Prévia do material em texto
RISCOS QUÍMICOS
ANA CAMPOS
Engenheira Química
Engenheira de Segurança do Trabalho
Riscos Ocupacionais/Ambientais
Risco Químico
Conceitos
Exemplos de Risco Quimico
Danos a saúde
Legislação
E social
Gerenciamento de Risco
Conhecimento + Habilidade + Atitude
CHA é um acrônimo para conhecimento, habilidade e atitudes. Esse é considerado como o tripé das competências, sendo manifestado na forma de pensar, sentir e agir do indivíduo.
CONHECIMENTO
O conhecimento é o saber.
É o que as pessoas aprendem nas escolas, nas universidades, nos livros, no trabalho e, especificamente, em suas vidas.
O ser humano sabe muitas coisas e aprende cada vez mais no decorrer dos dias, porém, raramente usa o que sabe.
HABILIDADE
A habilidade é o saber fazer.
É tudo o que de fato é aprendido e utilizado no decorrer da vida. É colocar em prática o que se tem de teoria.
São, basicamente, os arquivos pessoais do dia a dia de cada um.
ATITUDES
A atitude, por sua vez, é o que leva as pessoas a decidirem se irão ou não exercitar as habilidades de determinados conhecimentos.
Ou melhor dizendo, é o querer fazer.
As atitudes precisam ainda de foco para que os conhecimentos e habilidades entreguem resultados para os objetivos esperados.
3
RISCOS OCUPACIONAIS
O que são riscos ocupacionais?
Riscos ocupacionais são potenciais ameaças à vida ou à saúde dos funcionários, decorrentes de elementos e condições presentes no ambiente de trabalho.
Quais são os riscos ocupacionais?
Os riscos ocupacionais podem ser classificados de diferentes maneiras, de acordo com o propósito dessa divisão.
Para fins de saúde ocupacional, o enquadramento mais popular foi inspirado na legislação trabalhista – especificamente na NR-01, que cita cinco tipos de risco ocupacional.
7
RISCOS OCUPACIONAIS
RISCOS OCUPACIONAIS
No dia a dia os trabalhadores estão sujeitos a diversos riscos ocupacionais oriundos das atividades profissionais que exercem e do ambiente em que estão inseridos. Dentre as principais categorias de riscos ocupacionais, pode-se destacar os riscos químicos como um dos mais alarmantes.
RISCO QUIMICO
O risco químico é a probabilidade de sofrer agravo a que determinado indivíduo está exposto ao manipular produtos químicos que podem causar-lhe danos físicos ou prejudicar lhe a saúde.
AGENTES QUÍMICOS:
Segundo a NR 9 agentes químicos são:
9.1.5.2 Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.
RISCO QUIMICO
CONCEITOS
AGENTES DE RISCO QUIMICO
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, nevoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
CONCEITOS
BARREIRA DE CONTENÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
São dispositivos ou sistemas que protegem o operador do contato com substâncias químicas irritantes, nocivas, tóxicas, corrosivas, líquidos inflamáveis, substâncias produtoras de fogo, agentes oxidantes e substâncias explosivas
CONCEITOS
Ponto de Fulgor
É a menor temperatura em que um líquido libera
suficiente quantidade de vapor para formar
uma mistura com o ar passível de inflamação,
pela passagem de uma chama piloto.
A chama dura no máximo 1 segundo.
Ponto de Fulgor
É a temperatura mínima na qual os elementos combustíveis começam a desprender vapores, que podem se incendiar em contato com uma fonte externa de calor. Nesse tipo de reação,a combustão se interrompe quando se afasta a fonte externa de calor.
Ponto de Combustão
É a temperatura mínima na qual os gases desprendidos dos elementos combustíveis, ao tomarem contato com uma fonte externa de calor, entram em combustão e continuam a queimar mesmo se retirada a fonte de ignição.
Ponto de Ignição
É a temperatura mínima na qual os gases desprendidos dos elementos combustíveis entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independentemente de qualquer fonte de calor.
14
CONCEITOS
Ponto de Combustão
É a menor temperatura em que vapores de um líquido,
após inflamarem-se pela passagem de uma chama piloto,
continuam a arder por 5 segundos, no mínimo.
