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Características de Enterobactérias e Outras Bactérias

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Prof. Dr. Flávio Buratti 
UNIDADE II
Microbiologia e 
Micologia Clínica
Características gerais
 Bastonetes gram negativos.
 Habitat natural: trato intestinal de seres humanos e animais. 
 Bactérias aeróbias ou anaeróbias facultativas.
 Fermentam grande quantidade de carboidratos.
 Produzem várias toxinas e fatores de virulência.
 Possuem estrutura antigênica complexa.
 Reduzem nitratos a nitritos.
 Fermentam glicose com produção de ácido ou ácido e gás.
Enterobactérias 
Cultura e características de crescimento
Fermentação rápida da lactose 
 Escherichia coli: brilho metálico; são móveis; colônias achatadas e não viscosas.
 Enterobacter aerogenes: colônias elevadas; sem brilho metálico; frequentemente móveis; 
crescimento mais viscoso.
 Klebsiella pneumoniae: crescimento mucoide muito viscoso; imóveis.
Enterobactérias 
Fermentação lenta da lactose
 Serratia, Citrobacter, Providência, Arizona.
Não fermentadores da lactose
 Espécies de Shigella: imóveis; nenhuma formação de gás a partir da dextrose.
 Espécies de Salmonella: móveis; formação de ácido e, em geral, de gás a partir
da dextrose.
 Espécies de Proteus: “deslocamento em ágar”; rápida hidrólise da ureia (odor de amônia).
Enterobactérias 
Infecção das vias urinárias
 90% das ITU em mulheres jovens. 
 Produtora de hemolisina.
 Ag K tem importância na patogenia da infecção das vias urinárias superiores.
 A pielonefrite está associada ao Pili.
Escherichia coli 
E.coli enteropatogênica (EPEC)
 Importante causa de diarreia em lactentes.
 Aderência mediada por cromossomos.
 EPEC adere à célula epitelial do intestino delgado com perda das microvilosidades, formação 
de filamentos de actina ou formação de taças e penetração nas células mucosas.
 Provoca diarreia aquosa, normalmente autolimitada.
Escherichia coli 
E.coli enterotoxigênica (ETEC) 
 Diarreia do viajante.
 Controle genético mediado por plasmídeo.
 Aderência da ETEC por fatores de colonização específicos, com liberação de 
exotoxina termolábil. 
 Ativa adenil-ciclase, com aumento na concentração de AMPc
que resulta em hipersecreção intensa e prolongada de água e 
cloretos com inibição da reabsorção de sódio.
Escherichia coli 
E.coli entero-hemorrágica (EHEC)
 Produção de verotoxina.
 Associada à colite hemorrágica e à síndrome hemolítico-urêmica.
E.coli enteroinvasiva (EIEC)
 Ocorre mais comumente em crianças.
 Produz doença semelhante a Shigelose.
 Não fermenta a lactose ou é fermentador tardio, é imóvel. 
Escherichia coli 
E.coli enteroagregativa (EAEC)
Provoca diarreia aguda e crônica em indivíduos de países em desenvolvimento.
Sepse
 Pode ser secundária à infecção do trato urinário.
 Os RN podem ser altamente suscetíveis à sepse devido à carência de anticorpos IgM.
Meningite
 75% de E.coli apresentam Ag K1. 
Escherichia coli 
Klebsiella pneumoniae
 É encontrado nas vias respiratórias e nas fezes de cerca de 5% dos indivíduos normais.
 Pode provocar extensa consolidação necrosante hemorrágica dos pulmões.
 Provoca infecção das vias urinárias e bacteremia com lesões focais em 
pacientes debilitados.
Enterobacter aerogenes
 Pode ser encontrado em vida livre ou no trato intestinal.
 Provoca infecção das vias urinárias e sepse.
Outras enterobactérias
Serratia marcescens
 Patógeno oportunista em pacientes hospitalizados.
 Causa pneumonia, bacteremia e endocardite em viciados em narcóticos.
Proteus sp
 As espécies provocam infecções em humanos apenas quando deixam o trato intestinal.
 Provocam ITU, bacteremia, pneumonia e lesões focais em pacientes debilitados ou que 
recebem infusões intravenosas.
