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PREVENÇÃO: CONTROLE MECÂNICO E QUÍMICO DO BIOFILME, UTILIZAÇÃO DE FLÚOR E SELANTES PREVENÇÃO EM ODONTOLOGIA ✓ A odontologia preventiva é o alicerce sobre o qual os cuidados com saúde bucal devem ser construídos ✓ A prevenção deve ser priorizada, destaca-se que sua relação de custo- benefício é mais efetiva ✓ ALIMENTAÇÃO ✓ SELANTES ✓ USO DE FLUORETOS ✓ TÉCNICAS MINIMAMENTE INVASIVAS CONTROLE DO BIOFILME ✓ Controle mecânico ✓ Escova dental ✓ Substâncias coadjuvantes (controle químico) MÉTODOS MECÂNICOS DE CONTROLE DO BIOFILME ✓ Escova dentária ✓ Dentifrício ✓ Fio dental É possível agir diretamente na taxa de progressão e aparecimento da doença através de intervenções que diminuam a formação e o desenvolvimento de biofilme e/ou uso de substâncias que interfiram no processo de desmineralização- remineralização. ➢ A remoção mecanizada é o meio mais efetivo de limpeza bucal ➢ Nenhum alimento ou instrumento consistente é mais efetivo do que a escova dental ➢ Relaciona-se à capacidade de remoção do biofilme ➢ Remoção do biofilme + Flúor nos dentifrícios TIPOS DE ESCOVA DE DENTES ✓ Escova dental manual (cerdas de nylon, macia, cabeça pequena, cabo grosso, tempo de troca variável) ✓ Escova elétrica (dificuldade na destreza manual, resultados semelhantes a escova manual) SUBSTITUIÇÃO DAS ESCOVAS ✓ Necessidade de substituições periódicas ✓ Local que a escova é armazenada e o tempo de uso ✓ Deterioração das cerdas ✓ Substituição - Aproximadamente 3 meses - Deve ser antecipada em caso de doenças ou imunodepressão INDICAÇÃO DE ESCOVAS ✓ Cabo longo e anatômico ✓ Cerdas macias ✓ Cabeça de acordo com o tamanho da cavidade bucal Andressa Vasconcelos ESCOVA DENTAL PARA CRIANÇAS COM DENTIÇÃO DECÍDUA ✓ Cabo longo para permitir uma boa apreensão ✓ Cabeça pequena ESCOVA ELÉTRICA ✓ Cabeça com cerdas giratórias em diferentes sentidos, dependendo de cada fabricante ✓ Apresenta mecanismo para tempo de uso e para manter a pressão durante a escovação ✓ Movimentos oscilatórios, rotatórios e pulsátil ✓ Indicação para pacientes que apresentam deficiência motora FIO DENTAL ✓ Fio de náilon, polipropieno ou teflon ✓ Encerados ou não ✓ Monofilamentados, entrelaçados ou embebidos em diferentes sabores e substâncias químicas, como flúor e fosfato ✓ Reduzir o acúmulo de biofilme nos dentes e gengiva adjacentes ✓ Promover circulação e autolimpeza ✓ Manter as características morfológicas do epitélio gengival ✓ Permitir o acesso ao flúor ✓ Facilitar a remineralização através do contato das superfícies dentárias REMOÇÃO DO BIOFILME E NA REGIÃO INTERDENTAL ✓ Efetivo na remoção de uma média de 80% da placa interproximal ✓ Filamentos de fios encerados com ceras naturais proporcionando maior conforto ao paciente, principalmente quando os contatos são muito próximos ✓ Prevenção de lesões de cárie interproximais ✓ Alternativas propostas para facilitar a aceitação e uso de fios dentais FITA DENTAL ✓ Opção bastante utilizada ✓ Vantagem de penetrar melhor entre os dentes e apresentar maior área de contato CONTROLE MECÂNICO: TÉCNICAS DE ESCOVAÇÃO (BASS) MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE DO BIOFILME ✓ Especificidade apenas para microrganismos patogênicos ✓ Substantividade: liberação ao longo do tempo ✓ Estabilidade química no armazenamento ✓ Ausência de reações adversas ✓ Segurança Toxicológica UTILIZAÇÃO DE FLUORETOS ✓ Uso sistêmico: fluoretação das águas ✓ Uso tópico: géis, espumas, vernizes, selantes ✓ O flúor tem