Buscar

Projeto de Interiores Residenciais I - Projeto executivo para interiores residenciais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROJETO DE 
INTERIORES 
RESIDENCIAIS
Jaqueline Ramos 
Projeto executivo para 
interiores residenciais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir as especificidades do projeto executivo de interiores residenciais.
 � Identificar as plantas do projeto.
 � Construir as plantas de um projeto de baixa complexidade.
Introdução
Neste capítulo, você vai conhecer os documentos necessários para a 
realização de um projeto executivo de interiores residenciais, com as 
particularidades e especificações necessárias para cada elemento utili-
zado. Você vai ver também as plantas baixas necessárias para a correta 
execução do projeto.
Para qualificar o seu estudo, você vai ver ainda a descrição das plantas 
necessárias para a elaboração de um projeto de baixa complexidade. 
Assim, você vai estar apto a realizar projetos de interiores residenciais, 
com as especificações necessárias e os detalhamentos pertinentes a 
cada projeto.
Especificidades do projeto executivo de 
interiores residenciais
Um projeto arquitetônico é composto por diversas etapas, como você pode ver 
a seguir (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1995).
 � Levantamento — corresponde à coleta de informações que direcionam 
a elaboração do projeto. É composto por dados físicos, técnicos, sociais 
e econômicos.
 � Programa de necessidades — é constituído pelas expectativas e neces-
sidades que devem ser supridas com a execução do projeto.
 � Estudo de viabilidade — é formado pela análise e pela avaliação dos itens 
anteriores, resultando em alternativas para a criação do projeto em si.
 � Estudo preliminar — contém informações técnicas iniciais que permitem 
compreender a distribuição dos elementos constituintes da edificação.
 � Anteprojeto — são estimativas de custos e prazos, opções de detalha-
mentos sugeridas, porém não definitivas.
 � Projeto legal — é necessário para a aprovação do projeto junto aos 
órgãos competentes e para a obtenção dos documentos necessários 
para o funcionamento da edificação; na gama de requisitos exigidos, 
atende às legislações federais, estaduais e municipais.
 � Projeto básico — antecede o documento final, apresentando dados 
completos, mas também parciais das atividades a serem desenvol-
vidas. O projeto básico é um item opcional nas etapas de aprovação 
de projeto.
 � Projeto executivo — corresponde à representação técnica final, que 
apresenta todas as informações necessárias para a execução da obra 
e de seus elementos. O projeto executivo compreende a síntese das 
informações acordadas entre cliente e projetista para a execução ade-
quada da obra. Essa apresentação deve ser clara e precisa, de forma 
que todas as informações sejam transmitidas aos profissionais que 
executarão o projeto. Lembre-se de que nem sempre o projetista está 
presente na obra, ou seja, o projeto deve ser autoexplicativo (DUARTE; 
SALGADO, 2002).
O projeto se inicia pela identificação do problema apresentado pelo cliente. 
Assim, são levantadas as informações necessárias para a posterior realização 
do projeto. É preciso analisar as necessidades apresentadas pelo cliente, as 
suas preferências e os seus objetivos relativos à realização do projeto. Nem 
sempre o cliente deixa claras as intenções de projeto. Portanto, é necessário 
que o projetista analise o contexto e as percepções para avaliar quais objetivos 
devem ser alcançados. 
Com essas definições acertadas, o projetista realiza o levantamento 
físico do ambiente. As medidas devem ser levantadas com precisão de 
Projeto executivo para interiores residenciais2
centímetros, pois um bom levantamento é essencial para a execução de um 
projeto de qualidade e para reduzir os erros que poderiam surgir no decorrer 
do processo. Para complementar o material coletado, é importante também 
realizar um levantamento fotográfico. Esse levantamento pode auxiliar 
na explanação de dúvidas surgidas no decorrer do processo (SIQUEIRA; 
COSTA FILHO, 2015).
