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Slides de Aula - Unidade I Prática de Ensino Introdução à Docência

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Prévia do material em texto

Prof. Bruno César
UNIDADE I
Prática de Ensino:
Introdução à Docência
 Direcionar a sua atenção para perceber a educação (formal e informal) que acontece 
diariamente ao seu redor;
 Refletir sobre aspectos inerentes a ela, que são de suma importância tanto para sua vida 
profissional quanto para a prática da cidadania.
Propomos a leitura de textos de conhecimento popular e de autores renomados, de modo a 
instigar o seu pensamento reflexivo. Assim, vamos começar com uma reflexão: ensinar é um 
dom ou um ofício?
Apresentação da disciplina 
 Dialogar a respeito de algumas informações sobre a formação profissional docente no Ensino 
Superior. Convidamos a refletir sobre a constituição do ser professor e a resgatar memórias 
dos bancos escolares.
 Fazer associações e levantar conjecturas sobre o longo e complexo processo que envolve o 
desenvolvimento profissional docente. Você vai ter contato com algumas abordagens 
teóricas e propostas para experimentar ou expandir a ação reflexiva a partir de 
questionamentos e de textos selecionados para tal finalidade.
Introdução
 Espera-se que você identifique a relação entre as práticas de ensino e o estágio curricular 
obrigatório, parte inerente da licenciatura para exercer a docência, e também a relevância da 
atividade prática como aplicação do conhecimento teórico na profissão.
Afinal, se você está em um curso de formação docente, deve ter muitas dúvidas sobre a 
estrutura do curso de licenciatura. Vamos refletir sobre a base do desenvolvimento profissional 
do professor – a relação teórica e prática?
Introdução
 No Brasil, a primeira universidade nos moldes modernos surgiu após a Revolução 
Constitucionalista de 1932, em São Paulo. A Universidade de São Paulo (USP), que reuniu 
os cursos superiores já existentes na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, seria a 
primeira instituição de saber fundamental em todas as áreas do conhecimento humano.
 A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras viria integrar em uma base comum os 
ensinamentos de diversas áreas do saber, segundo o tripé proposto pela USP: ensino, 
pesquisa e extensão.
A formação profissional no Ensino Superior
 1950 a 1970: surgimento de universidades federais, estaduais, municipais e particulares. A 
explosão do Ensino Superior no Brasil ocorreu somente nos anos 1970. Há o surgimento de 
muitas propostas e discussões em prol da expansão, qualidade e democratização do Ensino 
Superior brasileiro, propiciando a oportunidade de escolher uma profissão e constituir-se um 
profissional competente.
 Com o aumento da valorização do saber acadêmico pelo mercado de trabalho e o acesso ao 
Ensino Superior em instituições particulares, a criação de programas de financiamento 
estudantil pelo governo, pelas próprias Instituições de Ensino Superior (IES) e iniciativa 
privada concretizou um grande aumento na quantidade de vagas nos cursos de graduação.
A formação profissional no Ensino Superior
 A variedade na oferta de cursos, o aumento de cursos noturnos e o atendimento às 
necessidades do público interessado respondem por um lado às expectativas dos discentes 
e por outro às demandas sociais e profissionais do mundo corporativo.
 Há também o investimento na Educação a Distância (EaD) que revela a necessidade de um 
modelo alternativo e a superação do preconceito com essa modalidade de ensino e de 
aprendizagem que permitiu que o sonho de cursar uma faculdade se tornasse realidade para 
muitos brasileiros, principalmente por seu formato que oferece baixo custo e flexibiliza tempo 
e espaço.
A formação profissional no Ensino Superior
 Além da graduação, como formação profissional inicial, os cursos de pós-graduação são 
muito procurados por profissionais que buscam uma formação continuada.
 Formação inicial – Graduação: tecnólogos, licenciatura e bacharelado.
 Formação continuada – Pós-graduação: Lato sensu (especialização e aperfeiçoamento) e 
Stricto sensu: mestrado e doutorado.
A formação profissional no Ensino Superior
 Os cursos de formação inicial de professores (licenciaturas) têm seu currículo e proposta 
pedagógica atrelada às diretrizes estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDBEN) e pelos documentos legais e educacionais em vigor. Assim mantêm suas 
propostas pedagógicas atreladas às atuais concepções de ensino e de aprendizagem, de 
modo a garantir que o futuro professor esteja preparado para o pleno exercício
do magistério. 