ação preventiva em relação à cárie dentária ✓ Formação de fluoreto de cálcio, que funcionará como um reservatório de liberação lenta do flúor nos ciclos des- re ✓ Reparo dos estágios iniciais da lesão de cárie ✓ Dentifrícios fluoretados ✓ Enxaguantes com flúor ✓ Gás e vernizes de flúor Todos os fabricantes aderiram à fluoretação de seus dentrifícios e a cárie dentária apresentou declínio importante quando se compara o resultado do índice CPOD de 1986 com os levantamentos nacionais posteriores aos 12 anos de idade. USO SISTÊMICO DO FLÚOR – FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS ✓ Intervenção em saúde pública ✓ Águas de abastecimento público ✓ Produtos mais utilizados: fluorsilicato de sódio e o ácido fluorsilícico ✓ Excelente relação custo-benefício ✓ Presença de flúor na cavidade oral ✓ Fluoreto retorna à boca pela saliva USO DE DENTIFRÍCIOS ✓ Veículo mais utilizado na prevenção e no controle da cárie dentária e da doença periodontal ✓ Limpar e polir as superfícies dos dentes por meio de uma escova dental ✓ Eliminar ou reduzir a formação de placa e/ou interferir na formação de cálculo dental USO TÓPICO DE FLÚOR ✓ Dentifrícios fluoretados ✓ Soluções de bochechos ✓ Flúor gel ou espuma ✓ Verniz com flúor ✓ Selantes com flúor A Associação Brasileira de Odontopediatria esclarece que a utilização de uma pequena quantidade de dentifrício fluoretado em concentrações convencionais (1.000-1.100 ppm F) é segura em termos de ingestão e risco de desenvolvimento de fluorose e efeito anticárie COMO DEVO UTILIZAR O DENTIFRÍCIO FLUORETADO? ✓ Todas as crianças devem escovar com dentifrícios de 1 000 a 1 100 ppm ✓ Supervisão da escovação Bebês com até oito dentes na boca ou com menos de 10 kg deve-se colocar a quantidade equivalente à metade de um grão de arroz cru (0,05 g) Bebês e crianças que não sabem cuspir e com mais de 10 kg, colocar a quantidade equivalente a um grão de arroz (0,1 g) Crianças que sabem cuspir, até os seis anos, a quantidade deve ser equivalente a um grão de ervilha (0,3 g) USAR -> 1 000 – 1 1000 ppm fluoreto de sódio ou 1 450 – 1 500 ppm MFP (monofluoreto de potássio) NÃO USAR -> sem flúor ou menos de 1000 ppm - Não protegem contra cárie e não devem ser usados nem nos bebês USO DO DENTIFRÍCIO FLUORETADO NA PRIMEIRA INFÂNCIA ✓ Creme dental fluoretado pode ser utilizado pelo menos 2x ao dia ✓ A concentração do flúor deve ser de pelo menos 1 000 ppm de flúor ✓ Enquanto a criança não tiver condições de se autocuidar, a utilização do flúor deve ser responsabilidade dos pais, diminuindo assim o risco de fluorose dentária ✓ Apenas uma lambuzada na escova (um grão de arroz cru) é a quantidade de creme dental recomendado para crianças menores de 2 anos BOCHECHO COM FLÚOR ✓ Uso de 0,05% - NaF (230 ppm) ✓ Uso semanal ou quinzenal 0,20% - NaF (920 ppm) ✓ Crianças com 6 anos ou mais ✓ Muito difundidos em programas com escolares, alcançam índices de 30% redução de cárie, entre os 6-14 anos, em contextos de alta e moderada prevalência de cárie. Os efeitos preventivos desaparecem com a interrupção da atividade de bochecho. ENXAGUANTES BUCAIS (COLUTÓRIOS) ✓ NaF 0,05% diário ✓ NaF 0,2% semanal ✓ Flúor fosfato acidulado a 0,25% ✓ Composição - Álcool - Água - Aromatizantes - Detergentes - Espessantes - Corantes INDICAÇÕES ✓ Pacientes com dificuldade de controle da placa bacteriana ou biofilme dental ✓ Fase de erupção do 1º molar permanente, com dificuldade de higienização ✓ Pacientes de aparelho ortodôntico MEIOS PROFISSIONAIS ✓ Flúor