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REFORÇO POSITIVO DAS 5 LINGUAGENS DO AMOR

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FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE 
 
 
 
 
 
PÓS GRADUAÇÃO TERAPIA FAMILIAR 
 
 
 
 
 
HOLAND GARCIA SUHETT 
 
 
 
 
 
REFORÇO POSITIVO DAS 5 LINGUAGENS DO AMOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IBATIBA 
2020 
 
 
 
 
REFORÇO POSITIVO DAS 5 LINGUAGENS DO AMOR 
 
Holand Garcia Suhett1, 
 
 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o 
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja 
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e 
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de 
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. 
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e 
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação 
aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). 
 
 
 
RESUMO – O contrato comportamental de mútuo reforço positivo das cinco linguagens do amor, 
propõe a utilização da estratégia do contrato comportamental da terapia cognitivo-comportamental de 
casais sugerida por Stuart, na qual os cônjuges são estimulados ao reforço positivo recíproco. Para 
identificar propostas de comportamentos reforçadores, foram utilizadas “As 5 Linguagens do Amor” do 
antropólogo Gary Chapman, que identifica diferentes formas de se expressar e entender o amor, por 
meio de palavras de afirmação, tempo de qualidade, presentes, atos de serviço e toque físico. Ao 
identificarem quais comportamentos são considerados como reforço positivo para cada cônjuge, 
iniciasse a construção do contrato comportamental do reforço positivo mútuo, com ênfase no 
autoaperfeiçoamento de comportamentos melhorados, para que o casamento seja amoroso e 
duradouro. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Terapia de Casal. Contrato Comportamental. Reforço Positivo. Linguagens do 
Amor. 
 
 
 
 
 
1 holandxp@hotmail.com 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Levando em consideração o fato de os casais e as famílias se 
fundamentarem no bom relacionamento e na comunicação, não causa espanto 
regularmente terem dificuldades na resolução de problemas. “Quando a negociação 
está envolvida, em geral requer a habilidade para pesar as alternativas de uma 
maneira calma e serena, que tem sido documentada como a mais difícil nas áreas 
de desentendimento” (Bennun, 1985, apud DATTILIO, 2011, p. 154). 
Segundo Sidman (2003, apud MACHADO, 2011, p. 87,88), frequentemente 
os casais que buscam ajuda, vivenciam no relacionamento uma atmosfera tensa de 
disputa pelo controle, num ambiente aversivo de punição e interações coercitivas na 
tentativa de que um faça o que o outro quer. Para se ver livre das interações 
aversivas o cônjuge acaba cedendo as vontades do parceiro. A continuidade do 
reforçamento negativo contribui para aumento dos efeitos colaterais da coerção e 
marcam um círculo dominador, mentiroso e doentio. 
Lamentavelmente, muitos casais permanecem por anos num relacionamento 
conjugal adoecido simplesmente por vantagens coadjuvantes, por receio de 
perderem o status, os filhos, a situação econômica. Alguns deixam de se favorecer 
dos possíveis artifícios de ajuda na resolução de conflitos, como a terapia de casal, e 
se divorciam sem necessidade e de forma precipitada. Tendo segundo o Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a dimensão de um divórcio para cada 
três casamentos (ONGARATTO, 2019). 
Incontáveis conflitos conjugas não se solucionam sem o auxílio de terceiros. 
“A mediação de um profissional do comportamento humano faz toda a diferença e 
ajuda os casais a se entenderem e fazerem os devidos ajustes e acordos que 
sozinhos não conseguem”. (MACHADO, 2016, p. 12). 
Através da pesquisa bibliográfica, foi identificado, dentre as inúmeras técnicas 
cognitivos-comportamentais utilizadas no tratamento de casais e famílias, o contrato 
comportamental sugerido por Stuart (1969, apud DATTILIO, 2011, p. 157), propondo 
o favorecimento para que um constante e crescente reforço positivo mútuo sejam 
potencializados, com êxito quando um cônjuge é levado a fazer algo que o outro 
parceiro deseja. Para tanto, no anseio de se descobrir o verdadeiro desejo amoroso 
do cônjuge, se propôs a utilização de “As 5 Linguagens do Amor” do antropólogo 
Gary Chapman (2013). 
 
