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Ação Declaratória De Inexistência De Relação Jurídica

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Ao juízo da xxx Vara Federal da Seção Judiciária.
Empresa pública federal, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n° xxx, inscrição estadual n°xxx, email: xxx, por meio de seu representante legal, com sede na rua xxx, no Município de Brumadinho/MG, devidamente representada por sua advogada legalmente constituída com procuração nos autos do processo e escritório profissional localizado na rua xxx, onde receberá as intimações, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência ajuizar Ação Declaratória De Inexistência De Relação Jurídica Tributária, C/C Pedido de Tutela Antecipada de Urgência, em face do Estado de Minas Gerais, pessoa jurídica de direito público Constituída pelo cnpj n°xxx, com sede na avenida xxx, n°xxx, CEP: XXX pelos fatos e fundamentos seguintes:
I- DOS FATOS
Empresa Pública Federal a autora, pioneira de atividade econômica, com sede principal localizada em Brumadinho/MG. No dia 10/07/2019, o Prefeito do Município de Brumadinho/MG publicou Decreto 1.234/2019 determinando o aumento da alíquota de seu IPTU. Em seu texto está descrito que o referido aumento passaria a produzir efeitos na data da publicação da norma, e esta exigência surpreendeu a Autora, motivando, assim, a presente ação.
II- DOS FUNDAMENTOS
Conforme o art. 19, do Código de Processo Civil: “O interesse do autor pode limitar-se à declaração: I – da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; ``
Portanto, restou evidente que o Requerente não está obrigado a pagar o aumento do tributo de IPTU, portanto o decreto é ilegal. 
O art. 150, I, III, B e C, da Constituição Federal, estabelece que: ´´Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;   c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; ``
O Prefeito do município de Brumadinho instituiu o aumento da alíquota de seu IPTU através de decreto, o que é inconstitucional, visto que a Constituição Federal deixa claro, através do artigo citado acima, que só pode haver aumento de tributo através de LEI. 
Ainda assim, além de tal decreto ser totalmente ilegal, ele trás em seu depoimento que o tributo passará a ser cobrado a partir do momento de sua publicação. Por conseguinte, também estamos diante de outro fato ilegal, visto que o fisco precisa cumprir com o Princípio da anterioridade anual, ou seja, se tratando de imposto surpresa, só pode começar a cobrar o tributo no ano posterior, e além disso, tem que esperar no mínimo 90 dias para que essa cobrança ocorra (Princípio da anterioridade nonagésimal). Decreto esse que fere o princípio da legalidade.
Sobre o mesmo tema, o CTN, art. 97, II, dispõe do mesmo dispositivo trago pela CF, que diz que: Somente a lei pode estabelecer:
 II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65.
II.I DA TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA
Tal caso comporta o pedido de urgência, pois estão presentes os requisitos especificados no artigo 300 do CPC.
ART.300 A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Sendo assim, está claro pelo fato narrado, e pelo respaldo em lei, que o ato praticado pelo prefeito é totalmente ilegal, e que se houver demora na análise do pedido, a Empresa Pública Federal corre o risco de ser tributada por esse decreto inconstitucional.
Segundo o artigo 273, inciso I, do Código de Processo Civil, são pressupostos autorizadores da tutela antecipada: a verossimilhança da alegação, em face da prova inequívoca da alegação, e o fundado receio de dano irreparável.
Presentes, no caso em tela a verossimilhança do alegado e o receio de dano de difícil reparação.
A concessão da tutela antecipada justifica-se, pois a violação do ordenamento jurídico tributário é uma prova inequívoca da verossimilhança do pedido da Autora.
Com a ocorrência do fato gerador e seu respectivo lançamento tributário, fará surgir a obrigação tributária, gerando assim, a autora, o dever de efetuar o pagamento do tributo, o que causará diminuição do patrimônio da autora. Assim tem caracterizado o receio de difícil reparação.
III- DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência:
a) a concessão de tutela antecipada para suspender a exigibilidade do crédito tributário;
b) seja julgada procedente a presente ação para declarar a inexistência de vínculo jurídico-tributário, desobrigando a autora da imposição de obrigações tributárias;
c) a citação do réu para, querendo, contestar a presente ação judicial;
d) a condenação do réu nas custas e despesas judiciais, bem como honorários advocatícios;
e) a produção de todos os meios de provas em Direito admitidos.
Dá- se à causa o valor de R$ __________.
Nesses termos,
Pede deferimento.
Local/ Data.
____________________________
Advogado/ OAB n.º

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