 As espécies produtoras de urease quando provocam ITU 
favorecem a formação de cálculos.
 As cepas móveis de proteus contêm antígenos H.
Outras enterobactérias
Providencia sp
 São membros da microbiota intestinal normal.
 Causam infecções das vias urinárias.
 Citrobacter.
 Podem causar infecções urinárias e sepse. 
Outras enterobactérias
Shigella sp
 S. sonnei.
 S. dysenteriae.
 S. flexneri.
 S. boydii.
 As infecções se limitam ao trato gastrointestinal.
 São altamente contagiosas.
 Ocorre invasão da mucosa através de fagocitose induzida, 
escape do vacúolo fagocítico, multiplicação e disseminação 
no citoplasma e passagem para células adjacentes.
 Formação de microabscessos no intestino grosso e 
ileoterminal com necrose da mucosa, ulceração superficial, 
sangramento e formação de pseudomembrana na 
área ulcerada.
Shigella spp
Shigella penetra na célula epitelial
Multiplica-se dentro da célula
Invasão das células epiteliais vizinhas
Abscesso é formado à medida que as células do epitélio 
intestinal são mortas pela infecção 
Shigella spp
Shigella – Toxinas
 Endotoxina: autólise com liberação de lipopolissacarídeo tóxico que provoca irritação da 
parede intestinal.
 Exotoxina de Shigella dysenteriae.
 Afetam sistema nervoso central e intestino.
 Inibem a absorção de açúcar e de aminoácidos no 
intestino delgado.
Shigella spp
Salmonella
Espécies principais:
 Salmonella typhi
 Salmonella paratyphi
 Salmonella typhimurium
 Salmonella choleraesius
 Salmonella enteritidis
Shigella spp
Ingestão de alimentos ou bebidas contaminadas
Penetração da mucosa intestinal
Disseminação via linfáticos e corrente sanguínea
Multiplicação local
Febre entérica
Septicemia
Enterocolite
Shigella spp
Febres 
entéricas
Sepse Enterocolite
Incubação 7-20 dias Variável 8-48h
Início Insidioso Abrupto Abrupto
Febre Gradual Elevação rápida
Geralmente 
baixa
Duração Semanas Variável 2-5 dias
Sintomas
gastrointestinais
Constipação e 
depois diarreia
Frequentemente 
nenhum
No início, 
náuseas, 
diarreia e 
vômitos
Hemoculturas
(+) na 1ª e na 2ª 
semana
(+) durante febre 
alta
Negativas
Coproculturas
(+) a partir da 2ª 
semana
Raramente 
positivas
(+) no início
Shigella spp
Qual das bactérias abaixo é conhecida por produzir uma das toxinas mais potentes de 
característica nefrotóxica, que facilmente invade células multiplicando-se no seu interior e que 
pode causar quadros graves de sepse com elevação rápida da temperatura?
a) EPEC.
b) EIEC.
c) Salmonella Tiphy.
d) Shigella spp.
e) Proteus mirabilis.
Interatividade
Qual das bactérias abaixo é conhecida por produzir uma das toxinas mais potentes de 
característica nefrotóxica, que facilmente invade células multiplicando-se no seu interior e que 
pode causar quadros graves de sepse com elevação rápida da temperatura?
a) EPEC.
b) EIEC.
c) Salmonella Tiphy.
d) Shigella spp.
e) Proteus mirabilis.
Resposta
Enterobactérias – Bacterioscopia
Fonte: acervo pessoal
Enterobactérias – diagnóstico 
E.M.B
Mac Conckey
Lactose + 
Lactose -
Fonte: https://www.ibb.unesp.br/
Enterobactérias – meios diferenciais
Teste do tríplice açúcar ferro (TSI)
 Esse meio em sua composição é formado por três açúcares: 0,1% de glicose, 1,0% de 
lactose, 1,0% de sacarose, vermelho de fenol como indicador de pH para detecção da 
fermentação de carboidratos e sulfato de ferro para detecção da produção de H2S.
