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Introdução às Metodologias de Projetos de Interiores Residenciais

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PROJETO DE 
INTERIORES 
RESIDENCIAIS 
Marilia Pereira de 
Ardovino
Introdução às metodologias 
de projetos de interiores 
residenciais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir as metodologias para a elaboração de projetos de interiores
residenciais.
 � Reconhecer a importância da metodologia de projeto.
 � Elaborar uma metodologia para um projeto de interiores residenciais.
Introdução
Um projeto de arquitetura de interiores residencial, quando segue uma 
metodologia projetual, consegue chegar a seu objetivo de modo con-
sideravelmente mais fácil e rápido, sem desperdício de tempo. Neste 
capítulo, você vai aprender sobre metodologia projetual, entendendo 
a importância e as vantagens de se utilizar um método de projeto nas 
propostas de interiores. Você verá também um esquema detalhado 
das etapas a criação, com maior facilidade, de projetos de interiores 
residenciais.
Metodologias para a elaboração de projetos de 
interiores residenciais
Antes de definirmos e pensarmos as metodologias de projeto de interiores, 
precisamos primeiro compreender a definição de terminologias como: projeto, 
espaço interno e metodologia projetual.
Projetar significa planejar, organizar as partes de um todo com o intuito de 
alcançar certos objetivos. O projeto de interiores é o planejamento dos espaços 
internos das edificações. O espaço é o elemento primordial do projetista e do 
arquiteto, o item principal do projeto de interiores. 
Os espaços podem ser exteriores ou interiores. O espaço externo é a rua, 
a praça, o terreno onde fica a edificação, aberto e sujeito às intempéries. Já o 
espaço interno é o abrigo, a casa, o prédio, o interior da edificação. A relação 
e a interface entre esses espaços acontece por meio das paredes exteriores do 
edifício. Os vãos de portas e janelas são as transições, são os elementos que 
permitem o deslocamento e a visualização entre eles (CHING, 2013).
O espaço interno é o protagonista do projeto de interiores, é o local por 
onde se circula dentro da edificação, onde se dispõe o mobiliário e os ele-
mentos decorativos. É o palco onde a vida privada acontece, delimitado por 
suas bordas, pelos elementos que o constroem e definem sua forma e caráter. 
Ao ingressarmos em uma edificação, temos a sensação de proteção e fecha-
mento. Essa percepção depende da delimitação dos planos de pisos, paredes 
e tetos do espaço interno. Esses são elementos de arquitetura que definem os 
limites físicos do recinto (CHING, 2013, p. 6). 
O projeto de interiores, assim como os demais tipos de projeto, deve 
seguir uma metodologia projetual, para alcançar seus objetivos com maior 
facilidade e rapidez. A maneira mais lógica de se fazer um projeto de inte-
riores é seguindo etapas, buscando um bom resultado e a simplificação do 
processo criativo. 
Metodologia significa o estudo dos métodos, que são o conjunto de 
regras e procedimentos para a realização de um trabalho (MICHAELIS, 
2018, documento on-line). No nosso caso, a metodologia é aplicada a 
um trabalho técnico, o projeto de interiores residenciais. O uso de uma 
metodologia visa a facilitar e otimizar o processo investigativo e o pro-
cedimento projetual. 
Um projeto tem por objetivo a busca de uma boa solução para os anseios 
e necessidades do cliente, com um custo aceitável e com a melhor solução 
técnica e estética possível. Para tanto, o projetista trabalha em uma situação 
de idealização e de conjecturas, tentando antecipar uma realidade, a fim de 
minimizar os problemas futuros através do planejamento. A tarefa do proje-
tista é a busca da melhor solução para o problema a ser resolvido, suprindo 
as necessidades e atendendo aos condicionantes do projeto. 
