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Apostila Tópicos Especiais Design de Interiores Unid 2

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TÓPICOS ESPECIAIS EMTÓPICOS ESPECIAIS EM
DESIGN DE INTERIORESDESIGN DE INTERIORES
UNIDADE 2 – DA IDEIA AOUNIDADE 2 – DA IDEIA AO
PROJETO: ESTUDOPROJETO: ESTUDO
PRELIMINAR E ANTEPROJETOPRELIMINAR E ANTEPROJETO
Autor: Fábio Henrique Sales NogueiraAutor: Fábio Henrique Sales Nogueira
Revisor: Aline Kedma Araujo AlvesRevisor: Aline Kedma Araujo Alves
INICIAR
Introdução
Caro aluno, dando continuidade aos conhecimentos sobre design de interiores e ambientes,
aprofundaremos um pouco mais o processo para a realização de um bom projeto de interiores.
Nesta unidade, falaremos do desenvolvimento do projeto de modo mais concreto ao
apresentarmos as etapas de estudo preliminar (EP) e anteprojeto (AP), aprofundando nas suas
especificidades. Como parte do estudo preliminar, conheceremos a estratégia de utilização do
briefing como recurso para montagem do programa de necessidades. A partir de sua
elaboração, ressaltamos a importância dos estudos de zoneamento, de fluxos e conceito
adotado como etapas do estudo preliminar. Para finalizar, ao adentrar o campo do anteprojeto,
também conheceremos os documentos necessários para essa fase como a importância da
realização de layouts e demais tipos de representações gráficas.
Autor:
Fábio Henrique Sales Nogueira
Revisora:
Aline Kedma Araujo Alves
TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN 
DE INTERIORES
UNIDADE 2. DA IDEIA AO PROJETO: ESTUDO 
PRELIMINAR E ANTEPROJETO
INTRODUÇÃO 01
2.1 ESTUDO PRELIMINAR 02
2.2 ESTUDOS PRELIMINARES 06
2.3 ANTEPROJETO 10
2.4 ANTEPROJETO 16
SÍNTESE 20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 1
2.1 Estudo preliminar
Na unidade anterior, foi possível acompanhar alguns aspectos que fazem parte da natureza do
processo de desenvolvimento do projeto. Vimos que a atividade projetual é encarada como uma
resolução de problemas. Assim, o desenvolvimento de um projeto é uma ação de natureza
complexa. Ou seja, isso significa que o profissional, ou a equipe de projetistas, precisam
enfrentar problemas com múltiplas variáveis.
Tipologias de projeto como o residencial, comercial e de serviço, número e comportamento dos
usuários, exigências dos clientes, atendimento a normas e legislações, dentre muitos outros, são
fatores que podem influenciar na proposta projetual. Um mesmo problema de projeto pode gerar
diversas soluções espaciais se forem feitos por profissionais diferentes, por exemplo.
De modo geral, pode-se conhecer as etapas projetuais de ambientes internos de modo mais
panorâmico, fases definidas, na NBR 13531 (ABNT, 1995), como atividades técnicas na
elaboração de projetos de edificações. Trata-se do estudo preliminar (EP), anteprojeto (AP) e
projeto executivo (PE). Nesta unidade, aprofundaremos os conhecimentos sobre o estudo
preliminar, sua importância dentro do desenvolvimento de projeto e quais são os documentos
gráficos e textuais que o designer precisa desenvolver para efetivar essa tarefa. Conforme a
norma, essa etapa é destinada ao desenvolvimento de informações técnicas iniciais e, portanto,
muito importante para a conformação do ambiente (ABNT, 1995).
Ainda em referência a essa norma, pode-se dizer que a fase de estudo preliminar engloba
também os momentos de levantamento (LV), programa de necessidades (PN) e o estudo de
viabilidade (EV). O Infográfico 1 mostra como essas etapas se concretizam no desenvolvimento
de um projeto de interiores.
Infográfico 1 – Componentes do estudo preliminar.
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 2
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
Isso significa dizer que os procedimentos ligados ao levantamento de dados, como detalhados
na unidade 1, contemplam não apenas a aquisição de informações sobre o cliente, mas também
sobre as necessidades e demandas dos usuários e as características físicas do espaço onde
será realizada a intervenção projetual. De modo geral, os documentos a serem produzidos no
estudo preliminar, conforme a NBR 13532 – Elaboração de projetos de edificações (ABNT,
1995), são desenhos que devem ser apresentados do seguinte modo:
Plantas baixas;
Cortes (longitudinais e transversais);
Elevações e vistas;
Imagens tridimensionais.