 
 
 
2 TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL DE CASAIS 
A primeira ação a ser tomada na resolução de problemas com casais e 
famílias, envolve: a identificação clara e específica do problema de comportamento 
que está ou não acontecendo, por meio da comparação de percepções das partes e 
declaração acordada do problema; criação de um conjunto de possíveis estratégias 
para soluções do problema, nunca ferindo princípios individuais ou dos demais 
integrantes da família; observação da viabilidade e alcance da realidade pessoal e 
contextual dos envolvidos, os benefícios e malefícios das prováveis soluções; 
escolha da solução mais possível, que traga melhores consequências, menos custo 
e seja atraente para todos que estão incluídos; traçar um programa de ação e um 
período de tempo para implementar a solução; verificar os resultados e avaliar se as 
escolhas feitas estão conduzindo para o resultado desejado ou se precisam ser 
substituídas (RANGÉ, 2001, p. 125,126; DATTILIO, 2011, p. 154,155). 
Na abordagem cognitivo-comportamental, para auxílio efetivo na resolução de 
problemas, os terapeutas também utilizam orientações por escrito, repetições e 
capacitações comportamentais, além da tarefa de casa. “Trata-se de uma área que 
pode ser estrategicamente designada como dever de casa em uma base repetida, e 
o terapeuta revê o processo e o resultado com o casal ou com a família 
rotineiramente” (DATTILIO, 2011, p.155). 
Segundo Dattilio (2011), são várias e consideráveis as pesquisas na área do 
relacionamento que apontam à eficácia do tratamento de casais pela Terapia 
Cognitivo-Comportamental (TCC), ainda que a maior parte das pesquisas se 
concentre “nas intervenções comportamentais do treinamento da comunicação, do 
treinamento da resolução de problemas e dos contratos comportamentais”. 
(DATTILIO, 2011, p. 27). 
2.1 Contratos Comportamentais 
Dattilio (2011), pontua sobre a importância dos contratos para intercâmbios de 
comportamentos desejados enquanto técnica integrante da TCC na redução da 
tensão familiar. Todavia, os terapeutas precisam auxiliar para que o 
autoaperfeiçoamento seja o objetivo desses contratos, encorajar cada pessoa a 
detectar e manifestar um específico comportamento melhorado, sem depender ou 
 
 
 
 
esperar a primeira ação do outro para que isso aconteça. Expor de forma didática e 
breve os intercâmbios negativos de relacionamentos tensos, o fato de se poder 
mudar apenas o próprio comportamento, e a relevância de se assumir a 
responsabilidade individual pelo aperfeiçoamento da atmosfera familiar estão entre 
as mediações feitas pelo terapeuta que contribuem para diminuir a resistência do 
primeiro reforço positivo. (DATTILIO, 2011, p. 155) 
De acordo com Sidman (2009), uma pessoa é reforçada negativamente 
quando pelo resultado de seu comportamento ela subtrai, cessa, foge, remove, se 
esquiva, alivia, desaparece ou elimina algo indesejável, temido ou ruim que existia 
antes da ação. Já o reforço positivo é quando em consequência de seu 
comportamento ela obtêm, recebe, produz, adquire ou aparece algo desejado, 
vantajoso, produtivo ou satisfatório que não existia antes da ação. “Ambos os tipos 
de consequências tornam mais provável que façamos a mesma coisa outra vez. 
Ambos são, portanto, reforçadores”. (SIDMAN, 2009, p. 56) 
Não é preciso punir ou reforçar negativamente uma pessoa para evitar e 
impedir que esta faça o mal ou estimulá-laa agir como gostaríamos. Provavelmente 
alcançaremos o mesmo fim, mas sem a utilização de uma abordam destrutiva para 
controle do comportamento e produção dos efeitos colaterais da coerção, através do 
reforçamento positivo. “Em vez de interromper uma conduta indesejada com um 
choque, fortaleça as ações desejáveis que substituirão a indesejável”. (SIDMAN, 
2009, p. 248) 
2.1.1 Contrato Comportamental de Reforço Positivo 
O procedimento foi inicialmente desenvolvido por Richard Stuart (1969, apud 
Dattilio, 2011, p. 157), que julgava melhor dar atenção à aceitação interpessoal entre 
casais e famílias, do que focar na mudança de algo incômodo ou desagradável em 
um dos cônjuges. Propunha se concentrar nas maneiras de se potencializar o 
intercâmbio de comportamentos positivos e até conseguir dos cônjuges um contrato 
de execução por escrito. 
Essa técnica baseada no princípio da mutualidade buscava igualar o 
intercâmbio comportamental, por isso tal reciprocidade usou o quid pro quo 
[compensação]. Nesse sentido, o quid pro quo sugerido por Stuart (1969, apud 
Dattilio, 2011, p. 157), buscava incentivar um familiar ou cônjuge para que fosse o 
 
