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Fundação Educacional Serra dos Órgãos – FESO Centro Universitário Serra dos Órgãos – UNIFESO 1 O que é ? A Contabilidade Pública é um ramo da contabilidade regido pela Lei 4.320, de 17 de março de 1964. Seu objetivo é o controle sistemático dos recursos econômico- financeiros do Estado, através das ações administrativas de seus agentes – União, Estados, Municípios e Distrito Federal. Segundo a Lei 4.320, podemos definir a Contabilidade Pública como a parte da contabilidade que coleta, registra, controla e analisa os atos e os fatos da Fazenda Pública; ela reflete o Patrimônio Público e suas variações, bem como acompanha e demonstra a execução do orçamento; O que é ? Serviço Público pode ser considerado o conjunto de atividades e bens que são exercidos ou colocados à disposição da coletividade, visando abranger e proporcionar o maior grau possível de bem-estar social ou da prosperidade pública Serviço Privativo do Estado São serviços que a Administração presta diretamente à sociedade, por serem considerados próprios do Estado e, como tal compete exclusivamente e privativamente, em virtude do reconhecimento de sua característica de atendimento de necessidades coletiva e permanente que envolve a sua prestação. Ex: - Emissão de moedas e o de controle e fiscalização de instituições de crédito e de seguros; - Manutenção de serviço postal; - Relações diplomáticas e consulares; - Planos Nacionais de saúde e educação; Polícia, segurança pública, forças armadas e justiça; - Elaboração de normas de direito; e outros. Serviço de Utilidade Pública São os que a Administração, reconhecendo sua conveniência (não essencialidade, nem necessidade) para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou aquiesce em que sejam prestados por terceiros (concessionários, permissionários ou autorizatários), nas condições regulamentadas e sob seu controle, mas por conta e risco dos prestadores, mediante remuneração dos usuários. Concessão – a pessoa de direito público confia mediante delegação contratual o encargo a outro de explorar um serviço público, deve ser amparado por autorização legislativa. Ex.: transportes coletivos; fornecimento de energia elétrica, água, comunicação; exploração de jazidas e fontes minerais. Parceria Público Privada – PPP - É um contrato de prestação de obras ou serviços acima de R$ 20 milhões, com duração mínima de 5 e no máximo 35 anos, firmado entre empresa privada e o governo federal, estadual ou municipal. Fundação Educacional Serra dos Órgãos – FESO Centro Universitário Serra dos Órgãos – UNIFESO 2 A diferença entre a concessão comum e a PPP esta no forma como é realizado o pagamento. Na concessão comum o pagamento é realizado com base nas tarifas cobradas dos usuários dos serviços concedidos. Já nas PPPs, o agente privado é remunerado exclusivamente pelo governo ou numa combinação de tarifas cobradas dos usuários dos serviços mais recursos públicos. Permissão – é o procedimento que uma pessoa de direito público faculta, mediante delegação a título precário ao permissionário, a execução de obras e serviços de utilidade pública ou o uso excepcional de bem público, podendo ser de forma gratuita ou remunerada. Prestação de Serviço Mista A forma de prestação de serviço público mais comum e que vem sendo adotada no Brasil. É definida como o serviço prestado pela Administração Pública, por ser dever do Estado e, no entanto, também pode ser realizada através de pessoa física ou jurídica de caráter privado, independentemente de delegação para tanto. Ocorre em virtude das exposições constitucionais que atribuem direitos aos cidadãos e deveres ao Estado, sem, entretanto, vedar a execução dos serviços por pessoas do direito privado. Ex.: - saúde; - previdência social; - Educação; Povo: Elemento humano do Estado; Conjunto de indivíduos que, num dado momento, constitui uma Nação. Território: Nesta proposta de conhecimento, pode ser entendido como espaço sobre o qual se exerce a soberania do Estado. Plataforma continental. Estado: Além de ser a organização política do poder, no exercício de sua função fundamental de promover o bem-comum é também um meio de proporcionar ao homem a satisfação do bem estar, propícia ao regime de liberdade, prosperidade e justiça. Administração Direta ou Centralizada É constituída nos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios, no âmbito federal, e do Gabinete do Governador e Secretarias e Estado, no âmbito estadual, e na, administração municipal, deve seguir estrutura semelhante; Administração Indireta ou Descentralizada É aquela atividade administrativa, caracterizada como serviço público ou de interesse público, transferida ou deslocada do Estado, para outra entidade por ele criada ou cuja criação é por ele autorizada. Organização político-administrativa União: Ente federal formada pela reunião das partes componentes, pessoa jurídica de direito público interno, autônoma em relação às unidades federadas, a quem cabe exercer as prerrogativas da soberania do Estado brasileiro. Estado: entidades federativas que compõem a União, dotados de autonomia e também se constituem de direito público interno (autônoma em relação aos municípios). Fundação Educacional Serra dos Órgãos – FESO Centro Universitário Serra dos Órgãos – UNIFESO 3 Distrito Federal: é onde está a Capital da República. Embora seja administrado por um governador eleito, é vedada a sua divisão em municípios. Sua parte legislativa é exercida em câmaras legislativas, por