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TERAPIAS ALTERNATIVAS EM ESTÉTICA (3)

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TERAPIAS ALTERNATIVAS 
EM ESTÉTICA
PROF.A MA. SUSYANE DIANIN GOZZI
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-Reitoria Acadêmica
Maria Albertina Ferreira do 
Nascimento
Diretoria EAD:
Prof.a Dra. Gisele Caroline
Novakowski
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Fernando Sachetti Bomfim
Marta Yumi Ando
Simone Barbosa
Produção Audiovisual:
Adriano Vieira Marques
Márcio Alexandre Júnior Lara
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção: 
Cristiane Alves
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de 
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios 
não vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande 
responsabilidade sobre as escolhas que 
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida 
acadêmica e profissional, refletindo diretamente 
em nossa vida pessoal e em nossas relações 
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade 
é exigente e busca por tecnologia, informação 
e conhecimento advindos de profissionais que 
possuam novas habilidades para liderança e 
sobrevivência no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a 
Distância, a proporcionar um ensino de qualidade, 
capaz de formar cidadãos integrantes de uma 
sociedade justa, preparados para o mercado de 
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................4
1. ENERGIA VITAL .........................................................................................................................................................5
2. HOLISMO ..................................................................................................................................................................6
2.1 TIPOS DE PARADIGMAS ......................................................................................................................................... 7
3. MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC) ..........................................................................................................9
3.1 ENERGIA VITAL – CLASSIFICAÇÃO ...................................................................................................................... 10
4. AURICULOTERAPIA ................................................................................................................................................ 14
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................... 16
INTEGRAÇÃO CORPO, MENTE E EMOCIONAL
PROF.A MA. SUSYANE DIANIN GOZZI 
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
TERAPIAS ALTERNATIVAS EM ESTÉTICA
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), na Unidade 1, iniciaremos nossos estudos sobre as Terapias 
Complementares. Elas fazem parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares 
(PNPIC) do Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006. São utilizadas como complemento 
aos tratamentos e auxiliam no tratamento tradicional. Essas terapias analisam o indivíduo, o 
ser humano, como um todo, e não simplesmente como parte. O paciente é avaliado e tratado 
física, emocional, espiritual e psicologicamente. Ademais, tais terapias auxiliam no processo de 
cura de forma integrada ao tratamento, controlando os sintomas e gerando melhor qualidade 
de vida aos pacientes. Seus benefícios são muitos: melhora no sono, alívio de dores, regulação 
da pressão arterial, auxílio em situações de doenças crônicas e agudas, aumento do sistema 
imunológico e vitalidade, equilíbrio emocional, maior relaxamento e diminuição do estresse, 
melhora na qualidade de vida, maior clareza mental e remoção de toxinas do organismo. Também 
favorecem um maior controle das emoções, auxiliando no direcionamento de energias negativas, 
transformando-as em positivas e eliminando bloqueios que a pessoa possa ter.
Iniciaremos esta unidade tratando da energia vital ou energia psíquica, ou seja, a energia 
gerada pelos pensamentos e emoções. É a energia bioenergética, sem a qual nós morreremos. 
Quando nosso cérebro para de gerar energia (impulsos elétricos), estamos mortos. É o que a 
Medicina chama de morte cerebral. A energia vital é a parte energética de nosso organismo, 
conhecida há milhares de anos por muitas culturas e religiões. Com a energia vital, compreendemos 
a formação do universo e a nossa formação. 
Vamos lá?!
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1. ENERGIA VITAL
Figura 1 - Energia vital. Fonte: Escola Biocentro (2020).
Tudo no universo é feito de energia: os animais, as pessoas, a natureza, os objetos, os bens, 
enfim, tudo o que está ao nosso redor, inclusive nós mesmos. Em virtude disso, promovemos 
troca de energia desde pequenos gestos até pensamentos, movimentos e grandes ações (LOSIER, 
2007).
Até o século XX, a teoria mecanicista predominava. Ela pregava que o ser era indivisível, 
consistindo de partículas pequenas e distintas, os átomos. A mecânica quântica vem mostrar 
que o mundo microscópico é diferente do que até então se entendia. Surgiu, então, uma nova 
visão. Os conteúdos e evidências antes identificados ou aceitos pelos cientistas sobre a maneira 
de entender, perceber e agir a respeito do mundo mudaram. Com essa nova visão, alguns 
pessimistas podem afirmar que a mecânica quântica só funciona para o mundo microscópico e 
que, sabendo da nossa realidade macroscópica, o que realmente predomina e faz sentido são as 
Leis de Newton. Seria como afirmar que somos feitos de células, mas as propriedades das células 
não têm nada a ver conosco. Existe a realidade quântica no mundo em que vivemos. E afirmar 
que a mecânica quântica não influencia o mundo macroscópico é incoerente, uma distorção e 
negação da realidade (SOUZA, 2005).
Em 1905, Albert Einstein publicou dois artigos que foram o início das rupturas conceituais 
revolucionárias. Um deles era sobre a teoria espacial da relatividade. O outro foi considerado 
o embrião da futura física quântica, só desenvolvida 20 anos após sua publicação. Os artigos 
romperam com os dois conceitos básicos da visão mecanicista do mundo: (I) inexiste um fluxo 
universal do tempo, como aprendemos a vê-lo; (II) massa é uma forma de energia, não mais o 
que pensávamos antes. Espaço e tempo acham-se intimamente vinculados, não se podendo falar 
de um sem se falar do outro. A física quântica tenta elucidar essas questões e, com isso, cria um 
novo paradigma.
Segundo Eugen Wingner, prêmio Nobel em Física, o papel da consciência no âmbito da 
teoria quântica é imprescindível. A consciência do sujeito que examina a trajetória de um elétron 
define como será seu comportamento. A partícula é despojada de seu caráter específico se não 
for submetida à análise racional do observador. Tudo se interpenetra e se torna interdependente, 
mente e matéria (CAPRA, 2001).
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Nós somos feitos de energia, assim como tudo o que existe no universo e ao nosso redor. 
As pessoas, nossos objetos e bens, a natureza, os animais, tudo. Por isso, em nosso dia a dia, 
fazemos troca energética desde os pequenos pensamentos atéàs grandes ações. Existem algumas 
leis que nos ajudam a compreender como utilizar essas energias a nosso favor. Você já ouviu falar 
em lei da atração e em como utilizá-la em sua vida? Pois bem, essa lei, assim como as demais 
leis da física, é comprovada cientificamente e nos traz inúmeros ganhos. A lei da atração é a 
capacidade que temos de criar a nossa realidade (LOSIER, 2007).
Agora que já vimos do que somos formados, podemos dar continuidade aos nossos 
estudos. Tratemos agora do holismo.
2. HOLISMO
Figura 2 - Holismo e um novo paradigma. Fonte: Medeiros (2015).
A palavra holismo vem do grego holos, que significa “inteiro” ou “todo”. Pressupõe, 
portanto, que o universo é um todo integrado, orgânico e dinâmico, e que o homem e a vida 
em si são como entidades únicas, completas e intimamente associadas. Isso quer dizer que o ser 
humano é corpo e mente juntos.
https://osegredo.com.br/o-segredo-da-lei-da-atracao-a-grande-matematica-do-universo/
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Para que possamos entender melhor, é necessário diferenciarmos os dois paradigmas: 
o paradigma cartesiano-newtoniano e o paradigma holístico. Aquele propõe a racionalidade, a 
objetividade e a quantificação como as únicas maneiras de se chegar ao conhecimento. O foco 
é a doença, ou seja, trata-se apenas a doença. Por sua vez, o paradigma holístico propõe novas 
construções e atitudes, sendo seu foco o doente, ou seja, trata-se o todo do doente.
2.1 Tipos de Paradigmas
O paradigma newtoniano-cartesiano é:
• Mecanicista.
• Imediatista.
• Trata a consequência.
• Físico.
• Segmentação.
O paradigma holístico/ecológico é:
• Todo.
• Sequencial.
• Trata a causa.
• Não há divisões.
• Doença-consequência.
O plano holismo surgiu de uma crise na ciência. O Planeta Terra está doente, contaminado, 
poluído, e seus habitantes, enfermos. A saúde pública e os governantes não podem mais ignorar 
os fatos, e os novos caminhos apontam para o holismo (CAPRA, 2001). Métodos holísticos têm 
como propósito atuar não apenas sobre um sistema, mas em todos os sistemas do organismo, 
influenciando a força vital do paciente de modo positivo por meio da manipulação do sistema 
energético do corpo.
Para o médico Andrew Weil, da University of Arizona, a medicina alopática e o cuidado 
tradicional à saúde são apropriados para cerca de 10% a 20% de todos os problemas de saúde e 
para os restantes 80% a 90%, entre os quais não há emergência nem existe a necessidade de se 
fazerem intervenções vigorosas. Há tempo suficiente para experimentar outros métodos e terapias 
alternativas que são menos dispendiosas, mais seguras e até mais eficazes por trabalharem com os 
mecanismos curativos do próprio corpo (LEVIN; JONAS, 2001).
O pioneiro do paradigma holístico foi o filósofo Jan Smuts (1870-1950). Ele criou o termo 
holismo quando divulgou seu livro, em 1926. Para ele, há uma continuidade evolutiva entre 
matéria, vida e mente. No ano de 1967, Arthur Koestler desenvolveu o conceito de Hólon, levando 
em consideração a dinâmica todo-e-partes. O antropólogo Teilhard de Chardin discutiu a lei da 
complexidade-consciência, propondo novas uniões entre partes e partículas, rumo ao todo-um. 