 
 
 
mediador de reforço, fazendo algo que o outro desejava, na expectativa de que esse 
fosse influenciado a responder sobre a mesma medida. Portanto, supõe-se maior 
expectativa de que o familiar ou cônjuge modifique seu próprio comportamento para 
satisfazer o outro que também o satisfaz. Em contrapartida, não seria compensador 
modificar seu próprio comportamento para satisfazer uma pessoa cujo 
comportamento não lhe agrada. 
Na proposta de Stuart, por um acordo social explícito, cada um dos cônjuges 
escolheria o comportamento que desejava que o outro aprendesse ou transformasse 
para que o relacionamento fosse marcado muito mais por mútuo reforço positivo do 
que por controle aversivo. Assim, o acordo feito pelo casal, reduziria o padrão 
coercitivo e aversivo do relacionamento conjugal e maximizaria as recíprocas trocas 
que assegurassem a satisfação mútua. 
Entretanto, “nossa tendência é fazer aos outros exatamente as mesmas 
coisas que queremos que eles nos façam, sem considerar verdadeiramente os seus 
interesses” (POWLISON, 2009, p.185). Mas tal estratégia exige o autoconhecimento 
e a investigação para se descobrir também o que é reforçador para o outro. 
 
3 AS CINCO LINGUAGENS DO AMOR 
“As 5 linguagens do amor” fazem parte da teoria desenvolvida pelo 
antropólogo Gary Chapman (2013), depois de sua experiência de trinta anos no 
consultório de aconselhamento conjugal e estudo das diferenças de linguagem que 
fazem parte da cultura humana. 
Ele afirma existirem cinco formas de as pessoas expressarem e entenderem o 
amor emocional, sendo necessário aprender e manifestar a linguagem do amor 
primária do cônjuge caso queiram ser comunicadores eficientes do amor de uma 
maneira realmente experienciada pelo outro. Pois somos propensos a falar nossa 
linguagem de amor primária e esperar que o cônjuge entenda o que estamos 
comunicando, mas raros são os casais que tem a mesma linguagem do amor. Por 
isso, muitas vezes nossa forma de manifestar amor não é reconhecida pelo cônjuge, 
pois falamos em outro idioma, expressamos numa linguagem estranha, confusa ou 
desconhecida. 
 
