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Atividade parasito

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COMPONENTE CURRICULAR: parasitologia Humana
DOCENTE: Tiana Baqueiro Figueiredo
DISCENTE: Denilson Silva Sousa
PARASITOLOGIA HUMANA (IMS015)
Questão 1
A) Por causa da facilidade de transmissão da doença que é variada.
Pode ser de forma direta, onde a criança ao coçar a região anal, coloca
a mão infectada pelo verme na boca. Também pode acontecer
indiretamente pela contaminação da água ou alimento, ao cumprimentar
uma pessoa que esteja com a mão suja contendo ovos do verme. É
muito comum, em ambientes que possuam pessoas que tenha a doença
encontrar ovos do verme em roupas de cama, nas toalhas, no chão e
nos objetos da casa, sendo frequentes as pequenas epidemias entre
aqueles que habitam a mesma residência. Os fatores responsáveis por
essa situação é que as fêmeas do verme eliminam grande quantidade
de ovos na região perianal. Os ovos em poucas horas se tornam
infectantes, podendo atingir os hospedeiros por vários mecanismos
(direto, indireto, retro infestação, etc.) Por isso, se recomenda uso de
vermífugo (albendazol ou similares) e deve ser estendido para toda a
família, principalmente irmãos que dormem no mesmo quarto da criança
infectada.
B) Optou pelo tratamento anti-helmíntico porque, odiagnóstico
laboratorial da Enterobíase feito através do exame comum de fezes é
falho, pois somente em 5% dos casos são encontrados ovos ou vermes
adultos. Sim, acredito que foi o correto a se fazer. Tendo em vista, que
mesmo o exame de fezes deu negativo poderia ocorrer o risco do
parasito está acometido nesse paciente.
O melhor método de diagnóstico da Enterobíase é através do método
da fita adesiva (método de Graham). Os ovos presentes, aderem à
superfície gomada da fita, depois de ser descolada da pele, escrita será
colada sobre uma lâmina de microscopia e examinada. Faz-se o exame
pela manhã, assim que o paciente levantar-se e antes de banhar-se; ou,
pelo menos, no período matinal, pois a positividade diminui no decurso
do dia, à medida que os ovos se desprendem da pele.
Questão 2
Neste cenário, provavelmente a paciente apresenta uma situação de
infecção parasitária grave. Pacientes com infecções graves de Trichuris
trichiura podem ter dor abdominal, anorexia e diarreia; perda ponderal,
anemia e prolapso retal, que eram exclusivamente sintomas que a
paciente estava acometida. A gravidade da tricuríase depende da carga
parasitária, mas também tem importante influência de fatores como
idade do hospedeiro, estado nutricional e a distribuição dos vermes
adultos no intestino. Podem ocorrer infecções crônicas em crianças,
infecções na mucosa intestinal e alteração na sua permeabilidade, e
aumento do peristaltismo devido às toxinas liberadas pelo parasito.
Como Trichuris trichiuria ocorre principalmente em crianças
desnutridas, podendo complicar-se com perda sangüínea intestinal,
capaz de gerar um quadro de anemia por deficiência de ferro. Isto
acontece pela capacidade de o verme provocar erosões petequiais,
ulcerações e até necrose. A extensão e a profundidade dessas lesões é
que determinarão o grau de perda sangüínea . Nesses casos, também
pode ocorrer prolapso retal, que surge como resultado do relaxamento
esfincteriano e da hipotonia muscular secundários à diarréia, ao
tenesmo e ao aumento da pressão descendente sobre a mucosa,
estimulada pela fixação dos vermes à parede intestinal.
Questão 3
A infecção acontece pela ingestão dos ovos do verme Ascaris
lumbricoide, e é popularmente conhecida como lombriga. Apesar de
preferir os intestinos, os vermes podem habitar também outros órgãos
como o coração, pulmão e fígado.
O ser humano é o único hospedeiro, e por isso, responsável pela
transmissão e continuidade do ciclo do verme.
Ingerir água, frutas ou verduras contaminadas pode levar os ovos da
lombriga ao sistema digestório. Ao chegar no intestino delgado os ovos
se rompem, liberando as larvas, que por sua vez vão penetrar as
paredes intestinais e cair na corrente sanguínea e se espalhando por
outros órgãos. Ao atingirem os pulmões, as larvas já estão crescendo e
podem causar sintomas semelhantes à pneumonia.