Introdução às metodologias de projetos de interiores residenciais2
Apesar de ser normalmente apresentado como um processo linear, com 
determinados passos a seguir, na verdade o projeto é um ciclo iterativo, no qual 
uma série de modificações acontecem no seu desenvolvimento e na interação 
entre os diversos integrantes que o compõem. No projeto, “[...] uma sequência 
de análises cuidadosas, síntese e avaliação de informações disponíveis, insights 
e soluções possíveis são repetidas até que se alcance o ajuste adequado entre 
o que existe e o que se deseja” (CHING, 2013, p. 39). 
O processo de projeto consiste em analisar e estudar a realidade apresen-
tada, sintetizar as informações por meio da criação e avaliar o resultado, até 
chegar a uma boa proposta. Pode-se retornar às etapas anteriores sempre que 
a avaliação não for positiva. Visualize esse ciclo na Figura 1. 
Figura 1. Não linearidade do processo de projeto.
Fonte: Ching (2013, p. 39)
Desse modo, compreende-se que as principais etapas da metodologia de 
projeto são a análise, a síntese e a avaliação. O estudo dessas fases auxilia na 
compreensão da ação projetiva (KOWALTOWSKI et al., 2015).
3Introdução às metodologias de projetos de interiores residenciais
A análise é o momento de identificação do problema do projeto, ou seja, 
as intenções a serem alcançadas, os condicionantes espaciais e programáticos, 
o impacto das soluções para os usuários. Essa etapa busca listar as principais 
diretrizes e metas, como: dimensões existentes, usos esperados, desejos do 
cliente, necessidades do projeto, entre outras. É nesse momento que acontece 
a entrevista com o usuário, o levantamento físico visual do espaço, a definição 
do programa de necessidades e a análise de referenciais. 
A síntese acontece em um momento posterior a da análise. Ela consiste 
no processo criativo e de tomada de decisões que atendam às diretrizes e 
condicionantes identificados na etapa anterior. Na síntese, surge a proposta 
de projeto de interiores, representado pelo layout em planta baixa dos espaços 
e pelo estudo em 3D em forma de croquis esquemáticos ou de maquetes 
eletrônicas. 
Não existe uma única boa solução de projeto, a percepção de qualidade 
pode variar de acordo com quem a executa e quem a solicita. Para Lawson 
apud Kowaltowski et al. (2015, p. 89):
Não existe uma solução ótima para um problema de projeto, mas sim uma 
grande variedade de soluções aceitáveis, algumas mais e outras menos satis-
fatórias em alguns aspectos e para diferentes clientes e usuários. 
A terceira etapa é a fase de avaliação, a qual vai determinar se a solução 
proposta é satisfatória e viável. Esse é o momento para aferir os aspectos posi-
tivos e negativos do projeto, a fim de minimizar os possíveis danos, no caso de 
ele vir a ser realizado. Nessa fase, o projeto proposto deve ser comparado com 
as metas definidas na etapa de análise do problema e deve ser verificado se ele 
atende às solicitações e requisitos do programa de necessidades estabelecido. 
A etapa de avaliação pode acontecer com o cliente, para que se saiba se seus 
anseios foram supridos. Até a avaliação ser considerada satisfatória para todos 
os envolvidos, é necessário a retomada do processo, desde a etapa de análise 
ou de síntese, dependendo da situação. 
As decisões que compreendem as três fases deve ser contínua e articulada. 
Os problemas encontrados no momento da avaliação proporcionam a revisão 
da síntese e a melhoria do projeto, com ajustes ou mudanças de soluções 
que podem, inclusive, redefinir metas e requisitos do projeto, uma vez que 
a realidade já foi melhor apreendida com o processo (KOWALTOWSKI et 
al., 2015).
