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Atividade A1 - Projeto de Interiores Residencial

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Projeto Completo: abrange todo o processo de projeto, o acompanhamento da execução da obra e a produção dos ambientes. Os produtos desse tipo de projeto devem ser entregues ao longo do desenvolvimento da obra, porém, para registro, ao final, o ideal é que se entregue uma cópia completa (encadernada ou em uma caixa para facilitar o manuseio) incluindo: plantas gerais, de layout, de estudos de circulação e ergonomia, de teto invertido (forro), luminotécnica, pontos hidráulicos, pontos elétricos, paginação de piso, de mobiliário, vistas e cortes com a paginação dos revestimentos, detalhamentos dos mobiliários, bancadas de mármore e granito, esquadrias (e outros de quaisquer soluções propostas), especificações de materiais, memorial descritivo, tabelas quantitativas, imagens 3D e perspectivas, orçamentos, relatórios, fotos da produção, etc. (EEEP, 2012);
1 - Briefing e Programa de Necessidades
A palavra briefing, do inglês, refere-se a instrução e busca analisar e investigar objetivos, desejos e necessidades de clientes que serão traduzidos de forma prática e pontual no programa de necessidades e nos ajudarão a conduzir o desenvolvimento do projeto definindo objetivos, orçamento, prazos, perfil, estilo, restrições e predileções do cliente, etc. (EEEP, 2012). Na prática, o briefing é uma entrevista a partir da qual o designer define o perfil do cliente.
O programa de necessidades muitas vezes é considerado sinônimo do briefing, mas podemos considerá-lo como um produto no qual são traduzidas todas as informações extraídas do briefing e que pode ser utilizado por membros da equipe que não foram responsáveis por realizar o briefing. O programa de necessidades deve ser simples, prático e sistemático (GIBBS, 2015).
2 - Levantamento Métrico
Os projetos de design se embasam em ambientes existentes que serão remodelados ou renovados, por isso, a medição e o diagnóstico destes devem ser os mais precisos possível para que dessa forma todos os detalhes sejam destacados e, assim, atendemos a todas as necessidades dos clientes. Essa etapa de projeção demora, no máximo, de um a dois dias, dependendo da escala do projeto, porém deve ser executada com rigor para não haja erros. 
Para se realizar um levantamento métrico, serão necessários: trena, câmera, prancheta, papel, régua/escalímetro (dispensáveis num primeiro momento), lápis/caneta para transcrever as informações que devem ser legíveis e claras.
E o que se deve medir? Como? Todo o registro do levantamento métrico deve ser feito de modo sistemático e deve deter todas as informações necessárias para o planejamento espacial do projeto. Primeiro, demarque as dimensões gerais, angulações (sempre destacando o ponto de referência utilizado) e pés-direitos. Em seguida, marque a locação das instalações elétricas, hidráulicas e ainda quaisquer outras instalações, como de gás e ar-condicionado. Logo, insira as informações sobre profundidade, altura, largura de elementos como sancas, frisos e nichos de gesso, de peitoris, esquadrias e caixilhos de janelas. Meça todos os mobiliários fixos e equipamentos que serão permanentes e possuem aberturas que podem comprometer a circulação.
No momento do levantamento, o ideal é ter junto a si um checklist que faça com que se lembre de todos os itens que precisam ser dimensionados. Esse checklist precisa ser específico para cada ambiente levantado, você pode dividi-lo em itens a serem mantidos, descartados e/ou renovados, o processo de decisão da classificação desses itens deve ser feito em conjunto com o cliente.
Somados briefing, levantamento métrico e diagnóstico, o designer pode compor junto ao cliente o programa de necessidades que traduzirá todas as observações e servirá de base para a estruturação do projeto e tem papel fundamental.
3 - Estudo Preliminar
O estudo preliminar é o processo de desenvolvimento das primeiras ideias. A partir do estudo preliminar, serão escolhidas as melhores propostas a serem apresentadas ao cliente. É preciso que apenas se apresentem aos clientes as ideias passíveis de entendimento para que ele possa fazer apontamentos e indicar observações que o ajudem a estruturar a proposta de acordo com as sugestões feitas.
A etapa de estudo preliminar depende exclusivamente do processo criativo do designer, por isso é preciso determinar com o cliente o prazo para a entrega, já que este estará ansioso para receber um retorno. Muitos designers utilizam como ferramenta o moodboard para visualizar as referências e as solicitações dos clientes.
4 - Anteprojeto
No anteprojeto aprofunda-se o desenvolvimento da ideia-base do projeto e desenvolvem-se as plantas e os cortes necessários para seu entendimento. Nessa etapa é determinada a proposta mais criativa que possui as soluções adequadas às necessidades do cliente, que atenda aos conceitos estéticos, ergonômicos e técnicos e seja representada graficamente de forma clara e precisa para avaliação do cliente (GUBERT, 2011).