O psicólogo Carl Rogers e a sua tendência realizadora do ser humano também buscaram um 
novo rumo e um diferente modelo explicativo (TEIXEIRA, 1996).
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No Oriente, as construções são antigas e estão descritas em diversos tratados tradicionais de 
várias das tendências orientais. Compreende-se, assim, que se torna necessária uma aproximação 
com tais culturas, pois elas têm bases holísticas e podem nos levar a novos rumos e novos mundos 
(CREMA, 1989).
A saúde holística evidencia uma aproximação entre o saber da ciência e o saber do 
conhecimento popular. Essa união evidencia uma enorme valia na construção de novas 
formas integrativas de saúde. Os modelos místicos e diversas culturas tradicionais precisam ser 
conhecidos, estudados e integrados ao modelo holístico de saúde que se quer. Ao longo do tempo, 
os sistemas de saúde oscilaram entre modelos reducionistas e modelos holísticos. 
Dois grandes modelos vêm influenciando o pensar, o fazer e o viver saúde e doença. 
São os modelos xamanísticos e os modelos seculares. O modelo xamanístico (mágico-religioso) 
tem suas origens nas culturas antepassadas. A doença é consequência de alguma desarmonia 
em relação à ordem cósmica. Está relacionada ao contexto sociocultural em que a enfermidade 
ocorre. Os modelos seculares (origem na época vivida) têm sua origem nos sistemas médicos que 
foram organizados a partir de um conjunto de técnicas transmitidas por meio de textos escritos. 
Dois antigos sistemas médicos, um ocidental e um oriental, ilustram tais modelos. O 
sistema ocidental, hipocrático, emergiu de uma tradição grega de cura. No âmago da medicina 
hipocrática, as doenças são consideradas fenômenos naturais que podem cientificamente ser 
estudados e influenciados por procedimentos terapêuticos e pela judiciosa conduta ou disciplina 
de vida de cada indivíduo. Em oposição, os chineses não estavam muito interessados em relações 
causais, mas nos modelos sincrônicos de coisas e eventos. Esse pensamento é do tipo correlativo 
e dinâmico. A concepção do corpo como um sistema está bem próxima da atual abordagem 
holística.
No Brasil, ocorreram em 1987, em Brasília, o I Congresso Holístico Internacional e o I 
Congresso Holístico Brasileiro. Foi nesse evento que aflorou a Carta de Brasília, que reafirma a 
relação entre o homem e o universo, entre a parte e o todo, e enfatiza as consequências concretas 
da descoberta da complementaridade entre ciências e costumes populares (CREMA, 1989). No 
Brasil, surgem a Fundação Cidade da Paz e a Universidade Holística Internacional de Brasília 
para atuarem na construção de pontes entre as diversas ciências e as diversas experiências. O 
movimento tem por objetivo unir as comunicações entre cientistas, pesquisadores e demais 
interessados. 
A Universidade Holística de Paris, fundada em 1980 pela psicóloga Monique Thoenig, foi 
um marco decisivo no avanço do debate sobre o paradigma holístico. Na busca de pontes, emerge 
a holoepistemologia para sustentar uma evolução do saber, compatível com a evolução do ser. 
Nessa nova epistemologia, há espaço para o subjetivo e o transpessoal. O paradigma holístico 
propõe um reencontro universal entre as ciências e entre elas e as tradições de sabedoria. Com 
base em uma visão sistêmica e atitude transdisciplinar, o novo paradigma começa a provocar 
reflexões nas diversas áreas do saber científico. Não dá mais para conviver com concepções rígidas 
e imutáveis. Com um pé no antigo, avançaremos para criar o novo, redescobrindo e resgatando 
o conteúdo da caixa preta de pandora do universo, a filosofia perene, e novamente acatando os 
ensinamentos do velho sábio cujo arquétipo vive em cada um de nós (SCHABBEL, 1994).
Atualmente, no Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, de forma integral e gratuita, 
29 procedimentos de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) à população. Os atendimentos 
começam na Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS. Fundamentando a atenção 
básica e os serviços de média e alta complexidades, existem atualmente 9.350 estabelecimentos de 
saúde no País, ofertando 56% dos atendimentos individuais e coletivos em PICS nos municípios 
brasileiros, compondo 8.239 (19%) estabelecimentos na Atenção Básica, os quais ofertam PICS, 
distribuídos em 3.173 municípios (BRASIL, 2015).
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3. MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC)
Você com certeza já ouviu falar de alguma técnica da MTC. Afinal, elas estão presentes em 
nossas vidas e, às vezes, não sabemos sua história ou de ondesurgiu. Você pode estar pensando: 
“Eu nunca ouvi falar”. Mas deve estar enganado. Estamos falando de acupuntura, shiatsu, 
reiki, chakras, shantala, reflexologia, fitoterapia, aromaterapia, cromoterapia, yoga, meditação, 
homeopatia, quiropraxia, osteopatia e muito mais. Agora que você sabe o que vamos estudar, 
vamos lá!
A MTC é um sistema que foi criado na China há centenas de anos. Existem relatos da 
prática desde o século II a.C. A Medicina chinesa sustenta que existem canais de energia em 
nosso corpo, os meridianos, que são por onde circulam as nossas energias vitais (doravante, QI). 
Essa energia é a base de tudo: tudo o que se encontra no mundo é resultado do movimento e 
transformação dessa energia (ROCHA, 2009).
Um indivíduo está com depressão, sente-se fraco, sem vontade de comer e sem 
vontade de estar com pessoas. Não consegue trabalhar, não dorme e sua vontade 
é ficar na cama. Enfim, encontra-se debilitado. Se se analisar o indivíduo sob o 
ponto de vista do paradigma mecanicista, qual será o tratamento indicado? Com 
certeza, o tratamento será feito com o uso de antidepressivos e calmantes. 
Mas e se o tratamento seguir o paradigma holístico? Como será? O indivíduo 
também será diagnosticado com depressão. A diferença é que agora não serão 
administrados apenas medicamentos. Vai-se além, descobrindo-se de onde vem 
a depressão, sua causa e, claro, indicando tratamentos com vistas à melhora na 
qualidade de vida do indivíduo. Conseguiu entender a diferença?
O paradigma holístico vai além da doença, buscando a causa para que, assim, o 
indivíduo seja curado. Analisa-se o todo do indivíduo, desde onde vive, do que se 
alimenta, suas emoções e sentimentos. Busca-se a cura do todo.
Holismo na estética significa a integralidade, as diversas terapias no tratamento 
do cliente em busca da homeostase dos campos físico, mental e emocional, 
promovendo saúde. Por isso, a cada dia surge a necessidade de proporcionar 
bem-estar e qualidade de vida com as técnicas milenares e modernas a fim de 
trazer harmonia e autoconhecimento ao cliente.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A concepção chinesa de saúde/doença é holística e, portanto, aborda uma visão do homem 
como entidade completa, cujas partes e funções estão integradas e não são passíveis de divisão 
(KUREBAYASHI, 2007). Essa abordagem difere da forma ocidental de Medicina atual, em que, 
cada vez mais, a especificidade, a definição exata de partes e a minuciosidade de detalhes da 
doença acabam por levar ao esquecimento do ser humano total (LAPLANTINE; RABEYRON, 
1989).
Compreenderemos um pouco mais do pensamento oriental da MTC. Alguns princípios 
básicos (tais como o Tao, Yin e Yang, Chi, Meridianos, Teoria dos órgãos Zang Fu e Teoria dos 
Cinco Elementos) serão apresentados a seguir (MACIOCIA, 2007).
3.1 Energia Vital – Classificação
A ideia do Tao é extremamente profunda e complexa e uma das mais importantes da 
filosofia chinesa. A concepção do Tao dentro da Medicina chinesa tem como premissa básica 
a noção de que a relação de equilíbrio e harmonia entre o homem e a natureza é a essência da 
manutenção da saúde (TESSER, 2010).
O QI, chamado de energia ou sopro vital, é a força essencial existente no ser humano; é o 
que lhe permite estar vivo e realizar as tarefas. Na China, matéria e energia são indissociáveis, pois 
a própria matéria é energia, que se manifesta de forma mais condensada (FAUBERT; CREPON, 
1990).
O QI possui três classificações:
• YUAN QI: é chamada de energia ancestral, que surge já na união do óvulo com o 
espermatozoide. Ao longo da vida, essa energia vai diminuindo e é responsável pela 
morte natural.
• YONG QI: conhecida como a energia da alimentação ou essencial, é uma energia 
decorrente dos alimentos que comemos.
• WEI QI: essa energia tem por função dar proteção e defesa ao organismo.
A energia QI se encontra de duas formas: energia YIN, que é mais condensada, e a energia 
YANG, que é mais pura e rarefeita. Uma está dentro da outra. Todo elemento Yin tem um pouco 
de Yang, e vice-versa. Consequentemente, um não vive sem o outro (YAMAMURA, 2006).
Figura 3 - Energia Yin (escuro) e Yang (claro). Fonte: Wikipédia (2020).
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Compreendamos um pouco o que essa energia significa para nós. O Yin representa noite, 
escuridão, frio, superfícies internas do corpo, lua, calma e o feminino. O Yang representa sol, 
calor, fogo, sistema nervoso central e o masculino.
Em nosso corpo, certos locais acumulam mais energia Yang, como a cabeça, costas e face 
externa dos membros. Outros locais são mais Yin, como os membros inferiores, a região ventral 
e a face interna dos membros (TESSER, 2010).