deputados distritais. Municípios: São pessoas de direito público interno e administradas por prefeitos, são componentes da União, mas, por estarem dentro dos Estados, integram de forma singular o sistema federativo brasileiro. O exercício do planejamento é fundamental para toda organização seja ela pública ou privada. Seus benefícios são garantias de elevação da eficiência, eficácia e efetividade das organizações, pois promovem: - ORGANIZAÇÃO NAS OPERAÇÕES - AUMENTO DA RACIONALIDADE DAS DECISÕES - REDUÇÃO DOS RISCOS - AUMENTO DAS CHANCES DE SUCESSO DOS OBJETIVOS E METAS Fases do Planejamento DIAGNÓSTICO - Mostra o conhecimento da realidade POLÍTICA - A sua função é definir os objetivos ESTRATÉGIA - Deve indicar as opções dos rumos a seguir para alcançar os objetivos PLANOS - Tem como propósito viabilizar os objetivos e estratégias EXECUÇÃO - Esforço orientado para a implementação das ações programadas. CONTROLE - Visa permitir acompanhar a execução e avaliar os resultados alcançados, para que possam ser comparados com os objetivos anteriormente definidos. Orçamento Trata-se de um instrumento financeiro necessário à implementação de uma estratégia traçada, por um indivíduo, por uma empresa ou por uma organização, para determinado período, que pode ser um mês, um trimestre, um ano ou vários anos. Estabelece objetivos e metas, e materializa-os em um plano financeiro que é o orçamento. Um orçamento, além de estimar a receita em mínimos detalhes, deve garantir a correta aplicação dos recursos para certas finalidades (despesa), deve apresentar dados que garantam, continuamente, o acompanhamento e a avaliação da gestão organizacional, não só nos valores monetários, mas também no cumprimento de metas fiscais. - Receita: é sinônimo de provimentos recebidos; - Despesa: são todos os gastos das pessoas ou da organização, desde que possam ser classificadas quanto aos fins a que se destinam. Orçamento Público São representações das receitas geradas pelos tributos (e outras formas de arrecadação) e dos gastos de um governo; gastos que abarcam essencialmente, as áreas de saúde, educação, transporte, segurança e defesa. Fundação EducacionalSerra dos Órgãos – FESO Centro Universitário Serra dos Órgãos – UNIFESO 4 Nas democracias, essa atribuição é inerente tanto ao Poder Executivo quanto ao Poder Legislativo. No poder executivo: E no poder legislativo: Conforme determinações constantes da Constituição vigente, o planejamento e o orçamento público são obrigatórios e envolvem três peças fundamentais: • O Plano Plurianual – PPA • A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO • Lei Orçamentária Anual – LOA Natureza do Orçamento Público A Constituição de 1988 definiu o processo orçamentário, estabelecendo como instrumentos de planejamento governamental: • A Lei do Plano Plurianual – tem como função estabelecer as Diretrizes, Objetivos e Metas de médio prazo. • A Lei de Diretrizes Orçamentárias – Enunciar as políticas públicas e respectivas prioridades para o exercício seguinte. • A Lei Orçamentária Anual – Estimar a receita e fixara despesa para o exercício financeiro. PPA – Plano Plurianual Previsto no Artigo 165, da Constituição Federal, estabelece Diretrizes, Objetivos e Metas para um período de 4 anos. Organiza as ações do governo em programas que resultem em bens e serviços para a população. É aprovado por lei quadrienal. Começa a viger no segundo ano de mandato e vai até o final do primeiro ano do mandato seguinte. Características: • Ciclo de gestão de 4 exercícios; • É avaliado, revisto e monitorado anualmente; • Identificação clara dos objetivos e prioridades do governo; • Identificação dos órgãos gestores dos programas e unidades orçamentárias responsáveis pelas ações do governo; • Organização dos propósitos da administração pública em programas; • Integração com o orçamento; • Transparência; LOA – Lei Orçamentária Anual Prevista no art. 165, § 5°, da Constituição Federal, estima a receita e fixa a despesa para um exercício financeiro. De um lado permite avaliar as fontes de recursos públicos e, do outro, os beneficiários desses recursos. CARACTERÍSTICAS: A Lei Orçamentária Anual compreenderá: 1) O Orçamento Fiscal e da Seguridade Abrange os três poderes, seus fundos, órgãos, autarquias, inclusive as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, além das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais controladas que recebam recursos do Tesouro. 2) O Orçamento da Seguridade Social Compreende as ações integradas dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, previdência e assistência social. Fundação Educacional Serra dos Órgãos – FESO Centro Universitário Serra dos Órgãos – UNIFESO 5 3) O Orçamento de Investimento das Empresas Estatais O orçamento de cada empresa deverá indicar os objetivos e metas compatibilizados com o PPA e a LDO e, ainda, discriminar as receitas e despesas operacionais para evidenciar o déficit ou superávit resultante. LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias Prevista no art.165, §2°, da Constituição Federal, é o instrumento de conexão entre o PPA e a LOA. Estabelece a ligação entre o curto prazo (LOA) e o médio prazo (PPA). Características: • Estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro seguinte; • Estabelece a política de aplicação das agências financeiras de fomento; • Dispõe sobre o equilíbrio entre as receitas e as despesas; • Critérios e forma de limitação de