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LEI ESTADUAL 869

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LEI ESTADUAL 869/52 – ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO 
ESTADO DE MINAS GERAIS. 
 Lei n. 869, de 5 de julho de 1952 
Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais. 
Obs.: hoje, a Constituição não utiliza a expressão funcionário, mas sim servidor público. Na 
prova, deve-se tratar como sinônimo. 
Cargo público é ocupado por servidor público, que possui regime estatutário. Cada ente 
político terá seu próprio estatuto. No âmbito federal, por exemplo, há a lei n. 8.112/90; em 
Brasília, há a lei complementar n. 840/11.Os estados, municípios e a União podem criar seu 
próprio regime jurídico para os servidores públicos. 
Emprego público é ocupado por empregado público, que possui regime celetista (CLT da 
iniciativa privada). Isso vale para quem trabalha nas empresas públicas, como Correios e Caixa 
Econômica, e vale para quem trabalha em sociedade de economia mista, como Petrobras e 
Banco do Brasil. Para ser empregado público, também é preciso ser aprovado em concurso 
público. 
Obs.: aplica-se também aos órgãos dos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. 
Art. 2º - Funcionário público é a pessoa legalmente investida em cargo público. 
 Art. 3º - Cargo público, para os efeitos deste estatuto, é o criado por lei em número certo, com 
a denominação própria e pago pelos cofres do Estado. 
**Obs.: todo cargo público é criado por lei. Não é possível criar cargo por decreto, pois este 
é um ato administrativo. O cargo público tem uma denominação própria (exemplos: agente 
de polícia, professor, analista legislativo, técnico judiciário, agente administrativo) 
Parágrafo único. Os vencimentos dos cargos públicos obedecerão a padrões previamente fixados 
em lei. 
Obs.: cada carreira terá lei específica para estabelecer a remuneração daquelas pessoas que 
ocupam aqueles cargos públicos. Existe lei específica para a polícia civil, o judiciário, o 
legislativo e o magistério, por exemplo. 
Art. 4º - Os cargos são de carreira ou isolados. 
o cargo de carreira é aquele que admite a promoção. 
Exemplo: servidor entra na classe A da carreira; depois, entra na classe B e C. Cada carreira tem 
seu plano de carreira. 
O cargo isolado é aquele que não admite promoção e já está em desuso hoje em dia. 
**Quando o servidor vai ser promovido, ele geralmente precisa apresentar diploma de 
participação em algum curso ou atividade promovida pelo órgão. Gerando um estímulo ao 
servidor, quando o mesmo é provido, a remuneração aumenta bastante em relação ao valor fixado 
no edital de abertura do concurso, no final da carreira, a remuneração é maior. 
Art. 5º - Classe é um agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão de 
vencimento. 
Obs.: exemplo: agente de polícia civil da Classe A. Vários profissionais estão nessa classe A; 
vários estão na Classe B. 
Art. 6º - Carreira é um conjunto de classes da mesma profissão, escalonadas segundo os 
padrões de vencimentos. 
Parágrafo único. Respeitada essa regulamentação, as atribuições inerentes a uma carreira podem 
ser cometidas, indistintamente, aos funcionários de suas diferentes classes. 
 Obs.: exemplo: técnico de enfermagem. Não importa a classe que ele estiver, pois ele terá a 
mesma atividade. O que muda é a remuneração. 
Art. 8º - Quadro é um conjunto de carreiras, de cargos isolados e de funções gratificadas. 
Obs.: quando se fala em quadros, há o quadro do poder Judiciário, Legislativo, Executivo e de 
uma autarquia, por exemplo. 
Obs.: quem pode ocupar cargo público? Brasileiro nato ou naturalizado. 
Parágrafo único. Os cargos de carreira serão de provimento efetivo; os isolados, de 
provimento efetivo ou em comissão, segundo a lei que os criar. 
Obs.: o cargo pode ser efetivo ou em comissão. 
 O cargo efetivo é aquele que exige prévia aprovação em concurso público. PODE 
SER DE CARREIRA OU ISOLADO. 
 O cargo em comissão é sempre isolado. pode ser ocupado por qualquer pessoa que 
cumpra os requisitos técnicos do cargo. São cargos de livre nomeação e livre 
exoneração. 
Obs.: o estatuto de Minas Gerais e outros estatutos focam no poder Executivo, mas é preciso 
ter uma simetria. 
Quem nomeia no Executivo? O governador. E no Poder Legislativo? Presidente da 
Assembleia Legislativa. E no Judiciário? Presidente do TJ. 
Art. 13 - Só poderá ser provido em cargo público quem satisfizer os seguintes requisitos: 
 I – ser brasileiro; Obs.: nato ou naturalizado; 
II – ter completado dezoito anos de idade; 
III – haver cumprido as obrigações militares fixadas em lei; 
IV – estar em gozo dos direitos políticos; 
V – ter boa conduta; 
VI – gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica; 
VII – ter-se habilitado previamente em concurso, salvo quando se tratar de cargos isolados 
para os quais não haja essa exigência; 
Obs.: cargo sem exigência: cargo em comissão 
VIII – ter atendido às condições especiais, inclusive quanto à idade, prescrita no respectivo 
edital de concurso. 
Obs.: até quando um servidor pode ocupar cargo público? Até antes de complementar 75 
anos, pois, aos 75 anos, ocorre a aposentadoria compulsória. 
Obs.: em regra, o servidor ocupa um único cargo público ou emprego público. Mas há 
exceções: dois cargos de professor; um cargo de professor com outro técnico ou 
científico; dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões 
regulamentadas. 
Art. 37, XVI, CF – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, 
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no 
inciso XI. 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões 
regulamentadas. 
Obs.: o próprio art. 37 estabelece um teto remuneratório, que vale no Brasil inteiro. Hoje, no 
Brasil, ninguém pode receber um valor superior ao que recebe os ministros do STF. O teto 
deve ser visto em cada cargo. Se a soma de dois cargos públicos ultrapassar o teto máximo, 
não há problema. 
OBS: ** A vedação ao acúmulo remunerado de cargos, empregos ou funções públicas 
se estende aos empregados das sociedades de economia mista. 
**poderá acumular a remuneração dos dois cargos públicos se houver compatibilidade 
de horário, ainda que a soma das remunerações ultrapasse o teto constitucional. 
RELEMBRANDO... 
membro do MP pode exercer outra atividade no magistério; 
profissional de saúde pode com outro de profissional de saúde 
NOMEAÇÃO 
 Edital; 
 Prova; 
 Homologação do concurso (confirmação e validade do concurso) 
Por que esse ato é importante? Após a homologação começa a contar o prazo do concurso e 
já podem ser feitas as nomeações. Vale salientar que o prazo de validade do concurso, que 
está no art. 37 da CF, é de até 2 anos, podendo ser prorrogado uma única vez por igual 
período. 