Mas o que é uma licenciatura?
A formação profissional no Ensino Superior
 Licença, autorização, permissão ou concessão dada por autoridade pública competente para 
o exercício de uma atividade profissional, em conformidade com a legislação. É um título 
acadêmico, obtido em curso superior, que faculta ao seu portador o exercício do magistério 
na Educação Básica dos sistemas de ensino.
 Autoriza a atuar no magistério para lecionar (ensinar) na área de conhecimento e disciplina 
escolhida. Um exemplo: em ciências humanas e sociais há licenciaturas e bacharelados em 
Letras, História, Geografia, Filosofia, Sociologia, entre outros.
A formação profissional no Ensino Superior
Entre 1950 a 1970, ocorreu o surgimento de universidades federais, estaduais, municipais e 
particulares. A explosão do Ensino Superior no Brasil ocorreu somente nos anos:
a) 1950.
b) 1960.
c) 1970.
d) 1980.
e) 1990.
Interatividade
Entre 1950 a 1970, ocorreu o surgimento de universidades federais, estaduais, municipais e 
particulares. A explosão do Ensino Superior no Brasil ocorreu somente nos anos:
a) 1950.
b) 1960.
c) 1970.
d) 1980.
e) 1990.
 Há o surgimento de muitas propostas e discussões em prol da 
expansão, qualidade e democratização do Ensino Superior 
brasileiro, propiciando a oportunidade de escolher uma 
profissão e constituir-se um profissional competente.
Resposta
 A licenciatura apresenta ao aluno uma área de atuação já definida, a área de educação e a 
função docente, mas apenas o pedagogo possui outras habilitações para atuar na gestão 
pedagógico-administrativa de uma instituição de ensino.
 Já o bacharelado viabiliza uma atuação mais ampla no mercado de trabalho, permitindo ao 
profissional atuar em diferentes áreas e funções, além do campo de pesquisa acadêmica, 
como, por exemplo: o geógrafo pode atuar no setor público e privado no planejamento 
urbano, no planejamento e desenvolvimento regional e territorial com a utilização de 
geotecnologias, podendo desenvolver diagnóstico socioambiental.
A formação profissional no Ensino Superior
Como se dá a atuação docente em cada segmento de ensino?
Fonte: adaptado de: livro-texto.
Educação Básica
Educação
Infantil
Ensino
Fundamental
Ensino
Médio
Organizada em etapas e atende
crianças de 0 a 5 anos
Organizado em dois ciclos:
 Ensino Fundamental I (anos iniciais): do 1º ao 5º ano
 Ensino Fundamental II (anos finais): do 6º ao 9º ano
Do 1º ao 3º ano
 Na Educação Infantil, conforme legislação vigente, pode atuar o pedagogo e o professor que 
cursou o normal superior, com exceção dos professores formados em educação física e 
artes, que também podem possuir habilitação para esse segmento.
Tradicionalmente, o pedagogo e o professor que cursou o normal superior também atuam no 
Ensino Fundamental I (anos iniciais), assumindo integralmente o currículo do 1º ao 5º ano. Já 
os professores com licenciatura numa área específica atuam no Ensino Fundamental II (anos 
finais) e no Ensino Médio, mas tal condição não é explícita na Lei n. 9394/96:
 “Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação 
básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura 
plena, admitida, como formação mínima para o exercício do 
magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do 
ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na 
modalidade normal” (BRASIL, 1996).
Como se dá a atuação docente em cada segmento de ensino?
 Observa-seque não há rigidez quanto à atuação de licenciados no Ensino Fundamental. 
Alguns professores com licenciatura específica já estão atuando nos anos iniciais (1º ao 5º 
ano), como já vem ocorrendo nas disciplinas de Língua Estrangeira, Artes e Educação Física 
em alguns sistemas de ensino do país.
 Apesar do Conselho Nacional de Educação (CNE) ter entendimento claro a esse respeito 
desde 2000, essa questão ainda é debatida e desconhecida por boa parte dos profissionais 
da educação.