Ponto de Auto-Ignição
É a temperatura mínima em que ocorre uma combustão,
independente de uma fonte de calor.
Ponto de Fulgor
É a temperatura mínima na qual os elementos combustíveis começam a desprender vapores, que podem se incendiar em contato com uma fonte externa de calor. Nesse tipo de reação,a combustão se interrompe quando se afasta a fonte externa de calor.
Ponto de Combustão
É a temperatura mínima na qual os gases desprendidos dos elementos combustíveis, ao tomarem contato com uma fonte externa de calor, entram em combustão e continuam a queimar mesmo se retirada a fonte de ignição.
Ponto de Ignição
É a temperatura mínima na qual os gases desprendidos dos elementos combustíveis entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independentemente de qualquer fonte de calor.
15
CONCEITOS
Incompatibilidade
Condição sobre a qual determinadas substâncias se tornam perigosas quando manipuladas ou colocadas próximas a outras, com as quais poderão reagir criando situações de risco.
CONCEITOS
Poeiras
São formadas quando um material sólido é quebrado moído ou triturado.
Quanto menor a partícula, mais tempo ela ficará suspensa no ar, aumentando a chance de ser inalada.
CONCEITOS
Risco Químico Asfixiantes
São agentes capazes de impedir a respiração, barrando a entrada de oxigênio e sufocando o atingido, causam desde dores de cabeça, sonolência à perca de consciência ou morte.
CONCEITOS
Asfixiantes simples.
Estes gases são substâncias que
deslocam o oxigênio do ambiente diminuindo,
assim, a concentração de oxigênio,
levando a asfixia.
São muito perigosos, pois normalmente
não são percebidos pelo trabalhador.
Em sua maioria, não possuem cor ou odor.
Nitrogenio, metano, helio
19
CONCEITOS
Asfixiantes químicos:
São substâncias que ao ingressarem no organismo interferem na perfeita oxigenação dos tecidos.
Os agentes químicos também podem ser classificados como:
Anestésicos ou Narcóticos, devido a ação depressiva sobre o sistema nervoso central
Irritantes, estes produzem inflamação nos tecidos com os quais entram em contato direto, tais como a pele, os olhos e as vias respiratórias.
Profissional de segurança do trabalho, membro da CIPA ou o designado CIPA não precisam conhecer todos os agentes químicos insalubres.
Monóxido de carbono, ácido cianídrico
20
CONCEITOS
Agentes anestésicos: causam ações depressivas e narcóticas no sistema nervoso central, incluindo tontura, alterações visuais e auditivas, e pode acarretar perca de consciência, porém estes tipos de agentes também podem causar problemas em outras partes do organismo, principalmente no fígado e nos rins.
Os agentes anestésicos mais comuns de se ocorrerem contaminação são gases como butano e propano, devido à facilidade de absorção pela respiração, porém alguns líquidos como cetonas e benzeno possuem os mesmo efeitos se ingeridos ou entrarem em contato com mucosas.
Butano é um gás inflamável, comumente usado em isqueiros e fogões.
Se inalado causa efeitos depressivos no sistema nervoso
CONCEITOS
Agentes tóxicos: em contato com o organismo, são capazes de produzir lesões estruturais ou funcionais em órgãos, causando intoxicação, podem ser ingeridos ou inalados e o risco aumenta conforme o tempo de exposição.
Partículas de chumbo ou benzeno estão entre os mais comuns de serem absorvidos e causarem intoxicação.
CONCEITOS
Agentes cancerígenos: em contato com o organismo causam o crescimento de tumores malignos, na maioria dos casos a absorçãovem por inalação ou contato com a pele.
Agentes radioativos utilizados em máquinas de raio x e em usinas nucleares são os mais comuns e associados á este tipo de contaminação, pelo fato de agirem alterando o relógio biológico das células fazendo-as crescerem em ritmo bem maior que o normal, gerando tumores.
Exemplo de pedaço de urânio, material extremamente radioativo que em contato com nosso organismo pode causar câncer.