Para a elaboração do projeto, é necessário ser sensível às expectativas do 
cliente e utilizar a experiência projetual obtida por meio de pesquisas e também 
de projetos anteriores. As texturas e cores da preferência do cliente são muito 
importantes para a definição dos materiais a serem utilizados, assim como 
dos elementos que devem ser mantidos ou alterados, como portas, janelas e 
paredes. Todos os meios de interferência do projeto devem ser cuidadosamente 
analisados e avaliados. Lembre-se sempre de que para realizar a remoção de 
elementos estruturais (como vigas, pilares, lajes e paredes) deve ser realizada 
uma avaliação preliminar por um profissional especialista em estruturas 
(VALLADARES; MATOSO, 2002).
O projeto executivo é composto por plantas, cortes, vistas e imagens 3D. 
Esses elementos são detalhados de forma que apresentem todas as informações 
necessárias para a confecção do mobiliário, do gesso, dos pontos luminotéc-
nicos e hidráulicos. Um projeto bem elaborado garante que as intenções do 
projetista sejam realizadas e que as exigências do cliente sejam atendidas 
(DUARTE; SALGADO, 2002).
A planta baixa corresponde à apresentação de tudo o que se encontra abaixo 
de 1,20 m do chão, como se fosse realizado um corte na edificação exatamente 
nessa altura. Como você pode ver na Figura 1, a planta baixa é a planificação 
dos ambientes, ou seja, a transformação do construído, ou 3D em 2D.
3Projeto executivo para interiores residenciais
Figura 1. Plano de corte apresentando os elementos que devem ser visualizados em 
planta baixa.
Fonte: Ching (2012, p. 147).
Assim como nas plantas baixas, os cortes também correspondem à planifica-
ção dos elementos, porém essa planificação é realizada na vertical. Tudo o que 
se encontra atrás desse plano de corte deve ser apresentado no corte, seja com 
a seção cortada ou em vista, o que varia conforme a sua localização em planta. 
Para a adequada compreensão dos elementos apresentados, é essencial sinalizar 
em planta o local onde o corte está passando e indicar a direção desse corte. 
Podem ser realizados quantos cortes forem necessários em uma única planta, 
sempre optando por apresentar todas as informações relevantes e as particula-
ridades do projeto. Na Figura 2, você pode ver um exemplo de plano de corte.
Projeto executivo para interiores residenciais4
Figura 2. Plano de corte apresentando os elementos que devem ser visualizados em corte.
Fonte: Ching (2012, p. 171).
O projeto executivo é composto por planta de construção e demolição, planta 
de paginação de piso, planta de forro, planta de pontos elétricos, planta de eixos 
hidráulicos, detalhamentos (marcenaria, soleiras, desníveis, etc.), vistas, cortes 
e imagens 3D ou croquis. A representação projetual executiva de interiores 
residenciais envolve plantas com cotas de níveis, cotas parciais e totais, cotas de 
alturas em vistas e cortes, definições de pé-direito, delimitações de ambientes, 
escolha de materiais e acabamentos, indicação de equipamentos e mobiliários. 
No Quadro 1, a seguir, você pode visualizar as simbologias utilizadas em 
projeto para a indicação de níveis, marcações de vistas, marcações de cortes, 
indicação de paginação, de eixos e de norte, de acordo com a NBR 6492 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994). Esses 
elementos são fundamentais para o perfeito entendimento do projeto.
5Projeto executivo para interiores residenciais
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994).
Símbolo Nomenclatura
Local de 
utilização
Cota de nível Planta baixa
Cota de nível Cortes e vistas
Indicação de vista Planta baixa
Marcação 
de corte
Planta baixa
Indicação de 
paginação
Planta baixa, 
cortes e vistas
Marcação 
de eixos
Planta baixa
Indicação 
de norte
Plantas de 
situação, 
localização e 
implantação
Quadro 1. Simbologia utilizada em projeto
Projeto executivo para interiores residenciais6
A marcação de eixos é realizada em planta baixa. Ela sinaliza os eixos das paredes, 
facilitandoa localização de vigas, pilares e paredes.