Pode haver concurso com prazo de um ano? Sim. Se houver prorrogação, ela se dá por um 
ano. Acontece que a prorrogação é um ato discricionário. Mas,hoje, na verdade, todos os 
concursos são prorrogados, pois é muito caro fazer concurso. 
• Nomeação; 
• POSSE: 30 dias mas o nomeado pode solicitar a prorrogação desse prazo por mais 30 
dias. 
• Exercício. O prazo também é de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias. 
Cabe mencionar que, depois do exercício, começa a contar o prazo da estabilidade e do 
estágio probatório, que são de 3 anos. Ademais, a remuneração começa a ser recebida após 
a entrada em exercício. 
As nomeações são feitas em caráter efetivo quando se tratar de cargo de carreira ou 
isolado. 
 Cargo de carreira é o cargo que admite promoção. 
 Promoção é a mudança de classe. 
 Cargo isolado está em desuso, pois não gera estímulo para o servidor, pois nele, o 
servidor não é promovido. 
 O cargo em comissão é de livre nomeação e de livre exoneração. 
Tendo acabado o prazo de validade do concurso, não hámais como nomear ninguém; isso é 
proibido. 
DOS CONCURSOS 
Art. 16. A primeira investidura em cargo de carreira e em outros que a lei determinar efetuar-se-
á mediante concurso, precedida de inspeção de saúde. 
 Sempre precisa passar por junta médica 
o que é inconstitucional não pode ser considerado certo nas provas concurso, mesmo se estiver 
escrito na lei. Há, na verdade, hierarquia das normas. Portanto, o que é inconstitucional nunca 
pode ser cobrado como certo em prova de concurso. 
Posse 
Art. 61. Posse é o ato que investe o cidadão em cargo ou em função gratificada. 
A posse representa a investidura no cargo público. Ao assinar o termo de posse, torna-se 
servidor(a) público(a). 
Art. 61. (...) Parágrafo único. Não haverá posse nos casos de promoção, remoção, designação para 
o desempenho de função não gratificada e reintegração. 
Art. 62. São competentes para dar posse: 
 I - o Governador do Estado; 
 II - os Secretários de Estado; 
III - os Diretores de Departamentos diretamente subordinados ao Governador; 
IV - as demais autoridades designadas em regulamentos 
Isso dependerá de onde o servidor irá trabalhar. Pode ser governador ou secretário de Estado, por 
exemplo. É interessante o fato de qualquer estatuto focar no Poder Executivo. Todavia, eles são 
aplicados também aos Poderes Legislativo e Judiciário 
Não aparecendo para assinar o termo de posse, a nomeação é tornada sem efeito. Isso significa 
que o ato não produzirá seus efeitos jurídicos e o órgão nomeará o próximo candidato da fila. 
DO EXERCÍCIO 
Se o servidor for removido de uma cidade para outra, ele tem trinta dias para se apresentar na 
nova sede. É o que se chama de período de trânsito. Ademais, tendo sido reintegrado ao seu 
antigo cargo, o servidor tem trinta dias para entrar em exercício, ou seja, para começar a 
trabalhar. 
Nesse contexto, o prazo de trinta dias começa a contar a partir do término da licença. Só 
não será considerada a prorrogação/início para licença para tratar de assuntos particulares 
(que se dá sem remuneração). 
Assentamento individual são os dados do servidor, ou seja, a pasta funcional. 
Art. 76. Nenhum funcionário poderá ausentar-se do Estado, para estudo ou missão de qualquer 
natureza, com ou sem ônus para os cofres públicos, sem autorização ou designação expressa do 
Governador do Estado. 
Lembrado que: No âmbito do Poder Judiciário, é o Presidente do TJ; no âmbito do Poder 
Legislativo, é o Presidente da Assembleia. 
Art. 77. O funcionário designado para estudo ou aperfeiçoamento fora do Estado, com ônus para 
os cofres deste, ficará obrigado a prestar serviços pelo menos por mais três anos. 
Art. 78. Salvo casos de absoluta conveniência, a juízo do Governador do Estado, nenhum 
funcionário poderá permanecer por mais de quatro anos em missão fora do Estado, nem exercer 
outro senão depois de corridos quatro anos de serviço efetivo no Estado, contados da data do 
regresso. 
** Se o servidor estiver em uma missão oficial fora do Estado de Minas Gerais, ele pode ficar no 
máximo 4 anos. Quando voltar a trabalhar no seu cargo, para ser designado para outra missão 
fora do Estado, ele precisa ter trabalhado por 4 anos. 
Art. 79. O funcionário preso por crime comum ou denunciado por crime funcional ou, ainda, 
condenado por crime inafiançável em processo no qual não haja pronúncia será afastado do 
exercício até decisão final passada em julgado. 
o funcionário perderá, durante o tempo do afastamento, um terço do vencimento ou 
remuneração, com direito à diferença, se absolvido. 
§ 2º No caso de condenação, e se esta não for de natureza que determine a demissão, será o 
funcionário afastado, na forma deste artigo, a partir da decisão definitiva, até o cumprimento total 
da pena, com direito, apenas, a um terço do vencimento ou remuneração. 
*Pode ser que o juiz não venha a determinar a demissão do servidor. Nesse momento, ele 
receberá apenas um terço da sua remuneração. 
ESTABILIDADE 
A estabilidade é o direito constitucional de permanência no servidor público. Trata-se de uma 
expectativa de que o servidor exercerá suas atividades até o dia em que pedir exoneração ou até 
o dia em que se aposentar (se não fizer nada de errado). 
Incumbe mencionar que a estabilidade dá uma garantia para o trabalho. Ex.: se um policial 
não tivesse estabilidade, caso ele prenda um senador, ele poderia ser perseguido. 
Qual é o prazo da estabilidade? Três anos. É por isso que o estágio probatório tem o mesmo 
prazo de três anos. 
Não há como os prazos serem diferentes. Além disso, eles correm de maneira conjunta. Além 
do prazo de três anos, o servidor deve ser aprovado em avaliação de desempenho. 
Portanto, os requisitos são: 
• 3 anos; 
• Aprovação em avaliação especial. 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela Emenda Constitucional 
n. 19/1998) 
 I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela Emenda Constitucional 
n. 19/1998) 
Obs.: sentença judicial transitada em julgado é aquela que NÃO aceita mais recurso. 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (Incluído 
pela Emenda Constitucional n. 19/1998) 
 III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei 
complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19/1998) 
O servidor, mesmo após a estabilidade, será avaliado. Todavia, é preciso que haja uma lei 
complementar para explicar como será essa avaliação e quais são os critérios. 
Para finalizar, cabe ressaltar que existe a revogação expressa e a revogação tácita. 