A doença é o rompimento desse equilíbrio e pode ser diagnosticada pelo excesso ou 
deficiência de Yin ou Yang. Quando há desequilíbrio, o fluxo de energia vital existente em todos 
os indivíduos não circula de forma contínua, impossibilitando as atividades normais (TESSER, 
2010).
A MTC se fundamenta na integração e interação entre o ser humano e a natureza, na 
manutenção da saúde e na prevenção da doença, visando a harmonizar o estado de saúde geral 
das pessoas (YAMAMURA, 2006). 
Os canais de energia são os meridianos. Eles são os caminhos por onde flui o Chi em 
nosso organismo. É aí que se encontram os pontos de acupuntura (ECKERT, 2002). 
Para a MTC, existem 12 meridianos principais, que se distribuem superficialmente e na 
forma de pares; ou seja, para cada meridiano Yin, há um meridiano Yang correspondente. São 
eles: meridiano do Pulmão (P) e Intestino Grosso (IG); Baço-Pâncreas (BP) e Estômago (E); 
Coração (C) e Intestino Delgado (ID); Rins (R) e Bexiga (B); Fígado (F) e Vesícula Biliar (VB); e 
“funções” 2 : Pericárdio (MC) e Triplo-Aquecedor (TR) (TESSER, 2010).
Figura 4 - Meridianos do Shiatsu. Fonte: Minha Massagem (2019).
Os cinco elementos são os componentes básicos que constituem a natureza de acordo com 
a MTC. Nosso organismo, que é regido pelos mesmos princípios da natureza, sofre a influência 
dos cinco elementos em suas atividades fisiológicas. São chamados também de cinco movimentos 
ou cinco manifestações das energias da natureza. Manifestam-se por meio da interação existente 
entre Yin e Yang e são eles: a madeira, o fogo, a terra, o metal e a água (TESSER, 2010).
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Figura 5 - Elementos da MTC. Fonte: Santos (2020).
Saúde significa um estado de equilíbrio entre os cinco elementos (fogo, terra, metal, 
madeira e água) e entre os dois aspectos opostos (Yin e Yang). Esse equilíbrio é responsável pela 
harmonia entre corpo, mente e espiritualidade. As doenças são vistas como uma ruptura com tal 
harmonia, pois comprometem as funções do organismo (NASCIMENTO, 2006). Os sintomas 
e sinais diagnosticados são interpretados como relacionados aos órgãos, vísceras, tendões, 
músculos, sistema circulatório, linfático etc. Constituem-se, assim, as síndromes energéticas, que 
indicam o tipo de desequilíbrio do corpo em dado momento. Compreende-se que os sintomas 
não são a causa da patologia, mas simplesmente uma expressão da desarmonia presente. A causa 
da desarmonia/doença provém de desequilíbrios, que podem ser produzidos por causas internas 
e externas (MACIOCIA, 2007). 
O ser humano pode adoecer basicamente por três motivos: fatores patogênicos internos, 
fatores patogênicos externos e os maus hábitos adquiridos (FAUBERT; CREPON, 1990; SOUZA; 
LUZ, 2011).
Os fatores patogênicos internos estão associados às chamadas “sete emoções”, que 
são grupos amplos em que muitas outras emoções podem ser incluídas. As sete emoções são 
classificadas em: fúria, alegria excessiva, tristeza, preocupação, abstração (trabalho mental 
excessivo), medo e choques psicológicos.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Os fatores patogênicos externos relacionam-se ao tempo e às estações climáticas e se 
dividem em vento, calor de verão, calor do fogo, frio, umidade e secura. O clima só afetará o 
organismo quando o tempo estiver excessivamente modificado (frente fria no verão e ondas de 
calor no inverno) ou quando os fatores internos já estiverem alterados.
Além dos fatores patogênicos internos e externos, há outras causas patológicas que 
se relacionam ao estilo de vida das pessoas, como uma dieta irregular (excesso ou deficiência 
alimentar), má qualidade do sono, excesso de exercícios físicos ou sedentarismo, sexo em 
demasia ou sua total ausência, traumas decorrentes de acidentes, parasitas, venenos e tratamentos 
inadequados (MACIOCIA, 2007).
O diagnóstico é apresentado a partir da realização da anamnese, durante a qual diversas 
perguntas são feitas: preferências alimentares e 21 climáticas do indivíduo, histórico e sintomas 
da doença, modo de vida, informações sobre o aspecto da urina, fezes e menstruação e tudo o 
mais que o terapeuta julgar necessário para compreender melhor o processo da doença (TESSER, 
2010). O diagnóstico também é composto: (I) pela inspeção da língua, das unhas e do cabelo; (II) 
pela palpação do pulso; (III) pela investigação do estado do apetite, do paladar, das fezes, da urina, 
entre outros; (IV) além de pelo histórico emocional e de saúde do paciente. A inspeção diagnóstica 
acontece no contato do corpo do paciente com o corpo do terapeuta, seja por qual sentido for: tato, 
olfato, visão ou audição. Alguns médicos chineses chegam até a provar, pelo paladar, o gosto de 
secreções corpóreas. Também importa para o diagnóstico a análise das condições socioculturais 
em que a pessoa se encontra, sendo fundamentais os aspectos emocionais, os hábitos alimentares, 
sexuais e de atividade física (YAMAMURA, 2006). 
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4. AURICULOTERAPIA
A auriculoterapia faz parte da técnica da acupuntura que utiliza o pavilhão auricular para 
efetuar o tratamento de diversas enfermidades (PRADO; KUREBAYASHI; SILVA, 2012). Seu 
uso data da antiguidade, com relatos no “Nei Ching” a respeito dos diversos canais de energia 
vital que passam pela orelha externa (ANDERSON, 2001). Contudo, foi um médico francês, Paul 
Nogier, que redescobriu a técnica, à sombra da acupuntura sistêmica na China (SUSSMANN, 
2009). 
Em 1850, já haviam aparecido na França diversos estudos que indicavam, com grande 
precisão, a cauterização de um determinado ponto da aurícula para a cura radical da dor ciática, 
com ótimos resultados obtidos. Porém, foi em 1950, devido aos estudos de Nogier, que o pavilhão 
auricular começou a ser compreendido como uma estrutura análoga a um feto invertido devido 
ao posicionamento dos pontos correspondentes às regiões do corpo (SUSSMANN, 2009).
Figura 6 - Analogia de um feto com a orelha. Fonte: Furtado (2015).
O pavilhão auricular é considerado um centro de agrupamento de meridianos e, por 
isso, possui influência sobre todo o organismo, considerando-se que as doenças têm origem de 
um desequilíbrio energético. O estímulo da zona auricular correspondente à parte do organismo 
em desequilíbrio permitirá regularizar o fluxo de energia e retomar o estado natural das funções 
corporais, pois é por meio dos pontos de acupuntura que se torna possível manipular essa 
circulação energética, a qual pode encontrar-se bloqueada, deficiente ou em excesso (SOUZA, 
2007). 
Os princípios básicos da MTC (Yin e Yang, Meridianos, Teoria dos órgãos Zang Fu e 
Teoria dos Cinco Elementos) também podem ser utilizados para a realização de sua terapêutica, 
a qual pode ser aplicada em conjunto com outras técnicas, como a moxabustão e a fitoterapia 
(MAZER, 2013). 
A MTC faz a correlação entre os órgãos e tecidos e os cinco elementos; por isso, a lombalgia 
está geralmente associada a distúrbios da energia do rim e bexiga, pois a região da lombar sobre 
influência do meridiano da bexiga e do órgão rim (MACIOCIA, 2007). 
Para a técnica, são necessárias agulhas ou sementes. Os materiais mais utilizados na 
prática clínica são as agulhas semipermanentes e as sementes de mostarda, que se fixam na orelha 
por meio de adesivos, geralmente pelo período mínimo de quatro dias e máximo de uma semana 
(MAZER, 2013).
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Indica-se esse período de tempo para que haja eficácia terapêutica da prática. O efeito 
perdura por até sete dias após a aplicação. Passado esse período, o ponto já está saturado e não 
apresenta mais resultados, além de começar a oferecer riscos de infecção (ZUMSTEIN, 2012). 
Escrita pela principal autoridade em medicina 
chinesa no mundo ocidental e fundamentada em 
consolidadas referências de livros chineses antigos 
e modernos, a obra Os Fundamentos da Medicina 
Chinesa tem o objetivo de oferecer aos leitores do 
Ocidente uma clara explicação da teoria e prática da 
medicina chinesa, incluindo as teorias do Yin-Yang, 
cinco elementos, QI, sangue e fluidos corpóreos e as 
funções dos órgãos internos.
Ricamente ilustrada e totalmente atualizada, essa 
terceira edição foi cuidadosamente preparada 
para apresentar o tema de maneira sistematizada, 
abrangendo desde os primeiros princípios até à gestão de uma vasta gama de 
doenças e condições.
Com uma combinação única de informações criteriosas, aliada a uma riqueza de 
experiência clínica, a obra é ideal para todos os estudantes de medicina chinesa, 
acupuntura e medicina herbal chinesa, bem como para profissionais qualificados 
que desejam se atualizar quanto às mudanças na área.