 
 
 
As cinco linguagens do amor são: 
3.1 Primeira linguagem do amor: Palavras de Afirmação 
O amor expresso por meio de palavras que edificam o outro. Por meio de 
elogios verbais, palavras de apreciação ou encorajadoras, sempre gentis, sinceras e 
humildes, são poderosos comunicadores de amor. Palavras que afirmam as virtudes, 
o bom desempenho, talentos, conquistas, beleza, qualidades e valor pelo que é, 
fortalecem a autoestima, segurança e estabilidade psicológica. Além das palavras de 
gratidão que solidificam o vínculo afetivo e aprofundam a intimidade. O amor é 
expresso e recebido por meio das palavras de afirmação faladas e ouvidas. 
3.2 Segunda linguagem do amor: Tempo de Qualidade 
A dedicação total e completa da atenção a alguém é o tempo de qualidade. 
Quando os dois dispensam tempo e uma atenção mútua, num objetivo em comum, 
concentrada em fazer uma atividade juntos, isso comunica que um se importam com 
o outro, gosta e aprecia dedicar tempo para estarem juntos. Não importa qual tipo de 
atividade, pois esta é apenas um veículo para conceber a sensação de proximidade. 
Equivale a dedicar-lhe atenção concentrada, um tempo de qualidade legítima, com 
foco completo no outro e no fato de passarem tempo juntos, reconhecido como 
demonstração de amor. 
O tempo de qualidade envolve conversa de qualidade, um diálogo solidário, 
num contexto amigável e sem interrupções, onde dois indivíduos compartilham 
experiências, pensamentos, sentimentos e desejos. Diálogo agradável, mantendo 
contato visual, sem fazer outra coisa enquanto escuta o cônjuge, atento aos 
sentimentos, observando sua linguagem corporal e sem o interromper. 
A ênfase do tempo de qualidade consiste em estar junto, praticar atividades 
juntos, ter conversa satisfatória, dedicar atenção completa ao outro, expressar amor 
por meio do ato de se estar junto. 
 
 
 
 
3.3 Terceira linguagem do amor: Presentes 
Um presente é algo que quase sempre pode ser segurado nas mãos e 
manifesta que alguém pensou na pessoa e desejou expressar amor pelo presente 
oferecido. O objeto em si é símbolo visual do afeto por alguém, e pode ser 
comprado, achado ou elaborado, mas sempre representa uma externalização do 
sentimento de amor pela pessoa. Um presente com grande expressão do símbolo 
visual do amor são as alianças compartilhadas pelos casais de noivos na maioria 
das cerimônias de casamento. Os presentes não precisam ser caros ou semanais, 
pois seu valor não tem nada a ver com dinheiro, mas sim com o amor expresso. 
3.4 Quarta linguagem do amor: Atos de Serviço 
A manifestação do amor por atos de serviço consiste em se dedicar para 
agradar o outro por meio do serviço que sabemos que ele gostaria que fizéssemos, 
ou seja, demonstrar amor por ele, fazendo coisas para ele. Serviços que exigem 
dedicação, planejamento, tempo, esforço e energia para a realização de gestos e 
atitudes que exteriorizam cuidado e importância para quem é servido. Tais favores e 
ajudas são verdadeiras expressões de amor. 
Há pessoas que se sentem amadas sobretudo por atos de serviço do cônjuge 
no cotidiano do casal, como por exemplo, ir comprar pão, levar café na cama, 
preparar a refeição, lavar a louça, roupa ou varanda, ajudar a arrumar a casa, trocar 
a fralda do bebê, pagar as contas, levar o lixo para fora, arrumar o guarda-roupas, 
limpar o carro, levar o cachorro para passear, ir buscá-lo no serviço, enfim, são 
diversas as formas incontestáveis da expressão de amor para pessoas que se 
sentem especialmente amadas por atos de serviço. 
3.5 Quinta linguagem do amor: Toque Físico 
Existem pessoas que reconhecem muito mais o amor quando expresso pelo 
toque físico, ao receberem carinho ou serem tocadas de maneira afetuosa pelo 
outro. Sentem na pele a afeição professada. O tato, um dos cinco sentidos, não se 
limita a uma área do organismo, mas contêm receptores espalhados em todo o 
corpo, que quando encostados ou comprimidos, transmitem informações para o 
 