* Na revogação expressa, a lei nova revoga(ANULAR) tudo que não é compatível com ela. 
*Na revogação tácita, quando a Constituição é alterada, automaticamente, ela revoga todos os 
outros dispositivos contrários das demais leis infraconstitucionais. 
ESTÁGIO PROBATÓRIO 
Obs.: o estágio probatório é uma avaliação feita pela administração a fim de verificar se o servidor 
tem aptidão para o exercício do cargo público. Ao final, o servidor será habilitado ou não no 
estágio probatório. 
Período: 3 anos de efetivo exercício do funcionário nomeado em virtude de concurso, e de cinco 
anos para os demais casos. 
**Obs.: no Brasil inteiro, o período dever ser de três anos, conforme estabelecido pelo STF. O 
art. 23 não foi recepcionado pela emenda constitucional m. 19. Isso vale para outros estados, 
municípios e para a União. 
§ 1º - No período de estágio apurar-se-ão os seguintes requisitos: 
 I – idoneidade moral; 
 II – assiduidade; 
 III – disciplina; 
 IV – eficiência 
** Obs.: dica para lembrar: I D E A: idoneidade moral; disciplina; eficiência; assiduidade. 
§ 3º - Sem prejuízo da remessa periódica do boletim de merecimento ao Serviço de Pessoal, o 
diretor da repartição ou serviço em que sirva o funcionário, sujeito ao estágio probatório, quatro 
meses antes da terminação deste, informará reservadamente ao Órgão de Pessoal sobre o 
funcionário, tendo em vista os requisitos enumerados nos itens I a IV deste artigo. 
§ 4º - Em seguida, o Órgão de Pessoal formulará parecer escrito, opinando sobre o merecimento 
do estagiário em relação a cada um dos requisitos e concluindo a favor ou contra a confirmação. 
§ 5º - Desse parecer, se contrário à confirmação, será dada vista ao estagiário pelo prazo de 
cinco dias. 
Obs.: o servidor que está sendo prejudicado pode se defender. Há contraditório e ampla defesa. 
§ 6º - Se o despacho do Governador do Estado for favorável à permanência do funcionário, a 
confirmação não dependerá de qualquer novo ato. 
§ 7º - A apuração dos requisitos de que trata este artigo deverá processar-se de modo que a 
exoneração do funcionário possa ser feita antes de findo o período de estágio. 
 
 
 
PROVIMENTO 
Obs.: prover é ocupar o cargo público. Existe o provimento originário, que acontece com a 
nomeação, quando se inicia uma relação jurídicaentre a administração pública e o servidor 
nomeado. 
. No entanto, pode acontecer uma situação que leve o servidor a ocupar um novo cargo 
público ou mesmo seu antigo cargo. ***É um tópico muito cobrado em prova. 
Art. 12. Os cargos públicos são providos por: 
I – Nomeação; 
II – Promoção 
Obs.: ocorre com a mudança de classe. Exemplo: o servidor vai da Classe A para a Classe C. 
Cada carreira tem seu plano de carreira. 
III – Transferência; 
Obs.: a transferência é inconstitucional. 
 IV – Reintegração; 
Obs.: retorno do servidor ilegalmente demitido. 
V – Readmissão; 
Obs.: readmissão é inconstitucional. 
VI – Reversão; 
Obs.: retorno do servidor que estava aposentado. 
QP 
VII – Aproveitamento. 
Obs.: é o retorno do servidor em disponibilidade. 
Ex: servidor estável teve seu cargo extinto. Como ele era estável, ele fica em disponibilidade. 
Isso significa que ele fica em casa sem trabalhar e recebendo proporcionalmente ao tempo de 
contribuição. Algum dia, ele vai voltar a ocupar outro cargo público, com mesma remuneração, 
nível de escolaridade e atribuições. Quando ele voltar a trabalhar, ocorrerá o aproveitamento. O 
servidor passa a receber a remuneração integral do cargo. 
Art. 58. Será obrigatório o aproveitamento do funcionário estável em cargo, de natureza e 
vencimentos ou remuneração compatíveis com o anteriormente ocupado. Parágrafo único. O 
aproveitamento dependerá de prova de capacidade mediante inspeção médica. 
Obs.: imagine que existam 10 cargos vagos e 10 servidores em disponibilidade. Obrigatoriamente, 
o órgão terá que aproveitar aqueles que estão em disponibilidade. Não há como fazer um novo 
concurso para prover esses cargos sendo que há servidor em disponibilidade. Quando um servidor 
for reaproveitado, ele será avaliado por uma junta médica 
 
 
Súmula Vinculante n. 43 
É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem 
prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a 
carreira na qual anteriormente investido. 
REINTEGRAÇÃO 
Retorno do servidor demitido ilegalmente. 
Imagine que um servidor trabalhe em uma secretaria, ocupe cargo de nível médio e seja 
estável. Ele estudou e passou em um concurso para trabalhar no TJMG, em um cargo de nível 
superior. Há várias formas de ser nomeado. 
 Exemplo: o Tribunal de Justiça de Minas Gerais resolve nomear Fulano de Tal em razão do 
falecimento de Ciclano de Tal; TJMG resolve nomear Fulano de Tal em razão da aposentadoria 
de Ciclano de Tal; o TJMG resolver nomear Fulano de Tal em razão da demissão de Ciclano de 
Tal. Imagine que o servidor demitido consiga anular a demissão por meio de um processo 
judicial ou administrativo. 
Nesse contexto, haverá a reintegração. Ele será reintegrado ao cargo de origem. Aquele 
“azarado” que estava ocupando o cargo tem que sair. Ele era estável e, por isso, ele será 
reconduzido ao cargo de origem. Se ele chegar no cargo da secretaria e este estiver ocupado, ele 
será aproveitado em outro cargo; se o cargo tiver sido extinto, o servidor fica em disponibilidade. 
Art. 50. A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou sentença judiciária 
passada em julgado, é o ato pelo qual o funcionário demitido reingressa no serviço público, 
com ressarcimento dos prejuízos decorrentes do afastamento. 
 Art. 41, § 2º da CF - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele 
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem 
direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração 
proporcional ao tempo de serviço. 
Obs.: o reintegrado recebe indenização referente a todo o período que ficou fora da administração. 
REVERSÃO 
A reversão é o retorno do aposentado. Imagine que um servidor tenha um problema de saúde e 
se aposente proporcionalmente pelo tempo de contribuição. Depois, ele solicita sua reversão, 
passa pela junta médica e volta para o antigo cargo. 
 Dica: observe a letra “v” em reversão (“o vovô voltou”; o aposentado voltou). 
§ 1º - A reversão far-se-á a pedido ou ex-officio. 
§ 2º - O aposentado não poderá reverter à atividade se contar mais de cinquenta e cinco anos de 
idade. 