Plantas do projeto
O projeto executivo de interiores residenciais é um documento composto por 
diversas plantas. Estas apresentam de forma clara todas as definições e vali-
dações acordadas entre o cliente e o projetista (SIQUEIRA; COSTA FILHO, 
2015). Normalmente, o projeto executivo é composto por planta de construção e 
demolição, planta de paginação de piso, planta de forro, planta de pontos elétri-
cos, planta de eixos hidráulicos, detalhamentos de marcenaria, com mobiliário 
proposto, imagens 3D e memoriais descritivos (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE NORMAS TÉCNICAS, 1994; VALLADARES; MATOSO, 2002).
Porém, nem todos os projetos apresentam todos os itens que deveriam 
constar nessas plantas. Por exemplo, no projeto executivo de uma sala de 
estar, normalmente não há a indicação de uma tubulação hidráulica, pois não 
existe a necessidade de implantação de um ponto de água. Consequentemente, 
no projeto executivo dessa sala não haverá uma planta de eixos hidráulicos.
O projeto executivo deve apresentar uma planta baixa com todas as cotas 
dos elementos fixos, como paredes, divisórias, pilares, bancadas, ou seja, 
todos os locais que definem os ambientes. Na Figura 3, você pode observar 
um exemplo de planta baixa com essas cotas.
7Projeto executivo para interiores residenciais
Figura 3. Planta baixa de projeto executivo de interiores.
Fonte: Milani e Rezende (2016a, documento on-line).
Quando houver alterações nos ambientes, como demolições de paredes ou 
divisórias, assim como a construção de novas paredes ou o nivelamento de 
pisos, essas alterações devem ser sinalizadas em uma planta baixa específica, a 
planta de construção e demolição, apresentando diferenciação de hachuras para 
cada uma das alterações (SACCOMORI, 2015). Essa planta deve ser cotada e 
apresentar os níveis admitidos para cada ambiente. Essas informações podem 
ser representadas em uma única planta ou divididas em plantas separadas.
Na Figura 4, você pode observar a marcação das paredes a serem mantidas 
com hachura sólida escura, das paredes a serem construídas com hachura sólida 
clara e das paredes a serem demolidas com as linhas tracejadas. Alterações e 
deslocamentos de louças sanitárias também podem ser marcados nessa planta. 
Como você pode notar, essa é uma planta baixa que nem sempre faz parte do 
projeto executivo, assim como a planta de eixos hidráulicos.
Projeto executivo para interiores residenciais8
Figura 4. Exemplo de planta de construção e demolição.
Fonte: Roldão (2017, documento on-line).
A planta de paginação de piso corresponde à planta baixa do ambiente 
projetado, com a identificação dos pisos utilizados, as marcações e as defini-
ções a serem realizadas. Toda ela é cotada, utilizando um ponto de referência 
como início da marcação de cota. Esse ponto de referência corresponde ao 
local onde deverá ser aplicada a primeira peça de piso no ambiente; as demais 
peças devem utilizá-la como guia. Com isso, as peças que precisarão ser 
cortadas para fazer o fechamento do piso estarão no lado oposto da indicação 
da paginação (VALLADARES; MATOSO, 2002). Na Figura 5, você pode 
observar a marcação de paginação do piso no canto inferior direito do am-
biente maior. Já no ambiente central, a marcação inicia-se no canto superior 
esquerdo. A definição desse ponto inicial é determinada pela distribuição 
das funções e mobiliários que serão utilizados naquele local. Por exemplo, 
em um quarto onde será instalado um armário em determinada parede, não 
há a necessidade de a paginação iniciar onde se encontra esse armário, pois 
o piso ficará coberto pelo móvel.
9Projeto executivo para interiores residenciais
Figura 5. Exemplo de planta de paginação de piso.
Fonte: Milani e Rezende (2016b, documento on-line).
A paginação não é utilizada apenas em piso. Em paredes que possuem revestimentos 
em peças, a paginação é indicada nas respectivas vistas e cortes.
Na planta de forro, são apresentadas as marcações dos pontos elétricos e 
os detalhamentos realizados no gesso, como as sancas, os rasgos, os rebaixos 
e todos os desenhos, devidamente cotados para que possam ser realizados em 
obra pelo gesseiro. Os pontos de iluminação e as luminárias utilizadas devem 
estar identificados para que os recortes necessários sejam realizados nos locais 
previstos. Para que não ocorram fissuras devido à dilatação, é recomendado 
realizar um negativo ou uma moldura em todas as faces de ligação das paredes 
com o gesso. Em ambas as situações, o forro de gesso não deve ser fixado nas 
paredes; deve ficar suspenso pelos elementos de fixação. Já os negativos e 
Projeto executivo para interiores residenciais10
as molduras devem ser fixados diretamente nas paredes, mas não podem ter 
contato direto com o forro (BENIGNO, 2009).