Outros tipos de agentes químicos
Agente irritantes: Causam irritação na pele ou nas vias aéreas. Ex: Cloro;
Agente alergênicos: Causam reações alérgicas, geralmente em quem já possui alergia ao material envolvido. Ex: Cimento;
Agente mutagênicos: Provocam problemas hereditários. Ex: Fetos podem possuir diversos problemas de QI, aprendizado, comportamento após o nascimento se a mãe for contaminada por chumbo durante a gravidez;
Agentes Corrosivos: Em contato com tecidos biológicos destroem células epiteliais e outras. Ex: Ácido fluorídrico por ter moléculas extremamente pequenas podem penetrar e dissolver até tecidos ósseos;
Agentes Inflamáveis: Agentes que se tiverem contato com alguma fonte de ignição, como o fogo, entram em combustão, causando explosões. Ex: Metano.
23
AGENTES QUIMICOS
Os agentes químicos podem apresentar-se nos diversos estados físicos nos ambientes de trabalho, e durante os processos podem sofrer mudanças.
A possibilidade de uma substância química entrar no organismo está associado ao seu estado físico.
24
Exemplo de Risco Químico
Poeira
Basicamente, uma partícula sólida produzida por um rompimento mecânico de sólidos, por meio de processos de moagem, atrito, impacto, etc.
Elas são categorizadas da seguinte forma: minerais, alcalinas, vegetais e metálicas.
Exemplo de Risco Químico
Poeiras
Poeira Mineral;
Poeira dos processos de britagem e moagem;
Lixamento de madeira;
Jateamento de areia;
Fabricação de vidros;
Trituração de cana;
Exemplo de Risco Químico
Gases
São substâncias que, à temperatura ambiente, estão no estado gasoso. Na maioria das vezes são invisíveis.
Exemplo de Risco Químico
Gases
Monóxido de carbono dos escapamentos dos carros;
Hidrogênio;
Gás carbônico;
Gás de cozinha;
Exemplo de Risco Químico
Fumos
Ocorrem quando um metal é fundido (aquecido) e vaporizado, resfriando-se rapidamente e criando partículas muito finas que ficam suspensas no ar.
Exemplo de Risco Químico
Operação de soldagem e fundição.
Exemplo de Risco Químico
Névoas
São pequenas gotículas que ficam suspensas no ar, usualmente criadas por operações com spray.
Exemplo de Risco Químico
Exemplo: Aplicação de agrotóxicos, pinturas em spray.
Exemplo de Risco Químico
Vapores
São substâncias que evaporam de um líquido ou sólido, da mesma forma que a água é transformada em vapor d’água. Geralmente são caracterizados pelos odores.
DANOS FÍSICOS E DANOS À SAÚDE
Os danos físicos relacionados à exposição química incluem, desde irritação na pele e olhos, passando por queimaduras leves, indo até aqueles de maior severidade, causados por incêndio ou explosão.
Os danos à saúde podem advir de exposição de curta e/ou longa duração, relacionadas ao contato de produtos químicos tóxicos com a pele e olhos, bem como a inalação de seus vapores, resultando em doenças respiratórias crônicas, doenças do sistema nervoso, doenças nos rins e fígado, e até mesmo alguns tipos de câncer.
ACIDENTE PRODUTO QUIMICO
Incidente Produto Químico
Acidente em 29/11/22
LEGISLAÇÃO
39
A Norma Regulamentadora 15 complementa a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para tratar da insalubridade no âmbito da saúde e da segurança do trabalhador.
Essa norma é de cumprimento obrigatório por parte dos empregadores e é fundamental para o bem-estar dos colaboradores.
A NR-15 contém disposições gerais acerca das atividades insalubres e, também, possui 13 anexos em vigor, cada qual tratando da exposição do trabalhador a determinado agente químico, físico, biológico ou condição adversa.
LEGISLAÇÃO
NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
ANEXO N.º 11 AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA POR LIMITE DE TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO
Agentes químicos (anexo 11, 12 e 13 da NR-15)
Os anexos 11, 12 e 13 da NR-15 tratam de agentes químicos insalubres.