Obs.: hoje, a idade da aposentadoria compulsória é 75 anos. A lei não vinculada a idade da 
reversão à aposentadoria compulsória. 
§ 4º - Será cassada a aposentadoria do funcionário que reverter e não tomar posse e entrar em 
exercício dentro dos prazos legais. 
 Art. 55. A reversão far-se-á de preferência no mesmo cargo 
. § 1º - A reversão ex-officio não poderá verificar-se em cargo de vencimento ou remuneração 
inferior ao provento da inatividade. 
Obs.: quando o funcionário estava aposentado, ele contribuiu para a previdência. O período que 
ele ficou aposentado pagando a previdência será contado para efeito da aposentadoria no futuro, 
quando ele se aposentar de maneira definitiva. 
Lei Complementar n. 152, de 3 de dezembro de 2015 
Art. 2º Serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade: 
 I – os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações; 
II – os membros do Poder Judiciário; 
III – os membros do Ministério Público; 
IV – os membros das Defensorias Públicas; 
V – os membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas. 
***A idade é 75 anos de idade. Quem ocupa cargo vitalício também se aposenta aos 75 anos. 
PONTOS CHAVES: 
Não existe mais readmissão. Em relação ao servidor em disponibilidade, o retorno dele é o 
reaproveitamento. 
Não existe mais transferência. Na remoção por permuta, é preciso ter o pedido dos dois 
interessados. 
A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou sentença judiciária passada em 
julgado, é o ato pelo qual o funcionário demitido reingressa no serviço público, com ressarcimento 
dos prejuízos decorrentes do afastamento. 
A reversão não é obrigatoriamente no mesmo cargo. 
 
 
VACÂNCIA 
É uma forma de desocupar um cargo público. 
 Exemplo: um servidor foi exonerado, foi demitido, se aposentou ou faleceu. Todas essas 
situações gerarão vacância do cargo público, devendo a Administração nomear novos servidores 
para o cargo 
Art. 103. A vacância do cargo decorrerá de: 
a) exoneração; 
b) demissão; 
c) promoção; 
d) transferência; 
e) aposentadoria; 
f) posse em outro cargo, desde que dela se verifique acumulação vedada; 
g) falecimento. 
A promoção é uma forma simultânea de provimento e vacância do cargo público. Exemplo: o 
servidor está na Classe “A” da sua carreira e será promovido para a Classe “B”. Neste caso, há 
vacância do cargo de Classe “A” e provimento do cargo de Classe “B”. 
A transferência (item “d” do artigo 103) é uma modalidade que já não existe mais. Posse em outro 
cargo, desde que dela se verifique acumulação vedada (item “f” do artigo 103): quando o servidor 
público é estável (já tem três anos ou mais no cargo) e passa em um novo concurso público, ele 
precisa pedir vacância do seu primeiro cargo. Esta modalidade de vacância, portanto, se dá em 
razão de posse em outro cargo inacumulável. Isto ocorre porque, caso o servidor seja reprovado 
no estágio probatório do novo cargo, ele será reconduzido para o cargo de origem. Ou seja, o 
servidor voltará para seu antigo cargo. A isto se dá o nome de recondução. 
Caso o servidor não seja estável e seja aprovado em outro concurso público, deverá pedir 
exoneração, já que não há possibilidade de ele ser reconduzido ao cargo de origem no caso 
de ser reprovado no estágio probatório. 
• Lembrar-se que transferência é uma modalidade que não existe mais. 
 • Os cargos são criados por meio de lei. 
• No momento da criação do cargo, este já está vago. 
 • Quando o servidor toma posse em outro cargo,automaticamente há a vacância de seu primeiro 
cargo, nos casos em que a acumulação é ilegal. 
Art. 105. Quando se tratar de função gratificada, dar-se-á a vacância por: 
 a) dispensa a pedido do funcionário; 
b) dispensa a critério da autoridade; 
c) não haver o funcionário designado assumido o exercício dentro do prazo legal; 
Função gratificada é diferente de cargo em comissão. O cargo em comissão pode ser ocupado 
por qualquer pessoa, inclusive aquela que não é servidor efetivo. Já a função gratificada 
somente pode ser ocupada por servidores efetivos, ou seja, aqueles que fizeram concurso 
público. 
A vacância da função gratificada pode se dar por dispensa a pedido do funcionário, quando este 
decide que não quer mais ocupar uma função gratificada, ou por dispensa da autoridade 
que nomeou o servidor. 
A vacância também ocorre quando o funcionário foi nomeado para exercer a função 
gratificada, mas não assumiu a função. Automaticamente, há a vacância da função. 
EXONERAÇÃO 
Art. 106. Dar-se-á exoneração: 
a) a pedido do funcionário 
b) a critério do Governo quando se tratar de ocupante de cargo em comissão ou interino em cargo 
de carreira ou isolado, de provimento efetivo; 
c) quando o funcionário não satisfizer as condições de estágio probatório; 
d) quando o funcionário interino em cargo de carreira ou isolado, de provimento efetivo, não 
satisfizer as exigências para a inscrição, em concurso; 
e) automaticamente, após a homologação do resultado do concurso para provimento do cargo 
ocupado interinamente pelo funcionário. 
A exoneração pode ocorrer quando o funcionário decide que não quer mais ser servidor e pede a 
exoneração. 
• Interino é a pessoa que está substituindo alguém momentaneamente. 
• O concurso para ser interino, indicado nos itens “d” e “e” do artigo 106, não existe mais. 
Hoje em dia, a autoridade nomeia alguém para ser interino. 
DEMISSÃO 
Art. 107. A demissão será aplicada como penalidade. 
ATENÇÃO!!! 
Exoneração não é punição, podendo, inclusive, o próprio servidor pedi-la. A demissão, por 
outro lado, é uma penalidade. 
SUBSTITUIÇÃO 
Art. 24. Haverá substituição no impedimento do ocupante de cargo isolado, de 
provimento efetivo ou em comissão, e de função gratificada. 
Art. 25. A substituição será automática ou dependerá de ato da administração. § 1º A 
substituição não automática, por período igual ou inferior a 180 (cento e oitenta) dias, far-
se-á por ato do Secretário ou Diretor do Departamento em que estiver lotado o cargo ou 
se exercer a função gratificada. 
§ 2º O substituto perderá, durante o tempo da substituição, o vencimento ou remuneração 
do cargo de que for ocupante efetivo, salvo no caso de função gratificada e opção. 
É muito comum, na Administração Pública, a substituição para atender ao princípio da 
eficiência. Exemplo: o servidor que é chefe de um setor vai entrar de licença médica, de 
férias, ou vai participar de um congresso, ficando quinze dias afastado. Neste caso, deverá 
haver um substituto, já que o setor não pode ficar sem chefe. É para isso que serve a 
substituição. 