Fonte: adaptado de: https://www.ibb.unesp.br/
Enterobactérias – provas bioquímicas
1 2 3 4
Fonte: acervo pessoal
Teste do citrato de Simmons
 Verifica a capacidade da bactéria de usar o citrato como única fonte de carbono. Caso a 
bactéria utilize somente o citrato de sódio como fonte de carbono, o nitrogênio também é 
extraído do fosfato de amônio contido no meio, liberando amônia; nessas condições, ocorre 
uma alcalinização do meio, alterando sua cor de verde para azul intenso. O indicador de 
reação é o azul de bromotimol.
 Indol: a formação de indol acontece pela metabolização do aminoácido triptofano (presente 
no meio) por bactérias produtoras de triptofanase. Quando a bactéria é produtora da enzima 
triptofanase, promove a desaminação do triptofano, gerando ácido pirúvico, amônia e indol.O indol pode ser detectado pela adição do reativo de Kovacs ao tubo com crescimento. Nos 
casos positivos, forma-se um anel avermelhado na superfície do tubo.
 Motilidade: a prova da motilidade avalia de forma indireta a presença de flagelos na 
bactéria.
Fonte: acervo pessoal
Fonte: acervo pessoal
Teste da urease (ágar ureia de Christensen)
 Algumas enterobactérias apresentam a capacidade de degradar a ureia por meio da ação da 
enzima urease, que acaba como resultado final, formando duas moléculas de amônia e 
alcalinizando o meio.
Teste da fenilalanina desaminase (ágar de fenilalanina)
 A bactéria, se produtora da enzima fenilalanina desaminase (FAD), degrada a fenilalanina do 
meio, formando ácido fenilpirúvico.
Fonte: acervo pessoal
Teste da lisina descarboxilase (LDC)
 Verifica a presença de uma enzima denominada lisina descarboxilase. No teste, avalia-se a 
capacidade das bactérias de descarboxilar o aminoácido presente no meio de cultura. As 
enzimas removem de diferentes formas as moléculas de CO2 do aminoácido para formar 
aminas de reação alcalina, gerando como produto desse processo:
 Lisina → cadaverina.
Fonte: acervo pessoal
Teste do vermelho de metila (VM) e Voges-Proskauer (VP)
 As enterobactérias fermentam a glicose por meio da via de Embden-Meyerhof, a fim de 
formar ácido pirúvico, mas a forma de utilização pode ocorrer por outras duas vias 
conhecidas, como ácida mista ou butilenoglicólica. O teste de VM e VP revela por qual 
dessas duas vias ocorre a utilização do piruvato (VM – via ácida mista; 
VP – via butilenoglicólica).
Fonte: acervo pessoal
Fonte: autoria própria
Identificação das principais bactérias da família Enterobacteriaceae
Bactérias IND CIT H2S URE FAD LDC MOT GÁS LAC
Citrobacter freundii (+/-) (+/-) (+/-) (V) (-) (-) (+) (+) (+)
Edwardsiella tarda (+) (-) (+) (-) (-) (+) (+) (+) (-)
Enterobacter
aerogenes
(-) (+) (-) (-) (-) (+) (+) (+) (+)
Enterobacter cloacae (-) (+) (V) (+/-) (-) (-) (+) (+) (+)
Escherichia coli (+) (-) (-) (-) (-) (+) (+) (+) (+)
Salmonella spp. (-) (+) (+) (-) (-) (+) (+) (+) (-)
Salmonella typhi (-) (+) (-) (-) (-) (+) (+) (-) (-)
Salmonella paratyphi (-) (-) (-) (-) (-) (-) (+) (+) (-)
Serratia marcescens (-) (+) (-) (-/+) (-) (+) (+) (+/-) (-)
Shigella dysenteriae (-/+) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-)
Shigella flexneri (+/-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-)
Klebsiella
pneumoniae
(-) (+) (-) (+) (-) (+) (-) (+) (+)
Klebsiella oxytoca (+) (+) (-) (+) (-) (+) (-) (+) (+)
Morganella morganii (+) (-) (-) (+) (+) (-) (-) (+) (-)
Proteus mirabilis (-) (+/-) (+) (+) (+) (-) (+) (+) (-)
Proteus vulgaris (+) (-) (+) (+) (+) (-) (+) (+) (-)
IND=INDOL; CIT=CITRATO; URE=UREIA; FAD=FENILALANINA DESAMINASE; LDC=LISINA DESCARBOXILASE; MOT= 
MOTILIDADE; LAC=LACTOSE; (+/-) 55% ou mais das cepas são positivas; (-/+) 55% ou mais das cepas são negativas;
(V) proporção de cepas com resultados positivos ou negativos em torno de 50%; (+) Cepas 100% positivas; (-) Cepas 100% 
negativas
Qual prova bioquímica se baseia na formação de cadaverina?
a) Fenilalanina desaminase.
b) Urease.
c) Citrato de Simmons.
d) Voges Proskauer.
e) Lisina descarboxilase.