Fonte: Amazon (2017).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, iniciamos os estudos das terapias complementares. Conhecemos a energia 
vital, de onde ela surgiu, suas teorias e suas comprovações. Adentramos, também, nos estudos do 
indivíduo como um todo, o holismo, e como foi a transição e a aceitação do paradigma holístico, 
além de suas diferenças com o paradigma cartesiano. Toda essa introdução foi necessária para que 
iniciássemos os estudos da MTC, seus conceitos, sua função, de onde surgiu e sua implantação 
no SUS. Tratamos de como é realizado o diagnóstico e como a doença é vista. Agora, é seguir em 
frente para aprendermos as maravilhas dessas práticas.
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02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................... 19
1. RELAXAMENTO ........................................................................................................................................................20
1.1 BENEFÍCIOS DO RELAXAMENTO .......................................................................................................................... 21
1.2 TIPOS DE RELAXAMENTO .................................................................................................................................... 21
1.3 OBSTÁCULOS PARA O RELAXAMENTO...............................................................................................................22
1.4 CUIDADOS E CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO ..........................................................................................................22
2 .MEDITAÇÃO .............................................................................................................................................................23
2.1 REGULARIDADE E CONSTÂNCIA ..........................................................................................................................23
2.2 PONTOS FUNDAMENTAIS ..................................................................................................................................242.3 EFEITOS FISIOLÓGICOS .......................................................................................................................................24
2.4 EFEITOS FÍSICOS E PSICOLÓGICOS ...................................................................................................................24
BEM-ESTAR E EQUILÍBRIO PSICOFÍSICO
PROF.A MA. SUSYANE DIANIN GOZZI 
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
TERAPIAS ALTERNATIVAS EM ESTÉTICA
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2.5 TIPOS DE MEDITAÇÃO .........................................................................................................................................25
2.6 TÉCNICAS DE MEDITAÇÃO ..................................................................................................................................25
3. AROMATERAPIA ......................................................................................................................................................27
3.1 EXTRAÇÃO DOS ÓLEOS .........................................................................................................................................28
3.2 ÓLEOS VEGETAIS ..................................................................................................................................................29
3.3 CARACTERÍSTICAS DE UM BOM PRODUTO ......................................................................................................30
3.4 FORMAS DE USO ................................................................................................................................................... 31
3.5 PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS ........................................................................................................................33
3.6 AÇÕES E INDICAÇÕES ..........................................................................................................................................34
3.7 CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS ......................................................................................34
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................36
SUMÁRIO DA UNIDADE ..............................................................................................................................................37
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INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), começaremos mais uma unidade. Os cuidados com a saúde partem 
tradicionalmente de um modelo ocidental, com especializações direcionadas que, na maioria 
das vezes, tratam apenas do fisiológico, dividindo o corpo em partes e buscando tratamentos 
específicos. 
A saúde do corpo é como um todo, sendo ela física e espiritual, considerando que todos 
os nossos órgãos são interligados e formam um corpo. Essa constituição faz com que todas as 
reações, tanto emocionais como físicas, tenham manifestação fisiológica.
Nessa corrida à busca de um tratamento que visa a atender o corpo como um todo, os 
tratamentos alternativos estão sendo muito utilizados. Na Unidade 2, abordaremos a meditação 
e o relaxamento, que são técnicas alternativas que fazem o indivíduo esquecer do mundo ao seu 
redor e focar no que está dentro de si, buscando olhar o seu eu e o seu emocional. Busca-se fazer 
com que o indivíduo encontre a si mesmo e pare sua mente. Se somos responsáveis pelos nossos 
sofrimentos, sejam eles físicos ou espirituais, também somos responsáveis pela cura. 
Na busca por técnicas complementares e menos invasivas, tem-se a aromaterapia, que 
é a arte da aplicação de substâncias aromáticas naturais a partir de óleos essenciais em diversas 
formas de utilização (como banho, massagens e inalações), visando a auxiliar na cura de sintomas.
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1. RELAXAMENTO
Nos dias atuais, a tensão e o estresse estão presentes na jornada diária do indivíduo. Viver 
ansioso é uma condição natural do ser humano. Hoje, a maioria das doenças físicas e psicológicas 
pode ocorrer devido ao estado de tensão prolongada em que vivemos.
O relaxamento constitui um processo psicofisiológico, em que o fisiológico e o psicológico 
se juntam, pois são partes importantes em um processo de cura. Contribui-se, assim, para minorar 
o que está errado quanto ao corpo e às emoções, levando ao paciente a sensação de calma e bem-
estar que ajuda a entender a dor, o estresse e tudo o que está se passando, seja no corpo físico ou 
mental.
As várias técnicas de relaxamento fazem parte de um conjunto de procedimentos que 
fornecem muitas possibilidades terapêuticas. A depender da área em que forem utilizadas, tais 
técnicas podem figurar como terapia central ou como terapia coadjuvante, sendo efetivas no 
alívio da ansiedade, quadros clínicos e hospitalares, esportivos, redução da dor crônica e estresse 
(SOUSA FILHO, 2009).
Podemos dizer que relaxar tem um efeito benéfico quando estamos tensos, ansiosos 
ou estressados, pois faz com que encontremos um sossego interno, que é o oposto das tensões 
mental e muscular. Sendo impossível se sentir tenso e relaxado ao mesmo tempo, o indivíduo 
acaba relaxando. Isso tem o efeito de reduzir a resposta adrenérgica, a excitação neuromuscular e 
a hiperatividade cognitiva (LIPP, 1997).
O processo de relaxamento passa por toda uma atividade elétrica que ocorre nas células 
cerebrais. Essas atividades são ondas cerebrais medidas por ciclos por segundos ou Hz (Hertz). 
As ondas cerebrais mudam sua frequência dependendo das mudanças do estado de consciência 
de cada indivíduo (concentração, excitação, relaxamento, sono, dentre outros), mas elas têm um 
padrão e um ritmo, que são denominados gama, beta, alfa, teta e delta. É a predominância de 
um padrão sobre o outro que determina o nosso estado de consciência (RIOS; GLANZMANN, 
2015).
Figura 1 - Ondas cerebrais. Fonte: Rios e Glanzmann (2015).
Rosen (1994) explica que o estado de relaxamento com consciência ou relaxamento 
mental, que pode ser chamado de frequência cerebral alfa, é o estado mais propício para que se 
deem a produção de ideias novas e mudanças de atitudes, pois a pessoa sente um bem-estar físico 
e mental, desaparecendo a ansiedade e a tensão.
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1.1 Benefícios do Relaxamento
• Equilibra o metabolismo.
• Regula os hormônios.
• Combate o envelhecimento.
• Desenvolve criatividade e autoconfiança.
• Melhora a concentração e o raciocínio.
• Reduz estresse e dores.
• Descanso maior que o sono.
1.2 Tipos de Relaxamento
Pode-se chegar ao estado de relaxamento mental pelo uso de respiração profunda, 
biofeedback, hipnose, massoterapia, relaxamento muscular ou música. Todos esses são recursos 
que levam à paz interior, desacelerando o organismo e levando-o a se recompor. As experiências 
sensoriais e psíquicas interiores ficam fortes, o que faz com que sons e movimentos externos 
percam importância.
Para se atingir o relaxamento mental, utilizamos a respiração lenta e profunda como 
quesito fundamental. Pedimos para o paciente prestar atenção à sua respiração. Isso o ajuda a 
começar a voltar para seu interior, e sua frequência respiratória fica mais tranquila e rítmica. 
Durante a técnica, podemos orientar o paciente a expirar mais profundamente e por mais tempo 
do que leva para inspirar (LIPP, 1997).
Você sabia que expirar por mais tempo estimula o nervo vago, que se origina 
no cérebro e se estende par  a o pescoço, pulmões, coração e trato intestinal? 
A expiração longa estimula o vago a um papel de aquietamento e relaxamento, 
baixando a pressão sanguínea e diminuindo as pulsações, as contrações 
musculares do intestino e o ritmo respiratório (ELIAS, 2001).
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1.3 Obstáculos para o Relaxamento
• Vida exterior.
• Medo: rouba a atenção.
• Desconforto, coceiras, espasmos, tiques.
• Ruídos externos, risos, conversas.
• Pensamentos.
• Sono.
• Tosse e espirro.
• Dificuldade de seguir instruções.
1.4 Cuidados e Condições de Aplicação
• Avaliação adequada.
• Orientações de hábitos de vida.
• Local.
• Voz de comando.
• Posicionamento.
• Reações psicofísicas (patologias).
• Tempo.
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2 .MEDITAÇÃO
Segundo dicionários, meditar é submeter uma ideia a um exame interior minucioso.
Figura 2 - Meditação. Fonte: Marata (2019).
A meditação é uma das técnicas mais antigas para tranquilizar a mente e relaxar o corpo. 
É o treino sistemático da atenção e tem como objetivo desenvolver a capacidade de concentração 
e enriquecer a percepção. Um de seus principais efeitos é proporcionar repouso profundo ao 
nosso corpo, mantendo a mente alerta. O repouso profundo faz baixar a pressão sanguínea e 
diminui o ritmo do coração, ajudando o corpo a recuperar-se do estresse (GOLEMAN, 1999).
Atualmente, muitos médicos têm indicado a meditação para auxiliar no tratamento de 
hipertensão, dores de cabeça, dores nas costas, ansiedade e controle de dores crônicas. Outro de 
seus benefícios é o de reforçar o sistema imunológico, que é a defesa do nosso organismo contra 
bactérias, vírus e câncer.
A meditação não é apenas uma técnica aplicada mecanicamente, mas uma atitude por 
meio da qual a mente pode ficar calma e, ao mesmo tempo, concentrada e alerta, levando o 
praticante a descobrir sua verdadeira natureza.