 
 
 
cérebro que as interpreta como quente ou fria, dura ou mole, boa ou ruim, de prazer 
ou dor, amor ou ódio. Por isso, o toque físico pode favorecer ou prejudicar o 
relacionamento afetivo, pois para a pessoa cuja linguagem do amor primária seja o 
toque físico, esse recado falará muito mais alto que palavras. 
Passear de mãos dadas, beijar o rosto ou a boca, breves ou demorados 
abraços, tocar seu cônjuge por debaixo da mesa, ter relações sexuais, massagear 
os pés, afago nas costas, tocar nos ombros, rápido cafuné, enfim, busque descobrir 
novas formas e locais onde tocar, sempre de maneira apropriada e aprovada pelo 
outro, para que estese sinta amado. É certo que o corpo foi feito para ser tocado e 
não abusado, pois tocar o corpo significa tocar ele e deixar de tocá-lo é se afastar 
emocionalmente dele. Afinal, o toque físico também é um poderoso instrumento para 
comunicar amor a seu cônjuge. 
3.6 Descubra a Linguagem do Amor Primária 
Alguns saberão a própria linguagem do amor primária e a de seu cônjuge 
após ler sobre cada uma das cinco linguagens do amor, mas para outros será um 
pouco mais difícil. Talvez até valorizar as críticas do cônjuge sobre os seus 
comportamentos seja instrumento para descobrir sua linguagem do amor. 
Muitos homens cometem o erro de presumir que toque físico seja sua 
linguagem de amor primária por desejarem o sexo com muita intensidade, mas esse 
desejo sexual tem uma base fisiológica que é um pouco diferente do anseio 
emocional por sentir-se amado. 
Analise algumas questões para descobrir a linguagem do amor: “Do que 
reclama com mais frequência? Como costuma expressar amor? O que pede 
regularmente? Como seria um cônjuge perfeito?”. A resposta dessas perguntas e/ou 
o preenchimento do questionário que segue anexo, acompanhada pela discussão 
dos resultados e respostas com o cônjuge, ajudarão a descobrir a linguagem do 
amor primária. 
O processo para se descobrir e entender as cinco linguagens do amor, 
identificar a própria linguagem do amor primária, aprender, falar e expressar a 
linguagem do amor primária do cônjuge, exige observação, diálogo, talvez a 
utilização de perguntas diretas e a dedicação do casal, que descobrirá uma chave 
para um casamento duradouro e amoroso. 
 
 
 
 
4 CONTRATO COMPORTAMENTAL DE MÚTUO REFORÇO POSITIVO DAS 
CINCO LINGUAGENS DO AMOR 
Como destacou o psicólogo Machado (2016, p.88), “o reforçamento positivo é 
essencial para catalisar o afeto entre os pares, sem o qual, os sentimentos positivos 
envolvendo o amor não se sustentariam naturalmente”. Pois apenas “o apoio afetivo, 
a ajuda, a bondade e todas as amabilidades e responsabilidades recíprocas da vida 
conjugal manterão a continuidade de um casamento” (SIDMAN, 2009, p.254). 
As cinco diferentes maneiras de se expressar e entender o amor, propostas 
por Gary Chapman (2013): palavras de afirmação, tempo de qualidade, presentes, 
atos de serviço e toque físico, representam diferentes comportamentos que para os 
cônjuges são reforço positivo. 
As manifestações de amor no relacionamento conjugal ou as ações de reforço 
positivo, precisam ser planejadas e colocadas em prática para que o cônjuge 
vivencie tais manifestações e de forma recíproca as retribua. Pois “o amor marital 
exige trocas afetivas de respeito, carinho, compreensão, aceitação, perdão, cuidado, 
proteção, segurança, valorização e tantas outras ações que contribuem para suprir 
as necessidades emocionais do parceiro” (MACHADO, 2016, p. 89). 
Entretanto, a maneira como um cônjuge se sente amado tem grande 
probabilidade de ser diferente da maneira como o outro se sente amado. Assim 
como, o que é considerado reforço positivo para um dos parceiros provavelmente 
será diferente do que o outro cônjuge recebe e interpreta como reforço positivo. Pois 
são “pessoas com uma variedade ampla de personalidades, interesses e motivações 
[...] uma diversidade grande de experiências e aculturação” (POWLISON, 2009, 
p.184), que sentem, reagem, desejam de maneiras diferentes, então é fundamental 
que o casal procure investir tempo para descobrir especificamente como expressar 
amor ou reforçar positivamente um ao outro. 
“Em qualquer idade, o amor que é sempre dado incondicionalmente ensinará 
quem o recebe que ‘dar é uma rua de mão única’” (SIDMAN, 2009, p. 254). Portanto, 
quem deseja ser amado, ame primeiro. Pois se ambos continuarem sem escolher 
dar o primeiro paço para reforçar positivamente o outro cônjuge e expressar seu 
amor, os dois sairão perdendo. 
“Esse tipo de luta pelo poder ou a paralisação é exatamente o que o quid pro 
quo se destina a mudar” (STUART, 1969, apud Dattilio, 2011, p. 157). No propósito 
 
