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Características da Ficção de Guimarães Rosa

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"Sertão. Sabe o senhor: sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o poder do lugar. Viver é muito
perigoso."
Pelo fragmento acima de Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, percebe-se que neste romance, como em
outros regionalistas do autor:
A ficção de Rosa situa-se no limite entre a poesia e a prosa,devido a uma série de fatores, EXCETO:
Disc.: LITERATURA BRASILE 2023.1 EAD (G) / EX
Prezado (a) Aluno(a),
Você fará agora seu TESTE DE CONHECIMENTO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá ponto para
sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha.
Após responde cada questão, você terá acesso ao gabarito comentado e/ou à explicação da mesma. Aproveite para se
familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS.
 
1.
a periculosidade da vida das personagens está circunscrita ao meio físico e social em que vivem.
Há um conceito muito restrito de sertão, reduzido a palco de lutas entre bandos de jagunços.
não existe uma região a que geograficamente se possa chamar de sertão: ele é fruto da projeção do inconsciente
dos personagens.
o conflito entre o eu e o mundo se realiza pela interação entre as personagens e o sertão que acaba por ser mítico e
metafísico.
o sertão é um lugar perigoso, onde os habitantes sofrem agressões do meio hostil e adverso à sobrevivência
humana.
Explicação:
"No romance Grande sertão: veredas, o narrador Riobaldo afirma: ¿O sertão é o mundo¿. É a partir dessa fala que
Guimarães Rosa envolve seus leitores, como se fossem todos sertanejos e jagunços. A narrativa apresenta temas
profundos e universais, mas vivenciados por seus personagens ¿ homens rudes do sertão mineiro. Como exemplo,
podemos citar questões que envolvem amor e traição, o bem e o mal, a violência e a vingança." ( Conteúdo online)
Gabarito
Comentado
Gabarito
Comentado
Gabarito
Comentado
 
2.
utilização de termos em desuso.
emprego de recursos da poesia, como o ritmo e aliterações.
cópia fiel da fala do sertanejo.
emprego de metáforas
criação de neologismos
Explicação:
Guimarães Rosa não tem intenção de reproduzir realisticamente a linguagem do sertão. Ele recria a própria língua
portuguesa, pela reutilização de termos em desuso e a criação de neologismos. Somado a isso, o ficcionista lança mão de
recursos próprios da poesia como, por exemplo, o ritmo, as aliterações e as metáforas. Dessa forma, a ficção de Rosa
situa-se no limite entre a poesia e a prosa.
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Os manequins
 
Os sonhos cobrem-se de pó.
Um último esforço de concentração
morre no meu peito de homem enforcado.
Tenho no meu quarto manequins corcundas
onde me reproduzo
e me contemplo em silêncio.
 O poema acima foi publicado na obra Pedra do sono, de João Cabral de Melo Neto. identifique as características
principais:
 (Unifesp 2005) Observe a figura a seguir:
 
 
3.
subjetividade e traços geométricos
linguagem direta e apreço pelo ambiente campestre
a objetividade e a sugestão surrealista 
emoção e sentimento amoroso
a descrição objetiva e o gosto pela retórica clássica
Explicação:
"Em 1942, João Cabral publica sua primeira obra, Pedra do sono. Nela já estão presentes a objetividade, a concretude, o
lado ¿pedra¿ e um outro lado de sugestão surrealista - o lado ¿sono¿-, que podemos verificar no próprio título do livro." 
 
4.
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A tela de Portinari - A criança morta - tematiza aspecto marcante da vida no sertão nordestino,
frequentemente castigado pelas secas, pela miséria e pela fome. Os escritores que se dedicaram
também a esse tema foram:
CPII -2018
Graciliano Ramos e José de Alencar. 
José Lins do Rego e Carlos Drummond de Andrade. 
Guimarães Rosa e Cecília Meireles. 
Hilda Hilst e Jorge Amado. 
Rachel de Queiroz e João Cabral de Melo Neto. 
 
Explicação:
Raquel de Queiroz ficou reconhecida com o seu romance "O quinze", que trata da seca de 1915. Já João Cabral de Melo
Neto é autor do Auto Morte e vida severina, que trata da saga de um retirante.
 