gel ou espuma: os acidulados são mais reativos com a estrutura dental ✓ Concentração de 1,23% ✓ Aplicar por 1 minuto FLÚOR FOSFATO ACIDULADO 1,23% ✓ Comprovada eficácia na redução da incidência e prevalência da cárie dentária ✓ Diminuição do tempo de trabalho ✓ Boa aceitação do paciente ✓ Maior formação do fluoreto de cálcio no dente MÉTODO DE APLICAÇÃO ✓ A quantidade de flúor necessária para cada aplicação em dentição permanente corresponde a 5 ml - 2 a 2,5 ml por moldeira ✓ Na dentição decídua a quantidade para a moldeira é 1,5 a 2 ml ✓ Aaplicação do gel utilizando cotonetes ou pincéis permite maior controle sobre a ingestão de flúor pelas crianças ✓ Aplicação durante 1 minuto ✓ Fluoreto de sódio 2% - 4 minutos TOXICIDADE ✓ 5 mg de F./kg de peso corpóreo ✓ Depende da dose ingerida e pode causar: - Distúrbios gastrointestinais - Paralisia cardiorrespiratória - Primeiros sinais: náuseas e vômitos devido à irritação da mucosa CUIDADOS ✓ Utilizar quantidades recomendadas ao produto ✓ Preferência ao gel com características tixotrópicas - Viscosidade adequada ✓ Posicionar de modo que a cadeira fique mais vertical possível ✓ Sugador ✓ Remover o excesso de gel com gaze ✓ Solicitar para o paciente cuspir FLUORFOSFATO ACIDULADO EM ESPUMA ✓ Menor escoamento ✓ Mais seguro ✓ Requer menos quantidade para aplicação ✓ Ação detergente, que diminui a tensão superficial e facilita a penetração nos espaços interdentais ✓ Aplicado com auxílio de moldeiras FLUOROSE ✓ Definição: São alterações representadas por linhas finas esbranquiçadas ao longo do esmalte ou mesmo a destruição do próprio esmalte, acompanhado de manchas escuras VÉRNIZ DE FLÚOR ✓ Aplicações em regiões restritas de um grupo de dentes ✓ 5% NaF (22 600 ppm de flúor) em uma base de colofônia ✓ O verniz apresenta pH neutro e cor amarelada ✓ Endurece quando entra em contato com a umidade ✓ Permanece por um período mais prolongado ✓ Todos os vernizes foram capazes de depositar fluoreto de sódio ✓ Após 2 semanas, houve uma diminuição, devido à dissolução lenta no meio bucal INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES ✓ Prevenção e tratamento não-invasivo da doença cárie ✓ Agente dessensibilizante ✓ Pacientes com baixo risco de cárie e que fazem uso de outras fontes de flúor ✓ Alergia aos componentes ✓ Preocupação estética logo após a aplicação PROTOCOLOS PREVENTIVOS RISCO À CÁRIE NÃO DETECTADO ✓ Orientações educativas ✓ Tratamento preventivo: aplicação tópica de flúor RISCO À CÁRIE DETECTADO ✓ Orientações educativas ✓ Tratamento preventivo: terapia de verniz com flúor (4 aplicações/semana e consecutivas) TOXICIDADE ✓ São mais fáceis de serem aplicados do que os géis fluoretados ✓ O material toma presa rapidamente e fica aderido ao dente, com liberação lenta MÉTODO DE APLICAÇÃO 1- Profilaxia 2- Isolamento relativo 3- Dentes são secos, e a aplicação do verniz com o auxílio de um pincel 4- Deixa o verniz entrar em contato com a saliva para que endureça 5- Evitar a ingestão de alimentos duros ou escove os dentes -> variação do tempo ✓ 2, 3 ou 4 aplicações anuais ✓ Avaliar a atividade de cárie ✓ Desvantagem: alteração da cor temporária DIAMINOFLUORETO DE PRATA ✓ Agente cariostático ✓ Paralisação da doença cárie ✓ Impede a instalação da doença cárie, reduz a velocidade da progressão, paralisa o processo carioso ✓ Reação química com hidroxiapatita ✓ Formação de fluoreto de cálcio e o fosfato de prata - Reservatório de flúor alojado sobre o esmalte; favorece à resistência e redução da