Interatividade
Qual prova bioquímica se baseia na formação de cadaverina?
a) Fenilalanina desaminase.
b) Urease.
c) Citrato de Simmons.
d) Voges Proskauer.
e) Lisina descarboxilase.
Resposta
Características gerais 
 São aeróbios, não esporulados.
 Não utilizam carboidratos como fonte de energia ou os degradam através de vias que não 
a fermentação.
 Apresentam reação positiva de citocromo oxidase.
 Ausência de crescimento em ágar-MacConkey. 
Bacilos gram negativos não fermentadores 
BGN-NFs
 Aeróbios
 Não esporulados
 Incapazes de fermentar carboidratos
 Utilizam via oxidativa
Identificação
 Grande complexidade
 Elevado custo
IRAs (Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde) 
 Incidência relativamente pequena
 Resistência elevada
 Relevância clínica: capazes de causar infecções graves em 
pacientes debilitados
Bacilos gram negativos não fermentadores 
34
• Água/Solo
• Peixes congelados
• Leite cru
• Desinfetantes
Habitat 
natural
• Água de torneira
• Respiradores
• Cateteres
• Antissépticos
IRAs
BGN-NF
Bacilos gram negativos não fermentadores 
35
IRAs
Hemocultura
Trato respiratório
Mais isoladas
Pseudomonas aeruginosa
Acinetobacter baumannii
Menos isoladas
Complexo 
Burkholderia cepacia
Stenotrophomonas
maltophilia
Resistência
BGN-NF
Bacilos gram negativos não fermentadores 
PATÓGENOS OPORTUNISTAS
IRAs
UTI
Métodos 
invasivos
Fibrose 
cística
Queimados
A fibrose cística é uma doença genética 
grave, cuja principal manifestação clínica 
é a doença pulmonar obstrutiva 
crônica progressiva, frequentemente 
associada a quadros infecciosos.
Pseudomonas aeruginosa infectam 
aproximadamente 60% da população 
com FC e 70% a 80% dos adolescentes 
e adultos (Cystic Fibrosis Foundation). 
Fenótipo mucoide
Formação de biofilme
Resistência a antibióticos
Declínio da função pulmonar
BGN-NF
Bacilos gram negativos não fermentadores 
Descrição do grupamento inicial
Morfologia Oxidase Motilidade IAL / TSI MacConkey Suspeita
Bacilo Positiva Móvel polar Indol negativo
H2S negativo
Positivo Pseudomonas
Cocobacilo
aos pares
Negativa Imóvel Indol negativo
H2S negativo
Positivo Acinetobacter
Bacilo Positiva lenta Móvel polar Indo negativo
H2S negativo
Positivo Burkholderia
Stenotrophomonas
Fonte: https://www.anvisa.gov.br/
Relevância clínica
Micobactérias – aeróbios estritos
3
8
O gênero Mycobacterium é 
dividido em:
 Complexo M. tuberculosis
 M. leprae
 Micobactérias não causadoras 
de tuberculose (MNT)
Fonte: https://www.ibb.unesp.br/
Bactérias patogênicas
Mycobacterium tuberculosis
 Bacilos delgados aeróbios, não formadores de endósporos.
 Composição distinta na parede celular:
 Ácidos micólicos.
 Resistentes a estresse e ressecamento.
 Coloração específica.
 Resistência a fármacos.
 Patogenicidade.
 Crescimento lento.
BAARs
Mycobacterium tuberculosis
3
9
Fonte: adaptado de: https://www.ibb.unesp.br/
8
-1
0
 n
m
4
n
m
Crescimento 
em corda
 São responsáveis pela hanseníase.
 São álcool-ácido-resistentes.
 Não são cultivados em meios bacteriológicos artificiais.
 Encontram-se isoladamente em feixes paralelos ou em massas globulares.
