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1 PRÓ-REITORIA DE PÓS- GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO FONE: (55) 3321.1606 I 3321.1545 | EMAIL: pesquisa@unicruz.edu.br ; extensao@unicruz.edu.br Campus Universitário Dr. Ulysses Guimarães - Rodovia Municipal Jacob Della Méa, km 5.6 – Parada Benito. CRUZ ALTA/RS - CEP- 98005-972 I UNICRUZ.EDU.BR MERCANTILISMO: PRÁTICAS E IDEIAS ECONÔMICAS Luis Gilberto Rosa Malheiro1, Amanda Aguiar Franco2, Maicon Uilian Pereira Mulinari3, Juliana de Cassia Pinto Dobrachinski4, Claudia Maria Prudêncio De Mera5 Palavras-chave: Mercantilismo. Contribuição. Pressupostos. Pensamento Econômico. 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS As raízes da ciência econômica tem sua discussão na fase pré-científica, iniciando pela Antiguidade grega e romana, onde não ocorreu um pensamento econômico geral e independente. Assim, durante muito tempo a economia constituiu um conjunto de preceitos ou de soluções adaptadas a problemas particulares. Foi na Europa por volta do século XVI ao XVIII, que surgiu um sistema de praticas econômicas, denominado “Mercantilismo”, o qual visava proteger a economia nacional através de medidas como protecionismo alfandegário, expedições marítimas, metalismo e colonialismo. Segundo Pinho e Vasconcelos (2003, p. 27), embora o Mercantilismo seja um sistema anterior da criação da economia como ciência, que ocorre a partir da Economia Clássica, a partir de 1750, foi um movimento que imprimiu ao pensamento econômico um cunho de arte empírica, de preceitos de administração pública que os governantes deveriam usar para aumentar a riqueza de suas nações. Neste contexto, este estudo objetivou apresentar as principais características da Escola Mercantilista, seus principais pressupostos e pensadores e sua contribuição para a História do Pensamento Econômico. 1 Discente do curso de Administração, da Universidade de Cruz Alta - Unicruz, Cruz Alta, Brasil. E-mail: giba.rosa190@gmail.com 2 Discente do curso de Administração, da Universidade de Cruz Alta - Unicruz, Cruz Alta, Brasil. E-mail: amanaaguiar@gmail.com 3 Discente do curso de Administração, da Universidade de Cruz Alta - Unicruz, Cruz Alta, Brasil. E-mail: mw- mulinari@hotmail.com 4 Discente do curso de Administração, da Universidade de Cruz Alta - Unicruz, Cruz Alta, Brasil. E-mail: dobrachinski2018@gmail.com 5 Pesquisadora do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Saúde - GIPS, Docente da Universidade de Cruz Alta - Unicruz, Cruz Alta, Brasil. 2 PRÓ-REITORIA DE PÓS- GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO FONE: (55) 3321.1606 I 3321.1545 | EMAIL: pesquisa@unicruz.edu.br ; extensao@unicruz.edu.br Campus Universitário Dr. Ulysses Guimarães - Rodovia Municipal Jacob Della Méa, km 5.6 – Parada Benito. CRUZ ALTA/RS - CEP- 98005-972 I UNICRUZ.EDU.BR 2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia utilizada para o desenvolvimento do presente resumo foi o método bibliográfico, através de pesquisas realizadas com base em artigos científicos online e dedutivos. Conforme esclarece Boccato (2006, p. 266), A pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica. Para tanto, é de suma importância que o pesquisador realize um planejamento sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a definição temática, passando pela construção lógica do trabalho até a decisão de sua forma de comunicação e divulgação. 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES Para Sandroni (1999, p. 383), “o mercantilismo é uma doutrina econômica que caracteriza o período histórico da Revolução Comercial (séculos XVI-XVIII), marcado pela desintegração do feudalismo e pela formação dos Estados Nacionais”. Este sistema defende o acúmulo de divisas em metais preciosos pelo Estado por meio de um comércio exterior de caráter protecionista. A contribuição do Mercantilismo, segundo Pinho e Vasconcelos (2003), são anteriores a análise econômica - cientifica. No entanto, seus pressupostos são considerados importantes para explicar as origens das crises capitalistas e os fatores que interferem na superação destas crises no crescimento econômico dos países. De acordo com Souza (2005, p. 55), para o pensamento mercantilista, “a riqueza das nações depende do afluxo de metais preciosos. Essa ideia levou a expansão do comércio internacional, provocando maior