Introdução às metodologias de projetos de interiores residenciais4
O programa de necessidades é um elemento elaborado nas fases preliminares 
do projeto para orientar as decisões a serem tomadas. É a manifestação das metas 
do cliente e das necessidades dos futuros usuários, formando um conjunto siste-
matizado de necessidades para determinada proposta. Ele servirá de base para o 
desenvolvimento do projeto. Esse documento estabelece os usos pretendidos, os 
pré-dimensionamentos, os padrões de qualidade, os recursos disponíveis e os prazos 
(COLÉGIO DE ARQUITETOS, 2008).A importância da metodologia de projeto
No início de um projeto de interiores residencial é indicado seguir uma me-
todologia projetual, porque esperar que a inspiração surja subitamente pode 
ser muito frustrante. Quando se aplica a metodologia de projeto ao problema 
proposto, o início do trabalho e o surgimento das ideias fica mais fluido. Ao 
se conhecer um processo eficiente e confiável, uma metodologia bem definida 
que auxilia a enfrentar os desafios profissionais e resolver as questões do pla-
nejamento espacial, fica mais fácil e rápido chegar a um resultado satisfatório. 
Como visto anteriormente, o processo de projeto começa com a etapa de 
análise, quando são realizados estudos que visam ao conhecimento da realidade 
a ser projetada. A etapa de síntese é a de solução do projeto, de compreensão 
criativa dos itens analisados, inserindo os elementos do programa de neces-
sidades em uma distribuição física, de modo a atender as necessidades do 
usuário. “Nesse contexto, a palavra criativo deve ser entendida no sentido mais 
amplo possível, no qual questões funcionais, estéticas e técnicas precisam ser 
abordadas e resolvidas” (KARLEN, 2010, p 15).
O salto mental e fértil que acontece entre a fase analítica e o início da 
proposta com o primeiro desenho no papel e distribuição espacial é o passo 
mais complicado de todo o processo. Nesse momento, percebe-se a importância 
do uso de uma metodologia de projeto, a fim de facilitar esse primeiro gesto 
criativo e projetual. Quando a fase de análise e os estudos são completados e 
bem executados, há a simplificação da solução do projeto e o favorecimento 
do “salto criativo”, tornando-o mais rápido e fácil, como você pode observar 
na Figura 2.
5Introdução às metodologias de projetos de interiores residenciais
Figura 2. Perceba a importância dos estudos preliminares bem realizados e embasados 
para facilitar o processo de síntese do conhecimento e o desenvolvimento do projeto.
Fonte: Karlen (2010, p. 16). 
Para Karlen (2010, p. 15): “[...] há um processo ou sequência de tarefas 
geralmente aceito que tem início no momento em que o arquiteto começa a 
trabalhar no projeto e termina quando a análise do projeto é concluída e o 
planejamento físico se inicia.” Esses estudos preliminares passam por um 
processo de síntese criativa e, quanto mais criteriosos e bem feitos forem, 
mais fácil ficará o processo e o desenvolvimento do projeto.
Quando a escala de um projeto de interiores é maior, fica mais difícil a 
sua resolução, sendo mais indefinidas e menos óbvias as soluções. Quanto 
maiores e mais complicados forem os projetos, maior a necessidade do uso de 
Introdução às metodologias de projetos de interiores residenciais6
metodologia, para redução dos problemas a elementos menores e mais fáceis de 
serem administrados. A decomposição do desafio em pequenos componentes 
e a utilização de um método facilita a resolução do mesmo. A metodologia 
vem para auxiliar, e sua importância se dá ao facilitar e dar maior rapidez ao 
processo criativo Karlen (2010).
Layout: Desenho que demonstra a distribuição do mobiliário, dos equipamentos e 
circulações. O layout deve ser pensado para proporcionar o melhor fluxo e aprovei-
tamento do espaço e da luz, visando à maior salubridade e bem-estar dos usuários.
Organograma: Diagrama ou representação gráfica usado como um processo auxiliar 
no momento da concepção e organização do programa de necessidades de um projeto, 
demonstrando a relação ideal entre os espaços de uma edificação. 
Metodologia de projeto de interiores 
residenciais
Como você viu, a metodologia de projeto seguida pela maioria dos profissionais 
tem três etapas bem definidas: análise, síntese e avaliação. Vamos agora ver 
como acontece esse processo criativo na prática, aplicado à arquitetura de 
interiores residencial.