2.1 Regularidade e Constância
É importante conseguir criar o hábito de meditar profundamente. Isso ajudará a desligar-
se do estresse e trará a calma necessária para enfrentar melhor o dia a dia.
- Não se trata de um mero conjunto de regras fixas.
- Repetição de gestos.
- Sozinho ou em grupo.
- Estática ou dinâmica.
- Não deve ser esforço e, sim, prazer.
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2.2 Pontos Fundamentais 
São quatro os pontos fundamentais que devemos levar em consideração na meditação:
- Silêncio.
- Solitude.
- Plena atenção.
- Respeito.
2.3 Efeitos Fisiológicos
• Regulariza o metabolismo.
• Diminui a utilização de O2.
• Aumenta a excreção de CO2.
• Diminui a concentração de lactato do sangue.
• Aumenta a circulação cerebral.
• Diminui a pressão sanguínea.
• Aumenta a liberação de serotonina e endorfina.
• Diminui os níveis de cortisol, colesterol e glicemia.
• Fortalece o sistema imune.
2.4 Efeitos Físicos e Psicológicos
Segundo Davich (2003), meditar 20 minutos por dia melhora a saúde e ameniza os 
sintomas de várias doenças.
• Aumenta a energia.
• Acelera a recuperação.
• Alivia as dores agudas e crônicas.
• Melhora a resposta de tratamentos.
• Melhora a capacidade motora e a coordenação.
• Provoca alterações no comportamento.
• Experiência interior.
• Melhora a percepção e a imagem que temos de nós mesmos.
O estado do meditador está mesclado com sua consciência. À medida que a meditação 
se mistura com as atividades diárias, o estado desperto amadurece, levando a uma mudança na 
consciência e transformando a vivência de si mesmo e de seu mundo.
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2.5 Tipos de Meditação
Contemplação ou atenção fixa:
• Escolher um objeto.
• Cuidado com ilusões projetadas.
Contagem da respiração:
• Começar com pequenas contagens.
• Treinar a atenção.
• Fortalecer o poder da concentração.
O ato de respirar (inspirar e expirar) corretamente e, ao mesmo tempo, o de meditar e 
andar possibilitam que nos “desliguemos” dos problemas e entremos em estado de consciência. 
Na meditação, a respiração é fundamental para manter a oxigenação satisfatória de todo 
o corpo, sendo também utilizada como suporte para a concentração, estabilização mental e 
exercício da atenção plena no momento presente.
Na meditação, temos de levar em conta 4 momentos da respiração:
1. Inspiração.
2. Apneia.
3. Expiração.
4. Apneia final.
2.6 Técnicas de Meditação
- Meditação do riso
O início do dia será o reflexo do resto. Ao acordar, antes de abrir os olhos, espreguice-se 
e, em seguida, sorria ou ria de 3 a 4 minutos.
- Meditação da luz dourada
Antes de levantar de manhã, pratique os seguintes passos por 20 minutos: mantenha 
os olhos fechados; ao inspirar, visualize uma luz dourada bem forte entrando por sua cabeça e 
passando por dentro do seu corpo; ao expirar, visualize uma cor escura entrando por seus pés e 
saindo pela cabeça.
A luz dourada entrando em seu corpo seria todos os pensamentos/desejos bons, positivos 
e desejos que você quer que se realizem. A luz escura seria todos os pensamentos/desejos 
negativos, ruins e que você quer que se afastem.
- Meditação caminhando
Ela é indicada às pessoas que têm dificuldades para ficarem sentadas enquanto meditam 
ou não conseguem se concentrar com facilidade.
Nessa meditação, sua atenção deve estar em todas as pequenas sensações que se tem ao 
caminhar. Enquanto andamos, devemos prestar atenção a cada passo que damos. Sorria, esteja 
no aqui, no agora. Fazendo assim, você transforma o lugar onde está, andando no paraíso. Cada 
passo traz você ao melhor momento da sua vida – o momento presente, consciência da sua 
respiração (GOLEMAN, 1999).
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Durante a sua caminhada, observe as coisas belas ao seu redor.
- Meditação com uma oração
 Escolha uma oração e diga-a somente na inspiração, mantendo a expiração livre de 
pensamento.
- Meditação através de mantras
Uma das meditações mais usadas tem os mantras como meios para levarem à concentração. 
É uma técnica que encontramos em quase todas as principais tradições espirituais. Escolha uma 
palavra ou um som fácil, que tenha um significado positivo para você. A maioria das pessoas usa 
uma frase que, para elas, tem um simbolismo espiritual (como “adonai”, “kyrie eleison”, “om”). 
Depois de decidir qual mantra usar, sente-se em silêncio e repita o mantra mentalmente, 
sem produzir nenhum som. Toda vez que a sua mente viajar, traga-a de volta ao mantra. Tire 
qualquer outro pensamento e deixe que o mantra preencha a sua consciência (GOLEMAN, 1999).
Agora, vamos começar, mas levando em consideração alguns pontos importantes:
• Decida o tempo antes de começar.
• Ligue o despertador para quando quiser terminar.
• Tente primeiro: concentração da respiração.
• Após: atenção às sensações do corpo.
• Terceira: pensamentos da mente.
• Por último: caminhando.
Durante 1 semana, faça isso todos os dias por durante 15 minutos, aumentando o tempo 
gradativamente. O propósito da meditação é encontrar o caminho para a iluminação, pois, na 
medida em que somos responsáveis pelos nossos sofrimentos, também o somos para a nossa 
cura.
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3. AROMATERAPIA
É a arte e a ciência que visa a promover a saúde e o bem-estar do corpo, da mente e das 
emoções por meio da aplicação de substâncias aromáticas naturais.
Figura 3 - Aromaterapia. Fonte: Rodrigues (2018).
Aromaterapia foi o termo criado nos anos de 1920 por um químico francês, René Maurice 
Gattefossé, para descrever o uso de óleos para cura. Ela é uma terapia baseada no uso de óleos 
essenciais extraídos das plantas, com a finalidade de promover relaxamento, reduzir estresse, 
auxiliar no tratamento da depressão, ajudar na cicatrização, clarear manchas, hidratar e outras 
variadas disfunções, sejam elas estéticas ou patológicas.
Os óleos essenciais são encontrados nas plantas com propriedades curativas,acreditando-
se que tais substâncias contêm a força vital da planta. Eles podem ser chamados de óleos voláteis, 
pois evaporam quando expostos ao ar. São obtidos a partir de materiais extraídos das plantas, 
folhas, flores e raízes, que apresentam muitas substâncias químicas, atuando de diversas maneiras 
no organismo e podendo ser aplicados na pele (e anexos) ou inalados. Quando tratamos da 
aplicação dos óleos por meio da pele, a absorção ocorre pela via cutânea. As moléculas dos óleos 
são absorvidas e caem na corrente sanguínea, onde serão transportadas aos tecidos e órgãos do 
corpo. Quando inaladas, é pelo olfato que as moléculas dos óleos são absorvidas, tendo ligação 
direta com nosso sistema nervoso central, que leva o estímulo ao sistema límbico, responsável 
pelas memórias, sentimentos e impulsos. A ligação entre as células receptoras olfativas e a região 
límbica do cérebro explica como os odores produzem uma resposta emocional (GNATTA et al., 
2011).
Nesse sentido, podemos dizer que os óleos essenciais possuem muitas propriedades 
curativas, sendo utilizados para manter a saúde na medida em que estimulam a regeneração 
celular, aliviam dores, equilibram as disfunções emocionais e combatem bactérias, fungos e 
outras formas de infecções.
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3.1 Extração dos Óleos
Para extrair óleos essenciais, usa-se de algumas técnicas, descritas a seguir (KELLER, 
1989).
Destilação: é o principal método de extração. Processo realizado em um destilador. A 
planta é colocada na água e fervida ou colocada em um recipiente a vapor.
Figura 4 - Destilação por vapor. Fonte: Home Sensations (2019).
Prensagem: processo de extração mais usado com frutos cítricos. As frutas são separadas 
tirando-se a polpa da casca. As cascas são imersas em água por várias horas e, depois, espremidas 
até sair o sumo, que é absorvido por esponjas.
Maceração: as plantas são esmagadas e colocadas em recipientes com óleo vegetal quente. 
Para se alcançar a concentração de óleo essencial desejada, vão-se acrescentando novas massas 
de plantas.
Figura 5 - Maceração. Fonte: Albanese (2015).
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Enfloração: técnica para extração de flores com baixo teor de óleo, flores muito delicadas 
ou flores cujas pétalas continuam a produzir óleo mesmo após a pétala cortada. É um processo 
lento.
Figura 6 - Enfloração. Fonte: Pérez (2013).
3.2 Óleos Vegetais
Os óleos vegetais são ácidos graxos, chamados de carreadores fixos ou bases, prensados 
a frio, podendo ser de frutos. Sementes são utilizadas para a técnica de aromaterapia. Eles têm 
a função de diluir os óleos essenciais antes da sua aplicação por intermédio de massagens que 
propiciam a absorção pela pele. Isso ocorre devido à estrutura molecular dos óleos vegetais, ricos 
em emolientes que mantêm a suavidade e a flexibilidade da pele, exercendo efeito protetor e 
hidratante contra a irritação e formando uma barreira a impedir a perda excessiva da umidade 
dérmica (KELLER, 1989).
Tipos de óleos vegetais:
Abacate: composto gorduroso que atua na epiderme, deixando a pele macia e flexível. É 
muito usado em massagens e em hidratações corporal, facial e capilar.