Contudo, para o anexo 11, que aborda as substâncias químicas cuja absorção se dá principalmente pela via respiratória, e para o anexo 12, que trata de poeiras minerais específicas, são estabelecidos limites de tolerância que, apenas quando ultrapassados, caraterizam a insalubridade e darão ao trabalhador o direito ao respectivo adicional.
Já quanto aos agentes químicos dispostos no anexo 13 da NR-15, se sua presença no ambiente de trabalho for constatada por inspeção lá realizada, a insalubridade restará caracterizada, dando ao trabalhador o direito à verba correspondente.
Agentes químicos do anexo 11 da NR-15 (que geram direito ao adicional de insalubridade apenas se excedidos os limites de tolerância)
Na indústria farmacêutica e agroquímica é usual a exposição dos trabalhadores a agentes químicos prejudiciais à saúde. Ciente disso, a NR-15 define limites de tolerância para a exposição a agentes químicos considerando a absorção dessas substâncias por via respiratória.
Os limites e o grau de insalubridade varia de acordo com cada agente químico. Nesse sentido, a exposição à acetona, se superior aos níveis de tolerância estabelecidos pela NR, gera um grau de insalubridade mínimo, dando ao trabalhador direito à adicional de insalubridade em valor equivalente a 10% do salário mínimo; já a exposição ao cloro, ultrapassados os limites de tolerância, ocasiona grau de insalubridade máximo e corresponde à verba de 40% do salário mínimo a título de insalubridade.
Além disso, nos casos em que a absorção dos agentes químicos listados pela NR-15 pode se dar pela pele do trabalhador, a norma indica a necessidade de maior proteção, como o uso de luvas e outros equipamentos.
Por fim, a norma regulamenta também os agentes químicos que possuem efeito asfixiante, para os quais não há que se falar em insalubridade, mas, sim, em caracterização de risco grave e iminente.
Poeiras minerais (anexo 12 da NR-15)
A NR-15 regulamenta poeiras minerais específicas, a saber:
o asbesto, também conhecido como amianto;
o manganês e seus compostos;
e a sílica livre cristalizada, denominada quartzo.
A exposição à primeira substância ocorre usualmente com trabalhadores que lidam com telhas de casas antigas e está associada a doenças como o câncer. O manganês relaciona-se à metalurgia e à fabricação de baterias. Já a exposição à sílica pode ocorrer especialmente nos ramos da construção civil e da siderurgia, causando danos aos pulmões. Os maiores perigos de contaminação ocorrem, contudo, na mineração.
Limites de tolerância específicos são elebelecidos pela NR-15 para a exposição a cada uma dessas poeiras minerais.
Além disso, a norma regulamenta outras medidas de segurança necessárias ao se utilizar tais substâncias. As empresas que produzem, utilizam, comercializam ou removem asbesto, por exemplo, devem se cadastrar junto ao setor competente pela segurança e saúde do trabalhador no governo federal. A exposição à manganês e seus compostos também exige precauções de caráter obrigatório, dentre as quais cite-se a necessidade de banhos após a jornada de trabalho e a proibição de se realizarem refeições nos locais de trabalho.
40
LEGISLAÇÃO
Poeiras minerais (anexo 12 da NR-15)
A NR-15 regulamenta poeiras minerais específicas, a saber:
o asbesto, também conhecido como amianto;
o manganês e seus compostos;
e a sílica livre cristalizada, denominada quartzo.
A exposição à primeira substância ocorre usualmente com trabalhadores que lidam com telhas de casas antigas e está associada a doenças como o câncer. O manganês relaciona-se à metalurgia e à fabricação de baterias. Já a exposição à sílica pode ocorrer especialmente nos ramos da construção civil e da siderurgia, causandodanos aos pulmões. Os maiores perigos de contaminação ocorrem, contudo, na mineração.
Limites de tolerância específicos são elebelecidos pela NR-15 para a exposição a cada uma dessas poeiras minerais.