Sobre o nível de detalhamento técnico dessa fase, a mesma norma recomenda que as
informações sejam:
Sucintas e suficientes para a caracterização geral da concepção adotada,
incluindo indicações das funções, dos usos, das formas, das dimensões,
das localizações dos ambientes da edificação, bem como de quaisquer
outras exigências prescritas ou de desempenho (ABNT, 1995, p. 05).
2.1 Estudo preliminar
Na unidade anterior, foi possível acompanhar alguns aspectos que fazem parte da natureza do
processo de desenvolvimento do projeto. Vimos que a atividade projetual é encarada como uma
resolução de problemas. Assim, o desenvolvimento de um projeto é uma ação de natureza
complexa. Ou seja, isso significa que o profissional, ou a equipe de projetistas, precisam
enfrentar problemas com múltiplas variáveis.
Tipologias de projeto como o residencial, comercial e de serviço, número e comportamento dos
usuários, exigências dos clientes, atendimento a normas e legislações, dentre muitos outros, são
fatores que podem influenciar na proposta projetual. Um mesmo problema de projeto pode gerar
diversas soluções espaciais se forem feitos por profissionais diferentes, por exemplo.
De modo geral, pode-se conhecer as etapas projetuais de ambientes internos de modo mais
panorâmico, fases definidas, na NBR 13531 (ABNT, 1995), como atividades técnicas na
elaboração de projetos de edificações. Trata-se do estudo preliminar (EP), anteprojeto (AP) e
projeto executivo (PE). Nesta unidade, aprofundaremos os conhecimentos sobre o estudo
preliminar, sua importância dentro do desenvolvimento de projeto e quais são os documentos
gráficos e textuais que o designer precisa desenvolver para efetivar essa tarefa. Conforme a
norma, essa etapa é destinada ao desenvolvimento de informações técnicas iniciais e, portanto,
muito importante para a conformação do ambiente (ABNT, 1995).
Ainda em referência a essa norma, pode-se dizer que a fase de estudo preliminar engloba
também os momentos de levantamento (LV), programa de necessidades (PN) e o estudo de
viabilidade (EV). O Infográfico 1 mostra como essas etapas se concretizam no desenvolvimento
de um projeto de interiores.
Infográfico 1 – Componentes do estudo preliminar.
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 3
Tendo em suas mãos todas as informações levantadas, o designer elabora um documento
essencial no desenvolvimento da proposta que é conhecido como briefing. Nessa peça, que
pode ser elaborada em forma de texto, tópicos, questionário ou ainda associada a imagens, o
designer desenvolve uma série de diretrizes que vão auxiliar e guiar a concepção do projeto de
interiores. É importante que o briefing seja um documento objetivo e conciso, sobretudo, que
seja completo e compatível com a complexidade do projeto (PHILIPS, 2015). Em seu livro,
Briefing a gestão do projeto de design, Philips (2015) diz:
Figura 1 – Representação de uma reunião para definição de briefing.
Fonte: Shutterstock, 2020. Acesso em: 02/07/2020.
O briefing tem diversos usos: serve como acordo ou contrato formal entre
as partes envolvidas no projeto; serve como roteiro a ser seguido durante
o desenvolvimento do projeto, definindo as várias etapas intermediárias
desse projeto; e serve para elaborar um cronograma, estabelecendo os
prazos para cada uma dessas etapas. Os briefings de design devem incluir
também informações sobre a estratégia da empresa e estratégia do design.
De fato, é útil considerar o briefing de design como parte do planejamento
estratégico da empresa (PHILIPS, 2015, p. 38).
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 4
2.1.1 Programa de necessidades
Como visto até então, vários são os momentos que compõem o estudo preliminar e o recurso do
briefing pode auxiliar bastante no desenvolvimento da proposta de projeto. Além desses
documentos, destaca-se também a elaboraçãode um item conhecido como programa de
necessidades, que, basicamente, sintetiza quais demandas espaciais que o projeto deve
resolver e é resultado direto da etapa de levantamento de dados, como visto na unidade 1.
A elaboração de um programa de necessidades é uma etapa primordial no desenvolvimento de
qualquer projeto de interiores.
A complexidade do programa de necessidades pode variar de acordo com o tipo de projeto que
se está desenvolvendo. O programa de uma residência, provavelmente, é bem diferente de um
espaço comercial ou de serviço, por exemplo.
Apesar disso, pode haver uma padronização quanto às necessidades espaciais também
variáveis com o tipo de projeto. Como exemplo disso, pode-se afirmar que mesmo restaurantes
diferentes têm necessidades semelhantes, pois se trata do desenvolvimento de uma mesma
VOCÊ QUER VER?