 No estado de São Paulo, objetivando evitar maiores 
questionamentos, o Conselho Estadual de Educação fixou, por 
meio de pareceres, entendimento de que a docência nos anos 
iniciais do Ensino Fundamental poderá se dar por professores 
detentores de licenciatura com habilitações em
áreas específicas.
Como se dá a atuação docente em cada segmento de ensino?
 As instituições públicas (municipais e estaduais), que selecionam seus professores por meio 
de concurso público, estruturam o segmento correspondente aos “anos iniciais do ensino 
fundamental”, atribuindo aos professores egressos do curso normal de nível médio, curso 
normal superior, ou curso de pedagogia, a responsabilidade de praticamente todos os 
conteúdos para um professor por série (e classe).
 Nas redes estaduais e municipais há diversos exemplos de atribuição de componentes 
curriculares no Ensino Fundamental I a professores portadores de licenciatura em áreas 
específicas, como é o caso de Educação Física, Arte ou Língua Estrangeira Moderna.
 Vale ressaltar que os dispositivos pertinentes da LDBEN não 
preveem a estruturação rígida em “anos iniciais e anos finais 
do ensino fundamental”. Assim, entendemos ser “legal” a 
docência de portadores de licenciatura específica em todo o 
Ensino Fundamental, dependendo sempre da organização dos 
sistemas de ensino e da proposta pedagógica de cada escola.
Como se dá a atuação docente em cada segmento de ensino?
 A escola é o principal espaço de atuação daquele que pretende lecionar – o professor.
 Há os ambientes não escolares (ONGs, sindicatos, hospitais, movimentos sociais, presídios 
e instituições que acolhem menores em situação de risco ou de caráter socioeducativo), em 
que o professor pode compartilhar aquilo que sabe além dos muros da escola.
 Infelizmente, ainda temos no Brasil muitas “escolas de massas”, nas quais os professores 
têm que ensinar muitos alunos ao mesmo tempo e no mesmo lugar. Fruto da Revolução 
Industrial, presente num país em pleno desenvolvimento econômico, social e cultural.
 Precisamos atualizar a escola. E você, futuro professor, pode 
ser agente transformador da escola real para o formato ideal.
A constituição do ser professor
 Tal ação deve estar baseada na equidade e na inclusão social partindo de uma revolução 
curricular e na aderência às tecnologias, o que consequentemente causará mudanças 
didático-pedagógicas no trabalho docente.
 O aluno de hoje não se encaixa nos padrões escolares clássicos. É como tentar colocar um 
par de sapatos dentro de uma caixa de fósforos. A criança e o adolescente do século XXI 
estão mergulhados num mundo tecnológico repleto de informações, buscam o conhecimento 
na rede e, dessa forma, a pesquisa torna-se presente em seu cotidiano, muito além
da escola.
 Mas quem é esse professor que atua atrás e além dos muros 
da escola? É o indivíduo que, como você, decidiu contribuir 
para a formação pessoal e profissional de seus pares e que 
acredita em ações coletivas transformadoras.
 O que diferencia o bom professor? A sua identidade docente.
A constituição do ser professor
 A constituição do ser professor se inicia no curso de licenciatura. Essa trajetória perpassa 
sua cultura familiar e social, memórias, impressões e questões pessoais. O ponto de partida 
na primeira infância, ao ingressar na escola e ter seu primeiro professor.
 A identidade docente é uma construção social marcada por múltiplos fatores que interagem 
entre si, resultando numa série de representações que os docentes fazem de si mesmos e 
de suas funções, estabelecendo, consciente ou inconscientemente, negociações das quais 
certamente fazem parte suas histórias de vida, suas condições concretas de trabalho e o 
imaginário recorrente acerca dessa profissão (GARCIA; HYPOLITO; VIEIRA, 2005).
 Devemos problematizar o conteúdo das memórias escolares, 
suas ideias a respeito do ensino e da postura dos professores, 
para melhor entender que influências têm no seu aprendizado 
profissional. Isso pode influenciar de diferentes maneiras no 
desenho de seu perfil profissional e na construção de sua 
identidade docente.