 
 
 
de desenvolver uma atmosfera mútua de reforçamento positivo que se maximiza, o 
terapeuta orienta o casal simultaneamente para que busquem se concentrar mais 
nas qualidades de reforço positivo um do outro e não só nos aspectos indesejáveis. 
Nesse caso, são valorizados os processos de negociação por intercâmbio de 
interesses, com elementos materiais e imateriais, para que a satisfação recíproca 
seja intensificada, quando os comportamentos de reforço positivo mútuos, 
resultantes do intercâmbio, se igualam ou superam os aspectos indesejáveis e os 
custos. Todavia, a proposta de contrato comportamental de mútuo reforço positivo 
das cinco linguagens do amor, não propõe ao terapeuta que deixe de dar atenção 
aos aspectos indesejáveis de um ou ambos os cônjuges, mas que busque favorecer 
a criação de uma atmosfera de recíproco reforço positivo, o que facilitará a 
substituição dos comportamentos indesejáveis por aqueles que são satisfatórios nas 
diferentes áreas do relacionamento conjugal. “Se você der às pessoas aquilo que as 
faz se sentirem satisfeitas, elas tenderão a retribuir” (POWLISON, 2009, p.185). “O 
fato é que o sentimento de amor precisa ser cultivado por ações intencionais, caso 
contrário, pode esfriar e culminar no divórcio” (MACHADO, 2016, p. 88). 
Os passos sugeridos para o emprego do contrato comportamental de mútuo 
reforço positivo das cinco linguagens do amor são: 
 Escolha pelo casal de iniciar o individual autoaperfeiçoamento dos 
comportamentos, para melhoramento próprio e do relacionamento; 
 Observar, dialogar e talvez se utilizar do questionário com o cônjuge, para 
descobrir a linguagem do amor primária ou reforço positivo um do outro; 
 Identificar os possíveis comportamentos de reforço positivo a serem 
aprendidos ou transformados; 
 Fechar contrato/acordo entre os cônjuges que propõem manifestar um 
específico comportamento melhorado, atrativo para ambos, e um período de 
experiência para implementar; 
 Registrar e dar início a mudança do seu próprio comportamento para falar a 
linguagem do amor primária de reforço positivo do seu cônjuge; 
 Avaliar as mudanças observadas e verificar se trouxeram satisfação para 
ambos; 
 Revisar as mútuas mudanças de comportamentos desejadas e discutir sobre 
possíveis novas mudanças; 
 
 
 
 
Tal instrumento também pode ser indicado estrategicamente enquanto dever 
de casa para que os novos comportamentos de reforço positivo mútuo das cinco 
linguagens do amor venham a ser parte integrante no relacionamento do casal. O 
terapeuta também pode rever rotineiramente esse processo e os resultados junto 
com os cônjuges. 
 