Como você pode ver na Figura 6, os rebaixos realizados no gesso podem 
ser sinalizados com hachura, mas deve também ser indicado o pé-direito de 
cada área demarcada. Vistas, cortes e detalhamentos facilitam o entendimento 
dos executores e garantem que o projeto seja realizado conforme a aprovação 
do cliente (DUARTE; SALGADO, 2002).
Figura 6. Planta de forro, com indicação de pontos luminotécnicos.
Fonte: Gerolla (2009, documento on-line).
O pé-direito é um fator determinante nas sensações que os ambientes 
ocasionam. Um pé-direito muito alto está associado à sensação de poder e 
imponência, enquanto pés-direitos mais baixos proporcionam a sensação de 
intimidade (CHING, 2013).
A planta de pontos elétricos deve apresentar todas as tomadas, interruptores, 
pontos de telefone, pontos de segurança e internet. Eles devem ser instalados 
no ambiente com as suas devidas cotas horizontais e verticais e as indicações 
de alturas. Os quantitativos de materiais elétricos, marcas e modelos escolhidos 
devem ser apresentados por meio de uma tabela com a sinalização da simbologia 
utilizada em planta para cada elemento (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 1994).
11Projeto executivo para interiores residenciais
Para a distribuição dos pontos elétricos, é preciso levar em considera-
ção a finalidade do ambiente, o tempo de permanência dos usuários e as 
sensações que o projetista pretende transmitir. A temperatura de cor é um 
fator importante para a especificação das luminárias e lâmpadas a serem 
utilizadas, sendo medida em Kelvin (K) e normalmente variando de 3.000 K 
a 6.500 K, mas podendo apresentar valores superiores. Uma lâmpada com 
temperatura de cor de 3.000 K emite um facho de luz amarelo, que é ideal para 
transmitir conforto, sendo indicada para ambientes como salas e dormitórios. 
A temperatura de cor de 4.500 K é indicada para ambientes de trabalho, como 
lavanderia, cozinha e serviços, por apresentar uma iluminação de cor neutra. 
Já a temperatura de cor de 6.500 K é indicada apenas para áreas técnicas, 
como indústrias e áreas de trabalho, não sendo comumente utilizada em 
residências, por apresentar um facho de luz branca. Porém, você deve notar 
que a escolha do cliente é o principal determinante da iluminação de cada 
ambiente (BRILUMEN, 2018).
A distribuição dos interruptores deve ser feita, sempre que possível, de 
forma a facilitar a rotina dos usuários e a tornar os ambientes mais seguros. 
Dê preferência para interruptores paralelos (do tipo utilizado em hotéis) em 
corredores extensos, em acessos e saídas de ambientes de transição e em 
dormitórios em que a cabeceira da cama será posicionada distante da porta 
de acesso do quarto.
Para um projeto luminotécnico mais intimista, prefira interruptores dimerizados. Com 
apenas um toque, é possível controlar a intensidade da iluminação, tornando salas e 
dormitórios mais aconchegantes e confortáveis.
A planta de mobiliário deve ser apresentada com todas as dimensões cotadas 
e com textos explicativos para facilitar o entendimento. O mobiliário pode 
ser indicado por meio de tabelas quando forem utilizados móveis prontos; e 
detalhados com cotas, níveis, cortes e vistas específicosquando os móveis 
forem realizados em marcenaria (Figura 7). É fundamental apresentar um 
detalhamento extremamente completo. Assim, o marceneiro pode executar 
todas as especificações aprovadas pelo cliente.
Projeto executivo para interiores residenciais12
Figura 7. Planta baixa de mobiliário.
