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As mulheres estão mais propensas ao stress.

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As mulheres experimentam o estresse, a ansiedade e a depressão de formas singulares. Estudos indicam que há uma maior suscetibilidade a condições mentais debilitantes entre a população feminina. Grande parte das vivências de homens e mulheres são distintas. A mesma situação pode ser interpretada de modo diferente por cada gênero. Por exemplo, a chegada de um bebê na família. A responsabilidade de cuidar de um recém-nascido e, posteriormente, um bebê e uma criança costuma recair totalmente ou em grande parte sobre elas. Mesmo com as transformações sociais as quais o Brasil passou nos últimos anos, as mulheres ainda são as principais cuidadoras dos filhos. Pode-se dizer que a mesma experiência (de ter um filho) é sentida de maneira diferente entre homens e mulheres. É o mesmo em relação às preocupações profissionais, violência, expectativas em um relacionamento, responsabilidades domiciliares no casamento, entre outras situações.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que violências domésticas, desvantagem socioeconômica, educacional e de oportunidades no mercado de trabalho, responsabilidade incessante pelo cuidado de outras pessoas, padrões irreais de estética, entre outros contextos de discriminação podem causar consequências negativas à saúde das mulheres. Durante a pandemia (Covid-19), foram as mulheres as que mais sofreram danos à saúde mental e com a sobrecarga de trabalhos domésticos neste período. De acordo com a pesquisa, durante o isolamento social, 24% das mulheres apresentaram sintomas de depressão. Pensando nisso o Centro Universitário IESB, por meio da sua Clínica de Psicologia e com a participação de alunos e professores, desenvolve, desde 2019, o projeto Mulheres Auroras, criado para ajudar mulheres a vencerem desafios em suas relações amorosas, familiares e profissionais. Oferecendo atendimento psicossocial gratuito, individual e em grupo com o objetivo de contribuir para o empoderamento feminino, o desenvolvimento pessoal, produção de novas narrativas identitárias, além de motivar o autoconhecimento e o autocuidado. Temáticas como relacionamentos, sobrecarga de papéis e projeto de vida são focadas.
Também no Brasil o programa de Assistência Integral a Saúde Mulher (PAISM) foi lançado pelo Ministério da Saúde em 1983, sendo anunciado como uma nova e diferenciada abordagem da saúde da mulher. Tendo como benefícios as ações educativas e preventivas, diagnóstico e tratamento, assistência em clínicas ginecológicas, pré-natal, parto, puerpério, climatério, planejamento familiar DST, câncer de colo de útero e de mama entre outras necessidades. Em Brasília, os senadores aprovaram em Plenário substitutivo ao PLC 98/2018, do deputado Célio Silveira (MDB-GO), para assegurar rastreamento de sintomas depressivos por profissionais responsáveis pelo pré-natal e cuidados pós-parto. Analisado nas comissões de Direitos Humanos e de Assuntos Sociais, o projeto de lei recebeu emenda para determinar avaliação por profissional de saúde mental para gestantes cujos bebês apresentarem anomalia e mulheres cujos recém-nascidos tenham deficiência, doença rara ou crônica, além das que tenham sofrido perda perinatal.
Acordar cedo para preparar o café da manhã e, ao mesmo tempo em que liga o computador, chama os filhos e marido para levantarem e fazerem as tarefas do dia, enquanto verifica a situação da casa e programa uma faxina. Este é um exemplo de como tem sido a rotina matinal de milhões de mulheres ao redor do mundo. É importantíssimo pensar na saúde mental das mulheres, os estudos mostram aumento significativo de estresse, ansiedade, depressão e estresse pós-traumático reportados em mulheres em relação aos homens. Os dados confirmam a necessidade de uma atuação conjunta para diminuir as consequências da sobrecarga sobre as mulheres, até porque não é só a mulher que sofre as consequências desse fenômeno, mas todo o núcleo familiar e, inclusive onde elas atuam profissionalmente. Assim, quanto maior o conhecimento e a divulgação sobre a saúde mental das mulheres, mais efetivo será o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento.

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