Magos da decoração é um reality show, disponível na plataforma de streaming Netflix,
que mostra um grupo de aspirantes a designers de interiores tendo que, a cada episódio,
resolver problemas de projeto com criatividade, talento e muito trabalho duro. Ao todo
são oito episódios onde é possível conhecer um pouco mais da realidade da profissão
que tem como missão transformar os espaços.
O estudo preliminar é feito a partir do programa de necessidades do
cliente, que é o marco inicial de um projeto. O cliente relaciona suas
necessidades em relação a obra, ou seja, define o que é a obra, quantas
pessoas vão se utilizar do edifício e como vão se relacionar com ele, por
exemplo (NETTO, 2014, p. 73).
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 5
2.1.1 Programa de necessidades
Como visto até então, vários são os momentos que compõem o estudo preliminar e o recurso do
briefing pode auxiliar bastante no desenvolvimento da proposta de projeto. Além desses
documentos, destaca-se também a elaboração de um item conhecido como programa de
necessidades, que, basicamente, sintetiza quais demandas espaciais que o projeto deve
resolver e é resultado direto da etapa de levantamento de dados, como visto na unidade 1.
A elaboração de um programa de necessidades é uma etapa primordial no desenvolvimento de
qualquer projeto de interiores.
A complexidade do programa de necessidades pode variar de acordo com o tipo de projeto que
se está desenvolvendo. O programa de uma residência, provavelmente, é bem diferente de um
espaço comercial ou de serviço, por exemplo.
Apesar disso, pode haver uma padronização quanto às necessidades espaciais também
variáveis com o tipo de projeto. Como exemplo disso, pode-se afirmar que mesmo restaurantes
diferentes têm necessidades semelhantes, pois se trata do desenvolvimento de uma mesma
VOCÊ QUER VER?
Magos da decoração é um reality show, disponível na plataforma de streaming Netflix,
que mostra um grupo de aspirantes a designers de interiores tendo que, a cada episódio,
resolver problemas de projeto com criatividade, talento e muito trabalho duro. Ao todo
são oito episódios onde é possível conhecer um pouco mais da realidade da profissão
que tem como missão transformar os espaços.
O estudo preliminar é feito a partir do programa de necessidades do
cliente, que é o marco inicial de um projeto. O cliente relaciona suas
necessidades em relação a obra, ou seja, define o que é a obra, quantas
pessoas vão se utilizar do edifício e como vão se relacionar com ele, por
exemplo (NETTO, 2014, p. 73).
atividade. Em resumo, o programa de necessidades é um documento síntese não só das
informações adquiridas no levantamento de dados, mas também deve ser complementado com
a observação técnica do designer acerca das necessidades do cliente ou dos usuários. Temos
que lembrar que nem sempre os clientes conseguem informar com clareza quais seus desejos e
necessidades e, por isso, é um processo colaborativo no sentido de que deve ser completado
com a experiência técnica.
Uma sugestão para trabalhar o programa de necessidades é não apenas listar quais ambientes
o projeto deve demandar, mas também associar ao desenvolvimento de alguma atividade ou
ação projetual, como mostra o Quadro 1.
Quadro 1 – Exemplo de programa de necessidades
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
Ambiente
Sala de estar
Varanda gourmet
Lavabo
Gabinete/escritório
Suíte casal
Adequação
Cliente demanda a instalação de uma
instalação específica multimídia junto
da televisão. Cliente quer um sofá em
“L”
Se possível instalar uma mesa
Cliente deseja apenas o uso de
iluminação indireta
Duas estações de trabalho
Closets separados e iluminação
indireta. No banheiro, os clientes
desejam ter dois chuveiros e duas
cubas
2.2 Estudos preliminares
Após esses momentos de análise e organização dos dados do projeto, é o momento de se iniciar
as experimentações práticas tendo como objeto o espaço a ser projetado. Assim, entre as
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 6
Ambiente Adequação
Sala de estar
Cliente demanda a instalação de uma in-
stalação específica multimídia junto da tele-
visão. Cliente quer um sofá em “L”
Varanda gourmet Se possível instalar uma mesa
Lavabo Cliente deseja apenas o uso de iluminação indireta
Gabinete/escritório Duas estações de trabalho
Suíte casal
Closets separados e iluminação indireta. No 
banheiro, os clientes desejam ter dois chu-
veiros e duas cubas
informações textuais ou imagéticas do briefing e do programa de necessidades e o projeto final,
tem-se algumas estratégias que auxiliam no desenvolvimento do projeto.
2.2.1 Zoneamento
O zoneamento ou setorização é uma estratégia utilizada pelos projetistas que busca uma
disposição preliminar para os espaços definidos pelo programa de necessidades de modo mais
concreto com o espaço a ser projetado. O objetivo é que sejam definidas grandes áreas ou
porções em que, de acordo com análise e julgamento técnico do designer, certas atividades do
projeto possam ser locadas.
