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TXV ISABELE GODOY MORFOFUNCIONAL ROTEIRO 1 – ALTERAÇÕES DO FLUXO MICCIONAL Divisão da próstata em zonas Zona de transição É a parte mais central da glândula, circunscreve a extremidade distal a uretra pré-prostática (proximal ao calículo seminal, ponto onde dos ductos ejaculatórios e prostáticos perfuram a parede posterior da uretra prostática) Zona periférica Região mais externa da glândula. Com exceção da porção anterior da uretra prostática, a zona periférica contém a maior parte da uretra (pré- prostática e o resto). Não se estende superiormente à base da glândula, mas continua inferiormente para formar a parte distal. A parte da uretra prostática que não está incluída na zona periférica é coberta pelo estroma fibromuscular anterior. As fibras musculares desse estroma são sustentadas por músculos estriados do esfíncter uretral e as fibras superiores por vibras do músculo detrusor da bexiga Histologia Estroma fibromuscular apresenta uma mistura de músculos lisos com fibras elásticas. As glândulas prostáticas são circundadas por essa mistura e são responsáveis pela produção de 27% do líquido seminal. Sob estímulo do DTH, secretam PSA, fosfatada ácida prostática, fibronolisina e amilase nos seios prostáticos As glândulas têm lúmens revestidos por dobras de tecido conjuntivo que fazem com que os ácinos pareçam altamente irregulares. Geralmente são revestido por epitélio simples colunar ou pseudoestratificado GERIATRIA TXV ISABELE GODOY A uretra prostática tem aparência de ferradura (decorrente do colículo seminal) e projeções epiteliais (altamente redobrada). Os ductos ejaculatórios e o utrículo prostático também podem ser observados no estroma da glândula Bexiga urinária Trígono da bexiga: os dois cantos posteriores contêm os 2 óstios dos ureteres. O óstio interno da uretra encontra-se no canto anterior. Como sua túnica mucosa está firmemente ligada à túnica muscular, o trígono da bexiga tem uma aparência lisa 3 camadas forma a parede da bexiga urinária: TXV ISABELE GODOY • Túnica mucosa (mais profunda): membrana mucosa composta por epitélio estratificado de transição (possibilita o estiramento) apoiada em conjuntivo que vai de frouxo a denso não modelado e uma lâmina própria subjacente semelhante à dos ureteres. Apresenta pregas de mucosa que possibilita a extensão da bexiga • Túnica muscular (intermediaria): musculo detrusor da bexiga. Formada por 3 camadas de fibras de músculo liso → camada longitudinal interna, circular medial e longitudinal externa. Em torno da abertura da uretra, as fibras circulares formam o músculo esfíncter interno da uretra (abaixo dele está o músculo esfíncter externo, composto por músculo esquelético e proveniente do músculo transverso profundo do períneo) • Túnica adventícia (mais superficial): tecido conjuntivo areolar contínua com os dos ureteres. Sobre a face superior da bexiga está a túnica serosa, uma camada de peritônio visceral Uretra masculina Parte termina do sistema urinário. Nos homens libera sêmen e se estende do óstio interno da uretra até o exterior TXV ISABELE GODOY Primeiro atravessa a próstata, depois o musculo transverso profundo do períneo e finalmente o pênis • Parte prostática: contém as aberturas dos ductos que transportam secreções da próstata e das glândulas seminais e do ducto deferente, que liberam os espermatozoides para a uretra e fornecem secreções que neutralizam a acidez do SGF • Parte membranácea: mais curta que atravessa o músculo transverso profundo do períneo • Parte esponjosa: mais longa que atravessa o pênis Histologia O epitélio da parte prostática é continuo com o da bexiga e consiste em epitélio de transição, que se torna epitélio colunar estratificado ou pseudoestratificado colunar mais distalmente (uretra) A túnica mucosa da parte membranácea contém epitélio colunar estratificado ou pseudoestratificado, exceto perto do óstio externo da uretra. Nesse local é composto por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado A lâmina própria da uretra é composta por tecido conjuntivo areolar, com fibras elásticas e um plexo de veias TXV ISABELE GODOY A túnica muscular prostática é composta por fibras de musculo liso circulares superficiais à lâmina própria (ajudam a formar esfíncter interno da bexiga urinaria) A túnica muscular da parte membranácea contém fibras musculares esqueléticas provenientes do músculo transverso profundo do períneo que ajudam a forma o musculo esfíncter externo da uretra Os ductos das glândulas bulbouretrais se abrem na parte esponjosa da uretra e liberam uma substancia alcalina antes da ejaculação, que neutraliza a acidez da uretra. As glândulas também secretam muco, que lubrificam a extremidade do pênis • Uretra feminina: próxima a bexiga é epitélio estratificado de transição e perto do esfíncter é epitélio estratificado pavimentoso. Esfíncter externo, óstio externo da uretra (por onde a urina na mulher vai ser liberada no vestíbulo da vagina entre o clitóris e o óstio) e esfíncter da uretra (localização diferente tanto no homem quanto na mulher) • Uretra masculina: via comum (urina e esperma), 25cm, tem três partes (prostática, esponjosa e membranácea), bulbo uretral (produz líquido pré-ejaculatório), fossa navicular (dilatação na glande do pênis onde fica o óstio externo) Esfíncteres A musculatura lisa vesical está organizada em feixe longitudinais, circulares e espirais, conjunto chamado de musculo detrusor. Esses feixes se prolongam para a uretra, constituindo o esfíncter uretral interno. O músculo detrusor constitui a parede da bexiga, ele forma o esfíncter interno da uretra em torno do colo da bexiga O músculo detrusor se contrai em torno dos orifícios ureterais quando a bexiga contrai de forma a prevenir refluxo vesicouretral