Amêndoas: é o óleo vegetal mais consumido no mundo. Agindo como suavizante, é 
nutritivo e emoliente para todos os tipos de pele. É muito usado na prevenção de estrias.
Andiroba: possui propriedades antissépticas, anti-inflamatórias, cicatrizantes e inseticidas, 
sendo muito usado em peles secas.
Gergelim: é usado na hidratação e proteção da pele, aumento da tonicidade e firmeza 
muscular, além de melhorar a circulação.
Gérmen de trigo: rico em vitamina E, que é importante para evitar a perda de vitamina A 
no organismo. Retarda o envelhecimento da pele. É também fortalecedor dos vasos sanguíneos, 
evitando a ocorrência de varizes.
Girassol: excelente óleo deslizante para massagens. Tem ação emoliente e revitalizante. É 
um bom hidratante, principalmente para peles secas, podendo ser usado na produção de pomadas 
e cremes para contusões e esfoladuras.
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Jojoba: utilizado para desobstruir os poros e as glândulas sebáceas. Regula a oleosidade 
natural da pele e limpa o bulbo capilar. É muito usado no tratamento da rosácea e acne.
Rosa mosqueta: considerado o óleo vegetal de maior poder regenerador, promove a 
renovação celular e a cicatrização. Muito utilizado na cicatrização pós-cirúrgica.
Semente de uva: possui alto teor de alfa-tocoferol, ácido linoleico e ácido palmítico, ambos 
responsáveis pela regeneração e manutenção dos tecidos cutâneos, revitalizando-os. É de grande 
utilidade na prevenção de estrias devido à sua alta concentração de alfa-tocoferol.
3.3 Características de um Bom Produto
Para um atendimento seguro e eficiente, devemos levar em consideração algumas 
características importantes quando trabalhamos com técnicas que fazem uso de óleos essenciais. 
São elas:
• Frasco cor de âmbar.
• Nome em Latim.
• Registro MS.
• Químico responsável.
• Lote/validade.
• Certificado de procedência
• Teste.
Você já parou para pensar em como o cheiro pode nos influenciar? Observe sua 
respiração: suponhamos que você esteja passeando em uma floresta com muitos 
pinheiros, flores e um vento fresco que sopra. Como você se sente? Agora, pense 
em si mesmo(a) dentro de um banco, ar-condicionado ligado, sem ventilação e um 
ambiente com muitas pessoas. Como você se sente?
Consegue sentir a diferença de sua respiração? Quando estamos em um ambiente 
fechado, a respiração superficial nos dá uma sensação de falta de ar, medo, 
mistura de cheiros de várias pessoas. Isso ocorre, pois estamos enviando pouco 
oxigênio para nosso organismo. Já em um ambiente aberto, uma floresta estimula 
nossa respiração profunda, levando a reações em cadeia no nosso organismo, 
como bem-estar e relaxamento (KELLER, 1989).
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3.4 Formas de Uso
Os óleos essenciais podem ser usados de várias formas, podendo ser misturados entre si 
para melhorar sua qualidade ou completar sua eficiência (CORAZZA, 2002).
Vaporização: faz-se uso de uma peça de cerâmica ou de um material refratário adequado 
denominado difusor, o qual possui um recipiente para colocação de água e óleos essenciais. 
Existem várias formas de difusores: elétricos, à vela ou a frio. Normalmente, colocam-se 10 gotas 
de óleo essencial.
Figura 7- Difusor de óleos. Fonte: Be.Oil (2019).
Tópico: uma forma de aplicar os óleos para cuidar da pele, couro cabeludo, corpo e cabelo. 
Normalmente, utilizam-se 5 ml de óleo em 100 mg de base carreadora.
Fricção: aplica-se esfregando os óleos no local, normalmente em musculaturas com 
cãibras, contusões ou dores articulares. Aplicam-se 2 gotas de óleos em 2,5 ml de óleo vegetal 
sobre o local.
Gargarejo: utiliza-se de 2 a 5 gotas de óleo em um copo de água, podendo ser feito 3 vezes 
ao dia.
Inalação: existem dois tipos, a seco e úmida. A seco, aplicam-se 3 gotas de óleo no lenço 
para aspirar até o desaparecimento do sintoma. Quanto à úmida, diluem-se de 3 a 6 gotas de óleo 
em 2 litros de água quente, aspira-se de 5 a 10 minutos, podendo ser feita 3 vezes ao dia.
Os óleos essenciais são sensíveis aos raios ultravioletas e ao calor. Por isso, 
devem ser acondicionados em frascos marrons, fechados e guardados em local 
fresco.
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Figura 8 - Inalação. Fonte: Melo (2020).
Massagem: facilita a absorção dos princípios ativos e também induz a inalação do óleo 
enquanto realiza a massagem. Diluem-se de 6 a 15 gotas de óleo em 10 a 20 ml de óleo vegetal.A massagem é uma das técnicas por meio da qual mais se utiliza a aromaterapia na estética, 
ocorrendo boa absorção de princípios ativos na pele.
Figura 9 - Massagem com óleos essenciais. Fonte: Catraca Livre (2020).
Hidroterapia ou banho de imersão: com poder relaxante ou estimulante, conduz ao 
bem-estar. Diluem-se 10 gotas de óleo em 10 ml de óleo vegetal. Essa mistura é diluída em um 
copo de leite integral morno. Em seguida, a emulsão deve ser diluída na água quente da banheira 
ou ofurô. Normalmente, fica-se em imersão por 20 minutos, sendo recurso muito usado em spas.
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Figura 10 - Banhos aromáticos. Fonte: Óleos Essenciais (2020).
3.5 Propriedades Terapêuticas
• Ativa circulação.
• Analgésico.
• Anti-inflamatório.
• Digestivo.
• Melhora a permeabilidade celular.
• Relaxante.
• Ativador.
• Afrodisíaco.
• Antidepressivo.
• Anticarcinogênico.
Os óleos essenciais podem ser utilizados em tratamentos faciais, corporais, holístico e 
capilar.
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3.6 Ações e Indicações
• Antissépticos: limão, laranja, lavanda, alecrim.
• Expectorantes: eucalipto, sândalo, mirra, pinheiro, hortelã-pimenta.
• Calmante e relaxante muscular: camomila, néroli, sândalo.
• Antidepressivo: mandarina, lavanda, néroli.
• Afrodisíaco: ylang ylang, sândalo, jasmim, patchouli.
• Circulatório e linfático: laranja, cipreste, limão.
• Cicatrizante: lavanda, tea tree, jasmim.
3.7 Cuidados na Utilização dos Óleos Essenciais
• Conserve os óleos longe do alcance das crianças.
• Gestante com orientação médica é uma ótima aromaterapia.
• Só usar em crianças se for ultra diluído.
• Não se pode aplicar diretamente na pele.
• Fazer teste de sensibilidade antes de usar.
• Os óleos essenciais são fotossensíveis e tóxicos.
Para mais conhecimento acerca da arte de meditar e suas várias técnicas, leia: 
CARDOSO, R. Medicina e Meditação. 3. ed. São Paulo: MG, 2011.
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O filme O Físico se passa na Inglaterra do século IX. Ele 
conta a história de um jovem que, após a morte de Barber 
(seu tutor), sonha em tornar-se médico. Por meio de um 
médico judeu, acaba tendo notícia de uma escola lendária 
de Medicina, localizada na Pérsia. Empreende, então, uma 
jornada em direção a essa escola. Ao chegar lá, torna-se 
aluno de um ilustre médico da época: Avicena. Avicena, 
como sabemos, é uma figura central para a aromaterapia. 
Ele destacou-se por ser o precursor da destilação a vapor, 
método até hoje utilizado praticamente sem alterações. 
Foi médico e filósofo, tendo escrito mais de duzentos 
livros, alguns deles tratados de Medicina utilizados na 
Europa até meados do século XVII. A partir das Grandes 
Navegações, o conhecimento dos óleos essenciais, 
difundido por Avicena no mundo árabe, foi trazido à 
Europa, espalhando-se rapidamente. 
Após assistir ao filme, você entenderá um pouco mais 
sobre a história central da aromaterapia.
Fonte: Alessandra (2014).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, abordamos a importância do tratamento para a saúde do nosso corpo físico 
e mental. Vimos o quão é importante o tratamento do corpo por meio de técnicas alternativas 
como o relaxamento, cuja finalidade é ajudar a entendermos nossas dores e angústias a partir de 
um corpo relaxado.
Como a meditação também é um relaxamento, entramos em contato com nosso eu 
interno e conseguimos nos calar e relaxar mesmo estando com a mente alerta. A aromaterapia é 
uma técnica que usa óleos essenciais para auxiliar no tratamento de várias disfunções para cura 
de seus sintomas. Pode ser usada de várias formas. Na estética, a aromaterapia é muito usada nas 
técnicas de massagem. Continuaremos na Unidade 3 com mais aprendizados!
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03
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................38
1. SHIATSU ...................................................................................................................................................................39
2. REFLEXOLOGIA .......................................................................................................................................................47
2.1 TÉCNICA .................................................................................................................................................................48
3. SHANTALA................................................................................................................................................................ 51
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................54
O USO DAS MÃOS
PROF.A MA. SUSYANE DIANIN GOZZI 
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
TERAPIAS ALTERNATIVAS EM ESTÉTICA
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INTRODUÇÃO
Olá, aluno(a)! 