A substituição, normalmente, ocorre nos cargos de chefia, direção ou assessoramento. A 
substituição será automática se estiver prevista no regimento interno do órgão. 
Quando o servidor substituir alguém, ele receberá o vencimento referente àquele cargo 
mais elevado que está substituindo. Ele deixará, portanto, de receber o vencimento 
referente ao seu cargo de origem. Dependendo da carreira, o servidor substituto pode 
continuar recebendo seu vencimento de origem, acrescido de uma porcentagem referente 
à gratificação do cargo que estará substituindo. Isso dependerá da lei que regulamenta 
cada carreira. 
DA REMOÇÃO 
Art. 80. A remoção, que se processará a pedido do funcionário ou ex-officio, dar-se-á: 
I – de uma para outra repartição ou serviço; 
II – de um para outro órgão de repartição, ou serviço. 
 § 1º A remoção só poderá ser feita respeitada a lotação de cada repartição ou serviço. § 2º A 
autoridade competente para ordenar a remoção será aquela a quem estiverem subordinados os 
órgãos, ou as repartições ou serviços entre os quais ela se faz. A remoção pode ser com ou sem 
mudança de sede. 
Exemplo: o servidor trabalha em uma escola no bairro A e na escola do bairro B está faltando 
servidor. Este servidor pode, então, ser removido para o bairro B. Esta remoção pode ser feita de 
ofício pela Administração Pública ou a pedido do servidor, podendo ocorrer também para fora da 
sede, fora da cidade. 
DA READAPTAÇÃO 
Art. 81. Dar-se-á readaptação: 
a) nos casos de perda da capacidade funcional decorrente da modificação do estado físico 
ou das condições de saúde do funcionário, que não justifiquem a aposentadoria. 
b) nos casos de desajustamento funcional no exercício das atribuições do cargo isolado de que 
for titular o funcionário ou da carreira a que pertencer. 
Art. 83. Far-se-á a readaptação prevista na alínea “b” do art. 81: 
I – pelo cometimento de novos encargos ao funcionário, respeitadas as atribuições inerentes 
ao cargo isolado ou à carreira a que pertencer, quando se verificar uma das seguintes causas: 
a) o nível mental ou intelectual do funcionário não corresponder às exigências da função que 
esteja desempenhando; 
b) a função atribuída ao funcionário não corresponder aos seus pendores vocacionais. II – Por 
transferência, a juízo da administração, nos casos de: 
a) não ser possível verificar-se a readaptação na forma do item anterior; 
 b) não possuir o funcionário habilitação profissional exigida em lei para o exercício do cargo de 
que for titular; 
c) ser o funcionário portador de diploma de escola superior devidamente legalizado, de título ou 
certificado de conclusão de curso científico ou prático instituído em lei e estar em exercício de 
cargo isolado ou de carreira, cujas atribuições não correspondam aos seus pendores vocacionais, 
tendo-se em vista a especialização. 
 Art. 85. A readaptação por transferência só poderá ser feita mediante rigorosa verificação da 
capacidade intelectual do readaptando. Art. 86. A readaptação será sempre ex-officio e se fará 
nos termos do regulamento próprio. 
ATENÇÃO!!! 
A readaptação, em alguns estatutos (como a Lei n. 8.112/1990, que é o Estatuto federal), é uma 
forma de provimento no cargo. No Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas 
Gerais, não. 
A readaptação ocorre muito, por exemplo, com professores. 
 Exemplo: o professor ficou sem voz e não tem mais condições de exercer sua atividade. Ele 
poderá ser readaptado para exercer uma nova função, com mesmo nível de escolaridade e mesma 
remuneração. Ele vai trabalhar, por exemplo, na biblioteca ou na coordenação, em lugares em 
que não precise usar sua voz como instrumento de trabalho. Assim, a readaptação ocorre por 
limitação física ou mental do servidor, nos casos em que a aposentadoria não se justifique. 
 Nos casos em que o servidor não possui nenhuma condição de trabalho, mesmo em outras 
funções, ele precisa ser aposentado. 
O item “b” do artigo 81 faz referência a situações em que o servidor não dá conta de realizar as 
atribuições do cargo. Ele será então indicado para exercer atividades mais simples que se 
encaixem nas suas condições intelectuais ou suas vocações. 
 O inciso II do artigo 83 tornou-se inócuo, uma vez que não existe mais a opção de transferência 
do servidor para outra carreira. Exemplo: o servidor foi aprovado no concurso para agente de 
polícia. Não existe a possibilidade de ele ser transferido para outra carreira por não dar conta das 
atividades do seu cargo. 
Não existe a possibilidade de readaptação a pedido do servidor, sendo esta sempre realizada de 
ofício. 
 Da Frequência e do Horário 
Art. 92. O expediente normal das repartições públicas será estabelecido pelo Governo, em decreto, 
no qual a determinará o número de horas de trabalho normal para os diversos cargose funções. 
Art. 93. O funcionário deverá permanecer na repartição durante as horas do trabalho ordinário e 
as do expediente. 
Parágrafo único. O disposto no presente artigo aplica-se, igualmente, aos funcionários investidos 
em cargo ou função de chefia. 
O servidor precisa cumprir horário. Caso não cumpra, será descontada parcialmente a sua 
remuneração. Da mesma forma, será descontada a remuneração caso o servidor não vá trabalhar. 
Caso o servidor falte, por exemplo, de quinta a terça, perderá, inclusive, o descanso remunerado 
do sábado e domingo. Ainda, a frequência do servidor é registrada na folha de ponto ou ponto 
eletrônico. 
É impossível que uma lei que regulamenta centenas de carreiras estabeleça um horário fixo de 
frequência. Até porque, existem carreiras com carga horária de seis horas, outras de oito horas, 
algumas trabalham em regime de plantão (como os servidores da polícia, do IML ou da saúde, 
por exemplo). Assim, o horário que o servidor terá que cumprir estará no regulamento 
específico de cada carreira. 
Art. 95. Ponto é o registro pelo qual se verificarão, diariamente, as entradas e saídas dos 
funcionários em serviço. 
Obs.: excepcionalmente, pode haver algum servidor que não precise bater o ponto, mas isso é 
uma grande exceção. No caso do período de trabalho ser antecipado ou prorrogado, o servidor 
receberá hora-extra. 
Art. 98. Para efeito de pagamento, apurar-se-á a frequência do seguinte modo: 
 I – pelo ponto; 
II – pela forma que for determinada, quanto aos funcionários não sujeitos a ponto. 
Parágrafo único. Haverá um boletim padronizado para a comunicação da frequência. 