Para facilitar o entendimento dos profissionais que irão executar os projetos 
realizados, é importante realizar croquis ou imagens 3D. Eles são fundamentais 
para a apresentação do projeto ao cliente, pois muitos leigos não conseguem 
visualizar determinados projetos em 2D.
Construção de plantas de um projeto de baixa 
complexidade
O termo “complexidade” está diretamente ligado à definição de dificuldade, 
algo grandioso que exige diversos conhecimentos para a realização de deter-
minado objetivo. Porém, estudos afirmam que a complexidade de determinado 
projeto não está necessariamente ligada à sua grandeza, e sim ao seu geren-
ciamento, devido à redução de riscos e de incertezas no decorrer do processo 
(GAGGIOTO, 2017).
Ao reduzir as incertezas acerca de um projeto, este se torna mais sim-
ples e de fácil entendimento. Para isso, é necessário compreender todas as 
exigências e prioridades do cliente. Um projeto de baixa complexidade não 
13Projeto executivo para interiores residenciais
é necessariamente um projeto pequeno, mas um projeto desenvolvido com 
maior rapidez, pois todas as incertezas encontradas no início do processo já 
foram devidamente esclarecidas.
Um projeto de baixa complexidade requer o delineamento do problema a 
ser resolvido, todas as premissas apresentadas pelo cliente e a solução mais 
acertada entre todas as desenvolvidas. Inicia-se pela transcrição dos dados 
levantados e pela sua transferência para um software. Contudo, lembre-se de 
que é possível realizar o desenvolvimento do projeto à mão.
Ao avaliar o espaço existente, você deve verificar se há elementos que 
deverão ser removidos ou adicionados, como paredes e divisórias. Esses 
elementos devem ser marcados em uma planta de construção e demolição, 
com cotas horizontais, verticais e de níveis. Lembre-se: a marcação com 
hachuras específicas para cada ação facilita a visualização em obra do que 
deve ser realizado. Definidos os elementos fixos, parte-se para a criação dos 
ambientes, sejam eles dormitórios, salas, cozinhas ou banheiros, por exemplo. 
É importante você notar que nem sempre a primeira ideia elaborada será a 
definitiva. Além das alterações solicitadas pelo cliente, o profissional pode 
e deve realizar algumas alternativas que lhe pareçam atender melhor aos 
objetivos finais. Lembre-se de criar vários layouts e até mesmo mesclá-los 
para que a proposta possa sempre evoluir.
Layout é a disposição geral dos elementos de projeto, a organização dos elementos 
fixos e móveis.
O mobiliário a ser utilizado é apresentado em planta específica, com 
o detalhamento dos elementos que deverão ser realizados em marcenaria 
e a indicação dos que serão adquiridos prontos, em lojas especializadas. 
O detalhamento de marcenaria deve ser elaborado de forma que não haja 
dúvidas no momento da execução. Para isso, são elaboradas plantas, cortes e 
vistas; mobiliários com portas e gavetas devem apresentar as vistas internas 
e externas. 
Projeto executivo para interiores residenciais14
É de extrema importância que todas as cotas sejam indicadas em planta, 
apresentando profundidades e larguras dos elementos criados. Nos cortes 
e nas vistas, devem ser apresentadas apenas cotas verticais. Não é reco-
mendado apresentar cotas horizontais pois elas “poluem” esses desenhos e 
geram informações desnecessárias, que já foram apresentadas em planta. 
As cotas de níveis devem ser marcadas em planta, cortes e vistas, cada uma 
com o seu respectivo símbolo (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 1994).
Para a construção da planta de forro, é preciso levar em consideração os 
ambientes e as sensações que devem ser valorizados. O gesso deve ser indi-
cado com parcimônia, evitando exageros e recortes desnecessários. Com a 
definição da planta de gesso, faz-se a distribuição dos pontos de iluminação. 
Com a intenção já definida, é preciso determinar se a iluminação será direta 
ou difusa, quais temperaturas de cores serão utilizadas e quais locais serão 
destacados. Salas de jantar exigem um ponto de iluminação sobre o centro da 
mesa, que abranja toda a área a ser utilizada. Contudo, isso não impossibilita 
a colocação de sancas com iluminação ao redor da locação da mesa ou nas 
extremidades do ambiente. Tanto a indicação do gesso como a dos pontos 
de luz devem ser realizadas com o foco nos objetivos a serem alcançados 
(SACCOMORI, 2015).