5 - Projeto Executivo
O projeto executivo se dá a partir da definição do projeto, depois de realizadas todas as alterações requeridas pelo cliente, dando-se início à elaboração das plantas, elevações, detalhes, etc. Em um projeto completo, as especificações se enquadram dentro do projeto executivo e determinam detalhes como cores, revestimentos, materiais, móveis, acabamentos, luminárias, elementos decorativos, etc. compatíveis com o projeto (GUBERT, 2011).
O projeto executivo determina e proporciona aos técnicos todas as informações necessárias para a execução do projeto, ou seja, ele não se destina ao cliente, e sim possui todas as informações técnicas que um leigo na temática pode não entender.
6 - Execução da Obra, Acompanhamento e Visitas Técnicas
A execução da obra para o designer refere-se ao processo de desenvolvimento de cronogramas, contrato com fornecedores, elaboração de orçamentos, acompanhamento dos serviços, compra de materiais, etc. Essa etapa envolve uma série de profissionais e exige a sincronização da atuação de cada um, a sistematização da mão de obra, recursos e prazos, para ser executada de maneira correta, exige-se um planejamento adequado e assertivo prevendo-se futuros problemas e possíveis planos para solucioná-los (PANATTO, 2013). Ao tornar-se responsável pela gestão de uma obra, o designer toma para si uma série de responsabilidades: planejamento físico e financeiro da obra; contratação de fornecedores e mão de obra; acompanhamento das atividades; compra de materiais; ajustes de especificações; finalização; entrega e aceite da obra e oferecimento do prazo de garantia.
7 - Produção de Ambientes e APO (Avaliação Pós-Ocupação)
A produção de ambientes e sua montagem final são a finalização e a aplicação de todos os elementos decorativos no ambiente. A produção de ambiente vem antes da etapa de APO e, em seguida, vêm a entrega e a vistoria.
Finalizada a obra, a entrega deve ser seguida de instruções ao cliente para o bom uso do espaço projetado e sua manutenção e, em seguida, sugere-se que seja feita uma vistoria e, ao cabo de um ano, uma APO (Avaliação Pós-Ocupação). A avaliação pós-ocupação geralmente não é incluída formalmente nas propostas contratuais, porém é fundamental para que os designers avaliem qualitativa e quantitativamente as soluções que propuseram e identifiquem se atenderam aos objetivos. Caracteristicamente, a avaliação pós-ocupação é uma análise do resultado do projeto junto ao cliente a partir dos aspectos vivenciados por ele, suas críticas, sugestões e avaliação das necessidades de futuras alterações, ou seja, trata-se de uma ferramenta de aprimoramento a partir da qual as soluções vantajosas serão repetidas e as que desagradaram serão evitadas (GUBERT, 2011; ORNSTEIN, 2019).
8 - Representação Bidimensional: Plantas, Cortes e Vistas
A representação bidimensional é a tradução da figura tridimensional sobre um plano bidimensional como uma folha de papel.
Vejamos a seguir as especificações e as convenções de representação de plantas, cortes, vistas e elevações, a partir delas, você, como designer, poderá estruturarsuas intenções projetuais e entenderá que, por exemplo, a partir das plantas, poderá definir circulação, dimensões gerais do ambiente e dos elementos que o ocupam, posicionamento e layout de móveis, esquadrias, aberturas; enquanto que, a partir dos cortes, poderá definir volumetrias, espacialidades; a partir das vistas, poderá aproximar o detalhamento aos aspectos executivos e, assim, projetar do estudo preliminar ao projeto executivo.
9 - Plantas
Todos os desenhos de um projeto se baseiam nas plantas, é a partir delas que as dimensões são referenciadas. Trata-se de uma visualização aérea sobre um ambiente seccionado a 1,5 m (um metro e meio) na qual devem aparecer as espessuras das paredes, os vãos das portas, a abertura de janelas e quaisquer outras informações específicas de cada tipologia (ABNT, 1994; VIZIOLI et al., 2009).
Possui-se diferentes tipologias de plantas, de acordo com o tipo e o nível de informação sobre determinado tema exposto por ela. Sendo assim, temos:
Planta de alvenarias - demolições e construções: refere-se à estrutura básica do ambiente e a alterações feitas nela que não possam ser vistas na planta geral;
Planta de paginação de piso - define o direcionamento da paginação e os detalhes específicos de piso como rodapés, desníveis, juntas, elementos de transição, variação direcional, padronagem etc.