Um pouco mais abaixo encontra-se um outro esfíncter, o uretral externo, constituído de musculo esquelético TXV ISABELE GODOY Uretra feminina → passa primeiro através do assoalho pélvico e depois através do espeço perineal profundo onde está rodeada pelo esfíncter externo da uretra Uretra masculina → parte membranosa é a parte da uretra que passa pelo espaço perineal profundo onde é rodeado pelo esfíncter externo da uretra Inervação → a inervação parassimpática da bexiga contrai o músculo detrusor e relaxa o esfíncter interno da uretra. A inervação simpática relaxa o detrusor e contrai o esfíncter interno da uretra. O simpático está muito ativo durante a ejaculação nos homens, isso faz com que o esfíncter interno a uretra se feche, prevenindo assim o refluxo de sêmen para a bexiga O plexo vesical inerva tanto a uretra feminina quanto a masculina. Inervação adicional é fornecida pelo nervo pudendo para a uretra feminina e pelo plexo prostático para a parte proximal da uretra masculina Patologia Cistite intersticial Inflamação não infecciosa da bexiga. Causa dor acima da bexiga, na pélvis e necessidade urgente e frequente de urinar Não há cura, mas os sintomas podem ser aliviados com alterações na dieta e hábitos urinários, medicamentos para aliviar a dor e pentosana Bexiga neurogênica TXV ISABELE GODOY Falta de controle da bexiga devido a um problema nervoso como AVC, lesão da medula espinhal ou tumor • Flácida: não se contrai e a bexiga se enche e transborda. Depois goteja • Espástica: tem contrações involuntárias da bexiga e sente a necessidade de urinar, mesmo quando há pouca ou nenhuma urina na bexiga. As contrações são tipicamente coordenadas de maneira ruim com o músculo que fecha a abertura da bexiga (esfíncter urinário) • Mista: bexiga flácida + espástica O principal sintoma é a perda incontrolável de urina. É feita cateterizarão da bexiga, exame de imagens e outros exames para medir o fluxo de urina.Tratamento: esvaziamento periódico da bexiga Incontinência urinaria Pode ser de diversas causas como: • Fraqueza do esfíncter urinário ou músculos pélvicos • Bloqueamento do trajeto de saída da urina da bexiga • Espasmo ou superatividade dos músculos da parede da bexiga • Fraqueza ou hipoatividade dos músculos da parede da bexiga • Coordenação ruim dos músculos da bexiga com o esfíncter urinário • Aumento do volume de urina • Problemas funcionais Há vários tipos: • Incontinência de urgência: vazamento de urina não controlado que ocorre imediatamente após uma necessidade de urinar irreprimível e urgente. Noctúria é comum • Incontinência de esforço: vazamento de urina devido a aumentos abruptos da pressão intra-abdominal (tosse, espirro, risada). • Incontinência por transbordamento: gotejamento de urina da bexiga sobrecarregada. Volume é normalmente pequeno. • Incontinência funcional: perda de urina devida a um problema com comprometimento mental ou físico não relacionado ao controle de micção. (demência, Alzheimer) Hiperplasia prostática benigna (HPB) Fisiopatologia TXV ISABELE GODOY A HPB origina-se na zona de transição da próstata. Essa zona rodeia a uretra prostática entre o colo vesical e o verumontarum. O aumento da zona de transição é observado pelo cistoscopia como uma hipertrofia dos lobos lateral ou medial. Essa hiperplasia do estroma e dos elementos glandulares se expande em direção ao lúmen uretral, fornecendo sintomas obstrutivos locais: • Estático: efeito de massa exercido pela próstata crescida, composta de nódulos edematosos. Testosterona e di- hidrotestosterona possuem papel fundamental nesse processo, por estimularem o crescimento acinar e do estroma fibromusculares da próstata. • Dinâmico: está relacionada diretamente com o tônus dos músculos lisos da cápsula prostática e do colo vesical. Essas regiões são ricas em receptores adrenérgicos alfa-1, e um aumento do tônus muscular local pode justificar alguns dos sintomas de caráter obstrutivo • O terceiro componente sintomático diz respeito às reações de adaptação da bexiga frente aos dois componentes anterior, que, mediante processos de irritabilidade e/ou instabilidade detrusora, poderão responder por sintomas irritativos. Inicialmente, as reações vesicais tendem ao surgimento de instabilidade ou à redução da complacência vesical, frequentemente associada a sintomas de urgência e frequência. Posteriormente, ocorre perda da capacidade contrátil do detrusor e deterioração da capacidade de esvaziamento vesical, surgindo, pois, hesitação, intermitência e aumento do volume urinário residual. A base anatômica desse processo adaptativo da bexiga se dá tanto por hipertrofia dos músculos detrusores que compõem a parede vesical, como, também, por aumento do colágeno local e surgimento de trabeculações na parede vesical. Reconhece-se, a possibilidade de mecanismos neurorreguladores exercerem função patológica no grau de irritabilidade do detrusor, independentemente do grau de obstrução uretral. Radiologia Urografia excretora Estudo radiológico dos rins, vias urinárias e bexiga utilizando contraste iodado endovenoso TXV ISABELE GODOY Sequência de raio x feita após a ingestão do meio de contraste → começa a ver gradativamente o contraste de córtex, sistema coletor, cálice renal, pelve, ureter e bexiga Urotrocistografia Avalia o tamanho e forma da bexiga e da uretra Exame contrastado do sistema urinário com contraste feito através da uretra. Apresenta fase retrograda (coloca o contraste) e a fase miccional (após urinar). Maior utilidade em crianca Urotomografia TC realizada para avaliação e investigação de doenças do TU, incluídos todas as estruturas como rins, bexiga e os ureteres TXV ISABELE GODOY ROTEIRO 2 – APRISIONAMENTO AÉREO Complacência e retração Características responsáveis pela capacidade de expansão e