O projeto executivo de interiores residenciais deve ser realizado com a 
finalidade de atender a todas as expectativas do cliente. Para isso, é necessário 
que seja realizado de forma clara e que seja entregue integralmente. Assim, 
você garante uma execução que corresponda exatamente ao projeto e ao 
sonho do cliente.
Acesse o link a seguir para conhecer acabamentos para interiores.
https://goo.gl/eDPsqX
15Projeto executivo para interiores residenciais
1. O forro de gesso pode ser utilizado 
para funções estéticas, delimitação 
visual de espaços, distribuição 
de diversos pontos elétricos e 
melhorias no desempenho térmico 
e acústico. Nesse contexto, qual 
é a função dos negativos e das 
molduras no forro de gesso?
a) Permitir que os diferentes 
materiais se dilatem.
b) Realizar um acabamento 
estético no gesso.
c) Permitir a fixação do 
forro de gesso.
d) Realizar o alinhamento do 
forro de gesso com a parede.
e) Garantir que a altura determinada 
para o pé-direito seja respeitada.
2. Assinale a alternativa que apresenta 
a indicação da planta necessária para 
o projeto executivo de interiores 
residenciais de um dormitório, sendo 
a premissa estabelecida pelo cliente 
a criação de móveis sob medida 
sem que haja a realização de obras.
a) Planta de eixos hidráulicos.
b) Planta de construção.
c) Planta de demolição.
d) Planta de forro.
e) Planta de mobiliário.
3. Para realizar um projeto executivo 
de interiores residenciais, algumas 
etapas devem ser seguidas. Assinale 
a alternativa que apresenta todas 
as etapas percorridas para a 
realização de um projeto executivo 
de interiores residenciais.
a) Programa de necessidades, 
estudo de viabilidade, estudo 
preliminar, anteprojeto 
e projeto executivo.
b) Levantamento, programa 
de necessidades, estudo de 
viabilidade, estudo preliminar, 
anteprojeto, projeto básico 
e projeto executivo.
c) Levantamento, programa 
de necessidades, estudo 
de viabilidade, estudo 
preliminar, projeto legal 
e projeto executivo.
d) Levantamento, programa 
de necessidades, estudo 
de viabilidade, estudo 
preliminar, anteprojeto e 
projeto executivo. 
e) Programa de necessidades, 
estudo de viabilidade, estudo 
preliminar, anteprojeto, pré-
executivo e projeto executivo.
4. Sempre que o projetista indicar 
ao cliente a aplicação de um novo 
piso no ambiente projetado, o 
projeto executivo de interiores 
residenciais deve apresentar a 
planta de paginação de piso. 
Qual é o objetivo do projetista 
ao apresentar essa planta?
a) Indicar onde deve ser iniciada 
a pintura das paredes.
b) Indicar o local para a colocação 
da peça de piso guia.
c) Indicar quantas peças de 
piso devem ser removidas.
d) Indicar a marca de pisos 
a ser utilizada.
e) Indicar a distribuição do 
mobiliário a ser implantado.
Projeto executivo para interiores residenciais16
5. Para a realização de um projeto 
executivo de interiores residenciais 
completo, é necessário apresentar 
diversas informações em plantas, 
vistas e cortes. Em planta baixa, 
quais são os símbolos necessários 
para classificar o projeto de 
interiores como completo?
a) Cota de nível, indicação 
de vista, indicação de 
corte, paginação de piso 
e marcação de eixos.
b) Cota de nível, indicação de vista, 
indicação de corte, paginação 
de piso e indicação de norte.
c) Cota de nível,indicação de vista, 
paginação de piso, indicação 
de norte e marcação de eixos.
d) Cota de nível, indicação de norte, 
indicação de corte, paginação 
de piso e marcação de eixos.
e) Cota de nível, indicação de vista, 
indicação de norte, paginação 
de piso e marcação de eixos.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13531. Elaboração de projetos 
de edificações – Atividades técnicas. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492. Representação de projetos 
de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
BENIGNO, F. Instalação de forro de gesso em placas. Construção, mar. 2009. Disponível 
em: <http://construcaomercado17.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/92/
instalacao-de-forro-de-gesso-em-placas-298959-1.aspx>. Acesso em: 17 out. 2018.