Art. 99. O funcionário perderá: 
 I – o vencimento ou remuneração do dia, se não comparecer ao serviço; 
II – um quinto do vencimento ou remuneração, quando comparecer depois da hora marcada 
para início do expediente, até 55 minutos; 
III – o vencimento ou remuneração do dia, quando comparecer na repartição sem a observância 
do limite horário estabelecido no item anterior; 
IV – quatro quintos do vencimento ou remuneração, quando se retirar da repartição no fim da 
segunda hora do expediente; 
 V – três quintos do vencimento ou remuneração, quando se retirar no período compreendido entre 
o princípio e o fim da terceira hora do expediente; 
VI – dois quintos do vencimento ou remuneração, quando se retirar no período compreendido 
entre o princípio e o fim da quarta hora; 
VII – um quinto do vencimento ou remuneração, quando se retirar do princípio da quinta hora em 
diante. 
Dos Direitos, Vantagens e Concessões 
 
 IV – abono de família; 
V – gratificações; 
 VI – honorários; 
VII – quotas-partes e percentagens previstas em lei; 
VIII – adicionais previstos em lei. 
Do Vencimento e da Remuneração 
Art. 120. Vencimento é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo 
correspondente ao padrão fixado em lei. 
Art. 121. Remuneração é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo 
correspondente ao padrão de vencimento e mais as quotas ou porcentagens, que, por lei, lhe 
tenham sido atribuídas. 
Vencimento é diferente de remuneração. O vencimento é uma parcela que o servidor irá receber 
como uma contraprestação por ter trabalhado durante o mês. No entanto, o servidor não recebe 
apenas o valor referente ao vencimento, recebendo, também, outras parcelas (como, por exemplo, 
gratificação, auxílio alimentação, indenização etc.) que, somadas, irão totalizar a remuneração 
deste servidor. 
Exemplo: Um servidor do Poder Judiciário federal recebe R$ 6.000,00 de vencimento. Recebe, 
também, R$ 8.000,00 de Gratificação de Atividade Judiciária (GAJ). A remuneração deste 
servidor será de R$ 14.000,00. 
Cargo isolado é aquele que não admite promoção. 
Quando o servidor é nomeado, por exemplo, para um cargo em comissão, ele perderá o seu 
vencimento ou a sua remuneração, passando a receber a remuneração referente ao cargo em 
comissão. Tal matéria está disciplinada nos regulamentos específicos de cada carreira. 
Apesar de estarem previstos no inciso II do artigo 124, o arresto, sequestro ou penhora do 
vencimento ou remuneração quando se tratar de dívida à Fazenda Pública, não é mais permitido. 
Cabe exceção no caso de a dívida à Fazenda Pública estar relacionada ao cargo do servidor. 
Exemplo: servidor que deu prejuízo à Administração Pública. Mesmo neste caso, a jurisprudência 
orienta que, para que tal valor seja descontado de sua remuneração, o servidor deve autorizar este 
desconto. 
Do Abono de Família 
No caso do inciso I do artigo 126, o servidor receberá o abono família pela esposa apenas quando 
esta não estiver trabalhando. Caso a esposa do servidor trabalhe, este não receberá abono família 
com relação a ela. Caso o filho do servidor não esteja estudando, o abono família é devido até os 
21 anos. Caso ele estude, o abono será pago até os 24 anos. 
Não há pagamento de Imposto de Renda sobre o valor referente ao abono de família. 
Do Auxílio para Diferença de Caixa 
O auxílio para diferença de caixa é pago ao servidor que trabalha recebendo valores em dinheiro 
para o Estado. Nestes casos, pode dar uma diferença no caixa, por causa de um troco errado, por 
exemplo. Este auxílio é para compensar esta diferença. Trata-se, hoje em dia, de um artigo 
inócuo. 
Da Ajuda de Custo 
Exemplo: O servidor mora em Uberaba e passa a exercer um cargo em comissão em Belo 
Horizonte. Este servidor receberá uma ajuda de custo para realizar a mudança de cidade. 
Quando o servidor voltar a morar em Uberaba, receberá uma nova ajuda de custo. 
A ajuda de custo terá como base o vencimento do servidor, sendo de, no mínimo, o equivalente 
a um mês de vencimento e, no máximo, três meses. Exceção: Caso o servidor se mude para 
algum país estrangeiro, esta ajuda de custo poderá ultrapassar o equivalente a três meses de 
vencimento. 
Na hipótese do inciso II do artigo 135, quem paga a ajuda de custo é o cessionário, o órgão que 
receberá o servidor. Exemplo: o Estado de Minas Gerais cede um servidor para trabalhar em um 
Ministério, na União. Quem pagará a ajuda de custo para o servidor será a União. 
A diária é paga ao servidor quando este vai participar de congressos ou reuniões em outras 
cidades, para compensar despesas com alimentação, hospedagem, transporte etc. 
GRATIFICAÇÃO 
A Constituição Federal estabelece que a gratificação por hora-extra deve ser paga com, no 
mínimo, 50% em relação à hora normal de trabalho do servidor. Esta normativa também está 
prevista na Constituição Estadual de Minas Gerais 
Das Férias 
Art. 152. O funcionário gozará, obrigatoriamente, por ano vinte e cinco dias úteis de férias, 
observada a escala que for organizada de acordo com conveniência do serviço, não sendo 
permitida a acumulação de férias. 
DECRETO 44693, DE 28/12/2007 
Art. 1º O gozo de férias regulamentares do servidor público estadual, no âmbito do Poder 
Executivo, rege-se pela Lei n. 869, de 5 de julho de 1952 e por este Decreto. Art. 
2º O servidor público estadual gozará, por ano, vinte e cinco dias úteis de férias regulamentares. 
 § 1º Na elaboração da escala, não será permitido que entrem em gozo de férias, em um só mês, 
mais de um terço de funcionários de uma seção ou serviço. 
§ 2º É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho. 
 § 3º Ingressando no serviço público estadual, somente depois do 11º mês de exercício poderá o 
funcionário gozar férias. 
É vedado ao servidor deixar de contabilizar as faltas injustificadas que tiver, descontando-
as dos seus dias de férias. Exemplo: O servidor faltou cinco dias. Não poderá pedir que seu 
chefe desconte estes cinco dias de suas férias. 
Art. 153. Durante as férias, o funcionário terá direito ao vencimento ou remuneração e a todas as 
vantagens, como se estivesse em exercício exceto a gratificação por serviço extraordinário. 
 Art. 154. O funcionário promovido, transferido ou removido,quando em gozo de férias, não será 
obrigado a apresentar-se antes de terminá-las. 
DAS FÉRIAS-PRÊMIO 
A redação do caput do artigo 156 da Lei Estadual n. 869/1952 já não está mais vigente, devendo 
ser considerado, com relação às férias-prêmio, o disposto no artigo 31, § 4º, da Constituição 
Estadual de Minas Geral, que prevê: Serão concedidas ao servidor ocupante de cargo de 
provimento efetivo e função pública férias-prêmio com duração de três meses a cada cinco 
anos de efetivo exercício no serviço público do Estado de Minas Gerais. 