A constituição do ser professor
 “A escola da minha infância e início da adolescência não deixou lembranças significativas. Lá 
passei metade de meus dias durante longos nove anos. Aprendi, desaprendi e fiz amigos 
que não tenho mais. Passei pela escola. Esta é a impressão que ficou. Dos professores 
poucas lembranças, e das aulas inúmeras frustrações. Aos 12 anos queria muito entender 
por que era tão importante encontrar a mediana e a bissetriz de um triângulo ou resolver 
inequações, se tais saberes não me ajudavam a estimar o valor da compra ou conferir o 
troco com segurança quando ia ao supermercado. Por isso, hoje sou uma professora
que se preocupa com a aprendizagem significativa e a aplicabilidade do conhecimento 
(Profa. Dra. S. D. S.).”
A constituição do ser professor
Fonte: livro-texto
Fotografia da autora
 Segundo Oliveira (2006), o saber e o sabor de se constituir professor tem um tempero de mel 
e de fel, quando nossas dúvidas e incertezas se apresentam, o que pode ser muito relevante 
se considerarmos esse momento como indicador de um saber provisório, ou seja, que 
estamos em processo de construção profissional e tais sentimentos sinalizam que ainda 
somos aprendizes.
Vamos fazer um exercício com sua memória. Puxe os fios da lembrança e reflita sobre as 
impressões de sua trajetória escolar. O que você se lembra dos professores, das aulas e das 
escolas onde já estudou?
 O importante é que suas lembranças escolares alimentem 
positivamente seu sonho ou escolha. Quanto às lembranças 
tristes ou nebulosas, descarte-as simplesmente e mantenha 
apenas as boas recordações ou, ainda, transforme-as em 
pontos de reflexão para direcionar suas ações quanto ao que 
não pretende ser ou fazer em sua atuação profissional.
A constituição do ser professor
Infelizmente, ainda temos no Brasil muitas “________ __ ________”, nas quais os professores 
têm que ensinar muitos alunos ao mesmo tempo e no mesmo lugar.
a) Áreas de entretenimento.
b) Escolas de massa.
c) Linhas de aprendizagem.
d) Propostas de enganação.
e) Formas de investigação.
Interatividade
Infelizmente, ainda temos no Brasil muitas “________ __ ________”, nas quais os professores 
têm que ensinar muitos alunos ao mesmo tempo e no mesmo lugar.
a) Áreas de entretenimento.
b) Escolas de massa.
c) Linhas de aprendizagem.
d) Propostas de enganação.
e) Formas de investigação.
 Infelizmente, ainda temos no Brasil muitas “escolas de 
massas”, nas quais os professores têm que ensinar muitos 
alunos ao mesmo tempo e no mesmo lugar. Fruto da 
Revolução Industrial, presente num país em pleno 
desenvolvimento econômico, social e cultural. Precisamos 
atualizar a escola. E você, futuro professor, pode ser agente 
transformador da escola real para o formato ideal.
Resposta
Você já sonhou com seu futuro profissional? Já se questionou sobre:
Que professor não pretende ser?
Como serão suas aulas?
Em que tipo de escola gostaria de lecionar?
Como será sua relação com os alunos e a equipe de trabalho?
O que você almeja para sua carreira profissional?
A constituição do ser professor
A disciplina de Prática de Ensino se dará por meio da articulação de atividades relacionadas às 
especificidades de cada curso. Será desenvolvida no decorrer de seu curso com atividades 
assimdistribuídas:
A relação teoria e prática na formação docente
Fonte: adaptado de: livro-texto.
P
rá
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c
a
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e
 e
n
s
in
o
Introdução à docência
Observação e projeto
Integração escola e comunidade
Vivência no ambiente educativo
Princípios pedagógicos em sala de aula
O uso dos recursos didáticos em sala de aula
Trajetória da práxis
Reflexões
 A Prática de Ensino, por ser uma disciplina teórico-prática, talvez a única com essa 
característica em se tratando da formação de professores, desenvolve-se a partir de 
vivências pedagógicas no interior da escola. Em seu desenvolvimento, o contato com o 
espaço educativo da escola é imprescindível, pois é dessa realidade que as propostas de 
ensino devem emergir.
O que é “Prática de Ensino”?
