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Saude Coletiva

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Resumos de 
Graduação 
SAÚDE COLETIVA 
Milena Almeida 
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Saúde Pública 
É um campo de conhecimento e de práticas 
organizadas para promover a melhoria da 
saúde dos cidadãos e qualidade de vida. 
 
Saúde Coletiva 
Representa ações e serviços voltados para 
comunidade. 
 
Assim que a saúde é determinada pelas 
condições sociais, econômicas e culturais, se 
relaciona com as suas condições de vida e 
trabalho. 
As intervenções de saúde pública se articular 
com 
 
 
 
Epidemiologia 
Estuda a frequência e padrão de eventos 
relacionados com o processo saúde doença 
na população. 
A epidemiologia se propões a construir o 
conhecimento científico, buscando contribuir 
 
 
 
 
com os serviços de saúde na transformação 
das condições de vida e de saúde da 
população. 
Prevenção 
Conjunto de ações que visam evitar, 
antecipadamente, o surgimento de doenças 
ou ocorrência. 
 
Promoção 
Medidas que servem para aumentar a saúde 
da população por meio da transformação das 
condições de vida e de trabalho. 
 
Recuperação 
Medidas necessárias, como acesso aos 
serviços de saúde e intervenções 
profissionais, para reestabelecer o controle da 
saúde. 
 
Reabilitação 
Medidas redutoras, dos danos provocados 
pelo acometimento da doença. 
Saúde Coletiva e Epidemiologia 
Prevenção 
Promoção 
Recuperação 
Reabilitação 
 
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Conjunto articulado de características 
conceituais, estruturais e organizacionais. 
O processo saúde-doença surge da 
necessidade de explicação ampliada sobre a 
saúde e doença. A saúde não pode ser dita 
como ausência de doença. 
O conceito de saúde como ausência de 
doença poderiam ser aceita na TEORIA DA 
UNICAUSALIDADE, pois a presença de 
doença estaria associado apenas a existência 
de um agente etiológico. 
Sabe-se que não é possível essa teoria, pois 
além da presença do agente etiológico o 
indivíduo precisa estar susceptível. 
O processo saúde-doença seria o resultado 
da associação de todas as variáveis 
DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE. 
 
Modelo Mágico Religioso 
A doença era entendida como resultado de um 
pecado. Ela surgia como um castigo, o 
sofrimento que o indivíduo estava passando 
serviria para liberta-lo do pecado. 
Esse modelo durou até a Idade Média, 
preconizava que a saúde era uma dádiva pelo 
bom comportamento. 
 
 
 
 
Modelo Hipocrático 
Fundamenta a explicação da saúde no 
equilíbrio dos humores e a doença, o seu 
desequilíbrio. Hipócrates preconiza que o 
equilíbrio dos humores depende da 
moderação em todos os setores da vida. 
Observa-se nesse modelo a busca do 
equilíbrio entre o homem e o ambiente. 
 
Modelo Biomédico 
Acredita-se que sempre existe um agente 
etiológico para origem da doença e seria de 
origem biológica apenas. 
Não considera as dimensões social, 
psicológica, cultural, política e econômica no 
processo saúde doença. 
Com o avanço da bacteriologia, viu-se que as 
doenças eram causadas pela presença de 
agentes patogênicos. Esse modelo é 
UNICAUSAL. 
 
Modelo da história natural da 
doença 
 
Modelos de Atenção à Saúde 
 
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A OMS, após a segunda Guerra adotou o 
conceito de saúde: “estado de completo bem 
estar físico, mental e social e não mera 
ausência de moléstia ou enfermidade.” 
Esse modelo surgiu da influência da medicina 
preventiva. Propõem 3 níveis de prevenção: 
Prevenção primária – promoção e proteção. 
Prevenção secundária – diagnóstico, 
tratamento imediato e limitação do dano. 
Prevenção terciária – reabilitação. 
A prevenção é uma ação antecipada, baseada 
no conhecimento da história natural a fim de 
tornar improvável o progresso da doença. 
Prevenção 
Primária 
Prevenção 
Secundária 
Ações desenvolvida 
para evitar ou 
eliminar a causa de 
um problema de 
saúde. 
Ações 
desenvolvidas para 
prevenir o 
desenvolvimento. 
Prevenção 
Terciária 
Prevenção 
Quaternária 
Ações levada a 
identificar indivíduos 
ou populações de 
riscos. 
Ações 
desenvolvidas para 
reduzir o efeito ou a 
prevalência de 
problemas. 
 