 São frequentemente encontrados no interior das células endoteliais dos vasos sanguíneos e 
em células mononucleares.
 O tecido humano contém uma O-difenol-oxidase, enzima característica dos bacilos da lepra. 
Mycobacterium leprae
Mycobacterium leprae
Fonte: adaptado de: https://www.ibb.unesp.br/
Hanseníase
TuberculoideLepromatosa
Lesões cutâneas nodulares, 
acometimento simétrico dos nervos, 
BAAR abundantes, bacteremia
contínua e teste cutâneo negativo, 
evolução maligna e progressiva 
Evolução benigna e não progressiva, lesões 
cutâneas maculares, BAAR em pequeno 
número, acometimento assimétrico dos 
nervos e teste cutâneo positivo. 
Protocolo
Coloração Ziehl-Neelsen
4
2
1. Fixar o esfregaço 
pelo calor
2. Cobrir a lâmina 
com fuscina fenicada
3. Descorar com 
álcool-ácido
4. Contracorar com 
azul de metileno 
5. Lâmina pronta6. Examinar ao 
microscópio
H20
H20
H20
Fonte: adaptado de: www.ibb.unesp.br
Protocolo
Coloração Ziehl-Neelsen
4
3
Escala semiquantitativa para informe do número de BAARs
Fonte: adaptado de: https://www.anvisa.gov.br/
Número de Bacilos (Objetiva 100x) Resultado
• Não foram encontrados BAAR em 100 campos observados
• Presença de 1 a 9 BAAR em 100 campos observados (relatar o número)
• Presença de menos de 1 BAAR por campo em 100 campos examinados
• Presença de 1 a 10 BAAR por campo em 50 campos examinados
• Presença de mais de 10 BAAR por campo em 20 campos examinados
Negativo
1 a 9 bacilos
+
++
+++
Micobactérias
Cultivo
44
Ágar Lowenstein Jensen (LJ)
A base do meio é constituídapor ovos integrais e verde de 
malaquita, o que permite amplo 
crescimento de micobactérias
Ágar Middlebrook 7H10
Ágar sólido, menos 
contaminantes
Meio líquido
Middlebrook 7H9
Fonte: https://www.ibb.unesp.br/
Micobactérias
Identificação
45
Análise microscópica 
da cultura
Análise macroscópica 
da cultura
Inibição de crescimento 
em PNB
Teste de produção de 
niacina
Complexo M. tuberculosis
Cadeias lineares denominadas cordas 
Rugosa com aspecto de couve-flor, cor 
creme, sem pigmento
Ácido p-nitrobenzoico
Precursor coenzimas NAD
Bloqueio na via = acúmulo
Positivo: amarelo
Fonte: adaptado de: https://www.ibb.unesp.br/
Crescimento 
em corda
Micobactérias
Identificação
4
6
Características Complexo M. tuberculosis MNT
Pigmentação ausente presente/ausente
Formação de corda + -
Crescimento em LJ-PNB - +
Produção de niacina + +/-
-/+ = predominantemente negativo; PNB = ácido ρ-nitrobenzoico
Fonte: autoria própria
São características dos bacilos gram negativos não fermentadores com exceção de:
a) Aeróbios.
b) Esporulados.
c) Incapazes de fermentar carboidratos.
d) Utilizam via oxidativa.
e) Alguns extremamente patogênicos e oportunistas.
Interatividade
São características dos bacilos gram negativos não fermentadores com exceção de:
a) Aeróbios.
b) Esporulados.
c) Incapazes de fermentar carboidratos.
d) Utilizam via oxidativa.
e) Alguns extremamente patogênicos e oportunistas.
Resposta
Classificação
Anaeróbios
Fonte: adaptado de: https://www.ibb.unesp.br/
a. Aeróbicos 
obrigatórios
b. Anaeróbicos 
facultativos
c. Anaeróbicos
obrigatórios
d. Anaeróbicos 
aerotolerantes
e. Microaerófilos
Crescimento
bacteriano em 
tubo com meio 
de cultura 
sólido
Explicações 
para os padrões
de crescimento
Crescimento
somente em altas 
concentrações 
difundidas.
Crescimento
melhor onde mais 
oxigênio está 
presente, mas 
ocorre em todo o 
tubo.