Seja bem-vindo(a) a mais uma unidade de muita informação para continuarmos na 
construção do conhecimento. Quanto ao assunto “O uso das mãos”, abordaremos o Shiatsu, a 
reflexologia e a shantala. Essas terapias veem o paciente como um todo, e não simplesmente como 
parte. Atualmente, as terapias de manipulação estabeleceram uma nova visão para a Medicina. 
São tantos os benefícios comprovados por evidências científicas, que o Ministério da Saúde, por 
meio do SUS, incorporou várias dessas terapias que potencializam os cuidados com a saúde. 
Mostra-se crescente o número de profissionais capacitados e habilitados e tem-se mostrado 
evidente a valorização dessas técnicas oriundas da MTC. Por tudo isso, é notório o crescimento 
pela procura de tais técnicas. Ressalte-se que elas não substituem as formas tradicionais de 
tratamentos médicos, constituindo-se em formas adicionais e complementares de tratamento 
conforme a necessidade de cada paciente.
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1. SHIATSU
Figura 1 - Massagem Shiatsu nas costas. Fonte: Deposit Photos (2020).
É uma técnica desenvolvida no Japão, que realiza manipulação física. No entanto, origina-
se nas técnicas chinesas do-in e amma. O do-in é parecido com o yoga, e a amma se assemelha à 
massagem ocidental. São consideradas as formas mais antigas de tratamento médico do Oriente. 
Em 1964, foi reconhecida pelo governo japonês (OHASHI; MASUNAGA, 2016).
O Ministério da Saúde e do bem-estar japonês declara que é uma técnica administrada 
com os polegares, os dedos e as palmas das mãos, sem uso de qualquer aparelho mecânico para 
aplicar pressão sobre a pele, corrigir o mau funcionamento interno, promover e manter a saúde e 
tratar doenças específicas (NAMIKOSHI, 1992).
Ficou conhecido nos Estados Unidos e na Europa na década de 1970 embora fosse 
praticado no Ocidente por um pequeno número de japoneses e ocidentais desde a sua concepção. 
Na Europa, o Shiatsu foi influenciado principalmente pelos métodos dos professores orientais 
Namikoshi e Masunaga, com contribuições adicionais da macrobiótica, que tem um contexto 
teórico e filosófico próprio, mas que emprega os canais de acupuntura e os pontos de pressão 
tradicionais. Nesse método, conhecido como técnica dos pés descalços, os pés são usados para 
fazer pressão e alongamento (JARMEY; MOJAY, 1997)
Trata-se de uma técnica para o equilíbrio físico e energético, na qual shi equivale a dedo, 
e athsu, à pressão.
Tem como base arecuperação e a manutenção da qualidade de vida das pessoas, pois os 
conceitos de saúde e doença configuram processos conhecidos como continuum, os quais estão 
relacionados aos aspectos econômicos e socioculturais, além de estarem ligados à experiência 
pessoal e ao estilo de vida de cada indivíduo (ALCÂNTARA, 2010; SEIDL; ZANNON, 2004).
O Shiatsu se baseia na premissa de que, ao redor do corpo, há padrões de fluxo de energia 
vital, a qual é conhecida como QI. Seu fundamento é restaurar o equilíbrio orgânico e não tratar 
sintomas isolados. Trabalha com o reequilíbrio de energia, desfazendo o bloqueio do fluxo QI, 
melhorando o nível geral de QI e restabelecendo o equilíbrio relativo entre as partes do corpo.
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O QI está em todo o universo e flui no nosso corpo por meio de quatorze meridianos. 
Dessa forma, para manter o QI em equilíbrio na bipolaridade yin-yang, é necessário fazê-lo fluir 
em harmonia nos canais de transformações dos cinco elementos da natureza (fogo, terra, água, 
metal e madeira) nos quais a MTC se baseia (VACCHIANO, 2010).
Esses padrões são essenciais para a manutenção da saúde em todos os seus aspectos: 
físico, mental, emocional e espiritual (YUAN, 2012).
O Shiatsu, quando aplicado como medicina complementar, pode trazer benefícios ao 
sistema musculoesquelético por meio da pressão sobre o corpo todo, em especial sobre os tender 
points, podendo haver diminuição no nível de oxigênio em pontos dolorosos relacionados à FM. 
Assim, a pressão nessas regiões promove melhora do fluxo sanguíneo, remoção de metabólicos e 
relaxamento muscular (KIMURA; FACCI; GARCEZ, 2012). 
O Shiatsu baseia-se na teoria do yin-yang e nos cincos elementos. A ordem manifestada 
por meio desses elementos está relacionada aos fenômenos da natureza, aos órgãos dos sentidos, 
às estações do ano, aos alimentos e às cores (SOUZA, 2005).
Para a MTC, no símbolo yin-yang, o círculo representa a totalidade, a forma arredondada 
do planeta, sendo as polaridades expressas pelas partes clara (yang) e escura (yin), havendo 
penetração do yin no yang e vice-versa. Isso significa que não há elemento totalmente yin ou 
totalmente yang. Cada aspecto da energia contém a semente do elemento oposto. O yang é 
representado pelo dia na alternância cíclica entre dia e noite; por isso, a atividade do dia se refere 
ao yang, e o descanso e a noite têm polaridade yin (SOUZA, 2005).
Para a aplicação da técnica, utiliza-se a teoria do yin-yang a partir de seus meridianos 
como forma de ação em tratamentos, bem como na identificação e no diagnóstico de patologias, 
além de seu aspecto fisiológico. Assim, os órgãos e as vísceras contêm duas polaridades em 
proporções distintas. A energia yang desce do céu para a Terra e se desenvolve em energia yin, 
que retorna ao céu e se transforma em yang. Logo, há constantes interações e mudanças de uma 
energia que se manifesta por meio de duas polaridades (yin-yang).
Segundo Gonçalves e Francesquini Filho (1999), os meridianos distribuem-se 
simetricamente à direita e à esquerda do corpo, sendo dois meridianos centrais, um anterior 
(chamado de vaso da concepção) e outro posterior (chamado de vaso governador), os quais 
dividem o corpo pela metade. São doze os meridianos principais do corpo humano, os quais 
são divididos em pares. Em cada par, um dos meridianos se relaciona à energia yin feminina 
(interior), e o outro meridiano se relaciona à energia yang masculina (superficial), da mesma 
função básica comum aos dois. Assim, formam-se seis pares de meridianos acoplados e seis 
funções orgânicas básicas que se inter-relacionam (JAHARA-PRADIPTO, 1986).
 Ainda de acordo com Jahara-Pradipto (1986), a maioria dos meridianos tem nome de 
órgãos do corpo, e a divisão em pares é a seguinte: 1. pulmão/intestino grosso; 2. estômago / baço 
– pâncreas; 3. coração/intestino delgado; 4. bexiga/rim; 5. circulação – sexo / triplo aquecedor; 6. 
vesícula biliar / fígado. Por meio dos movimentos de expressão corporal, entende-se a razão da 
localização dos meridianos no corpo humano. Essa localização está intimamente relacionada a 
suas funções psicofísicas, aos movimentos esquelético-musculares, às necessidades e às funções 
vitais do organismo.
Os meridianos são classificados de acordo com o Yin e Yang e fazem parte da grande 
circulação energética.
Meridiano Yin: pulmão, baço-pâncreas, coração, rins, fígado circulação-sexo.
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Meridiano Yang: intestino grosso, estômago, intestino delgado, vesícula, bexiga, vesícula 
biliar, triplo aquecedor.
MERIDIANOS SÍMBOLO Nº de PONTOS
PULMÃO P 11
INTESTINO GROSSO IG 20
BAÇO - PÂNCREAS BP 21
ESTÔMAGO E 45
CORAÇÃO C 9
INTESTINO DELGADO ID 19
CIRCULAÇÃO - SEXO CS 9
TRIPLO AQUECEDOR TA 23
RINS R 27
BEXIGA B 67
FÍGADO F 14
VESÍCULA BILIAR VP 55
Quadro 1 - Meridianos, símbolos e números de pontos do corpo. Fonte: A autora.
Meridianos que fazem parte da pequena circulação energética são o vaso da concepção e 
o vaso governador.
MERIDIANO SÍMBOLO Nº de PONTOS
VASO DA CONCEPÇÃO VC 24
VASO GOVERNADOR VG 28
Quadro 2 - Meridiano, símbolo e número de pontos do corpo. Fonte: A autora.
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Figura 2 - Meridianos. Fonte: Mady (2015).
Benefícios da técnica:
• Flexibiliza os tecidos.
• Melhora o sistema circulatório.
• Ajuda na recuperação do equilíbrio do sistema ósseo.
• Facilita as funções do sistema digestivo.
• Melhora o controle do sistema endócrino.
• Regula as funções do sistema nervoso.
• Equilibra a energia.
Contraindicações:
• Câncer.
• Doenças infecciosas graves.
• Não pressionar cortes, queimaduras, fraturas, cicatrizes.
• Hipertensão, artrose, osteoporose, varizes, hérnias, artrite.
• Cuidado com idoso, crianças e gestantes.
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Cuidados:
• Evitar trabalhar com estômago cheio ou com muita fome.
• Não aplicar em casos de febre, infecções e inflamações.
• Retirar óculos e lente de contato.
Técnicas do toque:
• Amassamento.
• Pressão.
• Tapotamento.
• Sacudidelas.
• Vibração.
• Alongamento.
Técnicas de tratamento:
• Tonificação – Yin (lento e profundo).
• Sedação – Yang (rápido e vigoroso).
Técnicas de diagnóstico:
• Bo Shin – observação visual.
• Bun Shin – audição.
• Mon Shin – perguntas.
• Setsu Shun – tato.