O processo saúde doença é dividido em 
períodos : 
 
 
Período PRÉ-PATOGÊNICO : ainda não 
ocorreu a doença, então, é possível usar 
estratégias promocionais de saúde e proteção 
para evitar o surgimento da doença. 
Período PATOGÊNICO : ocorre interação 
entre o hospedeiro e o ambiente externo, 
consequência surgimento de uma doença e 
suas manifestações através de sinais e 
sintomas. 
A doença pode ter uma fase subclínica, onde 
o indivíduo está doente, mas não apresentou 
sintomatologia. 
Modelo Sistêmico 
Considera a dimensão social, política e 
cultural, além da individual e da ambiental. 
Investiga quais os fatores determinantes da 
produção e da reprodução da doença são 
fundamentais para adoção das medidas de 
combate e controle. 
 
Modelo de Vigilância da Saúde 
Propõe integralidade e efetividade nas 
intervenções em saúde. Preconiza o controle 
dos determinantes sociais em saúde, dos 
danos e dos riscos. Para o controle das 
causas sugere a criação de políticas de saúde 
a realidade sócio-cultural-econômica e seus 
determinantes. 
Considera a possibilidade de ofertar os 
serviços de saúde de forma organizada sem 
Pré-patogênico 
Patogênico 
 
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desconsiderar a implementação de ações 
programáticas em saúde. 
 
Modelo Médico Assistencial-
privatista 
Assemelha-se com o modelo biomédico, esse 
é o modelo de atenção mais conhecido da 
população. Preconiza o atendimento 
individualizado, especializado, com ações de 
cunho curativo. A oferta do serviço dá-se pela 
DEMANDA ESPONTÂNEA. 
 
 
 
 
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O objetivo da promoção de saúde é de 
melhoria da qualidade de vida da população. 
Envolve ações que estimulem elaboração de 
políticas de redução da pobreza e diminuição 
das desigualdades sociais. 
Inclui ações na atenção primária, com 
intervenções voltadas para a doença, a 
promoção de saúde que vai além da 
prevenção da doença. 
A prevenção da doença são intervenções 
específicas orientadas para evitar o 
aparecimento de doença, com redução da 
incidência e prevalência nas populações. 
Incidência 
 
Prevalência 
 
 
Promoção de Saúde 
Na década de 60, com a criação do modelo da 
HISTÓRIA NATURAL DO PROCESSO 
SAÚDE-DOENÇA por leavell e Clark, a 
 
 
 
 
 
 
 
promoção de saúde foi inserida no nível da 
atenção primária. 
1974, no Canadá, surge o movimento de 
promoção da saúde, que identificou as 
principais causas de morbimortalidade e 
propôs estratégias que levassem os 
indivíduos a mudarem seus hábitos. 
1978, ocorreu a conferência de ALMA-ATA, 
onde reafirmou a saúde como direito 
fundamental. 
No Brasil, a promoção de saúde iniciou a partir 
da 8ª conferência de saúde, em 1986. 
Modelo UNICAUSAL 
 
Modelo MULTICAUSAL 
 
 
 
 
 
 
 
Promoção de Saúde e 
Prevenção de Doença 
 
Número de casos novos numa 
determinada população. 
Número total de casos 
existente 
Apenas o patógeno 
como causa. 
Outros fatores 
causam a doença 
além do patógeno 
 
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Conjunto de ações de saúde, individual e 
coletivo, que inclui a promoção e a proteção 
da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, 
tratamento e reabilitação. 
Orienta-se pelos princípios da 
UNIVERSALIDADE, ACESSIBILIDADE, 
VÍNCULO, INTEGRALIDADE, 
RESPONSABILIDADE, HUMANIZAÇÃO, 
EQUIDADE e PARTICIPAÇÃO SOCIAL. 
 
Equidade 
 
Integralidade 
 
Universalidade 
 
 
 
Fundamentos e Diretrizes 
1. Ter território adstrito sobre o mesmo, de 
forma a permitir o planejamento, a 
programação descentralizada e o 
desenvolvimento de ações. 
2. Possibilitar o acesso universal e contínuo a 
serviços de saúde de qualidade e resolutivos.3. Adscrever os usuários e desenvolver 
relações de vínculo e responsabilização entre 
as equipes e a população. 
4. Coordenar a integralidade em seus 
aspectos: integrando as ações programáticas 
e demanda espontânea, articulando as ações 
de promoção a saúde, prevenção de agravos, 
vigilância a saúde, tratamento e reabilitação. 
5. Estimular a participação dos usuários como 
forma de ampliar sua autonomia e capacidade 
na construção do cuidado a saúde. 
 