Nesse tipo de caso muitas vezes é assintomática ou oligossintomática;
habitualmente não causa sintomatologia, mas pode causar dor
abdominal, diarreia, náuseas e anorexia; broncoespasmo; hemoptise
(sangue na tosse); pneumonia (características semelhantes às da
pneumonia, mas não há a presença da bact. causadora da doença e
sim a larva de Ascaris), sendo assim, possivelmente o sistema
imunológico do paciente impediu a disseminação da doença.
Questão 4
A) Dentre as causas das anemias, estão as infecções por
enteroparasitos, que podem contribuir para o agravamento do quadro
anêmico. Nesse sentido, a carga parasitária e a capacidade espoliativa
dos parasitos, que consiste na absorção de nutrientes ou mesmo
sangue do hospedeiro, desencadeando pontos hemorrágicos na
mucosa, são fatores determinantes para o desenvolvimento da doença,
sendo a anemia por deficiência de ferro a mais comum.
B) Normalmente a infecção de Ancilostomíase, é transmitida através da
penetração na pele, principalmente pelos pés ou pela boca, através da
penetração pode causar sintomas de dermatite, como coceira e irritação
no local onde a larva penetra. Como consequência as larvas atingem a
circulação sanguínea, migrando pelo organismo e chegando aos
pulmões e alvéolos pulmonares ocasionando tosse seca, dispneia ou
broncoespasmo e edema pulmonar (síndrome de Löefler). Sendo
assim, neste caso a infecção pode ter sido passiva, através da ingestão
de alimentos ou objetos levados à boca contaminados com larvas
filarióides, podem penetrar a mucosa ou seguir o seu desenvolvimento
via intestino.
As larvas são ingeridas pelo ser humano.A L3 evolui para L4 no
duodeno, se ficando mucosa intestinal na altura das glândulas de
Lieberkuhn e lá fará a alimentação por via sanguínea, evoluindo para L5
que retorna para lúmen do intestino, originando os adultos.
Portanto, como essa infecção pode ter sido acometida por ingestão, os
sintomas da dermatite e respiratória não se apresentam neste tipo de
caso.
Questão 5
A) Sim! O uso prolongado de corticosteróides pode ser o fator mais
importante associado à gravidade clínica. A ação do corticosteróide
seria similar a dos hormônios ativadores do processo de ecdise, os
ecdisteróides e seu uso crônico aumentaria a taxa de auto-infecção,
desencadeando o temido desfecho de hiper-infecção.
B) O diagnóstico definitivo da Strongyloides normalmente é realizado
pelo encontro de larvas nas fezes. Entretanto, na maioria dos casos a
eliminação de larvas nas fezes é pequena e irregular, o que dificulta a
detecção da infecção.
Uma única amostra de fezes examinada para a investigação de larvas
propicia a identificação de cerca de 30% das infecções. A sensibilidade
aumenta para 50% se forem usadas três amostras fecais, podendo
chegar perto de 100% com o uso de sete amostras. Como o exame de
múltiplas amostras de fezes é bastante inconveniente para o paciente e
consome muito tempo, a maioria dos médicos reluta em utilizá-lo,o que
pode acarretar em um resultado falso-negativo.
Várias são as técnicas utilizadas para o diagnóstico parasitológico da
estrongiloidíase, entre as quais são mais comuns: exame direto com
uso de solução salina e lugol, métodos de concentração por
sedimentação, métodos como o Baermann-Moraes e suas variações,
cultura em placa de ágar e método de Harada-Mori. Os métodos de
Baermann-Moraes e, baseados no termo e hidrotropismo das larvas,
possuem melhor sensibilidade, além de rapidez de execução e uso de
grande volume de material fecal. Ainda assim, são necessárias sete
amostras fecais, colhidas em dias alternados, para se alcançar 100% de
sensibilidade. Como as fêmeas parasitas habitam o interior do tecido
intestinal e não o lúmen, não é detectável nas fezes. Assim do mesmo
modo, as larvas filarióides são raramente vistas nas fezes, com exceção
dos casos de hiperinfecção e de constipação intestinal. Deste modo, a
falha em demonstrar larvas pode ser interpretada erroneamente como
ausência dainfecção.

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