BRILUMEN. Temperatura de cor (CCT). 2018. Disponível em: <https://www.brilumen.
com/geral/Temperatura-de-Cor-(CCT)>. Acesso em: 17 out. 2018.
CHING, F. D. K. Desenho para arquitetos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
CHING, F. D. K. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
DUARTE, T. M. P.; SALGADO, M. S. O projeto executivo de arquitetura como ferramenta 
para o controle da qualidade na obra. In: ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO 
AMBIENTE CONSTRUÍDO, 9. Foz do Iguaçu, Paraná, 7 a 10 de maio de 2002. Disponível em: 
<http://www.proarq.fau.ufrj.br/pesquisa/geparq/wp/22.pdf>. Acesso em: 18 out. 2018.
GAGGIATO, F. E. et al. A importância da análise de complexidade em projetos. PMKB, 
1 abr. 2017. Disponível em: <https://pmkb.com.br/artigos/a-importancia-da-analise- 
de-complexidade-em-projetos/>. Acesso em: 17 out. 2018.
GEROLLA, G. Forro de gesso. EQUIPE DE OBRA, mar. 2009. Disponível em: <http://
equipedeobra17.pini.com.br/construcao-reforma/22/plantas-forro-de-gesso-129442-1.
aspx>. Acesso em: 17 out. 2018.
17Projeto executivo para interiores residenciais
MILANI, V.; REZENDE, J. Manifesto + Avocado. Archdaily, 25 ago. 2016a. Disponível em: 
<https://www.archdaily.com.br/br/793449/manifesto-plus-avocado-victor-milani-
-plus-juliano-rezende/57b3b21de58ece8ae3000034-manifesto-plus-avocado-vic-
tor-milani-plus-juliano-rezende-planta-baixa>. Acesso em: 17 out. 2018.
MILANI, V.; REZENDE, J. Manifesto + Avocado. Archdaily, 25 ago. 2016b. Disponível em: 
<https://www.archdaily.com.br/br/793449/manifesto-plus-avocado-victor-milani-
-plus-juliano-rezende/57b3b24be58ece8ae3000036-manifesto-plus-avocado-vic-
tor-milani-plus-juliano-rezende-planta-paginacao>. Acesso em: 17 out. 2018.
ROLDÃO, A. Apartamento MR. Archdaily, 22 out. 2017. Disponível em: <https://www.ar-
chdaily.com.br/br/881965/apartamento-mr-angela-roldao/59e885f7b22e384f1400005f-
-apartamento-mr-angela-roldao-planta-demolicao-e-cosntrucao>. Acesso em: 17 
out. 2018.
SACCOMORI, D. Plantas técnicas: piso, teto, demolir: construir. 24 nov. 2015. Disponí-
vel em: <https://pt.slideshare.net/danilosaccomori/plantas-tcnicas-de-piso-teto-e-
-demolirconstruir>. Acesso em: 17 out. 2018.
SIQUEIRA, C. N.; COSTA FILHO, L. L. As necessidades dos usuários nos espaços residen-
ciais, na percepção de arquitetos e designers de interiores. Estudos em Design, Rio de 
Janeiro, v. 23, n. 3, p. 36-45, 2015.
VALLADARES, P.; MATOSO, D. Projeto de interiores: apostila de projeto executivo e deta-
lhamento. 2002. Disponível em: <https://daniloarquiteto.files.wordpress.com/2008/11/
apostila_exec_det.pdf>. Acesso em: 17 out. 2018.
Leituras recomendadas
BUXTON, P. Manual do arquiteto: planejamento, dimensionamento e projeto. 5. ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2017.
NEUFERT, E. A arte de projetar em arquitetura. 18. ed. São Paulo: GG, 2013.
UNWIN, S. A análise da arquitetura. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Projeto executivo para interiores residenciais18
Conteúdo:

Continue navegando