Figura 2 – Exemplo de estudo de zoneamento.
Fonte: CHING; BINGGELI, 2013, p. 72.
Ching e Binggeli (2013) ainda sugerem que se observe algumas estratégias para o
desenvolvimento desse zoneamento, tais como:
» Clique nas abas para saber mais sobre o assunto
O zoneamento de um espaço pode ser sugerido pela forma de suas
vedações ou pela arquitetura. As portas sugerem circulações e dão acesso
a certas zonas. A iluminação natural resultante de janelas ou claraboias
deve influenciar a localização das atividades. Uma vista exterior ou um
foco interno pode sugerir como um espaço pode ser organizado (CHING;
BINGGELI, 2013, p. 71).
Função Estética
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 7
Os estudos elaborados no zoneamento servem como balizadores nas etapas intermediárias e
devem ser avaliados constantemente pelo designer, que deve refazer a proposta de zoneamento
até que esteja adequada.
Figura 3 – Proposta de zoneamento para o loft.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
2.2.2 Fluxograma
Tentar o agrupamento de mobiliário conforme atividades específicas no espaço. Atentar
para as dimensões e afastamentos adequados para a realização das atividades propostas.
Lembrar acerca das distâncias sociais apropriadas que podem garantir privacidade visual e
cústica, flexibilidade, iluminação apropriada e outras instalações prediais.
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 8
Tentar o agrupamento de mobiliário conforme atividades específicas 
no espaço. Atentar para as dimensões e afastamentos adequados 
para a realização das atividades propostas. Lembrar acerca das 
distâncias sociais apropriadas que podem garantir privacidade 
visual e acústica, flexibilidade, iluminação apropriada e outras 
instalações prediais.
Função
Observar as escalas apropriadas à função espacial tanto em planta 
quanto em altura, buscar uma certa unidade visual por meio do 
layout, cores e elementos compositivos, atentar para a orientação 
apropriada em relação à luz natural e os potenciais vistas externas.
Estética
Após essa predisposição inicial dos setores a partir da planta baixa do espaço a ser projetado, é
muitoimportante que o designer esteja atento aos possíveis fluxos que devem fazer parte do
projeto. Por fluxos, entende-se deambulações, isso é, orientações de tráfego ou caminhos que
são feitos pelas pessoas e fazem parte do ambiente, pois podem impactar na saúde das
pessoas ou na eficiência dos serviços executados no ambiente para qual o projeto está sendo
desenvolvido. Um bom projeto de interiores pode acolher e reforçar os fluxos existentes como
também, por meio do layout, pode criar fluxos desejáveis para a proposta.
Mais uma vez, é importante estar atento aos diferentes fluxos que estão associados aos tipos de
projeto. Fluxos em um ambiente institucional podem ser diferentes dos que acontecem em uma
loja, por exemplo. Ainda mesmo dentro de um mesmo ambiente ou projeto, podem existir
demandas de fluxos diferentes. Em espaços comerciais, têm-se o fluxo de clientes, funcionários
e mercadorias, por exemplo.
Os estudos elaborados no zoneamento servem como balizadores nas etapas intermediárias e
devem ser avaliados constantemente pelo designer, que deve refazer a proposta de zoneamento
até que esteja adequada.
Figura 3 – Proposta de zoneamento para o loft.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
2.2.2 Fluxograma
Tentar o agrupamento de mobiliário conforme atividades específicas no espaço. Atentar
para as dimensões e afastamentos adequados para a realização das atividades propostas.
Lembrar acerca das distâncias sociais apropriadas que podem garantir privacidade visual e
cústica, flexibilidade, iluminação apropriada e outras instalações prediais.
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 9
Figura 4 – Possíveis fluxos para a proposta de um loft.
Fonte: Acervo pessoal do autor, 2020. 
2.3 Anteprojeto
Após a finalização da etapa de estudo preliminar, com a proposta de layout definida e aprovada
pelo cliente, a próxima fase é a de anteprojeto, fase em que o cliente tem uma ideia mais
palpável de como o conceito, fluxo e setorização podem ser aplicados no ambiente. É a partir
dessa fase que a proposta ganha mais detalhamento e recebe as especificações provisórias que
devem subsidiar as estimativas de custo e tempo de execução. Além de possibilitar uma melhor
visualização de como o ambiente deve ficar na realidade quando as intervenções forem
implementadas. Essa visualização ocorre por meio do layout, vistas e demais peças gráficas
fornecidas ao cliente nessa etapa do projeto.