Análise
A etapa de análise, ou os chamados estudos, consiste no momento de coleta 
de dados necessário para a elaboração do projeto, como: 
 � entrevista com o cliente; 
 � levantamento físico visual do espaço em estudo; 
 � pesquisas de referenciais decorativos; 
 � definição de um programa de necessidades e organograma (se 
necessário); 
 � realização de pré-dimensionamento. 
7Introdução às metodologias de projetos de interiores residenciais
Quanto mais completa e detalhada é essa etapa, mais fácil fica o processo 
de síntese das informações e a proposta para o projeto de interiores residencial 
(KOWALTOWSKI et al., 2015).
No projeto de interiores, os estudos que embasarão o desenvolvimento do 
projeto começam pelo contato entre o cliente e o profissional. Nesse contato 
acontece uma entrevista, em que o solicitante explicará as suas necessidades 
e anseios, cabendo ao profissional satisfazê-los assim como direcioná-los à 
melhor resolução técnica. 
É nesse momento que ficará definido se o projeto será de um espaço ou 
de vários, qual seu uso (quarto de bebê, sala de estar, espaço gourmet, etc.), 
que equipamentos e mobiliários serão necessários. Na entrevista, é possível 
conhecer as necessidades e desejos do cliente, seus hábitos e anseios, a fim de 
propor um interior que contemple essas expectativas. Aqui também se inicia o 
programa de necessidades do projeto, com a listagem de todos os equipamentos 
necessários, metas, usos e pré-dimensionamentos.
Conhecer o local do projeto também é essencial nessa etapa inicial, assim 
como a realização de levantamento físico visual do local em estudo. O 
levantamento métrico e fotográfico dos espaços e mobiliários existentes 
são necessários para se ter todos os dados para a realização dos desenhos 
do projeto.
A pesquisa de referenciais é importante para a atualização do repertório 
do profissional em relação àquele uso específico, e pode ser feita por meio de 
revistas especializadas, internet ou visitas a showrooms e feiras de materiais 
e decoração. 
Após a fase de levantamento de informações, chega o momento da concei-
tuação do projeto, quando há a reflexão do que se pretende fazer em termos de 
atmosfera e caráter do ambiente em estudo. Acontece também a conceituação da 
proposta, de modo a condizer com as necessidades do usuário e condicionantes 
do espaço, completando assim o programa de necessidades. 
O uso de organogramas é indicado ao se fazer projetos mais complexos e 
de vários ambientes, pois com eles se estuda a relação ideal entre os espaços 
Karlen (2010).
Síntese
A etapa de síntese consiste no desenvolvimento do projeto. É a etapa de lan-
çamento criativo, em que começa a proposta propriamente dita. Essa fase se 
divide em: 
Introdução às metodologias de projetos de interiores residenciais8
 � estudo preliminar; 
 � anteprojeto; 
 � projeto executivo; 
 � detalhamento. 
Não confunda o estudo preliminar da síntese com os estudos preliminares da análise, 
que são apenas de levantamento de dados, e não de proposição de ideias. 
Primeiro acontece o lançamento das ideias por meio do layout dos espaços 
em planta baixa (Figura 3) e a proposição da ideia em três dimensões por meio 
de croquis perspectivos (Figura 4) ou maquetes eletrônicas. 
Figura 3. Exemplo de layout em planta baixa.
Fonte: Ching (2013, p. 66).
9Introdução às metodologias de projetos de interiores residenciais
Figura 4. Exemplos de croqui perspectivo.
Fonte: Ching (2013, p. 64).
O programa de necessidades, que lista todas as exigências a serem cum-
pridas, deve ser seguido na proposta de layout e de croqui perspectivo. É 
importante que o estudo seja feito considerando ambas as dimensões, ou seja, 
bi e tridimensional, usando plantas baixas, vistas e estudo volumétrico. É nesse 
momento que todas as ideias são demonstradas por meio de desenhos e fazem 
uma síntese do projeto, demonstrando o que se pretende propor e realizar no 
projeto de interiores.
