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Relatório Higienização das mãos


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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
Campus Joaçaba
Odontologia
RELATÓRIO 
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
MARIANA CORRÊA GANDOLFO
Joaçaba
2017
RELATÓRIO HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
COMPONENTE CURRICULAR BIOSSEGURANÇA
1 INTRODUÇÃO
	As mãos são destacadas como ferramentas essenciais de trabalho de todos profissionais da área da saúde, estas possuem a capacidade de abrigar microrganismos e de transferi-los de uma superfície à outra, por contato direto ou indireto, tornando-as a principal fonte de infecção cruzada. (ANVISA 2009 e SANTOS, GONÇALVES, 2009).
	O principal método utilizado para reduzir ou prevenir estas infecções relacionadas à assistência à saúde, é a higienização das mãos, além de ser um procedimento simples e eficaz é de baixo custo, e quando se torna um hábito frequente, proporciona segurança e qualidade à atenção prestada ao paciente (PRIMO et al 2010).
	
2 OBJETIVOS
	Observar a presença dos diferentes microrganismos na flora transitória e residente das mãos;
	Verificar o aparecimento de microrganismos nas regiões mais negligenciadas durante a lavagem das mãos; 
	Avaliar a eficacia de diferentes substâncias utilizadas na assepsia das mãos;
.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
	A atividade foi desenvolvida durante aula prática do componente curricular Biossegurança e Ergonomia, no dia 16/08/2017 às 13:30, laboratório de Microbiologia campus II - Joaçaba, ministrada pelas professoras Aline e Soraia.
	Materiais
	Caneta específica para identificação, cotonetes - swab, placa de cultura, escovinha com clorexidina e sabonete líquido.
	Métodos
1- Com a caneta específica, demarcamos o fundo da placa de cultura (onde fica o gel) em forma de cruz dividindo em quatro quadrantes de tamanhos iguais, o primeiro no canto superior esquerdo foi identificado com as siglas SHM (sem higienização das mãos), o do canto superior direito com as seguintes siglas HMS (higienização das mãos simples), no quadrante inferior esquerdo HM clorex. (higienização das mãos com clorexidina), e por fim o último quadrante no canto inferior direito sob o anel. 
*A sala foi dividida em grupos, as coletas foram de diferentes locais, no presente trabalho todas as amostras foram coletadas das regiões interdigitais. 
No fim da placa foram colocadas as iniciais e o local da coleta, como demonstra a figura abaixo.
	
2- Então iniciamos molhando o swab em soro fisiológico, e passando nas regiões interdigitais da mão direita, em seguida semeamos na placa, área determinada sem higienização das mãos.
3- Realizamos a lavagem das mãos simples com sabonete líquido (que trouxemos de casa) e secando em papel toalha, o procedimento dura de 40 a 60 segundos, lembrando sempre de higienizar as regiões negligenciadas como punhos, as falanges e regiões interdigitais, está tem como finalidade remover microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e a proliferação de microrganismos. Segundo a ANVISA 2009, antes de iniciar qualquer técnica de lavagem das mãos, se faz necessário à retirada de adornos como anéis, pulseiras, relógios, pois sob tais objetos podem acumular microrganismos. No entanto, o presente trabalho se fez com a utilização de anéis, sendo o último passo a coleta realizada sob anel. Após a higienização com um novo swab embebecido em soro fisiológico, feita coleta das regiões interdigitais e semeadas na placa no quadrante HMS. 
4- Posteriormente realizamos o procedimento de higienização das mãos com clorexidina, uma escovinha com clorexidina degermante 2%, de cerdas macias e descartável, tem como objetivo eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente além de proporcionar efeito residual na pele do profissional, tem uma duração de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as subsequentes. Após a técnica secamos as mãos com papel toalha descartável, e novamente com swab molhado no soro fisiológico realizamos a coleta da mesma região e semeamos na placa na área determinada por HM clorex. 
5- Um novo swab também molhado em soro, removemos os anéis e passamos nesta região, das falanges proximais e semeamos na placa no quadrante determinado como sob anel. Em seguida a placa foi levada para estufa.
RESULTADOS
	As mãos frequentemente se apresentam contaminadas por uma quantidade variável de microrganismos. A microbiota da pele varia com as regiões anatômicas do corpo, entretanto alguns gêneros de bactérias são comumente encontradas na superfície da pele: Staphylococcus, Streptococcus, Corynebacterium etc. 
	A lavagem das mãos com produtos antissépticos elimina temporariamente a maioria das bactérias, mas os microrganismos retidos nos folículos pilosos e nas glândulas sudoríparas logo restabelecem a microbiota da pele.
	Após todas as coletas realizadas obtivemos como resultado a presença e proliferação da bactéria Escherichia coli (habitam intestino humano) no quadrante superior direito da placa, HMS- Higienização simples das mãos.
	
	Podemos concluir algumas prováveis hipóteses, a primeira é de que a mão tornou-se contaminada antes do início do procedimento, e a técnica não tenha sido realizada de maneira correta já que o sabão é fraco como antisséptico e necessita da remoção mecânica adequada, a segunda suposição é de que o papel toalha estivesse contaminado passando para as mãos ao secá-las, sendo que sem a higienização das mãos (no quadrante anterior da placa) não houve nenhuma proliferação bacteriana, e a terceira e última suspeita é de que o sabão líquido utilizado estivesse contaminado, pelo motivo em que outros integrantes de grupos diferentes que utilizaram o mesmo sabão líquido tiveram em suas placas a proliferação da mesma bactéria durante a higienização das mãos simples como segue as figuras abaixo. 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ANVISA. Segurança dos pacientes em serviço de saúde: Higienização das mãos. Brasil: 2009. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_servicos_saude_higienizacao_maos.pdf Acesso em: 13/09/2017.
SANTOS, Fernanda Mendes. GONÇALVES, Virgínia Maria da Silva. Lavagem das mãos no controle de infecção hospitalar: um estudo sobre a execução da técnica. Revista Enfermagem IntegradaI. patinga: Unileste-MG-V.2-N.1-Jul./Ago. 2009. Disponível em: https://www.unilestemg.br/enfermagemintegrada/artigo/v2/Fernanda_santos_e_Virginia_goncalves.pdf. Acesso em: 13/09/2017.
PRIMO, Mariusa Gomes Borges. Et al. Adesão à prática de higienização das mãos por profissionais de saúde de um Hospital Universitário. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2010;12(2):266-71. Disponível em: https://www.fen.ufg.br/fen_revista/v12/n2/pdf/v12n2a06.pdf. Acesso em: 13/09/2017.

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