A Prática de Ensino: Introdução à Docência, bem como as demais atividades da dimensão 
prática do curso, apoia-se em documentos normativos e legais. Os principais documentos que 
dão base à prática de ensino são os seguintes:
 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988;
 Lei Federal n. 9394 de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
 Lei n. 11.788 de 2008 – Lei dos Estágios;
 Resolução CNE/CP n. 002 de junho de 2015: define as 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em 
nível superior e para a formação continuada.
O que é “Prática de Ensino”?
Em momento anterior aos pareceres e resoluções do Conselho Pleno do Conselho Nacional de 
Educação de 2002 (resoluções revogadas pela Resolução CNE/CP n. 2/2015), a concepção 
dominante nos cursos de formação de professores apresentava dois polos isolados:
 supervalorizava os conhecimentos teóricos e acadêmicos, desprezando as práticas como 
importante fonte de conteúdos de formação – visão aplicacionista das teorias;
 supervalorizava o fazer pedagógico, desprezando a dimensão teórica dos conhecimentos 
como instrumento de seleção e análise contextual das práticas – visão ativista da prática.
 Evidenciava-se, então, a necessidade de integração entre a 
teoria e a prática.
O que é “Prática de Ensino”?
 Ao desprezar a prática, diminui-se o potencial de aprendizagem dos temas estudados, ou 
seja, menosprezava o fazer em detrimento do saber. Saber sem uma aplicação necessária é 
praticamente inoperante. Não se pode imaginar a teoria sem a prática, pois ela (a teoria) só 
foi desenvolvida por necessidade prática.
 Por outro lado, ao desprezar a teoria, diminui-se o potencial de aprendizagem dos temas 
estudados, pois menosprezava o saber em detrimento do fazer. A prática sem a teoria não 
oferece respostas adequadas para a evolução da sociedade. O fazer não pode prescindir do 
saber. Assim, o extremismo ativista da prática, do mesmo modo, se mostrava reducionista do 
potencial de desenvolvimento da aprendizagem, que visa à melhoria da sociedade.
 Era necessária, portanto, uma mudança de paradigma, e isso 
foi objeto dos pareceres e resoluções do Conselho Nacional 
de Educação (CNE), que aprimorou de modo significativo a 
concepção de prática e de estágio em documentos legais e 
normativos recentes.
O que é “Prática de Ensino”?
 A prática de ensino é uma dimensão do conhecimento que está presente tanto nos cursos de 
formação, nos momentos de reflexão sobre a atividade profissional, como durante o estágio, 
nos momentos em que se exercita a atividade profissional.
 As atividades propostas nas disciplinas de prática de ensino devem privilegiar os 
procedimentos de observação, pesquisa e reflexão em situações contextualizadas, podendo 
ser enriquecidas por tecnologias, projetos, situações simuladoras e estudos de caso.
 Quando você estiver realizando as atividades de prática de 
ensino, será o momento em que estará buscando fazer algo, 
produzir algo, que a teoria irá conceituar e significar, com isso 
administrar o campo e o sentido dessa atuação.
O que é “Prática de Ensino”?
 As atividades práticas criarão oportunidades para que você se defronte com problemas 
concretos do processo de ensino e de aprendizagem e da dinâmica própria do espaço 
escolar, como resultado de estudos, propostas pedagógicas e pesquisas desenvolvidas ao 
longo do curso. 
 Isso deve impulsioná-lo a um processo de reflexão sobre questões ligadas às políticas 
educacionais do país, ao projeto político-pedagógico da escola e às ações pedagógicas 
desenvolvidas no cotidiano das salas de aula. Você irá aprender, de modo que quando 
estiver realizando as práticas e os estágios não sejam palavras e assuntos sem sentido.
 Lembrete: estágio curricular supervisionado é o tempo de 
aprendizagem que supõe uma relação pedagógica entre 
alguém que já é um profissional reconhecido em um ambiente 
institucional de trabalho e o estagiário.
O que é “Prática de Ensino”?
 O estágio é realizado considerando-se a formação pessoal, vivência profissional e cidadania, 
não se trata de uma simples preparação para o trabalho, mas de uma primeira experiência 
no campo profissional. Também contribuirá para a realização das atividades de prática de 
ensino, nas quais deverá movimentar suas observações, impressões e aprendizagens 
obtidas ao estagiar em ambientes escolares e não escolares.