Infográfico 2 – Etapas do projeto de interiores.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
Em termos de documentos a serem produzidos, a NBR 13532 (ABNT, 1995) indica que durante
o anteprojeto se deve entregar os seguintes itens:
» Clique nas abas para saber mais sobre o assunto
Figura 4 – Possíveis fluxos para a proposta de um loft.
Fonte: Acervo pessoal do autor, 2020.
Após feitos o zoneamento, mapa de fluxo e definido o conceito do estético/visual projeto, essas
plantas e desenhos devem ser apresentados ao cliente sujeito à aprovação e continuidade das
próximas etapas ou não. E, em caso negativo, é necessário retomar as etapas anteriores até
obtenção da aprovação pelo cliente e avanço para etapa do anteprojeto.
A Associação Brasileira de Design de interiores recomenda três práticas para uma
carreira de sucesso:
1. Se mantenha atualizado;
2. Cobre adequadamente;
3. Conheça o mercado no qual você está inserido.
Fonte: ABDI, 2020.
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 10
2.3.1 Layout e demais desenhos
Geralmente, em projetos de edificações, a linguagem mais eficiente é a do desenho, a da
representação gráfica. É por meio dos desenhos que as intenções projetuais definidas, ainda no
estudo preliminar, podem se comunicar com as demais equipes de projeto, como engenheiros e
técnicos da obra. Nesse sentido, os estudos de layout são muito importantes para uma execução
eficiente e adequada com a proposta. Tradicionalmente, há um histórico da realização dos
desenhos serem feitos à mão. Entretanto, na atualidade, é quase imperativo que se use
ferramentas de desenho digital, como plataformas do tipo CAD (desenho assistido por
computador) ou, mais recentemente, as tecnologias BIM (modelagem da informação da
construção). A mediação digital para a realização dos projetos traz muitas vantagens, sendo a
mais latente os ganhos com rapidez na execução das peças gráficas. Como visto, a norma
recomenda uma série de desenhos, os mais recorrentes são descritos a seguir.
» Planta de layout
Desenhos Textos
Plantas baixas;
Cortes (longitudinais e transversais);
Elevações;
Detalhes preliminares.
A tarefa central do desenho de arquitetura é representar formas,
construções e ambientes espaciais tridimensionais em uma superfície
bidimensional. Três tipos distintos de sistemas de representação foram
desenvolvidos com o passar dos anos para cumprir essa missão:
desenhos de vistas múltiplas, desenhos de linhas paralelas e perspectivas
cônicas. Esses sistemas visuais de representação constituem uma
linguagem gráfica que é governada por um conjunto consistente de
princípios (CHING; BINGGELI, 2013, p. 77).
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 11
Desenhos
• Plantas baixas;
• Cortes (longitudinais e transversais);
• Elevações;
• Detalhes preliminares.
Textos
• Memorial descritivo (documento 
escrito) com as especificações 
preliminares de equipamentos, 
mobiliários e acabamentos gerais da 
proposta projetual.
Trata-se de uma planta baixa, vista superior do espaço em questão, aproximadamente a 1,50 m
da altura do piso (ABNT, 1995). Nessa planta, deve constar além dos elementos construtivos a
representação dos elementos do projeto de design. Pode conter legendas ou linhas de
chamadas explicativas com as especificações.
Um bom projeto de interiores está diretamente conectado ao desenvolvimento de uma planta de
layout eficiente que resolva os problemas espaciais e potencialize as qualidades do ambiente. É
a partir da planta de layout que são desenvolvidos os demais projetos e peças gráficas. Ainda de
acordo com Netto (2014), na planta de layout, de preferência, não se deve utilizar as cotas, pois
sua função é a de informar a posição dos mobiliários e equipamentos no espaço. Porém, na
prática, utiliza-se geralmente cotas para sinalizar a circulação entre os diversos equipamentos,
objetos e/ou mobiliário.
Figura 5 – Exemplo de planta de layout.
Fonte: Shutterstock, 2020. Acesso em: 02/07/2020.
O leiaute é a planta com a representação do mobiliário, dos equipamentos
e dos pisos de um projeto. A palavra vem do termo em inglês layout e
significa: 1. desenho, plano, esquema. 2. exposição, amostra. 3.
equipamento. 4. leiaute, formato (NETTO, 2014, p. 53).