5.
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O poeta João Cabral de Melo Neto está inserido, segundo a crítica literária tradicional, na
terceira geração modernista.
As principais características do projeto literário dessa geração são,
Leia o texto a seguir:
"Mal em mim não veja, meu patrão Nhô Augusto, mas todos no lugar estão falando que o senhor não possui mais nada,
que perdeu suas fazendas e riquezas, e que vai ficar mais pobre, no já-já... E estão conversando, o Major e mais outros
grandes, querendo pegar o senhor à traição. Estão espalhando... ¿ o senhor dê o perdão p¿ra minha boca que eu só falo
o que é preciso ¿ estão dizendo que o senhor nunca respeitou filha dos outros nem mulher casada, e mais que é que
nem cobra má, que quem vê tem de matar por obrigação... Estou lhe contando p¿ra modo de o senhor não querer
facilitar. Carece de achar outros companheiros bons p'ra o senhor não ir sozinho... Eu, não, porque sou medrosos. Eu cá
pouco presto... Mas se o senhor mandar, também vou junto."
 [A hora e a vez de Augusto Matraga (fragmento) João Guimarães Rosa] 
Acerca da linguagem usada pelo autor no conto do qual foi retirado o fragmento acima, é possível afirmar que:
na lírica, a consciência estética, o maior apuro do verso, com acentuada relevância à palavra e ao ritmo, o senso
agudo de medida, a volta à rima e aos metros tradicionais..
na prosa, somente o destaque da obra de Guimarães Rosa, com seu regionalismo de caráter universalista e a
reinvenção de uma linguagem mitopoética.
na lírica, a ruptura com o projeto da geração antecessora, configurando um movimento demolidor, que buscava a
liberdade no uso do material linguístico e poético.
na lírica, a ênfase na linguagem subjetiva e simbólica, de orientação romântica
na prosa, a notável narrativa de cunho regionalista que, em vez da realidade determinista, firmou-se em uma
concepção que unia a psicologia e a crítica social
Explicação:
A estética da segunda geração do Modernismo se volta para a construção de um lirismo medido, de rigor e pesquisa.
 
6.
A tentativa de reprodução do modo de falar do sertanejo caracteriza uma iniciativa de elogio idealizado do homem
do campo, tendência presente na Literatura Brasileira desde o Romantismo;
A tentativa de reprodução fiel do modo de falar do sertanejo caracteriza uma tentativa de afirmação do homem do
campo, e por isso está claro que o autor foi um dos expoentes do romance regionalista nordestino da década de
1930;
A tentativa de reprodução do modo de falar do sertanejo caracteriza uma tentativa de afirmação do homem do
campo, contudo o regionalismo se articula em Guimarães Rosa a outros elementos, tais como a sondagem
psicológica dos personagens;
A tentativa de reprodução do modo falar do sertanejo fracassa, traço comum à grande maioria dos ficcionistas do
Modernismo, alcança em Guimarães Rosa um nível de elaboração supremo.
A tentativa de reprodução fiel do modo de falar do sertanejo caracteriza uma tentativa de retratar a realidade
fielmente, o que demonstra a filiação do autor à estética naturalista;
Explicação:
"Guimarães Rosa propõe uma revolução na linguagem regionalista, ao recriar na literatura a fala do sertanejo, em dois
planos: no vocabulário e na construção e melodia das frases. Rosa dá voz a seu sertanejo adotando o foco narrativo em 1ª
pessoa. A língua falada no sertão está sempre presente em suas obras, seja por meio do discurso direto ou do discurso
indireto livre.
Guimarães Rosa não tem intenção de reproduzir realisticamente a linguagem do sertão. Ele recria a própria língua
portuguesa, pela reutilização de termos em desuso e a criação de neologismos. Somado a isso, o ficcionista lança mão de
recursos próprios da poesia como, por exemplo, o ritmo, as aliterações e as metáforas. Dessa forma, a ficção de Rosasitua-se no limite entre a poesia e a prosa." ( Conteúdo online)
 São muitos os contos de Guimarães Rosa em que se observam os dilemas, as dúvida e angústias, bem como a presença
da loucura. O íntimo está tão presente quanto o regional, afirmando a questão existencial como o mote mais amplo e
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CPII-2018
A educação pela pedra
Uma educação pela pedra: por lições;
para aprender da pedra, frequentá-la;
captar sua voz inenfática, impessoal
(pela dicção ela começa as aulas).
MELLO NETO, João Cabral de. Poesias completas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979, p.
11.
 
O Sertão não é unicamente um lugar; é um estilo. Captá-lo, traduzir-se nele, é estar atento a suas
incontáveis configurações, sobretudo as discursivas.(SECCHIN, Antônio Carlos. In: AZEREDO, José
Carlos de. Ensino de português: fundamentos, percursos, objetos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007, p.
180.)
Em João Cabral de Melo Neto, a simples pontuação é discurso, uma vez que reverbera certos efeitos de
sentido elaborados pelo poeta. Nessa perspectiva, tal recurso linguístico
Na obra O engenheiro, João Cabral de Melo Neto enfatiza
dominante de sua prosa.
 
Gabarito
Comentado
 
7.
busca uma expressão mínima, condensada, adjetiva, ansiando o onirismo vigilante do eu lírico
produz uma leitura em permanente vigília, pedindo ao leitor que se detenha em cada verso, palavra
e fonema.
almeja uma poética fluida, marcada pelas repetições de vocábulos, por paralelismos,
aliterações e assonâncias.
preconiza um lirismo despojado de normas, experimental.
aponta um lirismo altamente musical, que tropeça e embala, que prefere o abstrato em vez do
concreto.
Explicação:
Se até a pontuação é elemento portador de sentido na poética cabralina, a leitura deve ser atenta.
 
8.
o ambiente onírico e os dilemas existenciais
o regionalismo e os problemas sociais
a linguagem simples e a vida no campo
a emoção e o amor
a geometrização e a exatidão da linguagem.
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Explicação:
Em 1945, Cabral publica seu terceiro livro, O engenheiro. Nesta obra, percebemos que o poeta se afasta das sugestões
surrealistas de seu primeiro livro e apresenta uma nova tendência de composição literária: a geometrização e a exatidão da
linguagem.

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