retração do volume • Complacência: resultado da presença de fibras elásticas no tecido pulmonar, bem como da existência da tensão superficial dos líquidos alveolares. É a capacidade que o pulmão tem de aumentar seu volume quando há uma variação da pressão exercida sob ele. Um pulmão muito complacente é aquele que, com uma variação pequena de pressão varia muito o seu volume. Já um pulmão pouco complacente é aquele que necessita grande variação de pressão para variar pouco em volume • Tensão superficial: é uma força que atua ao longo de uma linha imaginaria de 1cm de comprimento da superfície de líquidos. Ela surge porque a atração entre as moléculas de líquido é mais forte do que a atração entre as moléculas de líquido e de gás nos alvéolos, fazendo com que a superfície do líquido tenda a ser menor possível. A tensão superficial influencia na complacência, quanto maior a tensão superficial do líquido pulmonar, menor a complacência do pulmão Constituição histologia do pulmão Brônquios Mucosa → pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes Lâmina própria → tecido conjuntivo frouxo rico em fibras elásticas Camada muscular lisa → constituída por feixes musculares dispostas em espiral Submucosa → tecido conjuntivo frouxo com presença de glândulas seromucosas TXV ISABELE GODOY Túnica adventícia → tecido conjuntivo frouxo contendo placas cartilaginosas 1: túnica mucosa; 2: camada muscular lisa; 3: túnica submucosa; 4: túnica adventícia, com placa de cartilagem hialina. Bronquíolos Mucosa → epitélio cilíndrico -> cúbico simples, ciliado ou não Lâmina própria → tecido conjuntivo frouxo rico em fibras elásticas (camada delgada) Os bronquíolos respiratórios são diferenciados de os terminais por suas paredes serem associadas a alvéolos. O conjunto de alvéolos -> sacos e ductos alveolares que se abrem nos bronquíolos respiratórios. 1: bronquíolo terminal; 2: bronquíolo respiratório; 3: alvéolos pulmonares TXV ISABELE GODOY Alvéolos Epitélio simples pavimentoso (células → pneumócitos tipo I e II) Lâmina própria → tecido conjuntivo frouxo rica em fibras elásticas e reticulares que servem de sustentação à rede de capilares alveolares que ocupam a maior parte da parede alveolar. Alvéolos pulmonares. A seta aponta o septo interalveolar. A: brônquio lobar; Mucosa: 3: epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado; 4: lâmina própria; 5: músculo liso (reisseissen); TXV ISABELE GODOY Submucosa: 6: glândulas seromucosas e mucosas, cujos ductos se abrem na luz brônquica; 2: cartilagem hialina com pericôndrio; Adventícia: 7 Brônquio segmentar: B Constituição da parede, caixa torácica e músculos da ventilação mecânica Parede torácica Consiste em uma estrutura esquelética, fáscia, músculos, artérias e nervos, todos interligados uns aos outros para formar uma gaiola forte e protetora, ainda que flexível. O tórax tem duas aberturas principais: • Superior • Inferior: quase coberta totalmente pelo diafragma, que separa o tórax da cavidade abdominal O esqueleto torácico é composto pelo esterno, 12 pares de costelas, 12 vértebras torácicas e articulações interconectadas. As principais articulações incluem os discos intervertebrais e as articulações costovertebrais, esternocostais, esternoclaviculares, costocondrais e intercondrais. Há 12 espaços intercostais, cada uma contendo 3 músculos intercostais (externo, interno e íntimo) além do feixe intercostal neurovascular (veia intercostal, artéria intercostal e nervo intercostal). Músculos adicionais da respiração Além dos intercostais e diafragma, há os músculos transverso do tórax, subcostais, levantadores das costelas, serrátil posterior superior e serrátil posterior inferior. PATOLOGIA DPOC Caracterizada pela limitação do fluxoaéreo que não é totalmente reversível. A limitação do fluxo aéreo é geralmente progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal do pulmão a partículas ou gases nocivos. A obstrução das vias aéreas dificulta a entrada e saída de ar dos pulmões, prejudicando a ventilação pulmonar, TXV ISABELE GODOY promovendo a retenção de ar nos bronquíolos. Destacam-se a obstrução das vias aéreas, hiperinsuflação e distúrbios das trocas gasosas. Principais sintomas: falta de ar persistente que piora com exercício físico, tosse crônica com ou sem expectoração Enfisema Alargamento dos espaços aéreos distais aos bronquíolos, decorrente da destruição progressiva dos septos alveolares. O indivíduo possui perda da superfície de contato respiratória pois há destruição das paredes alveolares e, como consequência, ocorre a hiperinflação (a via de hematose vai estar reduzida trazendo capacidade pulmonar limitada). O metabolismo do paciente se encontra reduzida devido a diminuição das trocas gasosas. As principais causas são: exposição de particular de ar com toxinas e tabagismo. Dessa forma há atração de células inflamatórias que vão causar morte de células epiteliais (pneumócitos I -> responsável pela troca gasosa e tipo II -> produtor de surfactante). Pode haver deficiência de alfa-1-antitripsina que é uma enzima inibidora de proteases e, dessa maneira, ela não causa a inibição e sim a proteólise que leva a destruição do alvéolo pulmonar. Achados radiológicos • Retificação do diafragma • Pobreza vascular • Aumento do volume pulmonar Na tomografia: áreas hipertransparentes sem parede definida TXV ISABELE GODOY Bronquite crônica Afeta bronquíolos segmentares, não respiratórios e principais. As principais alterações patológicas são: causam estado hipersecretor (hipertrofia e hiperplasia das glândulas secretoras de muco e aumento das células caliciformes da mucosa e também redução do lúmen das vias aéreas distais, devido ao espessamento da parede brônquica) O paciente apresenta dispneia, tosse produtiva e processo inflamatório crônico