2.3.1 Layout e demais desenhos
Geralmente, em projetos de edificações, a linguagem mais eficiente é a do desenho, a da
representação gráfica. É por meio dos desenhos que as intenções projetuais definidas, ainda no
estudo preliminar, podem se comunicar com as demais equipes de projeto, como engenheiros e
técnicos da obra. Nesse sentido, os estudos de layout são muito importantes para uma execução
eficiente e adequada com a proposta. Tradicionalmente, há um histórico da realização dos
desenhos serem feitos à mão. Entretanto, na atualidade, é quase imperativo que se use
ferramentas de desenho digital, como plataformas do tipo CAD (desenho assistido por
computador) ou, mais recentemente, as tecnologias BIM (modelagem da informação da
construção). A mediação digital para a realização dos projetos traz muitas vantagens, sendo a
mais latente os ganhos com rapidez na execução das peças gráficas. Como visto, a norma
recomenda uma série de desenhos, os mais recorrentes são descritos a seguir.
» Planta de layout
Desenhos Textos
Plantas baixas;
Cortes (longitudinais e transversais);
Elevações;
Detalhes preliminares.
A tarefa central do desenho de arquitetura é representar formas,
construções e ambientes espaciais tridimensionais em uma superfície
bidimensional. Três tipos distintos de sistemas de representação foram
desenvolvidos com o passardos anos para cumprir essa missão:
desenhos de vistas múltiplas, desenhos de linhas paralelas e perspectivas
cônicas. Esses sistemas visuais de representação constituem uma
linguagem gráfica que é governada por um conjunto consistente de
princípios (CHING; BINGGELI, 2013, p. 77).
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 12
» Cortes e elevações
De acordo com a NBR 6492 (ABNT, 1994) corte é um “plano secante vertical que divide a
edificação em duas partes, seja no sentido longitudinal, seja no transversal”. A mesma norma
conceitua elevação como sendo “representação gráfica de planos internos ou de elementos da
edificação” (ABNT, 1994). Sabendo que o projeto de interiores trabalha com os planos
horizontais (piso/forro) e os verticais (as paredes, por exemplo) as elevações internas, também
conhecidas como vistas, são de fundamental importância para a compreensão do projeto.
Complementando as definições acima, Ching e Binggeli (2013) ressaltam que:
Figura 6 – Exemplo de elevações de um ambiente.
Fonte: CHING; BINGGELI, 2013, p. 81.
» Perspectivas
São “desenhos de linhas paralelas que transmitem a natureza tridimensional de uma forma ou
construção em uma única representação” (CHING; BINGGELI, 2013, p. 82). Basicamente, a
perspectiva é uma técnica de reprodução de um espaço ou objeto tridimensional em uma
superfície bidimensional.
Elevações internas são projeções ortográficas daquelas paredes internas
significativas em uma edificação. Embora sejam normalmente incluídas
nos cortes, elas podem ser mostradas isoladamente para apresentar e
estudar espaços altamente detalhados, como cozinhas, banheiros e
escadas. Nesse caso, em vez de ressaltar o corte, enfatizamos as linhas
limítrofes das superfícies das paredes internas. (CHING; BINGGELI, 2013,
p. 81)
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 13
Figura 7 – Exemplo de um ambiente representado em perspectiva digital.
Fonte: Shutterstock, 2020. Acesso em: 02/07/2020.
Antigamente, havia uma forte tradição de realização desses desenhos à mão ou em forma de
maquetes, no entanto, o grande desenvolvimento tecnológico e a possibilidade de realismo
possibilitam que, atualmente, a utilização de softwares de modelagem 3D seja recorrente.
Figura 8 – Exemplo de perspectiva feita à mão.
Fonte: Shutterstock, 2020. Acesso em: 02/07/2020.
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 14
Dentro do desenvolvimento completo de um projeto de interiores, as perspectivas podem
assumir diferentes funções. No estudo preliminar, é uma poderosa ferramenta de visualização,
permitindo que clientes e usuários percebam o conceito adotado para o ambiente, visualizando a
volumetria e texturas empregadas. Por isso, é importante tentar reproduzir de modo mais fiel
possível as características físicas do ambiente. Nas fases de anteprojeto, permitem que os
clientes visualizem como de fato o espaço deve ficar quando executadas as alterações e, no
projeto executivo, são de grande ajuda para as outras partes que desenvolvem os projetos
complementares, como também para a equipe de execução da obra. Esquemas em perspectiva
com detalhes de mobiliário ou encaixes de elementos construtivos são de grande ajuda nesse
sentido. “O uso principal das perspectivas cônicas em projetos é representar uma vista
experimental do espaço e das relações espaciais” (CHING; BINGGELI, 2013).
VOCÊ SABIA?
Dentro da elaboração de projetos de interiores, a produção das imagens em perspectivas ocupa
um lugar de destaque. Entretanto, apenas o domínio do software de modelagem e renderização
não é suficiente para gerar uma boa cena. Dedique um pouco de tempo para estudar
composição e regras básicas de fotografia, bem como noções de percepção visual para
composição e produção dos objetos decorativos na cena. Certamente, devem impulsionar o
desenvolvimento das suas imagens.