5 CONCLUSÃO 
Diante da grande demanda de auxílio para resolução de problemas entre 
casais, após revisão bibliográfica referente a técnicas cognitivo-comportamentais em 
terapia de casais, concluímos que os contratos de intercâmbio comportamentais de 
reforço positivo, com evidências significativas de eficácia, devem ser utilizados pelos 
terapeutas. Com o auxílio das cinco linguagens do amor, para sugerir diferentes e 
verdadeiros comportamentos de reforço positivo aos casais, no propósito de 
maximizar uma atmosfera de reforço positivo recíproco, pode-se impulsionar cada 
um dos cônjuges a buscar seu autoaprimoramento por comportamentos melhorados, 
na expectativa de favorecer um casamento amoroso e duradouro. 
 
6 REFERÊNCIAS 
CHAPMAN, Gary. As 5 linguagens do amor / Gary Chapman; traduzido por 
Emirson Justino. – 3. ed. – São Paulo: Mundo Cristão, 2013. 
DATTILIO, Frank M. Manual de terapia cognitivo-comportamental para 
casais e famílias; tradução: Magda França Lopes; revisão técnica: Bernard Rangé. 
Porto Alegre: Artmed, 2011. 
MACHADO, Ricardo Brandão. Casamentos saudáveis: princípios e 
exercícios para tornar seu casamento mais saudável. – 2. ed. – Linhares: 
Ministério Famílias Saudáveis, 2016. 
ONGARATTO, Sabrina.Brasil: um em cada três casamentos termina em 
divórcio. Revista Crescer, 04 abr 2019. Disponível em: <https://revistacrescer.globo. 
 
 
 
 
com/Familia/Sexo-e-Relacionamento/noticia/2019/04/brasil-um-cada-tres-casamento 
s-termina-em-divorcio.html>. Acesso em: 07 jan. 2020. 
POWLISON, David. As cinco linguagens do amor – resenha por David 
Powlison. Coletâneas de aconselhamento bíblico – v. 3 (1999) – Atibaia: SBPV, 
1999 – ed. rev. 2009. 
RANGÉ, Bernard. Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo 
com a psiquiatria / organizado por Bernad Rangé. – Porto Alegre: Artmed, 2001. 
SIDMAN, Murray. Coerção e Suas Implicações; tradução: Maria Amália 
Andery e Tereza Maria Sério. Campinas: Livro Pleno, 2009. Disponível em: 
https://docero.com.br/doc/1e5e80 Acesso em: 18 abr. 2020. 
ANEXO 
Questionário das Cinco Linguagens do Amor 
1 
Gostaria que meu cônjuge me enviasse e-mails ou torpedos românticos. A 
Gostaria de receber mais abraços de meu cônjuge. E 
2 
Gostaria de passar mais tempo sozinho(a) com meu cônjuge. B 
Gosto de fazer serviços domésticos com meu cônjuge. D 
3 
Receber presentes especiais de meu cônjuge é algo que me deixa feliz. C 
Uma das coisas de que mais gosto é viajar com meu cônjuge. B 
4 
Gostaria que meu cônjuge fizesse as compras ou lavasse as roupas. D 
Gosto quando que meu cônjuge me toca. E 
5 
Gostaria que meu cônjuge me abraçasse em público. E 
De vez em quando, gostaria de receber presente surpresa de meu cônjuge. C 
6 
Gosto que meu cônjuge compartilhasse minha paixão por sairmos juntos. B 
Gosto de andar de mãos dadas com meu cônjuge. E 
7 
Sinto-me amado(a) quando meu cônjuge me dá presentes. C 
Adoraria ouvir meu cônjuge dizer “Amo você” com mais frequência. A 
8 
Gostaria que meu cônjuge se sentasse perto de mim com mais frequência. E 
Sinto-me amado(a) quando meu cônjuge me diz: “Você está bonito(a)”. A 
9 
Passar tempo junto com meu cônjuge me deixa feliz. B 
Até mesmo o mais simples presente do meu cônjuge é importante para mim. C 
10 
Adoraria ouvir meu cônjuge dizer: “Tenho orgulho de você”. A 
Quando meu cônjuge me prepara uma boa refeição, sinto-me amado(a). D 
11 
Gosto muito de fazer coisas com meu cônjuge, não importa o que seja. B 
Gostaria que meu cônjuge me dissesse mais palavras de apoio. A 
12 
Gostaria que meu cônjuge fizesse coisas gentis e amáveis para mim. D 
Adoro abraçar meu cônjuge. E 
13 
Gostaria de ouvir mais elogios do meu cônjuge. A 
Gostaria que meu cônjuge me desse presentes mais bem escolhidos. C 
 