Além disso, a norma regulamenta outras medidas de segurança necessárias ao se utilizar tais substâncias. As empresas que produzem, utilizam, comercializam ou removem asbesto, por exemplo, devem se cadastrar junto ao setor competente pela segurança e saúde do trabalhador no governo federal. A exposição à manganês e seus compostos também exige precauções de caráter obrigatório, dentre as quais cite-se a necessidade de banhos após a jornada de trabalho e a proibição de se realizarem refeições nos locais de trabalho.
41
NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
ANEXO N.º 12 LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA POEIRAS MINERAIS.
LEGISLAÇÃO
Agentes químicos do anexo 13 da NR-15 (que geram direito ao adicional de insalubridade se identificados por inspeção no local de trabalho)
A NR-15 determina que atividades que envolvam alguns agentes químicos específicos, serão consideradas, insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho (e não de acordo com limites de tolerância pré-definidos).
São eles:
Arsênico;
Carvão;
Chumbo;
Cromo;
Fósforo;
Hidrocarbonetos e outros compostos de carbono;
Silicatos;
Substâncias cancerígenas.
A exposição a tais substâncias pode se dar, por exemplo, na indústria do petróleo, na fabricação de inseticidas, na pintura de ambientes e no emprego de agrotóxicos.
42
NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
ANEXO Nº 13 AGENTES QUIMICOS
ANEXO Nº 13A BENZENO
Insalubridade Risco Químico – Limite de Tolerância
Os limites fixados nesse quadro são válidos para absorção apenas por via respiratória.
Observo que há outras substâncias não listadas que podem ser prejudiciais à saúde do trabalhador.
Há três vias de penetração no organismo:
Via respiratória, pela respiração;
Via cutânea, pela pele;
Via digestiva, pela alimentação.
O quadro define:
Valor teto: Valor que não pode ser excedido;
Se é absorvida pela pele: O que exige o uso de luvas adequadas para sua manipulação, além de outros EPIs necessários à proteção de outras partes do corpo;
Duas unidades de medidas diferentes para se calcular o limite de tolerância;
Se o agente é asfixiante, e no caso de afirmativo, se simples ou químico;
Adicional de insalubridade e o grau de insalubridade.
43
O eSocial é um novo sistema de prestação de informações (trabalhistas, previdenciárias e tributárias) ao Governo Federal que tem o propósito de tornar os processos dentro das empresas mais transparentes e menos complicados.
44
O eSocial é um novo sistema de prestação de informações (trabalhistas, previdenciárias e tributárias) ao Governo Federal que tem o propósito de tornar os processos dentro das empresas mais transparentes e menos complicados. Por meio desse novo sistema, os empregadores passam a comunicar ao Governo 15 obrigações. Confira abaixo:
GFIP – Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social.
CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados para controlar as admissões e demissões de empregados sob o regime da CLT.
RAIS – Relação Anual de Informações Sociais.
LRE – Livro de Registro de Empregados
CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho
CD – Comunicação de Dispensa
CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social
PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário
DIRF – Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte
DCTF – Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais
QHT – Quadro de Horário de Trabalho
MANAD – Manual Normativo de Arquivos Digitais
Folha de pagamento.
GRF – Guia de Recolhimento do FGTS
GPS – Guia da Previdência Social
45
TABELAS ESOCIAL
Segundo o Manual de Orientações do eSocial, fator de risco é o agente capaz de trazer ou ocasionar danos à saúde ou à integridade física do trabalhador, independente de atingir o nível de ação ou o limite de tolerância.
Tabela 23 – Fatores de Risco do Meio Ambiente do Trabalho
Tabela 28 – Atividades Periculosas, Insalubres e/ou Especiais
Tabela 23 – Fatores de Risco do Meio Ambiente do Trabalho
A Tabela 23 apresenta os fatores de risco físico, químico, biológico, ergonômico e mecânico, e cada risco está associado a um código.
Tabela 28 – Atividades Periculosas, Insalubres e/ou Especiais
As atividades insalubres, perigosas e que caracterizam condição para aposentadoria especial foram retiradas dos Anexos 6, 13 e 14 da NR 15, NR 16 e do Anexo IV do Decreto 3.048.