Planta de teto (ou forro) refletido e/ou luminotécnica - define informações quanto ao forro (sancas, nichos, juntas de dilatação, altura, etc.), todas as necessárias para a instalação e a operação da iluminação (tipos de luminárias, local de instalação etc.), ventilação (dutos, grelhas, difusores, ponto de ar-condicionado), sprinklers, sonorização (caixas de som, home theater, etc.), segurança (câmeras, alarmes, etc.)
Planta de infraestruturas e instalações - define as especificações quanto às instalações elétricas, hidráulicas, de aquecimento, gás, comunicação e outras indicando a locação de pontos e tubulações.
Planta de layout de mobiliário - define o esquema de locação dos móveis e equipamentos que estarão contidos no ambiente.
Planta humanizada - representa graficamente materiais, cores, texturas, etc. a serem aplicadas sobre o ambiente aproximando-se do resultado final a ser atingido pelo projeto.
10 - Cortes
Os cortes definem a visualização do plano vertical de um volume, em um plano bidimensional, possibilitando a apreensão de suas alturas e volumetria. Sendo assim, em uma planta deve-se indicar, minimamente, dois cortes que preferencialmente devem passar sobre ambientes complexos, circulações ou outros elementos que necessitem da exploração de maiores detalhes.
Os cortes devem conter: a locação dos eixos de projeto, linha de piso, lajes, paredes, vigas, pilares, forro, indicação de níveis, nome dos ambientes e material de revestimento, esquadrias (tanto as aparentes na secção quanto na vista), cobertura e sua estrutura, circulações verticais e horizontais, indicação de textos e informações pertinentes à escala do desenho, áreas de infraestrutura técnica, indicação de detalhamentos, cotas verticais, títulos do desenho, escala e quaisquer outras informações determinantes para o entendimento do desenho (VALLADARES; MATTOSO, 2002).
11 - Vistas ou Elevações
As vistas e as elevações do design de interiores determinam-se a partir do mobiliário e dos ambientes que se quer mostrar. No entanto, o que diferencia as vistas dos cortes é o fato de que as vistas se distanciam das paredes ao menos 1 metro, enquanto os cortes seccionam o ambiente e podem passar em qualquer posição (GIBBS, 2015).
Convenciona-se chamar de vistas as elevações externas e as internas. Deve-se indicar as vistas e as elevações e nomeá-las de acordo com a orientação de observação. As vistas não devem incluir indicações de cota, porém, para indicar as relações dimensionais e de escala, pode-se utilizar elementos como árvores, carros, pessoas, etc. Deve-se optar por representar primeiro os móveis e os equipamentos fixos e os demais apenas se não atrapalhar o entendimento destes.
As elevações devem conter em si eixos projetuais, elementos estruturais, especificação de materiais, de preferência a partir da texturização em vez da indicação por texto, porém sem tornar-se redundante ou confuso, indicação de detalhes, paginação de revestimentos e todos os outros elementos do desenho técnico como títulos, escalas e notas gerais, por exemplo (GIBBS, 2015).
12 - Detalhamento
Os detalhes são ampliações nas quais se inserem pormenorizações, especificações e informações que ficariam confusas junto ao todo. Podemos dividir as tipologias de detalhamento em quatro, sendo 1) detalhes construtivos diversos que se referem a escadas, rampas, guarda-corpos; 2) detalhes de aberturas (portas e janelas); 3) detalhes dos objetos e elementos isolados, como móveis, armários, luminárias, etc.; e 4) detalhes de áreas molhadas (VALLADARES; MATTOSO, 2002).
13 - Representação Tridimensional: Perspectivas e Maquetes Eletrônicas
As perspectivas e as maquetes eletrônicas, ou seja, a representação tridimensional ilustrativa do projeto, são fundamentais no processo de seu entendimento pelo cliente, podem conter informações relevantes e pertinentes ao processo executivo e representam de forma muito realista os espaços, se aproximando da ambientação final do ambiente. A representação tridimensional pode ser feita manualmente ou através do uso de softwares específicos de modelagem e renderização.
14 - Perspectivas
Há a perspectiva isométrica e as axonométricas, de um, dois ou três pontos de fuga, áreas e outras, o que irá definir qual utilizar serão a complexidade, a amplitude do ambiente, o recurso utilizado para executá-la e o objetivo a ser atingido com a perspectiva. Esses objetivos podem ser: representar mais faces para se entender o todo, pode ser aproximar-se o máximo possível da realidade, aproximar as dimensões à realidade ou apenas fazer algo bonito para agradar ao cliente, etc.  Por exemplo, quando o ambiente é muito pequeno ou complexo, as perspectivas axonométricas e isométricas são bastante úteis para facilitar o entendimento.

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