Licença à Funcionária Gestante 
LEI ESTADUAL N. 18.879/1910. 
Art. 1º Fica instituído, no âmbito da administração pública direta, autárquica e fundacional do 
Poder Executivo estadual, programa destinado a prorrogar por sessenta dias a duração da licença-
maternidade. 
 Art. 2º Serão beneficiadas pela prorrogação da licença-maternidade as servidoras públicas lotadas 
ou em exercício nos órgãos e entidades da administração pública direta, autárquica e fundacional 
do Poder Executivo estadual. A licença-maternidade terá duração de 120 dias + 60 dias de 
prorrogação, totalizando 180 dias. 
§ 1º A prorrogação será automática e concedida à servidora pública que requeira a licença-
maternidade prevista no art. 17 da Lei Complementar n. 64, de 25 de março de 2002. 
§ 2º O início da prorrogação dar-se-á no dia subsequente ao do término da vigência da licença-
maternidade. 
“Os prazos da licença adotante não podem ser inferiores aos prazos da licença gestante, o 
mesmo valendo para as respectivas prorrogações. Em relação à licença adotante, não é 
possível fixar prazos diversos em função da idade da criança adotada”. 
Licença para tratar de interesses particulares: tempo para outras atividades pessoais, como: 
mudança de país, Estado e estudo. Para o requerimento dessa licença, o servidor deverá ter 
dois anos de efetivo exercício. Esta Lei, especificamente, não coloca um prazo de tempo 
máximo, mas, de acordo com o decreto n. 28.039 (2 de maio de 1988), o tempo máximo previsto 
é de 24 meses. É um ato discricionário, o servidor faz o pedido e o órgão verificará se concederá 
ou não a liberação. 
Art. 179. Depois de dois anos de exercício, o funcionário poderá obter licença, sem vencimento 
ou remuneração, para tratar de interesses particulares. 
Na parte de administração/RH de concursos do Estado de Minas Gerais, entre as perguntas mais 
frequentes, é retomada a seguinte sentença: a licença pode ser requerida durante o estágio 
probatório? Sim, desde que o servidor trabalhe por dois anos, retire a sua licença e, ao 
retornar, cumpra mais um ano do seu estágio probatório. 
***O retorno ao exercício do servidor público estadual, convocado para prestar serviço 
militar e que permaneceu incorporado pelo menos um ano, poderá ocorrer no prazo de 15 
DIAS. 
REVISANDO... 
O servidor poderá ser licenciado por motivo de doença em pessoa de sua família. 
O servidor interino e de comissão não possuem direitos à licença. 
 Licenças para tratamento de saúde são de responsabilidade do Governador. 
A licença médica não terá o tempo estipulado, o caso será informado por laudos e atestados 
médicos e eles validarão ou não a sua prorrogação 
DIREITO A PETIÇÃO 
Direito de petição representa a forma, a possibilidade, que o servidor público tem para 
comunicar-se com o órgão em que trabalha. 
Por exemplo: o servidor vai solicitar uma licença para tratar de questões particulares, ele vai 
preencher um formulário com o pedido e isso vai gerar um processo. Exemplo 2: o órgão não 
depositou 1/3 de férias que o servidor tinha direito, o servidor vai utilizar o direito de petição para 
fazer o pedido. 
É a representação, a comunicação com o órgão em que o servidor trabalha. Além disso, é 
dever do servidor representar contra qualquer ilegalidade, omissão ou abuso de poder. Se o 
servidor possui ciência de algum desses pontos, deve agir e fazer a devida representação para uma 
autoridade superior àquela que está supostamente praticando a ilegalidade. 
O servidor entrega o pedido ao seu chefe imediato e este é quem irá despachá-lo, em razão da 
hierarquia que há dentro da Administração. 
Por exemplo: se o pedido feito pelo servidor for atendido, encerra nesse momento. Se indeferido, 
poderá haver o pedido de reconsideração. O pedido de reconsideração será direcionado à mesma 
autoridade que indeferiu o pedido. Se a reconsideração for deferida, encerra o processo. Se 
indeferida, o servidor poderá interpor recurso para a autoridade superior. 
 A autoridade que recebe o pedido inicial possui 30 dias para decidir, é o mesmo prazo para 
o pedido de reconsideração (30 dias). Se não houver a reconsideração, haverá a interposição de 
recurso para a autoridade superior. Exemplo: o pedido de reconsideração foi direcionado ao chefe 
do Departamento Pessoal e o recurso ao Diretor Geral do órgão. 
*** O que é importante memorizar é que o pedido de reconsideração é para a mesma 
autoridade e o recurso para a autoridade superior. 
Quantas vezes é possível recorrer? Vai depender do regulamento de cada órgão. 
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os artigos anteriores 
deverão ser despachados no prazo de cinco dias e decididos dentro de trinta, improrrogáveis. 
Ou seja, quando o servidor entrega o pedido para o chefe, este possui 05 dias para despachar 
o pedido. 
Art. 194. Caberá recurso: 
I – do indeferimento do pedido de reconsideração; 
 II – das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. 
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou 
proferido a decisão e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades. Por 
exemplo, pode chegar até o Governador, o presidente do legislativo. 
Um recurso pode ter efeito devolutivo ou suspensivo. A legislação dispõe que o recurso não 
possui efeito suspensivo, logo ele possui apenas efeito devolutivo. Ou seja, o processo é devolvido 
para uma autoridade superior para fazer a reavaliação. 
 Por exemplo: um servidor foi demitido e entrou com recurso. Nesse momento, a demissão dele 
não será cancelada só porque ele recorreu. A demissão continuará cumprindo seus efeitos 
jurídicos até que a autoridade decida no final. Agora se o recurso tiver efeito suspensivo, nesse 
caso, paralisa o ato praticado pela Administração. A regra é o efeito devolutivo. 
O normal é a prescrição ocorrer junto com a prescrição da possível ação do Poder Judiciário. 
Prescrição é a perda do direito de ação. Se o servidor não fizer seu pedido, não entrar com o 
requerimento dentro de determinado período estabelecido nos prazos de processos, acaba 
perdendo o direito. Prescrição é isso. É a perda do direito de ação. Existe um ditado conhecido no 
mundo do Direito que diz: “o direito não socorre os que dormem”, ou seja, se a pessoa dormiu 
perdeu o direito. 
Concessões 
Art. 201. Sem prejuízo do vencimento, remuneração ou qualquer outro direito ou vantagem 
legal, o funcionário poderá faltar ao serviço até oito dias consecutivos por motivo de: 
a) casamento; 
b) falecimento do cônjuge, filhos, pais ou irmãos. 