46
GERENCIAMENTO RISCO
Nas empresas onde existe a possibilidade da presença de poeiras, névoas, fumos metálicos, gases e vapores, o que é recomendado?
Qual seria a primeira ação a ser tomada?
Nas empresas onde existe a possibilidade da presença de poeiras, névoas, fumos metálicos, gases e vapores, recomenda-se que a identificação, análise de concentração e exposição do trabalhador sejam realizadas por profissional altamente especializado no assunto.
Os resultados da análise e as medidas protetivas propostas devem constar no PGR e ser de fácil compreensão.
48
GERENCIAMENTO
RISCO
a identificação, análise de concentração e exposição do trabalhador sejam realizadas por profissional altamente especializado no assunto.
49
A identificação do agente,
Análise de concentração,
Exposição do trabalhador ao risco
GERENCIAMENTO RISCO
A avaliação dos agentes é necessária para definir se realmente fornecem riscos à saúde do trabalhador exposto.
Como pode ser realizada esta avaliação?
Durante o reconhecimento dos riscos químicos, uma avaliação deles é necessária para definir se realmente fornecem riscos à saúde do trabalhador exposto, os seguintes tipos de avaliação devem ser seguidos:
Avaliação Quantitativa: Esta análise só é feita em substâncias das quais hajam, previamente, dados disponíveis sobre a relação dose/efeito, cada agente deve ser avaliado separadamente, para cada um, é necessário determinar qual sua concentração no ar dentro do ambiente.
Avaliação Qualitativa: Este tipo de avaliação só é feito em caso de agentes dos quais não foram definidos os limites de exposição ocupacional, levando em conta a natureza do agente e sua concentração.
50
GERENCIAMENTO RISCO
Reconhecimento dos riscos
Avaliação
Medidas preventivas
Após o reconhecimento dos riscos e de sua avaliação, as medidas preventivas devem começar à ser adotadas, a primeira a ser usada é o fornecimento de Equipamento de Proteção Coletiva (EPC), como exaustores, capelas químicas, lava-olhos, etc.
Nos casos em que os EPC’s não fornecerem proteção completa aos trabalhadores, os EPI’S devem ser fornecidos dependendo de qual agente está sendo exposto ao funcionário.
Complementarmente aos Equipamentos de Proteção, a conscientização, fornecimento de treinamentos (sobre os riscos químicos que estão expostos, sobre a maneira correta de manipular os agentes em questão, sobre o uso correto dos equipamentos de proteção, etc.) e inspeções rotineiras são de extrema importância para a minimização destes riscos.
51
O eSocial na Gestão de Produtos Químicos
Com a chegada do eSocial, a gestão de produtos químicos na SST pode ser simplificada e formalizada, facilitando o controle dos riscos e resultando numa redução dos acidentes envolvendo os agentes que citamos aqui.
Neste caso específico dos profissionais que atuam com o processamento, armazenamento e transporte de produtos químicos, as exigências do Sistema eSocial para as indústrias contribuirá na redução de acidentes de trabalho e dos níveis de riscos, insalubridade e periculosidade.
A Gestão de Produtos Químicos, principalmente, a classificação, rotulagem preventiva e ficha com dados de segurança de produto químico integrada com o Sistema eSocial permitirá formalizar os processos de monitoramentos dos ambientes de trabalho e a exposição ocupacional dos trabalhadores.
Assim, a “detecção precoce de exposição perigosa pode diminuir significativamente a ocorrência de efeitos adversos na saúde.”
52
GERENCIAMENTORISCO
Fornecimento
EPC
EPI
Após o reconhecimento dos riscos e de sua avaliação, as medidas preventivas devem começar à ser adotadas, a primeira a ser usada é o fornecimento de Equipamento de Proteção Coletiva (EPC), como exaustores, capelas químicas, lava-olhos, etc.
Nos casos em que os EPC’s não fornecerem proteção completa aos trabalhadores, os EPI’S devem ser fornecidos dependendo de qual agente está sendo exposto ao funcionário.