das vias aéreas que leva atração de células de defesa, liberação de mediadores inflamatórios (atração de linfócitos, TCD8, macrófagos e neutrófilos provocadas pela liberação de citocinas e interleucinas). Achados radiológicos A radiografia pode ser normal ou demonstrar acentuação da trama broncovascular em ambas as bases, decorrente do espessamento da parede brônquica. • Proeminência dos hilos: aumento das artérias pulmonares centrais -> hipertensão pulmonar • Dilatação do VD Asma Limitação do fluxo de ar. É obstrutiva transitória (reversível). É causada devido a um processo de hipersensibilidade. Esta relacionada com o anticorpo IgE em que há resposta exacerbada do sistema imunológico. Essa hipersensibilidade é rápida, ou seja, sempre quando o indivíduo é exposto ao seu alergênico respiratório os sintomas vão surgir rapidamente. Sintomas: sibilo, falta de ar, aperto torácico, tosse. O músculo liso do brônquio do paciente vai estar muito desenvolvido (vai haver uma contração brônquica que vai limitar a passagem de ar). Há acúmulo de eosinófilos na região de condução de ar, fazendo com que o processo inflamatório alérgico fique maior. O processo inflamatório se localiza na parede de toda a árvore traqueobrônquica. A pessoa asmática pode inspirar adequadamente, mas tem dificuldade para expirar TXV ISABELE GODOY Bronquiectasia Doença obstrutiva secundária, geralmente desencadeada pelo agravamento de outras doenças primárias, sendo geralmente alguma DPOC. Envolve um processo inflamatório persistente e intenso na parede brônquica. As estruturas de sustentação das vias (cartilagem, músculo liso e tecido elástico) são destruídas e substituídas por tecido fibroso. Com isso atribui-se a bronquiectasia um padrão de resposta dos brônquios a vários tipos de agressão, os quais envolvem, inflamação e, na maior parte das vezes, infecções crônicas das vias aéreas. Achados radiológicos - Tomografia • Brônquios com diâmetro maior que a artéria adjacente • Perda do afilamento brônquico que deve ser progressivo das porções centrais até a periferia pulmonar • Brônquios a menos de 2cm da superfície pleural Aprisionamento do ar Aumento da capacidade de ar armazenada nos pulmões, causado pela dilatação dos músculos respiratórios, comprometendo a capacidade mecânica dos mesmo e, consequentemente, da respiração. TXV ISABELE GODOY ROTEIRO 3 – ALTERAÇÕES VASCULARES DO ENVELHECIMENTO Características macro e microscópicas das artérias, veias e capilares Artérias: classificadas em 3 grupos principais • Artérias de grande calibre (artérias elásticas): braquiocefálico, carótida comum, subclávia e ilíaca comum. Conduzem sangue do coração para outras artérias de calibre médio. Tem cor amarelada devido ao acúmulo de material elástico presente na túnica média. Apresenta acúmulo de material elástico. • Artérias de médio calibre (artérias musculares): artéria radial, tibial, poplítea, axilar, esplênica, mesentérica e intercostal. São vasos distribuidores que permitem distribuição seletiva de sangue para diferentes órgãos. • Pequenas artérias e arteríolas Arteríolas: regulam a distribuição de sangue em diferentes leitos capilares por vasoconstrição e vasodilatação (por conta de suas paredes conter fibras musculares lisas dispostas circularmente). TXV ISABELE GODOY Capilares: camada única de células endoteliais. Podem ser agrupados em 3 grupos: • Capilar contínuo ou somático: ausência de fenestras em sua parede. As células endoteliais são unidas por junções de oclusão e aderência, e transportam líquidos e solutos através de cavéolas e vesículas de pinocitose. • Capilar fenestrado ou visceral: apresente orifícios ou fenestras na parede das células endoteliais. A lâmina basal é contínua. É encontrado no rim e glândulas exócrinas. • Capilar sinusóide: suas células endoteliais formam uma camada descontínua e são separadas umas das outras por espações amplos que comunicam o capilar com o tecido subjacente. Abundante quantidade de poros ou fenestrações. Presença de macrófagos entre as células endoteliais. Lâmina basal descontínua. São encontrados no fígado, medula óssea e baço. Histologia das artérias e veias 1- O calibre (diâmetro externo) dos vasos e a espessura relativa de suas paredes. Quando observa ao microscópio cortes transversais de um par formado por artéria e veia, é facil comparar seus calibres e as espessuras das paredes: • A artéria tem parede mais espessa, seu diâmetro externo é menor e a luz é mais estreita • A veia tem parede mais delgada, seu diâmetro externo é maior e a luz é mais ampla 2- A espessura relativa das túnicas: TXV ISABELE GODOY • Na maioria dos casos as artérias tem a túnica média mais espessa que sua túnica adventícia • Na maioria dos casos as veias têm a túnica adventícia mais espessa que a sua túnica média Outros critérios que auxiliam a diferenciação: • As artérias têm a lâmina elástica interna durante quase todo o seu trajeto, o que não existe nas veias. • Os vasos vasorum existem em maior quantidade nas veias que nas artérias. Nas veias mais calibrosas estes vasos existem na túnica adventícia e também na túnica média. Nas artérias estão presentes principalmente na túnica adventícia. Túnicas (íntima, média e adventícia) • Íntima: endotélio (epitélio pavimentoso simples - tecido que proporciona as sinalizações dos vasos sanguíneos. Sinaliza quando tem agentes patogênicos) e subendotélio com parte elástica (fibras elásticas que são fibras proteicas atreladas a tecido conjuntivo. Nas veias saindo do endotélio tem valvas (projeção do endotélio + tecido conjuntivo que vai para o interior dovaso - com função de impedir refluxo de sangue) • Média: músculo liso. Na veia é mais delgada e artéria é mais espessa. Temos a artéria elástica (fibras elásticas em grande quantidade) e muscular (pouca