crescimento econômico das nações envolvidas”. No entanto, a principal contradição do sistema era de desconsiderar o relevante papel das importações do desenvolvimento econômico. A Escola Mercantilista surgiu na Europa no século XVI, e se desenvolveu paralelamente à expansão do comércio ultramarino inglês. Em resultado disso começaram os primeiros problemas políticos, os quais giravam em torno do comércio internacional. A partir desse lapso, manifestou-se a ideia de que, para fortalecer a economia do país, o governo deveria acatar medidas para manter uma balança comercial favorável, ou seja, o valor das exportações deveria ser maior que o número de importações. O Mercantilismo é uma política econômica dos estados modernos europeus, foi um sistema desenvolvido por ministros, administradores e comerciantes, os quais acreditavam 3 PRÓ-REITORIA DE PÓS- GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO FONE: (55) 3321.1606 I 3321.1545 | EMAIL: pesquisa@unicruz.edu.br ; extensao@unicruz.edu.br Campus Universitário Dr. Ulysses Guimarães - Rodovia Municipal Jacob Della Méa, km 5.6 – Parada Benito. CRUZ ALTA/RS - CEP- 98005-972 I UNICRUZ.EDU.BR que a economia dependia do acúmulo de metais preciosos. Portanto, objetivava promover práticas que estimulassem o aumento das reservas em ouro e prata, o que implicava no aumenta á coleta de impostos e diretamente na capacidade de ganho econômico do país. O governo encorajava o crescimento da população, pois acreditava na importância de um povo numeroso e trabalhador, o que ocasionava alta oferta de mão de obra e baixo custo atribuído à remuneração, presavam o cuidado com a colonização. Nesta época existia um forte controle central, o governo concedia privilégios de monopólio às empresas, como tentativa de controlar o fluxo das exportações e regulamentar a produção, também restringia a entrada no comércio interno para reprimir a concorrência. Alguns críticos apontam o “metalismo” como uma distorção dos valores e objetivos do comércio, segundo David Hume, filósofo, historiador e ensaísta britânico (1711-1776) em seu livro “Ensaios Morais, Políticos e Literários”, publicado em 1952, “moeda não era propriamente um dos objetivos do comércio, mas apenas o instrumento que os homens concordavam em utilizar para facilitar a troca de um bem por outro”. Para Sandroni (1999, p. 383) os princípios básicos do mercantilismo levaram o Estado a incrementar o bem-estar nacional, ainda que em detrimento de seus vizinhos e colônias. Essa concepção levava a um intenso protecionismo estatal e a uma ampla intervenção do Estado na economia. ‘Uma forte autoridade central era tida como essencial para a expansão de mercados e para a proteção dos interesses comerciais’. Contudo, o mercantilismo exibiu a importância dos mercadores e suas práticas, as quais se aproveitadas adequadamente pelo governo, enriqueciam não somente a si mesmo, mas ao rei e o reino. Esta doutrina enfatiza a importância do comércio internacional e promove o nacionalismo, fatores que contribuem até hoje para o desenvolvimento econômico. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O mercantilismo como sistema econômico não existe mais, faz alguns séculos. Contudo, sua influência econômica pode ser percebida aindanos dias atuais. Antes do século XVIII os pensadores preocupavam- se com questões éticas, não havia interesse em buscar a compreensão completa sobre como funcionava a economia, o pensamento econômico só se formalizou com o surgimento da escola clássica, desde então vem evoluindo continuamente. 4 PRÓ-REITORIA DE PÓS- GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO FONE: (55) 3321.1606 I 3321.1545 | EMAIL: pesquisa@unicruz.edu.br ; extensao@unicruz.edu.br Campus Universitário Dr. Ulysses Guimarães - Rodovia Municipal Jacob Della Méa, km 5.6 – Parada Benito. CRUZ ALTA/RS - CEP- 98005-972 I UNICRUZ.EDU.BR REFERÊNCIAS PETRIN, Natália. Mercantilismo. Todo estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/mercantilismo. Acesso em: 29 set. 2020. PINHO, Diva Benevides; VASCONCELOS, Marco Antônio Sandoval. Manual de economia. São Paulo: Editoria Saraiva, 2003. SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia. São Paulo, Editora Best Seller, 1999. SOUZA, Nali de Jesus. Desenvolvimento econômico. 5.ed.rev. São Paulo, Atlas, 2005. 312p.
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