Crescimento 
somente onde 
não há oxigênio.
Crescimento 
igual; o oxigênio 
não tem efeito.
Crescimento onde 
há uma baixa 
concentração de 
oxigênio difundido.
Explicações
para os efeitos 
do oxigênio
A presença das 
enzimas catalase
e superóxido-
dismutase (SOD) 
permite que as 
formas tóxicas do 
oxigênio sejam 
neutralizadas
A presença das 
enzimas catalase
e SOD permite 
que as formas 
tóxicas do 
oxigênio sejam 
neutralizadas, 
pode utilizar 
oxigênio.
Ausência das 
enzimas que 
neutralizam as 
formas tóxicas do 
oxigênio; não 
tolera oxigênio.
A presença de 
uma enzima, 
SOD, permite 
que as formas 
tóxicas do 
oxigênio sejam 
parcialmente 
neutralizadas; 
tolera oxigênio.
Produção de 
quantidades letais 
de formas tóxicas 
do oxigênio se 
expostas à 
atmosfera normal 
de oxigênio.
O efeito do oxigênio no crescimento de vários tipos de bactérias
Peroxidase
Atmosfera
Fonte: adaptado de: https://www.ibb.unesp.br/
O2 Metabolismo Produtos 
tóxicos
Sistema de 
desintoxicação
Produtos 
não tóxicos
Superoxide
Dismutase
Catalase
Bactérias aeróbias e facultativas
Atmosfera
Fonte: adaptado de: https://www.ibb.unesp.br/
Bactérias anaeróbias estritas
O2 Metabolismo Produtos 
tóxicos
Ausência do 
sistema de 
desintoxicação
Morte 
bacteriana
Danos ao DNA destroem 
componentes lipídicos e 
inativam enzimas
Atmosfera
Fonte: https://www.ibb.unesp.br/
Espécies patogênicas
Clostridium
53
 São bacilos gram positivos que contêm endósporos que geralmente deformam a célula, 
possibilitando maior resistência ao calor e muitos compostos químicos.
Clostridium tetani Clostridium botulinum
Clostridium perfringens Clostridium difficile
Tétano
Muito comum em solo 
contaminado com fezes de 
animais.
Neurotoxina: tetanospamina.
Botulismo
Intoxicação alimentar. Encontrado no 
solo e sedimentos aquáticos.
Neurotoxina, visão borrada, 
dificuldade de deglutição e fraqueza.
Gangrena gasosa
Fermentação de 
carboidratos no tecido, 
produção de gases que 
incham o tecido. Toxinas. 
Remoção cirúrgica. 
Diarreia.
Diarreia grave
Habitante do trato 
intestinal. Alteração da 
microbiota após uso de 
antibióticos. Exotoxinas. 
Colite e ulceração.
Fonte: adaptado de: https://www.ibb.unesp.br/
Endósporo
Clostridiium Tetani
Fonte: https://www.ibb.unesp.br/
Clostridiium Tetani
Fonte: adaptado de: https://www.ibb.unesp.br/
Ação da toxina tetanospasmina
(Neurotoxina)
Interneurônio
inibitório
inibição
Sinais excitatórios 
do Sistema 
Nervoso Central
Músculo
Acetilcolina
Glicina Toxina 
tetânica
Normal
A liberação de glicina (G) por interneurônios 
inibitórios bloqueia a liberação de 
acetilcolina (A) e permite o relaxamento do 
músculo
(a)
Tétano
A toxina tetânica se liga a interneurônios 
inibitórios, impedindo a liberação de G e o 
relaxamento muscular
(b)
Clostridiium Tetani
Fonte: https://www.ibb.unesp.br/
Clostridiium botulinum
Fonte: https://www.ibb.unesp.br/
Clostridiium botulinum
Fonte: adaptado de: https://www.ibb.unesp.br/
Ação da toxina botulínica (neurotoxina)
Sinais 
excitatórios do 
Sistema 
Nervoso Central
Músculo
Normal
A acetilcolina (A) induz a contração 
das fibras musculares e inibe a 
contração
(a)
Botulismo
A toxina botulínica bloqueia a 
liberação de A, inibindo a contração
(b)
Clostridiium botulinum
Fonte: https://www.ibb.unesp.br/
Espécies patogênicas
Outras espécies
60
São bacilos gram negativos, 
imóveis e não formam 
endósporos. Presentes no 
trato intestinal. Infecções 
causadas por ferimentos ou 
cirurgias. Causa frequente de 
peritonite.