quantidade de fibras elásticas) (diferença na constituição da túnica média). Células do músculo liso alongadas na artéria muscular • Adventícia: tecido conjuntivo frouxa e algumas regiões densas. Apresenta tecido adiposo e na artéria de grande calibre (vaso vasorum). Origem e ramificação das principais artérias da cabeça, pescoço e membro inferior Existem várias artérias principais responsáveis pelo suprimento sanguíneo da cabeça e do pescoço: • Artérias carótidas externas: se originam das artérias carótidas comuns. • Artérias carótidas internas: se originam das artérias carótidas comuns e são responsáveis por vascularizar o cérebro, os olhos e a fronte TXV ISABELE GODOY • Artérias vertebrais: se originam das subcláveias. Cursam superiormente ao longo do pescoço até o cérebro. Emitem ramos meníngeos, musculares e espinhais para as estruturas adjacentes. Formam a artéria basilar. • Tronco tireocervical: se origina da artéria subclávia e emite ramos que fornecem sangue fresco para glândula tireoide, levantador da escápula, trapézio, esternocleidomastóideo. As três primeiras vascularizam principalmente a cabeça enquanto a última supre principalmente estruturas do pescoço. As principais artérias do membro inferior são as artérias femoral e sua continuação, a artéria poplítea. A femoral supre a região glútea e a coxa antes de continuar como artéria poplítea no joelho posterior. A artéria poplítea, vasculariza a região do joelho e depois se divide em 2 ramos que suprem a perna: tibial anterior e posterior. Essas artérias vascularizam a perna. O pé é vascularizado pela artéria dorsal do pé (continuação da tibial anterior) e pela artéria tibial posterior. Patologia Fistulas arteriovenosas (FAV) São comunicações anormais entre o sistema arterial e venoso sem intervenção do leito capilar. São mais comumente decorrentes de defeitos no desenvolvimento. TXV ISABELE GODOY Podem resultar de aneurismas em veias adjacentes, lesão penetrante ou necrose inflamatória. Pode ser causa de insuficiência cardíaca de alto débito cardíaco se desviar grande parte do sangue arterial para o sistema venoso, sobrecarregando o coração. Displasia fibromuscular Espessamento focal irregular das paredes das artérias musculares de médio e grande calibre por uma combinação de hiperplasia da média e íntima com fibrose. Pode gerar diminuição do lúmen, espasmos anormais que reduzem o fluxo vascular. Quando acomete artérias renais pode levar ao desenvolvimento de hipertensão renovascular. Células da parede vascular e a sua resposta as lesões As células endoteliais mantêm uma interface sangue-tecido não trombogênica, modulam a resistência vascular, metabolizam hormônios, regulam reações inflamatórias e afetam o crescimento de outros tipos celulares, particularmente as células do músculo liso. As junções estreitas das células endoteliais podem se afrouxar sob influência de fatores hemodinâmico como a pressão arterial alta, e/ou agentes vasoativos (histamina), o que resulta na inundação dos tecidos adjacentes por eletrólitos e proteínas. Na ativação endotelial, temos que os indutores da ativação endotelial incluem as citocinas, produtos bacterianos (causam inflamação e choque séptico), estresses hemodinâmicos, produtos lipídicos (aterosclerose), vírus, componentes do complemento e hipóxia. As células endoteliais ativadas, expressam moléculas de adesão e produzem citocinas e quimiocinas, fatores de crescimento, moléculas vasoativas que resultam em vasoconstrição ou vasodilatação, moléculas do complexo principal da histocompatibilidade, partes pró- coagulantes e anticoagulantes. As células endoteliais também influenciam na vasorreatividade das células musculares lisas subjacentes através da produção de fatores relaxantes (NO) e fatores de contração (endotelina). A disfunção endotelial, pode ser definida como um fenótipo alterado que compromete a vasorreatividade ou induz uma superfície trombogênica ou anormalmente adesiva às células inflamatórias. Ela é TXV ISABELE GODOY responsável, pelo menos em parte, pelo início da formação do trombo, aterosclerose e lesões vasculares da hipertensão. As células musculares lisas têm capacidade de proliferar quando estimuladas e, podem sintetizar colágeno na MEC, elastina e proteoglicanos e elaborar fatores de crescimento e citocinas. Elas são responsáveis pela vasoconstrição ou dilatação que ocorrem em resposta a estímulos fisiológicos ou farmacológicos. A atividade migratórias e proliferativas das células musculares lisas são reguladas por promotores e inibidores de crescimento. • Promotores: PDGF (fator de crescimento derivado de plaquetas), endotelina-1, trombina, FGF (fator de crescimento de fibroblastos), intérferon gama e interleucina 1 • Inibidores: óxido nítrico e TGF-beta A lesão vascular em que há perda de células endoteliais ou apenas disfunção endotelial estimula o crescimento das células musculares lisas e a síntese de matriz associada, o que espessa a túnica íntima vascular. A restauração dos vasos resulta na formação de uma “neoíntima”. As células musculares lisas mediais ou as precursoras do músculo liso migram para a íntima, proliferam-se e sintetizam MEC do mesmo moto que os fibroblastos preenchem um ferimento. A neoíntima resultante é coberta por células endoteliais em toda sua extensão. Aterosclerose Doença inflamatória crônica que afeta a camada interna (endotélio) das grandes artérias, provocando a formação de placas que obstruem a circulação sanguínea. A aterosclerose ocorre inicialmente pelo acúmulo de colesterol e macrófagos (abaixo do endotélio), avançando com o aumento do tecido matricial que envolve o núcleo lipídico, formando placas que reduzem o fluxo sanguíneo e provocam isquemia dos tecidos irrigados. As placas podem ser: • Estáveis: predominância de colágeno, bem