desmineralização - Potencial bactericida e bacteriostático - Alteração e adesividade do biofilme dental - Redução das bactérias ✓ Medida não invasiva capaz de controlar aspectos relacionados à microbiota e aumentar a resistência à desmineralização ✓ Prevenção ou interpretação das lesões ✓ Escurecimento da superfície onde o produto é aplicado ✓ Comprometimento estético ✓ Profilaxia ✓ Aplicação de vaselina nos tecidos moles, a fim de evitar manchamento ✓ Escurecimento da superfície onde o produto é aplicado ✓ Aplicação do produto com pincel fino ou bolinha de algodão, deixando agir por 3 minutos ✓ Remoção do excesso com bolinhas de algodão ✓ Repetir o processo em intervalo de 1 a 2 semanas MATERIAIS SELADORES ✓ A fase eruptiva do 1ºs molares permanentes pode aumentar o risco de cárie ✓ Maior acúmulo do biofilme na superfície oclusal ✓ Selamento mecânico de sulcos e fissuras ✓ Tratamento não-invasivo SELANTES ✓ Década de 60 ✓ Objetivo: proteger mecanicamente fossas e fissuras do acúmulo de biofilme e restos alimentares ✓ Base: resina ou ionômero de vidro ✓ Selantes resinosos: carga, presença de flúor e método de polarização ✓ Localização de um dente em plano oclusal inferior ✓ Presença de capuz gengival que recobre parcialmente o dente até sua erupção ✓ Dificuldade do acesso da escova de dente – desenvolvimento de lesão de cárie SELANTE RESINOSO ✓ A base de BIS-GMA ✓ Escoar nos sulcos e fissuras ✓ Penetrando nas porosidades do esmalte ✓ Selantes sem carga ✓ Selantes com carga ✓ A carga corresponde a parte inorgânica do material que confere a resistência do material SELANTE IONOMÉRICO ✓ Indicado para os primeiros molares permanentes com capuz gengival ✓ Liberação lenta e continuada de flúor ✓ Pacientes com atividade de cárie e dificuldade de higienização ✓ Capacidade de adesão química com a estrutura dental ✓ Liberação de fluoreto ✓ Biocompatibilidade ✓ Coeficiente de expansão térmica linear similar à estrutura dental INDICAÇÕES 1- Produção com alto risco à cárie 2- Experiência atual/anterior de cárie 3- Higiene bucal deficiente 4- Molares (1º molar) 5- Dentes que propiciem maior acúmulo de biofilme 6- Lesão incipiente em esmalte PREVENÇÃO PRIMÁRIA ✓ Melhorar o conhecimento de pais/cuidadores e trabalhadores em saúde, limitando o consumo de açúcares livres em bebidas e comidas ✓ Exposição diária ao flúor ✓ A relação entre a frequência de alimentação e a cárie da primeira infância é evidente ✓ Aumente impostos sobre o açúcar FLUORETOS ✓ Fluoreto não deixa o dente forte e não tem efeito na doença ✓ Escovação dental isolada tem limitações no controle da cárie ✓ Deve haver disciplina no consumo do açúcar ✓ Os dentes devem ser escovados regularmente com dentifrício fluoretado, mínimo 1 000 ppm F, pelo menos 2x/dia PREVENÇÃO SECUNDÁRIA ✓ Controle efetivo de lesões iniciais antes da cavitação: - Verniz fluoretado - Selantes em molares suscetíveis PREVENÇÃO TERCIÁRIA ✓ Paralisação de lesões cavitadas ✓ Tratamento operatório preservando a estrutura dentária RECOMENDAÇÕES ✓ Conscientizar pais/cuidadores, dentistas, técnicos em saúde bucal, médicos, enfermeiros, profissionais da saúde e outros grupos interessados em CPI ✓ Limitar o consumo de açúcar para crianças com menos de 2 anos ✓ Escovar os dentes de todas as crianças duas vezes por dia com pasta fluoretada (ao menos 1 000 ppm), controlando a quantidade ✓ Prover orientações preventivas no primeiro ano de vida e orientar o acompanhamento com um dentista
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