 Você deve preparar-se para oferecer a seus educandos as melhores condições para o 
desenvolvimento de competências. Não deve apenas transmitir dados isolados ou propor 
tarefas repetitivas, mas apresentar conhecimentos contextualizados, usar estratégias para 
desenvolver habilidades específicas visando a uma aprendizagem significativa.
 O planejamento e a execução das práticas no estágio devem 
estar apoiados nas reflexões desenvolvidas nos cursos de 
formação. Em outras palavras, as reflexões desenvolvidas no 
seu curso devem apoiar o planejamento e a execução das 
atividades práticas do estágio.
Estágio Curricular Supervisionado
Os principais documentos que dão base à prática de ensino são os seguintes, exceto:
a) Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
b) Lei Federal n. 9394 de 1996.
c) Lei n. 11.788 de 2008.
d) Resolução CNE/CP n. 002 de junho de 2015.
e) Lei n. 4.320 de 1964.
Interatividade
Os principais documentos que dão base à prática de ensino são os seguintes, exceto:
a) Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
b) Lei Federal n. 9394 de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
c) Lei n. 11.788 de 2008 – Lei dos Estágios.
d) Resolução CNE/CP n. 002 de junho de 2015 – Define as Diretrizes Curriculares Nacionais 
para a formação inicial em nível superior e para a formação continuada.
e) Lei n. 4.320 de 1964 – Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos 
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
Resposta
 O estágio não é uma atividade exclusivamente prática, uma vez que é alimentado pelas 
reflexões teóricas desenvolvidas durante o curso de formação do professor. Desse modo, 
não há como fazer uma distinção tão exata entre teoria e prática no curso de formação 
docente, tanto nas atividades envolvidas diretamente com o estágio quanto nas atividades 
desenvolvidas nas demais disciplinas.
 Cruz (2002): é a prática de determinadas habilidades que constrói a competência. Uma 
pessoa é competente quando tem os recursos para realizar bem uma determinada tarefa, 
mesmo que seja uma situação complexa.
Estágio Curricular Supervisionado
 Não basta ao profissional ter conhecimentos sobre o seu trabalho. É fundamental que saiba 
mobilizar esses conhecimentos, transformando-os em ação. Para ser professor não basta o 
saber, é necessário aplicar o conhecimento sobre o seu objeto de trabalho, que, no melhor 
sentido da palavra, é o educando. Caso a aprendizagem não ocorra, não houve êxito.
 O profissional de hoje precisa de uma formação adequada e ter a consciência de que não 
basta abrir um livro didático em sala de aula para que os educandos aprendam. A educação 
escolar não deve receber umaabordagem superficial e mecânica, sem vínculos com as 
situações que fazem sentido em seu cotidiano.
 Os educandos devem resolver problemas, discutir ideias, 
checar informações, levantar hipóteses, fazer conjecturas e 
serem desafiados constantemente. Como sinalizou Paulo 
Freire, “ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas 
criar as possibilidades para a sua produção ou a sua 
construção” (2002, p. 22).
Relação entre o saber e o fazer
 Muitas vezes nos deparamos com um ensino que se resume a regras e modelos que o 
educando não entende e nem o professor sabe para que servem. Falta aprofundamento no 
saber docente para conhecer os aspectos mais relevantes do processo de ensinar e 
aprender, além dos conhecimentos prévios dos alunos, as situações didáticas e os novos 
saberes a construir. É preciso aumentar a participação do educando na produção do 
conhecimento, pois eles não suportam mais aulas maçantes e vazias de significados.
 Por isso, o desenvolvimento profissional permanente é uma necessidade inevitável, mas não 
deve ser visto como uma mera consequência da profissão, pois o professor não deve ser 
apenas um consumidor de conhecimentos.
 Não podemos mais aceitar profissionais que cometem erros e 
imprudências em sala por falta de conhecimento, por não 
investir em seu desenvolvimento profissional, seja ele inicial ou 
continuado. No caso específico da formação de professores,
o processo reflexivo é exigência permanente.
Relação entre o saber e o fazer
 A realização das atividades e a reflexão sobre as práticas deixam de ser periféricas na 
formação do professor e passam a ocupar um espaço maior e mais importante. Não se trata 
de desvalorizar a teoria, mas de valorizar a prática para que o conhecimento seja aplicável e 
aplicado, pois tais elementos, anteriormente, eram negligenciados nos cursos de licenciatura, 
mas agora isso foi resolvido.