Funções para o funcionamento 
das RAS 
Ser BASE 
 
 
 
Ser RESOLUTIVA 
 
 
COORDENAR o cuidado 
 
 
Atenção Básica 
Trata a desigualdade. 
Ações e serviços de saúde, 
preventivos e curativos. 
A saúde é direito de 
cidadania e de todas as 
pessoas, cabe ao estado 
assegurar 
Ser a modalidade de atenção 
e de serviço a saúde com o 
mais elevado grau de 
descentralização e 
capilaridade. 
Identificar riscos, 
necessidades e 
demandas de saúde. 
Elaborar, 
acompanhar e gerir 
projetos 
terapêuticos. 
 
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As unidades Básicas de Saúde, devem estar 
cadastradas no sistema de cadastro nacional. 
Deve conter: 
- Consultório médico/ enfermagem 
- Consultório odontológico 
- Sala multiprofissional 
- Sala de administração 
- Sala de atividades coletivas 
 
Atribuições dos membros das 
equipes de atenção básica 
1. Participar do processo de territorialização e 
mapeamento da área de atuação da equipe. 
2. Manter atualizado o cadastramento das 
famílias e dos indivíduos no sistema de 
informação indicado pelo gestor municipal e 
utilizar, de forma sistemática, os dados para a 
análise da situação de saúde, considerando 
as características sociais, econômicas, 
culturais demográficas e epidemiológicas do 
território. 
3. Realizar o cuidado da saúde da população 
adscrita, prioriamente no âmbito da unidade 
de saúde, no domicílio e nos demais espaços 
comunitários. 
4. Realizar ações de atenção a saúde 
conforme a necessidade de saúde da 
população. 
 
5. Garantir a atenção a saúde buscando a 
integralidade por meio da realização de ações 
de promoção, proteção e recuperação. 
6. Participar do acolhimento dos usuários 
realizando a escuta qualificada das 
necessidades de saúde. 
7.Realizar busca ativa e notificar doenças e 
agravos de notificação compulsória e de 
outros agravos. 
8. Responsabilizar-se pela população 
adscrita, mantendo a coordenação do cuidado 
mesmo quando necessitar de atenção em 
outros pontos. 
9. Praticar cuidado familiar e dirigido a 
coletividade e grupos sociais que visa a propor 
intervenções que influenciem os processos de 
saúde-doença dos indivíduos. 
10. Realizar reuniões de equipes a fim de 
discutir em conjunto o planejamento e 
avaliação das ações de equipe. 
11. Acompanhar e avaliar sistematicamente 
as ações implementadas, visando a 
readequação do processo de trabalho. 
12. Garantir a qualidade do registro das 
atividades nos sistemas de informação na 
atenção básica. 
13. Realizar trabalhos interdisciplinar em 
equipe. 
14. Realizar ações de educação em saúde a 
população. 
 
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15. Participar das atividades de educação 
permanente. 
16. Promover a mobilização e a participação 
da comunidade. 
17. Identificar parceiros e recursos na 
comunidade que possam potencializar ações 
intersensoriais. 
18. Realizar outras ações e atividades a 
serem definidas de acordo com as prioridades 
locais. 
 
Estratégia de Saúde da 
Família 
Visa reorganização da Atenção básica, é tida 
pelo ministério da saúde e gestores estaduais 
e municipais, como estratégia de expansão, 
qualificação e consolidação da atenção 
básica. 
Equipe de Saúde da Família: 
- Médico 
- Enfermeiro 
- Auxiliar ou técnico de enfermagem 
- Agentes Comunitários de saúde 
- Cirurgião-Dentista 
- Auxiliar ou técnico em saúde bucal 
 