como placa fibrosa espessa e menor número de células inflamatórias e núcleo lipídico • Instáveis: intensa atividade inflamatória, com uma capa fibrótica fina que apresenta alto risco de ruptura. Quando a ruptura ocorre o conteúdo lipídico fica exposto levando a formação de trombo. TXV ISABELE GODOY Calcificação da média Calcificação localizada na túnica média arterial não envolvendo a íntima. A calcificação pode estar presente tanto na camada média quanto na lâmina elástica interna. Arteriosclerose Endurecimento ou enrijecimento da parede arterial. Isso pode levar ao aumento da pressão sistólica e da pressão de pulso, com consequente hipertrofia ventricular. O tipo de vaso predominantemente envolvido são as artérias de grande e médio calibre. Há um aumento da densidade do tecido conjuntivo → perde a elasticidade Veias varicosas Veias superficiais dilatadas, dos membros inferiores. São tipicamente assintomáticas, mas podem desencadear sensação de plenitude, pressão e dor ou hiperestesia nas pernas. Veias tortuosas, perdendo estrutura e dilatadas. Trombose Tríade de Virchow: hipercoagulabilidade, estase venosa (a linfa vai para fora dos vasos dando edema de membros inferiores) e lesão endotelial (interação de fatores genéticos e gatilhos ambientais que causam trombose) Os mecanismos de proteção são: • Inativação dos fatores de coagulação ativados pelos inibidores circulantes pelos sistemas antitrombina-hepaton sulfato e sistema proteína C e S. • Retirada da circulação, pelos macrófagos e pelo fígado, os fatores de coagulação ativados e complexos de polímero de fibrina solúvel • Lise de fibrina pelas enzimas fibrinolíticas derivadas do plasma e das células endoteliais.Embolia Acontece quando uma ou mais artérias do pulmão são obstruídos por um coágulo de sangue impedindo a passagem e provocando a morte progressiva da região. TXV ISABELE GODOY Esses coágulos partem a maioria das vezes da perna e em alguns casos mais raros, podem ser causados por ar, gordura ou células cancerosas. Fatores de risco: • Histórico familiar • Tratamentos médicos para insuficiência cardíaca, câncer, quimioterapia, cirurgias no geral • Imobilidade • Gravidez • Tabagismo • Sobrepeso • Anticoncepcionais Tromboflebite Acontece quando o sangue coagula em uma veia do sistema venoso superficial (trombose venosa superficial). É um quadro de evolução mais favorável com menos chances de complicações graves. Fatores de risco: • Varizes (veias encontram-se dilatadas e tortuosas, o sangue progride pela veia de uma maneira mais lenta, essa estase sanguínea acaba por predispor à coagulação de sangue • Acesso venoso (agressão ao vaso, o que pode desencadear o processo da tromboflebite) Flebotrombose Trombos vermelhos ou de coagulação. Ricos em hemácias, mais frequente em veias Hipertrofia ventricular esquerda 3 fases de desenvolvimento da HVE: • Desenvolvimento da HVE • Compensação completa, na qual o coração, mesmo com a sua estrutura modificada, consegue manter um fluxo sanguíneo tecidual adequado às necessidades metabólicas • Perda da compensação completa e início do desenvolvimento da insuficiência cardíaca congestiva. A capacidade de divisão das células cardíacas vai diminuindo progressivamente após o nascimento, podendo desaparecer por completo por volta do terceiro ao sexto mês de vida. Após esse período TXV ISABELE GODOY os miócitos sofrem processo não mais de divisão, e sim, de crescimento, fazendo com que o coração aumente de tamanho, podendo chegar a um tamanho até 20x maior na idade adulta. A hipertrofia das células cardíacas ocorre por modificações no processo de síntese proteica através de vários estímulos hemodinâmicos e neuro- humorais. Os estímulos indicadores de hipertrofia da célula cardíaca dependem de fatores hemodinâmicos, que determinam estiramento mecânico das fibras miocárdicas, fatores ativadores de receptores alta- 1-adrenérgicos, da angiotensina II, da endotelina, dos receptores hormonais tireoidianos insulínicos. O estímulo de tais receptores determina um aumento do influxo de íons sódio, cálcio e hidrogênio para dentro da célula. Além disso, há uma ativação da síntese de proteína G, APMc e desencadeamento de uma série de cascatas de eventos bioquímicos que, através de modificações nos mecanismos de transdução celular, determinam uma mensagem errada na formação de uma nova proteína. No caso do coração, essa interferência no código genético de síntese proteica determinará a formação de um tecido miocárdico com proporcionalidade de fibras diferentes do tecido normal no que concerne a fibras elásticas, colágenos e células musculares cardíacas. TXV ISABELE GODOY ROTEIRO 4 – ENVELHECIMENTO E O SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO Tecido cartilaginoso Formado por células e matriz extracelular. As células (condrócitos) estão localizadas em cavidades presentes na matriz extracelular denominadas lacunas. A matriz extracelular é formada de proteínas + glicosaminoglicanos (proteoglicanos) e colágeno. Ou colágeno + elastina dependendo do tipo de cartilagem • Resistente e flexível • Avascular e sem nervos • Não se regenera facilmente • Muita MEC ✓ Esqueleto de cartilagem vai ossificando de endocondral para cartilagem. Esse processo faz com que tenha resquícios de cartilagem hialina na epífise dos ossos (facilita a articulação). Cartilagem hialina Sua matriz é formada por fibrilas de colágeno tipo II, ácido hialurônico, glicosaminoglicanos (condroitina) e glicoproteínas. Encontrada nas fossas nasais, traqueia, brônquios, cartilagens costais e superfície articular dos ossos longos. É responsável pelo processo de ossificação endocondral e crescimento ósseos nos discos epifisários. Não é vascularizado e nem inervado (não tem dor), apresenta fibras de colágeno tipo II, condrócitos, condroblastos