 Lembre-se de que a prática não se resume ao estágio. A promoção de atividades que 
propiciem comunicação é condição sine qua non (do latim, significa “sem a qual não”). Os 
estudantes devem compartilhar suas experiências, visando somar conhecimentos e subtrair 
dúvidas nesses contatos.
 Para que sua formação docente seja um sucesso, é 
importante reconhecer a importância de outra modalidade de 
prática – a prática reflexiva.
A necessidade da reflexão sobre a atividade prática
 Podemos afirmar que o termo reflexivo tem como uma de suas raízes as ideias de John 
Dewey (1859-1952), filósofo, psicólogo e pedagogo norte-americano, ao caracterizar o 
pensamento reflexivo e defender o poder da reflexão como elemento impulsionador da 
melhoria das práticas profissionais docentes.
 Dewey (1959, p. 13) considera o pensamento reflexivo como a melhor maneira de pensar e o 
define como “a espécie de pensamento que consiste em examinar mentalmente o assunto e 
dar-lhe consideração séria e consecutiva”. Formar um profissional reflexivo envolve 
atividades de busca e investigação, o oposto da rotina, em que há aceitação sem reflexão do 
contexto. Na ação reflexiva, há a problematização da realidade vivida.
A necessidade da reflexão sobre a atividade prática
Durante o curso e principalmente no decorrer das disciplinas de Prática de Ensino e Estágio 
Supervisionado, você desenvolverá três atitudes básicas, que, de acordo com Lalanda e 
Abrantes (1996), favorecem a ação reflexiva da seguinte forma:
 Abertura de espírito: saber ouvir opiniões, informações provenientes de fontes diversificadas, 
ter capacidade de aceitar alternativas de percurso e reconhecer possibilidades de erros.
 Responsabilidade: fazer ponderações cuidadosas das consequências de
determinadas ações.
 Empenho: traduz-se no desejo de mobilizar as
atitudes anteriores.
A necessidade da reflexão sobre a atividade prática
 O termo professor reflexivo foi disseminado pelas ideias de Donald Schön sobre a prática 
profissional, fundamentando-se nos princípios de Dewey.
 Schön (2000) percebeu que em várias profissões, não apenas na prática docente, existem 
situações conflitantes, desafiantes, nas quais a aplicação de técnicas convencionais 
simplesmente não resolve os problemas. Não se trata de abandonar a utilização da técnica, 
mas haverá momentos em que o profissional estará em situações conflitantes e ele não terá 
como se guiar somente por critérios técnicos preestabelecidos.
 Os bons profissionais utilizam uma série de estratégias não 
planejadas, cheias de criatividade, para resolver problemas do 
dia a dia. Schön (2000) identifica nos bons profissionais uma 
combinação de ciência, técnica e arte. É essa dinâmica que 
possibilita ao professor agir em contextos instáveis como os da 
sala de aula.
A necessidade da reflexão sobre a atividade prática
 Schön (2000) propõe a superação dessa formação de caráter técnico e sugere uma proposta 
de formar um profissional capaz de refletir sobre sua ação para compreender e melhorar
sua prática. 
 O autor defende a ideia de “aprender fazendo” como princípio formador, pois acredita que, 
somente pela própria experiência vivida, o profissional irá se apropriar verdadeiramente de 
conhecimentos. E, ainda, defende a reflexão como o principal instrumento de apropriação 
desses saberes.
 Assim, discute-se uma forte valorização da prática na 
formação profissional, como prática refletida como momento 
de construção de conhecimentos pela análise e 
problematização de situações novas, de incerteza
e indefinição.
A necessidade da reflexão sobre a atividade prática
 A formação de professores necessita de estudos disciplinares que possibilitem uma 
sistematização e um aprofundamento de conceitos e relações, no entanto, é indispensável 
levar em conta que a atuação do professor não é a do físico, nem do biólogo, psicólogo ou 
sociólogo, é a atuação de um profissional que usa os conhecimentos dessas disciplinas 
específicas para ensinar.
