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Tic's Pós-comicial PDF

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TAREFA DA TIC’S - RENATO REZENDE DE SOUZA 
 
PÓS-COMICIAL 
O que habitualmente ocorre com o paciente epiléptico após um quadro 
convulsivo, de acordo com cada tipo de convulsão? 
A epilepsia é uma doença neurológica crônica e muitas vezes progressiva 
caracterizada pela hiperatividade dos neurônios e circuitos cerebrais, que são 
capazes de gerar descargas elétricas sincrônicos anormais, que podem se manifestar 
de diversas formas e podem se desenvolver em apenas uma parte do hemisfério 
cerebral, ex: convulsões occipitais, ou em vários locais, ou em grande área 
envolvendo ambos os hemisférios do encéfalo, que são as convulsões generalizadas, 
geralmente acompanhada de perda da consciência. 
É de suma importância ter o conhecimento da classificação das crises epilépticas 
a seguir: 
 
Fonte: Classificação operacional básica da ILAE 2017 para os tipos de crises epilépticas. 
A classificação de crises epilépticas começa com a determinação se as 
manifestações iniciais das crises são focais ou generalizadas. O início pode ser não 
observado ou ser obscuro; nesses casos a crise epiléptica é de início desconhecido. 
As palavras “focal “e “generalizado” no início do nome da crise significam crise de 
 
 
início focal ou generalizado. Crises devem ser classificadas pela característica 
proeminente mais precoce, exceto em crises focais com parada comportamental a 
qual deve ser a característica dominante durante toda a crise. 
Crise epilética parcial simples: Quando determinam sintomas elementares e a 
consciência não é prejudicada e o paciente percebe sensações anormais no corpo, 
tais como: movimentos súbitos de uma parte do corpo, distorção na visão e audição, 
mal, estar, medo. 
Crise parcial complexa: É caracterizada por uma ação motora mais complexa, 
nessa ocorre a perda da consciência. No decorrer da crise o paciente fica entorpecido 
e confuso, apresentando comportamentos automáticos tais como: caminhar 
desorientado, murmurar, rodar a cabeça, sentar e levantar, mexer nas roupas 
esticando-as, olhar fixo etc. Neste caso o paciente não lembra desses atos praticados 
por ele mesmo. 
Crises focais não discognitivas: Via de regra são delimitadas a área que 
originou, mas pode propagar por outras áreas do mesmo hemisfério. Quando afeta a 
área rolândica, o paciente apresenta quadro clônico (na fase tônica há perda de 
consciência, o paciente cai, o corpo se contrai e enrijece. Já na fase clônica o paciente 
contrai e contorce as extremidades do corpo perdendo a consciência que após a crise 
é recobrada gradativamente) e após cessar a atividade motora clônica, os pacientes 
frequentemente apresentam déficit motor denominado paralisia pós-ictal ou paralisia 
de Todd. 
Crises focais discognitivas: Acontece mais crises convulsiva do tipo tônico-
clônica, mas o paciente não possui déficit pós-ictal, no entanto apresenta confusão 
mental e perda de memória. 
Crises de ausência: Podem ou não perceber o lapso de consciência, perdem 
sequência do pensamento e tem o retorno abrupto e imediato da consciência. 
Crise atônica: Por ser frequentemente em crianças e se caracterizar 
por perda do tônus musculares e consciência, esse tipo pode provocar quedas e 
ferimentos. 
Crises tônico clônica: O estupor pós-ictal persiste por uma extensão variável 
de tempo. O paciente geralmente dorme por 2 a 8 horas e queixa de cefaleia intensa, 
dor muscular, língua mordida e incapacidade de se concentrar que pode durar um 
dia ou mais, perda do controle da bexiga. 
 
 
Para crises focais, a especificação do nível de percepção é opcional. Percepção 
mantida significa que a pessoa está ciente de si e do meio ambiente durante a crise, 
mesmo se estiver imóvel. 
Uma crise focal perceptiva corresponde ao termo anterior crise parcial simples. 
Uma crise focal disperceptiva ou com comprometimento da percepção corresponde 
ao termo anterior crise parcial complexa, e o comprometimento da percepção em 
qualquer parte da crise obriga a utilização da denominação crise focal disperceptiva. 
O nome crise focal também pode omitir a menção à percepção quando esta 
percepção não é aplicável ou é desconhecida e então deve-se diretamente classificar 
a crise pelas características motoras ou não motoras. 
Em crises atônicas e espasmos epilépticos usualmente não se especifica a 
percepção. Crises cognitivas implicam em comprometimento da linguagem ou outros 
domínios cognitivos ou em características positivas tais como déjàvu, alucinações, 
ilusões ou distorções da percepção. 
Crises emocionais envolvem ansiedade, medo, alegria, outras emoções, ou 
aparecimento de afeto sem emoções subjetivas. 
Uma ausência é atípica por apresentar início e término gradativos ou alterações 
no tônus corporal acompanhados de complexos de onda aguda-onda lenta no EEG. 
Uma crise pode ser não classificada por informação inadequada ou incapacidade de 
colocá-la em outras categorias. 
 
REFERÊNCIAS: 
CARVALHO, Fernanda Cruz et al. Epilepsia, do diagnóstico ao tratamento: revisão de literatura. 
Brazilian Journal of Development, v. 8, n. 2, p. 8988-8997, 2022. Disponível em: 
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/43648. Acesso em: 27 mar. 2023. 
MARTINS, M.D.A.; CARRILHO, F.J.; ALVES, V.A.F.; CASTILHO, E. Clínica Médica, Volume 6: 
Doenças dos Olhos, Doenças dos Ouvidos, Nariz e Garganta, Neurologia, Transtornos Mentais. 
Barueri-SP: Editora Manole, 2016. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520447765/. Acesso em: 27 mar. 2023. 
PAULINO, Robério. Século XXI: o mundo em convulsão. 2020. Disponível em: 
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28478. Acesso em: 27 de mar. 2023.

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