A proposta é o resultado desse lançamento espacial e seus desenhos, sendo 
importante que se use uma linguagem gráfica conhecida e dominada pelo 
cliente, a fim de facilitar a comunicação. É possível o uso de croquisa mão 
ou de maquetes eletrônicas.
Avaliação
No momento da definição do estudo preliminar, é importante um contato 
com o solicitante para aprovar essas ideias iniciais e verificar se o caminho 
da proposta está de acordo com as solicitações dos usuários. É a primeira 
avaliação do projeto. 
Quando são constatadas inconsistências ou elementos não desejados pelo 
cliente, retorna-se às fases anteriores, a fim de buscar uma melhor solução de 
projeto. Esse procedimento acontece até que profissional e cliente cheguem a 
um consenso de que o projeto é satisfatório. 
Introdução às metodologias de projetos de interiores residenciais10
Depois da aprovação do estudo preliminar, passa-se para o anteprojeto 
e o projeto executivo, em que são realizados todos os desenhos técnicos 
necessários para a realização da obra, assim como o memorial descritivo e 
detalhamentos. Nessas etapas serão desenhadas as plantas técnicas com todas 
as especificações necessárias para realização do projeto (INSTITUTO DE 
ARQUITETURA DO BRASIL, 2018).
O memorial descritivo detalha todos os procedimentos em termos de 
materiais e técnicas, assim como a escolha de cores, tintas, tecidos, luminárias 
e mobiliário. As plantas baixas técnicas possuem todas as dimensões (cotas) 
horizontais necessárias para a realização do projeto, assim como a locali-
zação de paredes, portas, janelas, escadas. A planta mobiliada demonstra 
a distribuição do mobiliário e sua adequação ao ambiente em estudo. Os 
cortes e vistas detalham os elementos do projeto verticalmente, mostrando 
sua configuração e dimensões. Todas as alturas são demonstradas por meio 
desses desenhos. 
As maquetes eletrônicas ou as perspectivas internas ilustram a ideia 
como um todo. Elas são um complemento indispensável no projeto de inte-
riores, pois demonstram a intenção como um todo, o modo como ficará o 
ambiente depois de pronto (INSTITUTO DE ARQUITETURA DO BRASIL, 
2018).
Os detalhamentos são os desenhos técnicos necessários para a realização 
de elementos exclusivos do projeto, como móveis, lareiras, churrasqueiras 
e outros. No final do processo, após concluir todas as etapas e desenhos 
necessários, fazer as últimas revisões e adaptações, o material é entregue ao 
cliente para sua execução.
No vídeo disponível no link a seguir, você encontra uma descrição de todas as fases 
de um projeto de interiores.
https://goo.gl/KwuXpY
11Introdução às metodologias de projetos de interiores residenciais
Na figura a seguir, você vê a representação de plantas baixas e vistas técnicas de 
banheiros normais e para pessoas com deficiência. Estão desenhadas todas as espe-
cificações e dimensionamentos necessários. O exemplo demonstra que, em planta, 
estão todas as cotas horizontais e, nas vistas, estão as medidas verticais e a localização 
dos elementos que não aparecem em planta, como barras de apoio e espelhos. 
Fonte: Buxton (2017, p. 27).
Utilizar uma metodologia de projeto para fazer interiores residenciais 
facilita o processo, tornando-o mais rápido e dinâmico. A metodologia vem 
para auxiliar a organização das ideias, e as etapas facilitam a sistematização 
do processo de projetos de interiores.