 O professor é um profissional diferenciado, que não deve ser confundido com o geógrafo, 
historiador, matemático, biólogo etc. Esse profissional fez sua opção pela carreira docente, 
que tem seus métodos e objetos próprios de trabalho, os quais são diferenciados daqueles 
de profissionais formados em cursos de bacharelado.
 Nesse sentido, o conhecimento básico obtido na dimensão 
teórica do curso deve ser aplicado na sua dimensão prática.
A aplicação do conhecimento teórico na profissão
 As fontes desse conhecimento básico do professor para ensinar, segundo Shulman (1987), 
são: a formação acadêmica (licenciatura); o contexto educativo institucionalizado (a 
universidade e as escolas); a escolarização anterior e os fenômenos socioculturais que 
permeiam sua vida e, por fim, o saber teórico que valida a prática em si mesma.
 Prática é um termo que possui um conceito mais amplo se comparado ao termo “estágio”. 
Todas as disciplinas que constituem o currículo de formação, e não apenas as pedagógicas, 
têm sua dimensão trabalhada tanto na perspectiva da sua aplicação no mundo social e 
natural quanto na perspectiva da sua didática, em tempo e espaço curricular específico.
 Nessa perspectiva, não existe disciplina exclusivamente 
teórica, completamente desarticulada da prática. Todas as 
disciplinas do curso têm uma dimensão prática, até porque as 
teorias somente são desenvolvidas quando na prática alguém 
descobre sua necessidade.
A aplicação do conhecimento teórico na profissão
O termo professor reflexivo foi disseminado pelas ideias de Donald Schön sobre a prática 
profissional, fundamentando-se nos princípios de:
a) Sigmund Freud.
b) Paulo Freire.
c) Michel Maffesoli
d) John Dewey.
e) Guimarães Rosa.
Interatividade
O termo professor reflexivo foi disseminado pelas ideias de Donald Schön sobre a prática 
profissional, fundamentando-se nos princípios de:
a) Sigmund Freud.
b) Paulo Freire.
c) Michel Maffesoli
d) John Dewey.
e) Guimarães Rosa.
 Dewey (1959, p. 13) considerao pensamento reflexivo como a 
melhor maneira de pensar e o define como “a espécie de 
pensamento que consiste em examinar mentalmente o 
assunto e dar-lhe consideração séria e consecutiva”. Formar 
um profissional reflexivo envolve atividades de busca e 
investigação, o oposto da rotina, em que há aceitação sem 
reflexão do contexto. Na ação reflexiva, há a problematização 
da realidade vivida.
Resposta
 BRASIL. Lei n. 9394/96. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. 
Acesso em: 06 jan. 2023.
 BRASIL. Resolução CNE/CP n. 2, de 1º de julho de 2015. Brasília: Ministério da Educação; 
Conselho Nacional de Educação, 2015. Disponível em: https://cutt.ly/2MTXygg. Acesso em: 
16 nov. 2022.
 CRUZ, C. H. C. Competências e habilidades: da proposta à prática. 2. ed. São Paulo: Loyola, 
2002. Coleção Fazer e Transformar.
 DEWEY, J. Como pensamos: como se relaciona o pensamento reflexivo com o processo 
educativo. 3. ed. São Paulo: Companhia Nacional, 1959.
 FREIRE, P. Professora sim, tia não! Cartas a quem ousa 
ensinar. São Paulo: Olho D’Água, 2002.
Referências 
 GARCIA, M. M. A.; HYPOLITO, A. M.; VIEIRA, J. S. As identidades docentes como 
fabricação da docência. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 45-56, jan./mar. 
2005. Disponível em: https://bit.ly/3Vz0u0c. Acesso em: 10 nov. 2022.
 LALANDA, M. C.; ABRANTES, M. M. O conceito de reflexão em John Dewey. In: ALARCÃO, 
I. (org.). Formação reflexiva de professores: estratégias de supervisão. Porto: Porto Editora, 
1996.
 OLIVEIRA, V. F. (org.). Narrativas e saberes docentes. Ijuí: Unijuí, 2006.
 SCHÖN, D. A. Educando o profissional reflexivo. Um novo design para o ensino e a 
aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
 SHULMAN. L. S. Knowledge and Teaching: foundations of the 
new reform. Harvard Educational Review, Cambridge, v. 57, 
n. 1, feb. 1987.
Referências 
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