Não tem pericôndrio (tem membrana sinovial responsável pelo contato com o líquido sinovial e garantir sua produção). Tem membrana sinovial mais interna, fibrosa mais externa (tecido conjuntivo denso não modelado) TXV ISABELE GODOY Cartilagem elástica Composição semelhante à hialina, contendo menor quantidade de fibras de colágeno tipo II. Contém uma rede de fibras elásticas contínuas com o pericôndrio, conferindo maior elasticidade (cor amarelada). A cartilagem elástica é encontrada na epiglote, laringe, tuba auditiva e conjunto auditivo externo. Fibrocartilagem Tecido semelhante ao tecido conjuntivo denso. Possui fibras de colágeno tipo I. Trata de um tecido intermediário entre a cartilagem hialina e ao tecido conjuntivo denso. Pode ser encontrada em ligamentos e tendões nos ossos, na sínfise púbica e nos discos intervertebrais. Os condrócitos estão dispostos em fileiras. Articulações entre as vértebras é feita de fibrocartilagem e tem condrócitos e condroblastos, além de uma grande quantidade de fibras colágenas tipo II e III e tem um núcleo puposo TXV ISABELE GODOY (boobaloo) feito de ácido hialurônico que dá maciez para o disco Cartilagem articular Tecido liso e branco que cobre as extremidades dos ossos onde esses se unem para formar as articulações. Permitem que as articulações se movam e deslizem umas sobre as outras com muito pouco atrito. A função da cartilagem articular depende da MEC, que consiste principalmente em proteoglicanos e colágeno. O principal proteoglicano na cartilagem é o agrecano. Eles formam complexos com o ácido hialurônico e possuem carga negativa, o que ajuda a reter água no tecido. O colágeno (principalmente do tipo II) atua contendo os proteoglicanos e ajudando-os a manter sua estrutura. Assim, a MEC de forma geral age respondendo às forças de tração, cisalhamento e compressão às quais é submetida durante seu uso, como na marcha normal ou em movimentos de sustentação de peso Articulação sinovial São mais frequentemente encontrados ao longo dos membros. Para que uma articulação seja classificada em sinovial, os dois ossos adjacentes participantes da articulação devem ser revestidos por cartilagem hialina. É envolvida por uma cápsula que envolve a cavidade articular. O interior da cápsula é coberto por uma membrana sinovial, responsável por produzir e secretar líquido sinovial que lubrifica a articulação, TXV ISABELE GODOY ajudando a reduzir o atrito entre as extremidades ósseas onde elas se articulam uma com a outra. A cápsula é reforçada por ligamentos, tendões e músculo esquelético. Essas articulações são capazes de uma ampla gama de movimentos e, consequentemente, são mais suscetíveis a luxações. Exemplos: ombro, cotovelo, quadril, joelho... Articulação fibrosa São mais simples e menos móveis que as sinoviais. As bordas dos ossos são ligadas por tecido conjuntivo fibroso. A movimentação nessas articulações é desprezível. São encontradas em 3 áreas ao longo do corpo: • No crânio: o remanescente da fundição das fontanelas (suturas cranianas) são conexões fibrosas que ocupam o espaço articular • Articulações tibiofibulares distais e cuboideonavocular: são mantidos em sua posição por ligamentos interósseos, que são chamadas de articulações sindesmóticas. • Na boca: a extremidade fixa dos dentes se articula com o alvéolo dentário (articulação gonfose) Articulação cartilaginosa Conectam seus ossos vizinhos através de cartilagens. Exibem uma gama de movimentos que se encontra entre as articulações sinoviais e as fibrosas. Existem 2 tipos: • Sincondroses(primárias): cartilagem hialina se encontra com osso. São imóveis e podem ser observadas nas articulações da cavidade torácica anterior e nas placas epifisárias dos ossos longos TXV ISABELE GODOY • Sínfises (secundárias): encontradas ao longo da linha média do corpo. Superfícies ósseas adjacentes revestidas por cartilagem hialina conectadas por tecido fibroso, com algum grau de mobilidade. Exemplos: articulações intervertebrais, sínfise púbica e o ângulo manubrioesternal de Louis. Vertebras lombares 5 vértebras lombares formam a coluna lombar. Elas possuem os maiores corpos vertebrais de toda a coluna para sustentação de peso. Os pedículos e as lâminas são espessos e fortes. Seus processos espinhosos são curtos e resistentes para a fixação de fortes músculos lombares. L5 é a maior vértebra de todo o corpo (sustenta e transmite o peso corporal para a base do sacro). Articulações da coluna lombra Os corpos das vértebras unem-se por discos intervertebrais e ligamentos longitudinais anterior e posterior. Os discos estão presentes desde a superfície do corpo do áxis até a junção lombossacral. Articulação coxofemoral Articulação sinovial em bola e soquete (esferoide) entre a cabeça do fêmur e o acetábulo da pelve. Está estruturada de tal forma que permite o movimento em todos os eixos, enquanto suporta a nossa massa corporal e proporciona estabilidade ao corpo durante o movimento. A articulação do quadril é reforçada por uma cápsula e ligamentos fortes: ligamento anular do quadril e os ligamentos acetabular transverso, iliofemural, pubofemoral e isquiofemoral. TXV ISABELE GODOY Acidentes ósseos Os acidentes que ocorrem, são a junção de ossos embrionários: ílio, ísquio e púbis. Até a puberdade esses ossos estão ligados uns aos outros por cartilagem, após esse período, ocorre a ossificação e o osso do quadril passa a ser único Ombro Articulação sinovial que une o membro superior ao esqueleto axial. É uma articulação do tipo esferoidal (soquete), formada pela fossa glenoide da escápula e pela cabeça do úmero. Os 3 principais ligamentos são: acromioclavicular (impede a luxação da clavícula), glenoumerais (impede o deslocamento do ombro) e esterno- clavicular Punho 2 articulações: • Radiocarpal: realiza