uma 
agência das Nações Unidas formada por mais de 150 
países. Foi criada em 1944, depois da coleta de 
assinaturas da Convenção de Chicago. Nessa 
organização são discutidos e fixados direitos e deveres 
dos seus membros, bem como definidos padrões e 
práticas que regem a atividade aérea internacional. 
Nomenclatura das rodovias 
 De acordo com o Plano Nacional de Viação (PNV), a 
nomenclatura das rodovias federais é definida pela 
sigla BR seguida por três algarismos. O primeiro 
algarismo indica a categoria da rodovia e os dois 
outros algarismos definem a posição, a partir da 
orientação geral da rodovia, relativamente à capital 
federal e aos limites do país (norte, sul, leste e oeste) 
Rodovias radiais 
 (BR-0xx): São as rodovias que partem da 
capital federal em direção aos extremos do país. O 
primeiro algarismo é o zero e os números restantes 
podem variar de 10 a 90, segundo a razão numérica 05 
e no sentido horário. Por exemplo: a BR-020, a BR-
040 e a BR-070. 
Rodovias longitudinais 
Rodovia Longitudinal (BR-1xx): São as rodovias que 
cortam o país na direção norte-sul. O primeiro 
algarismo é o um e os números restantes variam de 00, 
noextremo leste do País, a 50, na capital federal, e de 
50 a 99, no extremo oeste. O número de uma rodovia 
longitudinal é obtido por interpolação entre 00 e 50, se 
a rodovia estiver a leste de Brasília, e entre 50 e 99, se 
estiver a oeste. Por exemplo: a BR-101, a BR-153 e a 
BR- 174 
Rodovias Transversais 
(BR-2xx): São as rodovias que cortam o país na 
direção leste oeste. O primeiro algarismo é o dois e os 
números restantes variam de 00, no extremo norte do 
país, a 50, na capital federal, e de 50 a 99 no extremo 
sul. O número de uma rodovia transversal é obtido por 
interpolação, entre 00 e 50, se a rodovia estiver ao 
norte de Brasília, e entre 50 e 99, se estiver ao sul. 
Por exemplo: a BR-230, a BR-262 e a BR- 290 
Rodovias diagonais 
(BR-3xx): Estas rodovias podem apresentar dois 
modos de orientação: noroeste-sudeste ou nordeste-
sudoeste. O primeiro algarismo em ambos os casos é o 
três. Os demais números obedecem o seguinte critério: 
Diagonais orientadas na direção geral NO-SE: A 
numeração varia, segundo números pares, de 00, no 
extremo nordeste do país, a 50, em Brasília, e de 50 a 
98, no extremo sudoeste. Por exemplo: a BR-304, a 
BR-324 e a BR-364

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