Complementarmente aos Equipamentos de Proteção, a conscientização, fornecimento de treinamentos (sobre os riscos químicos que estão expostos, sobre a maneira correta de manipular os agentes em questão, sobre o uso correto dos equipamentos de proteção, etc.) e inspeções rotineiras são de extrema importância para a minimização destes riscos.
53
GERENCIAMENTO RISCO
Conscientização
Treinamentos
Inspeções Rotineiras
Complementarmente aos Equipamentos de Proteção, a conscientização, fornecimento de treinamentos (sobre os riscos químicos que estão expostos, sobre a maneira correta de manipular os agentes em questão, sobre o uso correto dos equipamentos de proteção, etc.) e inspeções rotineiras são de extrema importância para a minimização destes riscos.
54
Além de gerenciamento risco na pratica, é necessário registrar todos os passos realizados pela empresa.
GERENCIAMENTO RISCO
No eSocial, a Gestão dos Produtos Químicos será responsável por alimentar e subsidiar várias informações, conforme segue:
Registrar as informações de cadastro da indústria, conforme o Evento Tabela S-1005 – Estabelecimentos, Obras ou Unidades de Órgãos Públicos;
GERENCIAMENTO RISCO
Registrar os ambientes de trabalho ou industriais (setores, áreas ou locais) da empresa nos quais existe uma exposição ocupacional de produtos químicos, gerando o Evento Tabela S-1060 – Ambientes de Trabalho;
GERENCIAMENTO RISCO
Identificar os Fatores de Riscos Químicos relacionados na Tabela 23 do eSocial, que corresponde aos fatores de risco do meio ambiente de trabalho.
Informações descritas no Evento S-2240 – Condições Ambientais do Trabalho.
Neste caso, serão vinculadas informações de cada trabalhador ao ambiente de trabalho na qual são exercidas as atividades industriais e existe uma exposição aos produtos químicos.
É obrigatório o monitoramento da exposição que consiste em uma avaliação e interpretação de parâmetros biológicos e/ou ambientais, com a objetivo de identificar os possíveis riscos à saúde do trabalho.
Incêndio com vítimas, na Estação de Produção de Furado – PETROBRÁS
Das condições do cenário do acidente
O acidente ocorreu durante operação e manutenção de Gasoduto da estação de
Furado, resultando na morte de 4 trabalhadores carbonizados. O local imediato dos
exames periciais tratava-se do sistema formado por tubulações e válvulas responsáveis pela condução de gás natural sob pressão da Estação de Furado para a Estação de Robalo, localizada na cidade de Brejo Grande/SE.
O gás natural é uma substância em estado gasoso resultado da decomposição da
matéria orgânica fóssil no interior da Terra, encontrado acumulado em rochas porosas no subsolo. Trata-se de uma mistura de 88,7% de Metano, 7,4% de Etano, 1,4% de Propano e 1% de Butano, com temperatura de auto-ignição de 482 - 632 ºC e Ponto de fulgor >-188 ºC
Incêndio com vítimas, na Estação de Produção de Furado – PETROBRÁS
Os sistemas de transporte de gás por duto envolvem principalmente a rede de
tubulação formada por peças cilíndricas de aço (gasoduto) interconectadas entre si e válvulas de bloqueio automático, através de estrutura conhecida como solenóide, distribuídas ao longo do trajeto, com a finalidade de facilitar a manutenção preventiva e isolar trechos quando ocorrer o rompimento do duto.
Quando o solenóide é energizado, automaticamente, o núcleo fecha o orifício de passagem em uma válvula normalmente aberta. A operação dos trabalhadores consistia na retirada de spool (são todos os subconjuntos de uma tubulação, formados pelo menos por uma conexão e um trecho reto) na válvula 3 que conectava o gasoduto terrestre com o aéreo (Figura 1).
Incêndio com vítimas, na Estação de Produção de Furado – PETROBRÁS
Investigação do acidente
A figura 2 mostra um croqui da situação do local logo após o acidente.
O procedimento de manutenção da válvula 3 ocorria normalmente sem interrupção do fluxo de gás. A continuidade do fluxo era mantido com a abertura da válvula 1 e o fechamento das válvulas 2 e 3. Salientam os peritos, que essa opção é economicamente viável para a empresa, pois o fornecimento de gás não para; sendo, também, um procedimento seguro, desde que no ambiente de trabalho não existam condições que ponham em risco a integridade física e/ou a saúde das pessoas e a própria segurança das instalações e equipamentos.