2.3.2 Layout humanizado
Um outro recurso muito utilizado dentro do projeto de interiores é o da “humanização” dos
documentos da representação gráfica como plantas, cortes, vistas e perspectivas. Por
humanização, na criação de peças gráficas para o design, entende-se a aplicação de padrões de
preenchimentos como cores, texturas e hachuras que correspondem à aparência real desses
materiais.
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 15
Figura 9 – Exemplo de planta baixa humanizada.
Fonte: Shutterstock, 2020. Acesso em: 02/07/2020.
Nos cortes, vistas e perspectivas, além da característica já comentada, destaca-se também a
presença do que chamamos de “figura humana”. A presença de uma figura humana auxilia no
estabelecimento de uma noção de escala no ambiente, ou seja, é possível perceber de modo
mais aproximado como se dão as relações de altura no espaço.
Figura 10 – Exemplo de vista humanizada. 
Fonte: Adobe Stock, 2020. Acesso em: 02/07/2020.
2.4 Anteprojeto
Em qualquer fase do desenvolvimento projetual, é de vital importância que o designer de
interiores e ambientes utilize de modo correto os acordos e normas vigentes no que se refere
aos itens de representação gráfica, pois, como visto, é por meio do desenho que o projeto
consegue se comunicar.
2.4.1 Representação gráfica
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 16
Assumindo que o desenho além de representar o espaço, equipamentos e mobiliários do projeto,
é uma linguagem, fica entendido que é uma espécie de código que precisa ser compreendido
pelas partes que estabelecem um diálogo. 
Desse modo, é importante que todos os agentes que participam do processo da realização e
execução da proposta de interiores, se relacionem e “falem a mesma língua”.
Nesse sentido, a referência para a representação gráfica de projetos de edificações é a NBR
6492 – Representação de projetos de Arquitetura (ABNT, 1994). É esse documento que
estabelece as diretrizes de representação gráfica, tipos de linha, tipos de prancha, carimbo,
padrões de hachura, entre outros elementos importantes.
Um dos itens relevantes abordados na norma diz respeito ao formato do papel e pranchas em
que são impressos ou desenhados os projetos. A norma recomenda que se utilize os padrões da
série A, sendo no mínimo A4 e no máximo A0. Além disso, indica a utilização de papéis opacos,
com o carimbo (espaço destinado a dados como nome do profissional/empresa, nome dos
ambientes representados e numeração dos desenhos) localizado no canto inferior direito (ABNT,
1994).
Figura 11 – Relação entre as dimensões de papéis da série A.
Fonte: Shutterstock, 2020. Acesso em: 02/07/2020.
Figura 9 – Exemplo de planta baixa humanizada.
Fonte: Shutterstock, 2020. Acesso em: 02/07/2020.
Nos cortes, vistas e perspectivas, além da característica já comentada, destaca-se também a
presença do que chamamos de “figura humana”. A presença de uma figura humana auxilia no
estabelecimento de uma noção de escala no ambiente, ou seja, é possível perceber de modo
mais aproximado como se dão as relações de altura no espaço.
Figura 10 – Exemplo de vista humanizada. 
Fonte: Adobe Stock, 2020. Acesso em: 02/07/2020.
2.4 Anteprojeto
Em qualquer fase do desenvolvimento projetual, é de vital importância que o designer de
interiores e ambientes utilize de modo correto os acordos e normas vigentes no que se refere
aos itens de representação gráfica, pois, como visto, é por meio do desenho que o projeto
consegue se comunicar.
2.4.1 Representação gráfica
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 17
VOCÊ SABIA?
Em projetos de interiores, pela dimensão limitada dos ambientes, é muito recorrente a utilização
de pranchas no tamanho A3 encadernadas que podem facilmente ser consultadas em caso de
dúvidas.
A NBR 6492 (ABNT, 1994) apresenta, ainda, os tipos de linhas, traçados, que devem ser
utilizadas nos desenhos de acordo com a situação indicada. De modo geral, pode-se diferenciá-
las em dois tipos: linhas contínuas e tracejadas. A norma recomenda a adoção de linhas
contínuas para tudo que faz parte do espectro visual do desenho, sejam elementos cortados ou
vistos e a sua espessuradeve variar com a escala e a natureza do desenho, bem como com a
situação do que se está sendo representado (se está sendo visto ou cortado), conforme
exemplificado no Quadro 2.
Quadro 2 – Tipos de linha na representação do projeto de interiores.