Art. 203. Poderá ser concedido transporte à família do funcionário, quando este falecer fora da 
sede de seus trabalhos, no desempenho de serviço. 
Por exemplo: o servidor fez uma viagem a serviço e acabou falecendo, a Administração 
providenciará transporte à família. 
Art. 206. A administração, em igualdade de condições, preferirá para transferência ou 
remoção da localidade onde trabalha, o funcionário que não seja estudante. 
 Por exemplo: se for necessário remover um servidor de ofício e houver dois servidores nessa 
condição e um for estudante, a preferência recairá sobre o outro para não prejudicar o estudo. 
Art. 207. Ao funcionário estudante matriculado em estabelecimento de ensino será concedido, 
sempre que possível, horário especial de trabalho que possibilitea frequência regular às aulas. 
 Parágrafo único. Ao funcionário estudante será permitido faltar ao serviço, sem prejuízo do 
vencimento, remuneração ou vantagens decorrentes do exercício, nos dias de prova ou de 
exame. 
Ou seja, nos dias de prova que o servidor precisar faltar, não será descontado de sua remuneração. 
Art. 88. Serão considerados de efetivo exercício para os efeitos do artigo anterior os dias em que 
o funcionário estiver afastado do serviço em virtude de: 
– férias e férias-prêmio; 
 II – casamento, até oito dias; 
 III – luto pelo falecimento do cônjuge, filho, pai, mãe e irmão até oito dias; 
 IV – exercício de outro cargo estadual, de provimento em comissão; 
V – convocação para serviço militar; 
 VI – júri e outros serviços obrigatórios por lei; 
 VII – exercício de funções de governo ou administração em qualquer parte do território estadual, 
por nomeação do Governador do Estado; 
VIII – exercício de funções de governo ou administração em qualquer parte do território nacional, 
por nomeação do Presidente da República; 
IX – desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal 
 Memorizar da seguinte forma para ficar mais fácil: quando o servidor receber a remuneração e 
ficar afastado de seu cargo, esse período é contado para todos os efeitos, ou seja, para promoção 
na carreira, aposentadoria, progressão funcional, disponibilidade, é considerado como se ele 
estivesse em exercício. 
Porém, se o servidor sai de licença e fica afastado sem remuneração, esse período não é contado 
para aposentadoria, pois nosso sistema hoje é contributivo, se o servidor contribui esse período 
serve para aposentar, se o servidor não contribui, esse período não é contado para aposentadoria. 
O inciso IX só não é contado para promoção por merecimento, conforme dispõe a 
Constituição Federal de 1988, pois se o servidor está afastado de seu cargo para ocupar um cargo 
eletivo (deputado, senador), ele não pode ser promovido por merecimento. Na promoção por 
merecimento, é realizada uma avaliação do servidor para verificar se ele realmente merece, 
logo não tem como ele ser promovido por merecimento se ele não está exercendo seu 
trabalho. Promoção por antiguidade continua. 
Art. 89. Na contagem de tempo para os efeitos de aposentadoria, computar-se-á integralmente: 
O art. 89 refere-se apenas aos efeitos de aposentadoria. Os outros artigos referem-se a tudo. O 
tempo de serviço é contado para tudo, por exemplo, férias prêmio, qualquer promoção na carreira 
etc. 
Por exemplo, o tempo de serviço contado antes do ingresso na carreira pública, exemplo, se 
trabalhou em uma farmácia, comércio, indústria, se ele contribuiu para o INSS durante esse 
período também será contado para aposentadoria no serviço público. 
Outro exemplo: um servidor público federal há 15 anos que passa em um concurso estadual. Esse 
período contribuído no serviço público federal da União também será considerado para efeitos de 
aposentadoria no serviço público estadual. Se contribuiu antes, ótimo, se não contribuiu não tem 
como computar. 
Por exemplo, se o servidor público exerceu algum cargo em comissão, trabalhou temporário, tudo 
isso também é contado para efeitos de aposentadoria. 
Por exemplo, quando servidor público é cedido para trabalhar em outro órgão, também possui 
período contado para aposentadoria. 
 f) o tempo de serviço prestado, pelo funcionário, mediante a autorização do Governo do Estado, 
às organizações autárquicas e paraestatais; 
Atualmente, não se utiliza mais “paraestatais” para esse assunto, mas sim empresa pública ou 
sociedade de economia mista. 
Por exemplo: o servidor público foi vereador ou deputado no passado e nessa época contribuiu 
para o INSS, essa contribuição também será contada. 
Obviamente, não é possível computar de forma simultânea. Por exemplo: o servidor ocupa dois 
cargos públicos permitidos pela Constituição Federal, professor da União e professor do estado 
de Minas Gerais. Cada cargo será contado de forma independente. Por exemplo, ele tem 15 anos 
em um cargo e 20 anos em outro, o servidor não pode dizer que possui 35 anos de contribuição 
porque as contribuições de cada cargo são independentes. 
Agora, vamos estudar a respeito das responsabilidades. O servidor, no exercício da função, poderá 
responderá nas esferas civil, penal e administrativa. 
 Por exemplo: o servidor desviou verba pública e recebeu propina para agir dessa forma. Ele vai 
responder tanto na esfera administrativa (pode gerar demissão), como na civil (improbidade 
administrativa), como na penal (corrupção, por exemplo). Também poderá responder em 
apenas uma esfera se não atingiu as demais esferas. As esferas são independentes entre si, mas 
podem cumular. 
Art. 209. A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo, que importe em 
prejuízo da Fazenda Estadual, ou de terceiro. 
Por exemplo, o servidor estava dirigindo o veículo de um órgão acabou provocando um acidente. 
Ocorre responsabilidade civil. O Estado indeniza o prejuízo do lesado e pode entrar com uma 
ação de regresso contra o servidor. A lei também permite o pagamento de forma parcelada. 
Poderá ocorrer o parcelamento de cada parcela, mas este não poderá ser superior à 10% do valor 
da remuneração. 
Suspensão Preventiva 
Serve para o servidor não atrapalhar as investigações de um processo disciplinar. Por exemplo: 
pode ser que se o servidor estiver trabalhando ele queira destruir provas, alterar o sistema do 
órgão, aliciar subordinados, entre outras coisas. Para que isso não ocorra, pode ser determinada a 
ele uma suspensão preventiva, que não é uma penalidade, serve apenas para o servidor não 
atrapalhar as investigações. É uma medida cautelar. 
A suspensão preventiva é com remuneração. O prazo é de 30 dias, podendo chegar a 60 dias 
ou até 90 dias. Esse prazo é o mesmo prazo do processo administrativo: 60 dias podendo ser 
prorrogado por até 90 dias.

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