movimentos de flexão, extensão, abdução e adução, está relacionada ao rádio, escafoide, semilunar e piramidal • Radio-ulnar distal: sinovial, tricoide, realiza exclusivamente movimentos de rotação Mão 3 articulações sinoviais, sendo que estruturalmente, as articulações metacarpofalangeana são condilóideas, as articulações interfalangeana são do topo dobradiça. Elas são reforçadas pelos ligamentos palmares e colaterais. TXV ISABELE GODOY Quadril 3 articulações: sínfise pública, coxofemoral e sacro-ilíaca. São de estrutura fibrocartilaginosa e permitem movimento da região. Os ligamentos da cápsula da articulação do quadril são: ílio-femoral, ísquio-femoral e pubo-femoral. O conjunto de ligamentos que fecham a articulação chama-se de cápsula articular Joelho 3 articulações: tibiofemoral medial e lateral e patelofemoral. A estrutura articular do joelho é formada pelos côdilos femorais, côndilos tibiais e patela. Vários tecidos moles contribuem para a estabilidade do joelho (ligamentos cruzados e colaterais) e fornecem amortecimento dentro da articulação (meniscos). Os meniscos são lâminas de fibrocartilagem sendo importantes na absorção de choques. O ligamento transverso do joelho une-se às margens anteriores do menisco, fixando-os um ao outro durante movimentos do joelho Patologia Sarcopenia Redução de massa muscular, diminuição de força muscular, declínio da velocidade de contração e piora do desempenho físico, podendo ocorrer a substituição do tecido muscular por tecido gorduroso. Ocorre estresse oxidativo que é desencadeado por fatores endógenos e exógenos, assim como redução da síntese proteica, alteração da integridade neuromuscular, aumento de degradação de proteínas e conteúdo de gordura na musculatura. Em processos neuropáticos crônicos, com características de degeneração e reinervação progressiva, em relação as fibras do tipo II, ocorre a atrofia e o aumento da co-expressão de cadeias pesadas de miosina Ocorre com o declínio dos níveis séricos de testosterona e androgênicos adrenais nos homens, que estimulam a síntese proteica e o recrutamento de células-satélites até as fibras musculares, TXV ISABELE GODOY desencadeando a redução ou resistência às substâncias anabólicas da musculatura esquelética. Nas mulheres, com o declínio de estrogênios, ocorrem efeitos anabólicos sobre a musculatura através da conversão tissular em testosterona. Osteopenia e osteoporose Osteopenia: condição que ocorre quando o corpo não produz um novo osso tão rapidamente quanto reabsorve o osso antigo. As causas são: baixa ingestão de cálcio, tabagismo, alterações hormonais, doenças e medicamentos. Osteoporose: perda progressiva da massa óssea, tornando os ossos enfraquecidos e predispostos a fraturas. Depende de hormônios como FSH, estrógeno, progesterona, testosterona. Com a atrofia dos ovários e testículo há diminuição hormonal e perda da absorção de cálcio TXV ISABELE GODOY Osteoartrite Doença crônica que danifica a cartilagem e os tecidos circundantes e caracteriza-se por dor, rigidez e perda de função. Características fisiopatológicas: ruptura e perda de cartilagem articular e a hipertrofia óssea. Artrites inflamatórias Fazem parte de um conjunto de doenças que afetam o sistema imune e, por isso, os sistemas de defesa do corpo atacam os tecidos do próprio organismo. Corresponde a um processo inflamatório articular que se caracteriza pela presença de derrame articular e/ou dor à movimentação, calor, vermelhidão e limitação funcional. Artrite reumatoide Doença inflamatória crônica que pode afetar várias articulações. As articulações inflamadas provocam rigidez matinal, fadiga e com a progressão da doença, há destruição da cartilagem articular e os pacientes podem desenvolver deformidades e incapacidade para realizar atividades da vida diária. TXV ISABELE GODOY Radiografia para avaliação de artrite inflamatória, osteoartrite e osteoporose Método não sensível para demonstrar as alterações mais precoces da doença. Edema de partes moles e osteoporose justa-articular são alguns dos primeiros achados radiológicos a surgir. Raio-X só consegue detectar a perda de massa óssea quando esta já atingiu 30% 1. Artrite reumatoide 2. Osteoartrite 3. Osteoporose Tomografia computadorizada para avaliação de artrite inflamatória, osteoartrite e osteoporose Não permite a detecção de edema ósseo. Tem resolução de contraste limitada, restringindo avaliação de partes moles. TXV ISABELE GODOY Ressonância magnética para avaliação de artrite inflamatória, osteoartrite e osteoporose Mais sensível para detectar alterações da AR. Permite avaliar todas as estruturas acometidas (partes moles, ossos, cartilagens) e detectar erosões precocemente. O uso de contraste gadolínio é formalmente indicado em pacientes com AR, potencializando a detecção de espessamento sinovial e áreas de realce anômalos, indicativos de atividade inflamatória tanto nas partes moles como no osso Áreas de realce no osso medular são vistas antes do surgimento de erosões e indicam risco aumentado para desenvolvimentos delas. Características de doenças osteodegenerativas: - Redução do espaço articular - Deposição de cálcio (esclerose óssea -> mais branco -> bico de papagaio) - Deposição de osteófitos na periferia - Microfissuras (cistos subcondrais) TXV ISABELEGODOY Densitometria óssea Padrão outro para osteoporose. Realizada pela técnica absorciometria de raio X. Mede a quantidade de conteúdo mineral em uma área definida (DMO). Riscos: exposição alta → câncer. Gravidez. Indicações: mulher em menopausa sem uso de reposição hormonal. Histórico familiar de fratura de quadril. No homem, doença relacionada a perda mineral óssea como artrite reumatoide. Diabetes tipo I. Fratura decorrente de trauma pequeno.
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