» Clique nas abas para saber mais sobre o assunto
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
Já as linhas tracejadas são utilizadas para representar elementos que se situem além do plano
de desenho. A linha do tipo “traço e dois pontos” deve ser empregada para projeções
importantes como de pavimentos superiores, mezaninos etc. Entretanto, a linha do tipo “traço e
ponto” é aplicada para marcação de eixos ou coordenadas no projeto (ABNT, 1994), conforme
exemplificado no Quadro 3.
Quadro 3 – Tipos de linhas tracejadas
» Clique nas abas para saber mais sobre o assunto
Linha contínua Linha tracejada

UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 18
Linha 
contínua
Linha traço 
e ponto
Linha 
tracejada
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
Um outro fator importante na representação gráfica dos projetos é a escolha adequada das
escalas. De acordo com a norma, escala é a “relação dimensional entre a representação de um
objeto no desenho e suas dimensões reais” (ABNT, 1994). Sendo assim, é comum que em um
projeto de interiores se utilize escalas de redução (plantas, cortes, vistas etc.) e de ampliação
para detalhes. As escalas mais usuais para interiores são as de 1/25 e 1/20 para os layouts,
vistas e cortes gerais, podendo ser ainda maiores para os detalhes (1/10 ou 1/5). É muito
importante compatibilizar a escala com a complexidade do projeto e o tamanho das folhas em
que são impressas.
Complementando os elementos essenciais para a representação gráfica, destaca-se na NBR
6492 a disposição sobre as cotas. A recomendação é que sejam representadas utilizando as
linhas contínuas e se situem preferencialmente do lado externo do desenho, que se evite a
repetição de cotas e que nos cortes sejam indicadas apenas as medidas nas verticais (ABNT,
1994). O documento também aponta a necessidade da indicação das cotas de nível, ou seja, as
alturas dos pisos dos ambientes em metros, tanto em planta quanto em corte.
Figura 12 – Exemplos da indicação dos níveis em corte e em planta (respectivamente).
Fonte: ABNT,1994, p.17.
Sobre a numeração das pranchas e dos títulos dos desenhos, a norma solicita que sejam
numerados a partir do número um e que sigam até a finalização dos desenhos. Também há
recomendações sobre as chamadas de detalhes (para informações ampliadas), representação
das linhas de corte e eixos de projeto (ABNT, 1994). É importante, também, as sugestões de
Linha traço e ponto Linha traço e dois pontos
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 19
Linha traço e 
dois pontos
representação para os materiais mais comuns em uma edificação. Há padrões para elementos
que se situam em vista e em corte.
Figura 13 – Padrão de representação sugerido pela norma NBR 6492.
Fonte: ABNT, 1994, p.25.
Síntese
Nesta unidade, aprofundamos aspectos importantes no desenvolvimento de um projeto de
interiores. Para a construção da primeira fase projetual, a de estudo preliminar, pudemos
perceber a importância da aplicação do recurso do briefing na solidificação dos objetivos do
projeto e da criação e comunicação do conceito adotado pelo projetista. Em uma esfera mais
prática, foi possível entender que a elaboração do programa de necessidades é considerada
uma das etapas do estudo preliminar. Em um momento posterior, esse programa começa a se
concretizar ao realizarmos os estudos de zoneamento, conceito e de fluxos já considerando a
materialização do programa no espaço a ser projetado. Notando que o estudo preliminar engloba
igualmente as etapas de estudos de viabilização e levantamento de dados. Consecutivamente,
com a fase de anteprojeto, ficou clara a importância da realização dos estudos de layout e
demais desenhos como vistas, cortes e perspectivas, e suas variações com a humanização
dessas peças gráficas. Por fim, vimos as normas que estabelecem os critérios para
representação técnica de projetos e como elas impactam em sua compreensão pelos clientes e
demais profissionais.
UNIDADE 2. TÓPICOS ESPECIAIS EM DESIGN DE INTERIORES 20
Referências bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13531: Elaboração de projetos de
edificações – Atividades técnicas. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13532: Elaboração de projetos de
edificações – Arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492: Representação de projetos
de Arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. Tradução: Alexandre
Salvaterra. Porto Alegre: Bookman, 2013.
NETTO, C. C. Desenho arquitetônico e design de interiores. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014.
PHILIPS, P. L. Briefing a gestão do projeto de design. 2. ed. São Paulo: Editora Blucher, 2015.
TRÊS regras que um bom design de interiores precisa implementar em sua carreira. São Paulo:
Associação Brasileira de Design de Interiores, 2020. Disponível em: <
http://abd.org.br/3-regras-que-um-bom-designer-de-interiores-precisa-implementar-em-sua-
carreira
>. Acesso em: 07 jul. 2020.
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