Impactos das emoções:
• Raiva – F e VB.
• Instabilidade emocional – C e ID.
• Preocupação – BP e E.
• Mágoa – P e IG.
• Medo – R e B.
• Choque emocional – Vg e Vc, CS e TA.
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Causas externas das doenças:
• Vento (Primavera) – F e VB.
• Calor (Verão) – C, ID, CS e TA.
• Umidade (Canícula) – BP e E.
• Secura (Outono) – P e IG.
• Frio (Inverno) – R e B.
Figura 3 - Meridiano facial. Fonte: A autora.
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Local de atendimento:
• Sala tranquila e arejada.
• Música de relaxamento.
• Garantir o conforto térmico do paciente.
• Cuidado com as mãos.
• Ajuste de posição e intensidade de pressão.
• Higiene mental e física.
• Evitar interromper a pressão.
• Duração de, no mínimo, trinta minutos e, no máximo, uma hora e meia.
Sequência da massagem
 Decúbito ventral:
1. Sequência das costas
• Introspecção e preparo do terapeuta.
• Verificação da postura do cliente e toque superficial para a investigação da temperatura 
da pele.
• Fricção com movimentos circulares e investigação das partes tensas das costas.
• Estimulação do meridiano Vaso Governador (VG).
• Estimulação da Vesícula Biliar (VB).
•Estimulação dos canais da bexiga (B).
• Amassamento dos glúteos.
• Manobras para soltar as escápulas e estimulação do Intestino Delgado (ID) e VB.
• Estimulação dos meridianos YIN do braço e antebraço, com pressão em alicate e para 
baixo, no sentido proximal-distal.
2. Sequência da coxa
• Estimulação da B. 
• Estimulação do VB. 
• Amassamento sutil da região poplítea. 
3. Sequência da perna e pé
• Estimulação do B.
• Estimulação do VB. 
• Amassamento do pé.
• Alongamento dos extensores de joelho e dorsiflexores do pé.
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Decúbito dorsal:
4. Sequência do abdômen e tronco
• Amassamento do abdômen. 
• Abertura da caixa torácica.
• Estimulação do Vaso da Concepção (VC). 
5. Sequência do braço e antebraço
• Estimulação dos vasos YANG do braço e antebraço, com pressão em alicate e para baixo, 
no sentido distal-proximal.
• Amassamento da mão e dedos.
6. Sequência da coxa e perna
• Estimulação do Estômago (E).
• Estimulação dos vasos YIN da coxa (R, BP, F).
• Alongamento das pernas.
7. Sequência do pescoço e cabeça
Amassamento do pescoço. 
• Estimulação do VG.
• Estimulação do E.
• Alongamento do pescoço.
• Massagem no couro cabeludo, estimulando o ID, TA e VB.
• Estimulação do VG.
8. Sequência da face
• Massagem da face.
• Finalização com o aquecimento das mãos e posicionamento destas em cima dos olhos; 
após 1 minuto, retiram-se as mãos e, novamente, é feita a introspecção do terapeuta. 
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2. REFLEXOLOGIA
Figura 4 - Massagem reflexologia. Fonte: Le Journal des Femmes (2013).
O ser humano é um ser social e, dentre vários outros fatores para se relacionar, precisa 
de toque. Ao tocarmos uma pessoa, transferimos e recebemos nossas energias. O toque é uma 
necessidade dos seres vivos e faz parte do desenvolvimento motor. Esse é o fundamento da 
massagem de que todos nós sentimos necessidade.
A terapia manual tem sua história nos primórdios da evolução. Os hindus, em 1.800 a.C., 
já usavam a massagem para redução de peso, indução de sono, combate à fadiga e relaxamento. 
Dentre as técnicas, cite-se a arte indiana da Medicina, como yoga e a massagem ayurvédica. As 
terapias orientais, como a acupuntura e a reflexologia (Shiatsu), tornavam-se hábitos diários.
Na Europa do século XV, aplicava-se uma forma de reflexologia conhecida como terapia 
de zonas, a qual visava ao alívio da dor e do cansaço por meio de pressão aplicada em zonas do 
corpo (MARQUARDT, 2005).
O sufixo “logos” vem do grego e significa conhecimento, estudo. Logo, reflexologia é o 
estudo dos reflexos. Sua origem remonta à acupuntura chinesa, com a arte da massagem nas 
plantas dos pés. Utiliza os princípios dos estímulos e reflexos do Shiatsu. 
A reflexologia é uma forma de massagem baseada em energia. É técnica específica de 
massagem aplicada a determinadas áreas do corpo, dentre as quais os pés, as orelhas e as regiões 
da coluna vertebral, permitindo a recuperação gradativa do bem-estar.
A pressão da massagem em pontos de reflexo energiza o órgão ou a parte do corpo, 
desintoxicando, equilibrando e, portanto, melhorando suas funções.
Os plexos nervosos são concentrações de terminações nervosas interligadas em uma área 
específica, sendo o sistema nervoso simpático e o parassimpático os responsáveis pela técnica 
(LOURENÇO, 2002). Quando estimulados corretamente, enviam e recebem informações dos 
órgãos a que são ligados, restabelecendo o seu funcionamento ideal e, por consequência, a saúde 
global do organismo.
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Estão enquadradas nesses estudos as técnicas da auriculoterapia, quiropraxia, 
quiroreflexologia e reflexoterapia.
A reflexoterapia é a técnica capaz de avaliar e tratar distúrbios físicos e emocionais por 
meio de estímulos em plexos nervosos relacionados ao órgão ou à característica emocional em 
tratamento. Ela traz diversos benefícios, seja aplicada isoladamente seja na potencialização de 
outros métodos. A técnica também tem se mostrado muito eficiente no desenvolvimento do 
autoconhecimento.
A massagem reflexológica ativa o mecanismo de cura que existe no interior de cada um 
de nós. O seu efeito é acumulativo: a cada nova sessão, reforça-se a sensação de bem-estar físico 
e psicológico, comprovando, assim, a sua eficácia. Ela tem efeito sobre todos os sistemas uma 
vez que regula as alterações maléficas, estimula a melhora das funções do metabolismo ósseo e 
melhora os movimentos articulares e a ansiedade.
O pé reflete qualquer perturbação ocorrida no corpo. Assim, a reflexologia podal, ou 
seja, a terapia por meio de massagem nos pés, é um tratamento suave e capaz de revitalizar os 
órgãos danificados onde a energia está bloqueada, proporcionando muitos benefícios ao paciente. 
Além de ser uma terapia altamente segura e eficaz em pacientes de qualquer faixa etária, é muito 
relaxante. Seus objetivos são, portanto, normalizar as funções do corpo, relaxar as tensões e 
melhorar a circulação sanguínea e o sistema nervoso (IZQUIERDO et al., 2007). 
A reflexologia ainda contribui para a homeostase do organismo, promovendo o 
restabelecimento do equilíbrio energético celular. 
2.1 Técnica 
Segundo Lourenço (2002), a técnica da reflexologia consiste em pressionar a área, contínua 
ou alternadamente, por cerca de 20 segundos a 30 minutos. A intensidade da pressão deverá ser 
sempre suportável pelo paciente.
Leite e Zângaro (2005) ensinam que, em decorrência da produção e troca de energia entre 
as células do nosso corpo, a energia por algum motivo é bloqueada, deixando de chegar a algum 
órgão ou glândula, que, por sua vez, tem sua capacidade afetada. Consequentemente, aumenta 
a probabilidade de adquirirmos doenças. Ao se massagearem os pontos reflexos, estimula-se e 
libera-se a energia para que ela circule por todo o organismo, o que proporciona sensação de 
equilíbrio e bem-estar.
De modo muito simples, aplica-se pressão manual e digital sobre o segmento a ser tratado. 
Baseia-se nos toques em pontos determinados dos pés para harmonizar a energia circulante no 
corpo.
Segundo Matte (2003), a reflexologia induz ao estado de homeostasia, ativando o 
organismo. O cliente se recosta confortavelmente, e o terapeuta aplica a técnica com suas próprias 
mãos, sem necessariamente utilizar-se de algum instrumento.
Sala / área de trabalho:
• Sala com iluminação tênue e difusa e música suave ao fundo.
• Difusor ligado com óleo essencial.
• Temperatura ambiente agradável.
Equipamento / materiais:
• Cadeira para tratamento estético.
• Mocho.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
• Desinfetante – antisséptico para mãos.
• Roupão e chinelos.
• Antisséptico para mãos.
• Toalha grande e papel-toalha.
• Creme para os pés.
• Manta, velas e óleos essenciais.
Indicação:
• Enxaqueca tensional.
• Lombalgia.
• Ansiedade.
• Estresse.
• Dores em geral.
• Cólica menstrual e intestinal.
• Retenção de líquido.
• Tensão.
• Tontura.
• Torcicolo.
Contraindicação:
• Áreas com edema ou caroços.
• Imunodeficiência ou doença sistêmica.
• Desordem sanguínea ou diabetes (lesões por pressão).
• Gravidez.
• Inflamação, infecção ou ferimentos abertos.
• Problemas vasculares, varizes, flebite etc.
• Cardíacos com marca-passo.
• Fraturas ou lesões frequentes na área.
Manobras utilizadas na reflexologia:
• Rotação como polegar sobre um ponto.
• Aperto e beliscão.
• Caminhar com um polegar.
• Caminhar com os dois polegares.
• Pressão sobre um ponto.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
• Caminhar com o indicador.
• Caminhar com vários dedos.
Sequência da massagem:
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