 
 
 
14 
Gostaria que meu cônjuge e eu passássemos mais tempo juntos. B 
Gostaria que meu cônjuge me fizesse massagem. E 
15 
Gostaria que meu cônjuge elogiasse mais as minhas realizações. A 
Gostaria que meu cônjuge me ajudasse mais com tarefas que não aprecio. D 
16 
Nunca me canso dos beijos do meu cônjuge. E 
Gostaria que meu cônjuge demonstrasse mais interesse pelas coisas que 
são importantes para mim. 
B 
17 
Gostaria que meu cônjuge trabalhasse comigo em meus projetos. D 
Ainda fico entusiasmado(a) quando abro um presente do meu cônjuge. C 
18 
Gostaria que meu cônjuge me elogiasse quando eu realizo meus objetivos. A 
Gostaria que meu cônjuge me escutasse mais e respeitasse minhas ideias. B 
19 
Não consigo deixar de tocar meu cônjuge quando ele(a) está por perto. E 
Gostaria que meu cônjuge se oferecesse para ajudar em algumas tarefas. D 
20 
Eu ficaria muito feliz se meu cônjuge percebesse quando eu estivesse 
sobrecarregado e me ajudasse. 
D 
Eu me sentiria amado(a) se os presentes de meu cônjuge demonstrassem 
atenção para comigo. 
C 
21 
Gostaria que meu cônjuge me desse atenção total quanto conversamos. B 
Manter a casa limpa é um importante ato de serviço. D 
22 
Estou ansioso para saber o que meu cônjuge vai me dar de aniversário. C 
Sei que meu cônjuge me ama, mas gostaria que ele(a) me dissesse isso 
com mais frequência. 
A 
23 
Eu ficaria muito feliz se meu cônjuge me desse presentes com frequência. C 
Gostaria que meu cônjuge me ajudasse sem que eu precisasse pedir. D 
24 
Fico chateado quando meu cônjuge me interrompe. B 
Jamais me canso de receber presentes de meu cônjuge. C 
25 
Gostaria que meu cônjuge me ajudasse quando eu estivesse cansado(a). D 
Gostaria que meu cônjuge fosse tão animado para sair quanto eu. B 
26 
Adoro fazer sexo com meu cônjuge. E 
Gostaria que meu cônjuge me surpreendesse frequentemente com presentes C 
27 
Gostaria que meu cônjuge fosse mais incentivador. A 
Gosto muito de ver filmes com meu cônjuge. B 
28 
Gostaria que meu cônjuge me desse presente fora de ocasiões especiais. C 
Gostaria muito que meu cônjuge me tocasse mais. E 
29 
O fato de meu cônjuge me ajudar é muito significativo para mim. D 
Ficaria muito feliz se meu cônjuge, de vez em quando, que dissesse coisas 
como: “Gosto de você”. 
A 
30 
Adoro abraçar meu cônjuge depois de termos ficado longe por um tempo. E 
Quero ouvir meu cônjuge dizer que sente minha falta quando saio. A 
A:_____ B:_____ C:_____ D:_____ E:_____ 
A=Palavras de afirmação; B=Tempo de qualidade; C=Presentes; D=Atos de serviço; E=Toque físico. 
“O questionário consiste em trinta pares de declarações. Você só pode escolher 
uma declaração de cada par como aquela que melhor representa seu desejo. [...] 
Feitas suas escolhas, conte o número de vezes que marcou cada letra. [...] Sua 
linguagem do amor primária é aquela que receber a pontuação mais alta” 
(CHAPMAN, 2011, p. 195-208).

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