O número de agentes comunitários de saúde 
deve cobrir 100% da população, 750 pessoas 
por Agentes de Saúde. 
- 12 Agentes de Saúde por equipe. 
Cada equipe de Saúde da Família deve ser 
responsável por no máximo 4.000 pessoas, 
sendo recomendado 3.000. 
A carga horária para todos os profissionais, 
exceto médico é de 40 horas semanais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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São instrumentos usados para mensurar o 
estado de saúde da população. 
Os dados gerados a partir dos cálculos são 
utilizados na decisões e avaliações de 
programas e projetos. 
AMOSTRA 
 
 
ÍNDICES 
 
PROPORÇÃO 
 
REPRESENTATIVIDADE 
 
 
Indicadores de Morbidade 
A morbidade é uma alteração objetiva ou 
subjetiva do bem estar físico ou psíquico de 
um indivíduo ou população. 
INCIDÊNCIA 
 
PREVALÊNCIA 
 
 
 
 
INCIDÊNCIA = 
 
PREVALÊNCIA = 
 
 
Indicadores de Mortalidade 
 Indica a frequência de óbitos, usada para 
avaliar a condição de saúde da população. 
MORTALIDADE = 
 
MORTALIDADE = 
 Infantil 
 
 
Letalidade 
É o poder que a doença tem de levar a óbito. 
LETALIDADE = 
 
Natalidade 
Relação do número de nascidos vivos em um 
período. 
Indicadores de Saúde 
Busca através do cálculo o 
número de pessoas para 
realizar o estudo. 
Indicadores multidimensionais, 
pode expressar uma frequência 
relativa. 
É possível estimar o risco. 
Cobertura do 
indicador em 
relação a 
população. 
Proporção de casos novos de 
uma doença. 
Frequência do número de 
casos existentes. 
Número de novos casos X 1.000 
Número total de indivíduos 
Número de casos (novos+antigos) 
X 1.000 
Número total de indivíduos 
 
Números de Óbitos X 1.000 
Número de indivíduos 
 
Número de Óbitos de 
menores X 1.000 
Número de nascidos vivos 
Número de óbitos X 100 
Número de doentes 
 
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NATALIDADE = 
 
Fecundidade 
É a média dos números de filhos que uma 
mulher pode ter ao longo da vida. 
FECUNDIDADE = 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Número de Nascidos X 1000 
Número total de indivíduos 
Número de Nascidos vivos 
X 1000 
Número de mulheres 
 
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Em 1986, aconteceu o 1º levantamento 
epidemiológico nacional em saúde bucal, 
onde teve um indicativo alto na prevalência de 
cárie conforme o aumento da idade. 
Para medir a cárie, existe diversos 
indicadores, o CPO-D é o indicador mais 
utilizado em levantamentos epidemiológicos. 
 
CPO-D 
Foi idealizado por Klein e Palmer, em 1937. 
 
 
 
Antigamente preconizava-se o uso de sonda 
exploradora para realização dos índices, 
porém hoje não se usa mais. O que é usado 
hoje é a sonda OMS (sonda periodontal com 
extremidade esférica). 
 
CPO-D = 
 
 
 
 
 
 
 
CEO-D 
Em 1944, Gruebbel, propôs o ceo-d. 
 
 
 
 
CEO-D = 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índices de Saúde Bucal 
Cariados 
Perdidos 
Obturados 
DENTES 
PERMANENTES 
Número total de dentes permanentes 
(cariados, perdidos e obturados) 
Número total de indivíduos examinados 
Cariados 
Perdidos 
Obturados 
DENTES 
DECÍDUOS 
Número total de dentes decíduos 
(cariados, perdidos e obturados) 
Número total de crianças 
 
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Epidemia 
Aumento do número de casos de uma doença, 
de forma progressiva e descontrolada. 
 
Endemia 
Ocorre certo números de casos da doença, 
controlados em uma região. 
 
Pandemia 
Número de casos da doença acima do 
esperado, afeta vários países e continentes. 
 
 
Doenças 
EPIDÊMICAS 
Doenças 
ENDÊMICAS 
Dengue Febre amarela 
AIDS Hanseníase 
Influenza Hepatites virais 
Tuberculose Malária 
 Sarampo 
 
 
 
 
 
 
Surto 
Aumento repentino no número de casos, 
dentro de um limite restrito. 
 
A notificação ajuda para tenha um controle do 
episódio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
Livro: Saúde Coletiva – Simone Nunes 
Livro:SUS e Saúde Coletiva – Quality 
Educação médica 
Livro: Saúde Coletiva e Epidemiologia – Sanar 
 
Endemias, Epidemias e Pandemias

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