empenho; • integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.; • A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.; • Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional; • Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos; • Avaliação da situação financeira e atuarial; Princípios Constitucionais da Administração Pública Os princípios constitucionais que regem a administração pública estão previstos no Artigo 37 da CF/88. LEGALIDADE - o princípio básico de todo o Direito Público. A doutrina costuma usar a seguinte expressão: na atividade particular tudo o que não está proibido é permitido, na Administração Pública tudo o que não está permitido é proibido. O administrador está rigidamente preso à lei e sua atuação deve ser confrontada com a lei. IMPESSOALIDADE - Significa que o administrador deve orientar se por critérios Fundação Educacional Serra dos Órgãos – FESO Centro Universitário Serra dos Órgãos – UNIFESO 6 objetivos, não devendo fazer distinções fundamentadas em critérios pessoais. Toda a atividade da Administração Pública deve ser praticada tendo em vista a finalidade pública. Se não visar o bem público, ficará sujeita à invalidação, por desvio de finalidade. É em decorrência desse princípio que temos, por exemplo, o concurso público e a licitação. MORALIDADE - Requisito da eficácia e moralidade, pois é através da divulgação oficial dos atos da Administração Pública que ficam assegurados o seu cumprimento, observância e controle; destina-se, de um lado, à produção dos efeitos externos dos atos administrativos. Existem atos que não se restringem ao ambiente interno da administração porque se destinam a produzir efeitos externos – daí ser necessária a publicidade. EFICIENCIA - Exige resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades dos administrados (público). Eficiência é a obtenção do melhor resultado com o uso racional dos meios. Atualmente, na Administração Pública, a tendência é prevalência do controle de resultados sobre o controle de meios. Princípios Orçamentários - Princípio da unidade/totalidade: O orçamento deve ser uno, ou seja, deve haver somente um orçamento para um exercício financeiro, com todas as receitas e despesas. Esse princípio está consagrado na legislação brasileira por meio da Constituição Federal (art. 165, §5º) e Lei nº 4.320/64 (art. 2º). - Princípio da anualidade/periodicidade: O orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro. Esse princípio está consagrado na legislação brasileira por meio da Constituição Federal (art. 165, inciso III) e Lei nº 4.320/64 (arts. 2º e 34). - Princípio da universalidade: O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. Esse princípio está consagrado na legislação brasileira por meio da Constituição Federal (art. 165, §5º) e Lei nº 4.320/64 (art. 2º). - Princípio da Exclusividade: Previsto no § 8º do art. 165 da Constituição Federal, estabelece que a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa proibição a autorização para abertura de crédito suplementar e a contratação de operações de crédito, nos termos da lei. - Princípio do Orçamento Bruto: Previsto pelo art. 6º da Lei no 4.320/ 1964, obriga registrarem-se receitas e despesas na LOA pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções. - Princípio da Legalidade: Apresenta o mesmo fundamento do princípio da legalidade aplicado à administração pública, segundo o qual cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamenteautorizar, ou seja, subordina-se aos ditames da lei. A Constituição Federal de 1988, no art. 37, estabelece os princípios explícitos da administração pública, dentre os quais o da legalidade e, no seu art. 165, estabelece a necessidade de formalização legal das leis orçamentárias: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as diretrizes orçamentárias; III – os orçamentos anuais. 1 Cada pessoa política da Federação elaborará a sua própria LOA. Parte I – Procedimentos Contábeis Orçamentários 34 Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - Princípio da Publicidade: Princípio básico da atividade da Administração Pública no regime democrático, está previsto no caput do art. 37 da Magna Carta de 1988. Justifica-se especialmente pelo fato de o orçamento ser fixado em lei, sendo está a que autoriza aos Poderes a execução de suas despesas. - Princípio da Transparência: Aplica-se também ao orçamento público, pelas disposições contidas nos arts. 48, 48-A e 49 da LRF, que determinam ao governo, por exemplo: divulgar o orçamento público de forma ampla à sociedade; publicar relatórios sobre a execução orçamentária e a gestão Fundação Educacional Serra dos Órgãos – FESO Centro Universitário Serra dos Órgãos – UNIFESO 7 fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a arrecadação da receita e a execução da despesa. - Princípio da Não-Vinculação (não-afetação) da Receita de Impostos: O inciso IV do art. 167 da CF/1988 veda vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo exceções estabelecidas pela própria Constituição Federal Planejamento, Transparência, Controle e Responsabilização, descritos na Lei Complementar n° 101/00, mais conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal. Planejamento, Coordenação, Descentralização, Delegação de Competência e Controle (PCDDC), Decreto Lei n° 200/67, que dispõe sobre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa. Outras normas também fazer parte do contexto sobre gestão pública, principalmente as da Lei n° 8.666/93, Lei 8.112/90 e demais normas pertinentes a cada Ente da federação.
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