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Sífilis A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, ela pode acometer praticamente todos os órgãos e sistemas. Transmitida na relação sexual (adquirida) e (verticalmente) durante a gestação ou parto. Causada pela bactéria Treponema Pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). O que é? Primária: Acometimento por pápula que em poucas horas se transforma em uma úlcera não dolorosa; Secundária: Erupções na pele, classicamente nas palmas das mãos e solas dos pés. Latente: Não há sintomas, mas os testes laboratoriais para sífilis são positivos Terciária: Após o período de latencia pode surgir doenças sistêmicas como: neurosífilis, sífilis cardiovascular e a goma sifilítica. Diferenças entre as fases https://dicionario.priberam.org/sifil%C3%ADtica Por meio de relações sexuais desprotegidas, sem o uso do preservativo. A sífilis também pode ser transmitida aos bebês durante a gestação ou parto. Transmissão Como se prevenir Use camisinha em todas as práticas sexuais (oral, anal, vaginal). À camisinha (masculina ou feminina) deve ser colocada desde o inicio da relação sexual. Inicia com feridas, lesões que aparecem entre seis semanas e seis meses, em sua fase inicial. Podendo ocorrer manchas pelo corpo, acometendo as palmas das mãos e plantas dos pés. Por ser uma lesão rica em bactéria, os pacientes podem sentir dores de cabeça, mal-estar, febre e aparecer ínguas pelo corpo. Sinais e sintomas O diagnóstico é feito um (TR) teste rápido, esses testes estão disponíveis gratuitamente nos serviços de saúde do SUS. Práticos e sem necessidade de estrutura laboratorial, os resultados saem em até 30 min, e de fácil interpretação de leitura. Caso o teste seja reagente (positivo), encaminhamos o paciente para realizar o teste laboratorial VDRL para confirmação do diagnostico. Diagnóstico Tratamento Iniciamos o tratamento com administração de penicilina de benzatina (benzetacil), que pode ser aplicada na unidade de saúde mais próxima da sua residência ou em outra unidade de saúde com a prescrição médica. OBS: Para quem é alérgico a penicilina, utiliza-se o Doxiciclina (tetraciclina). Esquemas terapêuticos para sífilis Sífilis Congênita É uma doença transmitida pela mãe, não tratada ou tratada de forma não adequada para criança durante a gestação (transmissão vertical). Mais de 5 milhões de casos de sífilis são diagnosticados a cada ano, principalmente em países de baixa e média renda Visão geral Primeiro trimestre de gestação; Terceiro trimestre de gestação; Momento do parto ou em casos de aborto. Recomenda-se que a gestante seja testada pelo menos em três momentos: Sobre o Teste Sinais e sintomas A maior parte dos bebês com sífilis congênita não apresentam sintomas ao nascimento. No entanto, as manifestações clínicas podem surgir nos primeiros três meses ou até mesmo durante ou após os dois primeiros anos de vida da criança. Sinais e sintomas Abortamento espontâneo Natimortalidade Parto prematuro Malformação do feto Surdez Cegueira Alterações ósseas Deficiência mental e/ou morte ao nascer 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 80 60 40 20 0 Dados Taxa de detecção de sífilis adquirida (100.000 habitantes), taxa de detecção de sífilis em gestantes e taxa de incidência de sífilis congênita (por 1.000 nascidos vivos) entre 2010 e 2020 Fonte Sistema de Informação de Agravos de Notificações (SINAN) C as os Ano de Diagnostico Adquirida Gestante Congênita https://www.gov.br/aids/pt-br/centrais-de-conteudo/boletins- epidemiologicos/2021/sifilis/boletim_sifilis_2021_internet.pdf/view#:~:t ext=2021%20Ano%20V%20%2D%20n%C2%BA%2001,e%20an%C3%A1lise s%20epidemiol%C3%B3gicas%20sobre%20as Avaliação da história clínico-epidemiológica da mãe (incluindo a adequação ou não do tratamento específico); Exames laboratoriais: VDRL, hemograma e líquido cefalorraquidiano (LCR); VDRL (Veneral Diseases Research Laboratory) – teste não treponêmico. Alterações do LCR: VDRL reagente e/ou RN a termo: celularidade > 25 leucócitos/mm³; proteínas > 150 mg/dL; Prematuro: proteínas > 150 mg/dL; Exames de imagem: radiografia de ossos longos. Diagnóstico Esquema de tratamento da sífilis congênita A1: Penicilina G cristalina 50.000 Ui/kg/dose, IV, 12/12h, nos primeiros sete dias de vida. Após sete dias de vida, passar para 8/8h. Duração: 10 dias. OU Penicilina G procaína 50.000 Ui/kg/dose, IM, 24/24h. Duração: 10 dias. A2: Penicilina G cristalina 50.000 Ui/kg/dose, IV, 12/12h, nos primeiros sete dias de vida. Após sete dias de vida, passar para 8/8h. Duração: 10 dias. A3: Penicilina G benzatina, 50.000 Ui/kg, IM, dose única. Seguimento ambulatorial. Se o seguimento ambulatorial não for possível, o neonato deve ser tratado com o esquema A1. C1: Seguimento clínico-laboratorial. Se o seguimento não for possível, realizar o tratamento com penicilina G benzatina, 50.000 Ui/kg, IM, dose única. Consultas mensais até o sexto mês de vida; Consultas bimensais do sexto ao 12° mês de vida; Consultas semestrais até o 24° mês de vida; Cuidados ao neonato tratado Prevenção da sífilis congênita Assistência pré-natal a todas as gestantes – mínimo de seis consultas de pré-natal com atenção integral qualificada; Realização de teste sorológico VDRL ou RPR na primeira consulta de pré- natal. Repetir no início do terceiro trimestre de gestação e na admissão hospitalar para a realização do parto, com ações direcionadas para busca ativa a partir dos testes reagentes; Efetuar diagnóstico e tratamento adequados não somente para as gestantes infectadas, mas também para seus parceiros, devendo o caso ser abordado de forma clínico-epidemiológica; Documentar tantos os resultados da sorologia quanto do tratamento da sífilis (data, droga e dose) tanto da gestante quanto de seu parceiro na carteira da gestante. Orientar a gestante sobre a relevância de se mostrar esse documento quando for admitida para o parto; Obrigado!!!
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