Bacterioides fragilis
Fusobacterium
São bacilos gram negativos 
compridos, delgados e com 
extremidades afiladas. 
Encontrados no sulco 
gengival, responsáveis por 
abcessos dentários.
Porphyromonas
São bacilos gram 
negativos. Associados a 
periodontite, gengivas 
inflamadas e sangrando.
Prevotella intermedia: 
gengivite ulcerativa 
necrosante aguda.
Infecções orofaciais.
Propionibacterium
São bacilos gram 
positivos comumente 
encontrados na pele 
humana, principal causa 
bacteriana da acne. 
Associados a dispositivos 
médicos.
Actinomyces
São bacilos gram positivos não 
formadores de esporos. Associados a 
abcessos cerebrais, pneumonia de 
aspiração, infecções de cabeça e 
pescoço, infecções ginecológicas
Fonte: adaptado de: https://www.ibb.unesp.br/
Anaeróbios
Cultivo
61
 A cultura de bactérias anaeróbias apresenta um desafio: não tolerar a presença de oxigênio, 
portanto, são utilizados meios especiais, os meios redutores. 
 Esses meios possuem compostos que se fixam ao oxigênio dissolvido e o eliminam do meio 
de cultura, e os tubos devem ser firmemente tampados. Na utilização da placa de Petri, a 
incubação pode ser feita em jarras seladas que removem quimicamente o oxigênio ou em 
uma câmara anaeróbia. 
Fonte: adaptado de: https://www.ibb.unesp.br/
Placas de Petri
Indicador de anaerobiose 
(azul de metileno)
Envelope contendo 
carbonato inorgânico, 
carvão ativado, ácido 
ascórbico e água
Tampa com anel 
do tipo O para 
vedação
Braçadeira com 
parafuso de fixação
CO2
H2
Anaeróbios
Cultivo
6
2
Fonte: adaptado de: https://www.ibb.unesp.br/
A B C
Figura 2 – Material de colheita, transporte e processamento de amostras biológicas em 
anaerobiose: (A) meio de colheita e transporte específico para anaeróbios; (B) meio de 
cultura em gelose de sangue específico para o crescimento de anaeróbios fastidiosos; 
(C) jarra de anaerobiose para acondicionamento das amostras cultivadas em atmosfera 
anaeróbia controlada.
Anaeróbios
Identificação
Isolamento em anaerobiose
Teste respiratório + gram
Testes definitivos
 Provas bioquímicas
 Utilização de açúcares
 Produção de indol
 Redução de nitratos
 Urease
 Produção de pigmentos
 Hemólise
 Aprofundamento no ágar
Suscetibilidade a antimicrobianos
Sorologia
Cromatografia
Técnicas moleculares
Cocos gram 
positivos
Bacilos gram 
positivos nãoesporulados
Bacilos gram 
negativos
Cocos gram 
negativos
Bacilos gram 
positivos 
esporulados
Staphylococcus
Peptostreptococcus
Streptococcus
Propionibacterium
Bifidobacterium
Actinomyces
Eubacterium
Lactobacillus
Bacteróides
Fusobacterium
Prevotella
Porphyromonas
Veillonella
Acidaminococcus
Megasphaera
Clostridium
Esta imagem representa que tipo de microrganismo em relação à atmosfera ideal de 
crescimento?
a) Aeróbio obrigatório.
b) Anaeróbio facultativo.
c) Microaerófilo.
d) Anaeróbio obrigatório.
e) Anaeróbio aerotolerante.
Interatividade
Fonte: https://www.ibb.unesp.br/
Esta imagem representa que tipo de microrganismo em relação à atmosfera ideal de 
crescimento?
a) Aeróbio obrigatório.
b) Anaeróbio facultativo.
c) Microaerófilo.
d) Anaeróbio obrigatório.
e) Anaeróbio aerotolerante.
Resposta
Fonte: https://www.ibb.unesp.br/
ATÉ A PRÓXIMA!

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