Introdução às metodologias de projetos de interiores residenciais12
1. Como auxílio para a elaboração 
de um determinado trabalho, 
técnico ou científico, pode-se 
fazer uso de uma metodologia, 
cujo termo significa: 
a) o estudo dos métodos, que 
são o conjunto de regras 
e procedimentos para a 
realização de um trabalho.
b) o estudo dos métodos, que são o 
conjunto de intenções e técnicas 
para a realização de um projeto.
c) o estudo de metas, que são 
o conjunto de intenções 
e procedimentos para a 
realização de uma pesquisa.
d) o estudo das metodologias, 
que são o conjunto de 
metas e técnicas para a 
realização de um trabalho.
e) o estudo de metas, que são 
o conjunto de intenções 
e procedimentos para a 
realização de uma pesquisa.
2. Para ser resolvido de modo 
mais rápido e fácil, um projeto 
de interiores deve seguir uma 
metodologia projetual. As principais 
etapas da metodologia de 
projeto são, consecutivamente:
a) anteprojeto, projeto executivo 
e estudo preliminar.
b) análise, síntese e avaliação. 
c) síntese, avaliação e análise.
d) levantamento, layout 
e anteprojeto.
e) avaliação, análise e síntese.
3. A etapa de análise é a primeira 
de um projeto de interiores, e é 
quando acontece a pesquisa sobre 
o tema e a coleta de dados sobre 
a realidade na qual se vai intervir. 
Qual das alternativas a seguir 
contempla apenas elementos que 
fazem parte da etapa de análise de 
um projeto de interior residencial?
a) Entrevista com o cliente, 
levantamento físico visual 
e croquis perspectivos.
b) Organograma, layout e 
pré-dimensionamento.
c) Entrevista com o cliente, 
levantamento físico visual e 
pesquisa de referenciais.
d) Programa de necessidades, 
organograma e layout.
e) Programa de necessidades, 
organograma e croquis 
perspectivos.
4. Ao se fazer um projeto de 
interiores, é necessário realizar 
alguns desenhos para mostrar ao 
cliente, a fim de que a proposta 
seja compreendida. A etapa de 
síntese é o lançamento criativo, em 
que começa a proposta de projeto 
propriamente dita. Ela é inicialmente 
representada por meio de:
a) layout, croquis e pré-
dimensionamento.
b) plantas baixas, vistas 
e perspectivas.
c) plantas baixas, vistas 
e organograma.
d) layout, perspectivas e 
levantamento físico visual.
e) conceituação, layout 
e organograma.
13Introdução às metodologias de projetos de interiores residenciais
5. Para realizar um projeto de 
interiores, são necessárias todas 
as informações e desenhos, para 
possibilitar sua compreensão 
e execução. Que fases do 
projeto necessitam de plantas 
técnicas com todos os detalhes 
para seu entendimento?
a) Estudo preliminar e 
projeto executivo.
b) Projeto executivo e detalhamentos.
c) Estudo preliminar, entrevista 
e organograma.
d) Estudo preliminar e 
detalhamentos. 
e) Layout, cortes e vistas.
BUXTON, P. Manual do arquiteto: planejamento, dimensionamento e projeto. 5. ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2017.
CHING, F. D. K. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
INSTITUTO DE ARQUITETURA DO BRASIL. Roteiro para desenvolvimento do projeto de 
arquitetura da edificação. Disponível em: <http://www.iab.org.br/sites/default/files/
documentos/roteiro-arquitetonico.pdf>. Acesso em: 7 set. 2018.
KARLEN, M. Planejamento de espaços internos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
KOWALTOWSKI, D. (Org.). O processo de projeto em arquitetura da teoria à tecnologia. São 
Paulo: Oficina de Textos, 2015.
MICHAELIS. Metodologia. Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, 2018. Disponível 
em: <https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/
METODOLOGIA/>. Acesso em: 7 set. 2018.
Leitura recomendada
COLÉGIO DE ARQUITETOS. 2018. Disponível em: <http://www.colegiodearquitetos.
com.br>. Acesso em: 7 set. 2018.
Introdução às metodologias de projetos de interiores residenciais14
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