A perícia aponta que durante o procedimento para retirada do spool, a válvula 3
foi desconectada permitindo a liberação do gás pressurizado. Entretanto, houve um problema técnico que ocasionou a interrupção da energia impedindo o fechamento automático da válvula solenóide.
Embora existisse um mecanismo de fechamento manual da válvula através de uma alavanca, esta não estava presente no local. Em depoimento testemunhas afirmam que a explosão não foi simultânea à liberação de gás, ocorrendo, em média, 30 segundos após a sua difusão. Adicionalmente, um dos trabalhadores vítima do acidente, portava um aparelho celular.
Atividade
Questão 1 - Você classificaria a mistura química do Gás Natural como Risco Químico? Qual a principal medida de segurança deve ser adotada no manuseio a armazenagem deste este tipo de substância química?
Questão 2 - Considerando a descrição, indique as condições inseguras que
puseram em risco a integridade física das pessoas e a própria segurança das instalações e equipamentos.
Atividade
Questão 3 - Considerando as circunstâncias e fatos apresentados, você
consideraria o ocorrido um acidente de causa de falha humana ou mecânica? Justifique sua opinião
ESTUDO DE CASO/elaboração mapa de risco:
LABORATÓRIO onde exista a utilização de diversos produtos químicos, estufa para evaporação de solventes, chapa aquecedora para digestão de materiais, extração de solventes.
Posto de Combustíveis.
Lojas, comércios, escritórios.
ESTUDO DE CASO: ELABORAÇÃO DO MAPA DE RISCOS EM UM LABORATÓRIO
Resultados
Analisando o layout, os equipamentos e os materiais presentes no laboratório, foram identificados os riscos e sugerido recomendações para os indivíduos.
Na capela de aspiração contém riscos químicos e de acidentes devido ao equipamento ser utilizado para realizar experimentos com produtos químicos e ter a chance de causar explosões devido a mistura inadequada dos mesmos.
Sendo assim, recomenda-se a utilização de EPI’s, como jaleco, luvas descartáveis, touca, óculos de proteção, calça e calçado fechado, além de ter conhecimento básico sobre o manuseio do equipamento.
A estufa apresenta risco físico por manter em seu interior uma temperatura elevada, causando desconforto térmico. Para isso, é recomendado que ao utilizar a estufa, o exaustor seja ligado.
A chapa aquecedora oferece risco de acidentes, visto que a mesma chega a temperaturas muito elevadas, que podem causar queimaduras caso não seja utilizada de forma adequada. Desta forma, é recomendada a utilização de luvas de proteção ao utilizar o equipamento.
A prateleira de madeira apresenta riscos de acidentes pelo fato de serem armazenadas grandes quantidades de vidrarias na mesma. Desta forma, recomenda-se ter cuidado ao manusear os materiais contidos no mesmo, pois são objetos que quebram facilmente e tem aspectos cortantes.
Na centrífuga, são identificados riscos de acidentes como inserir a mão no interior da centrífuga antes que esta tenha parado de girar, sendo recomendado para isto, conhecimento de como manusear o equipamento de forma correta.
As mesas e cadeiras podem trazer sérios problemas para alguns indivíduos, pois não possuem mecanismos de regulagem de altura, encosto adequado e apoio para os braços, proporcionandopostura inadequada para os que as utilizam, podendo acarretar em problemas de saúde, principalmente no que diz respeito à coluna do indivíduo.
Para isto, recomenda-se a aquisição de cadeiras reguláveis, para que cada indivíduo altere de acordo com suas condições estruturais, evitando assim problemas na postura, dores e lesões, tornando o ambiente de trabalho mais confortável para o desenvolvimento das atividades.
67
Obrigada
.MsftOfcThm_Accent1_Fill_v2 {
fill:#A5B592;
}
.MsftOfcThm_Accent1_Stroke_v2 {
stroke:#A5B592;
}